segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Cata-Ventos divulga nota em relação a matéria da Folha

NOTA DA ENTIDADE CATA-VENTOS em relação à matéria do Jornal Folha de São Paulo, datada de 05/11/2011

1 – A ONG CATA-VENTOS JUVENTUDE E CIDADANIA foi fundada em 1998 em SOBRADINHO/DF. Possui treze anos de existência. Durante este período desenvolveu diversos projetos em parceria com a iniciativa privada e o Poder Público. Seus projetos têm como foco a criança e adolescente e suas famílias, a geração de renda em comunidades pobres, a questão de gênero e raça e formação profissional de jovens e adultos. A entidade, em parceria com o CDI (COMITÊ PARA A DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMÁTICA) já formou mais de 1.500 jovens carentes como operadores de micro-computador. Também foram atendidos pelos projetos de esporte, cultura e lazer da ONG mais 3.000 crianças e adolescentes carentes do Distrito Federal. Estes projetos receberam reconhecimento da ABONG (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS) e do BANCO MUNDIAL, sendo citados em livros de experiências e atividades promovidas por essas entidades. A ONG CATA-VENTOS recebeu o Prêmio Banco Mundial de Cidadania, outorgado durante o Encontro Nacional de Experiências Sociais Inovadoras, realizado em Brasília, no período de 10 a 13 de junho de 2002. Além disso, foi premiada com quantia de R$ 10.000,00 (Dez mil reais) do Hipermercado Wall Mart, no momento de sua implantação no DF, em reconhecimento ao trabalho cultural realizado pela Entidade com jovens carentes de Sobradinho II.

2- Foram desenvolvidos na Entidade duas teses de Mestrado de alunas do Departamento de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB) sobre os jovens e suas famílias atendidas pela Cata-Ventos entre 2002 e 2004.

2- A entidade participou do Programa Primeiro Emprego, consórcio social da juventude, a entidade formou e colocou no mercado de trabalho centenas de jovens carentes, foram montadas oficinas de montagem e configuração de computadores, arte-recreacionismo e oficinas de artesanato.

3- A ONG CATA-VENTOS manteve projetos de aumento de renda para famílias carentes, por meio de oficinas de artesanato para jovens e adultos, laboratório de informática para formação de operadores de micro-computadores, grupo cultural de percussão, ginástica para adultos em Sobradinho II e participa de movimentos e campanhas em defesa da criança e dos adolescentes, em favor do desarmamento, contra a prostituição infantil, em favor da igualdade racial e de gênero, educação ambiental, de apoio às famílias de jovens infratores e hoje mantém um forte trabalho de integração com a comunidade por meio de sua Rádio Comunitária Alternativa Popular.

4 – É muito importante destacar que nenhuma autoridade do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário jamais intermediaram qualquer convênio da ONG CATA-VENTOS com os Governos Distrital, Estadual ou Federal. Durante os seus mais de 13 (treze) anos de atividade, a ONG CATA-VENTOS nunca teve em seus quadros de fundação e/ou de direção qualquer autoridade que ocupasse cargo eletivo. Ressaltamos que o trabalho desenvolvido pela entidade é amplamente reconhecido por diversos Parlamentares, Administradores Públicos, entidades privadas de renome e pela comunidade onde atua.

5 – A entidade não conta em seus quadros de direção com nenhum parente de políticos, e nem tão pouco integram seus quadros servidores que ocupam cargos comissionados do atual Governo do Distrito Federal.

6 – Todos os convênios firmados pela entidade com o Poder Público foram frutos da sua capacidade técnica e da regularidade jurídica adquiridas pela ONG durante os seus mais de 13 anos de existência. A entidade, mesmo antes de firmar convênios públicos, já era reconhecida nacionalmente por seu trabalho, sendo citada em livro de experiências da ABONG, como uma experiência vitoriosa e de sucesso no Terceiro Setor. Também foi escolhida pelo BANCO MUNDIAL para participar de um evento que reuniu as 100 melhores entidades do Terceiro Setor no país para uma troca de experiências em Brasília, no Hotel Nacional, em junho de 2002.

7 – A ONG CATA-VENTOS nunca contribuiu com doações para campanhas políticas de partidos ou de qualquer candidato no DF ou de outra unidade da Federação.

8 – Todos os convênios executados pela entidade foram monitorados e avaliados pelos órgãos parceiros e pelos órgãos de controle do Governo. Todas as prestações de contas foram apresentadas, não havendo qualquer questionamento de superfaturamento, desvio de dinheiro público ou não execução do objeto.

9- Em relação aos convênios com o Ministério dos Esportes, a entidade não executou nenhum convênio relacionado ao Programa Segundo Tempo. Não existe nenhuma prestação de contas de convênios do Ministério dos Esportes que tenha sido reprovada. Algumas já foram aprovadas e outras encontram-se em fase de análise, com toda a documentação juntada. No portal da transparência do Governo Federal os referidos convênios são classificados como “ADIMPLENTES”, conforme texto em anexo. Não existe qualquer documento oficial do Ministério dos Esportes afirmando qualquer prestação de contas da entidade em convênios com aquele Ministério tenha sido reprovada. Temos absoluta convicção de que o dinheiro público repassado à entidade através de convênios com o Ministério dos Esportes foi aplicado integralmente de forma correta e dentro do objeto pactuado. Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários.

10 – Desde a sua fundação até a data de hoje a entidade durante todos os convênios firmados com o Poder Público teve como presidente JOSÉ AHYRTON DA SILVA.

11- A matéria do Jornal Folha de São Paulo, datada de 05/11/2011, não condiz com a verdade e com a história de seriedade e bons serviços prestados ao Distrito Federal, de uma entidade com méritos reconhecidos nacional e internacionalmente.

Brasília, 05/11/2011.

JOSÉ AHYRTON DA SILVA
05/
11

Suspeita no Esporte envolve cúpula do governo do DF

13:03:30

Crise motivou saída de ministro e abala administração do PT na capital Federal

Ex-titular da pasta hoje governador do DF, Agnelo Queiroz tem secretário vinculado a ONG sob suspeição
O escândalo que derrubou o ex-ministro do Esporte Orlando Silva (PC do B) envolve alguns dos principais assessores do governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz.
Três de seus secretários apresentam ligações com entidades ou pessoas investigadas por desvio de recursos de programas da pasta.
Com a saída de Orlando do Ministério, a crise se concentra agora na capital federal.
Agnelo (2003 a 2006) e Orlando (2006 a 2011) dividiram a titularidade do Esporte nos últimos anos, dentro da cota do PC do B.
O hoje governador do DF, que depois ingressou no PT, é investigado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) sob a suspeita de que em sua gestão tenha se iniciado desvio de verbas de convênios do programa Segundo Tempo, um dos principais da pasta.
Após deixar o ministério, Agnelo se elegeu governador em 2010, já no PT.
O seu atual secretário de Governo, Paulo Tadeu, é ligado à Cata-Ventos, que teve convênio de RS 240 mil reprovado pelo próprio ministério. A entidade foi fundada pelo irmão do secretário, José Rosa Vale da Silva.
Segundo a pasta, a Cata-Ventos apresentou várias inconsistências na comprovação da aplicação dos recursos. O ministério já pediu a devolução do dinheiro.
A Folha apurou que pelo menos três pessoas que trabalhavam na organização agora têm cargos comissionados no governo, inclusive no gabinete do secretário.
Já o secretário de Saúde de Agnelo, Rafael Barbosa, deu parecer favorável a uma das ONGs do policial militar João Dias Ferreira, autor das acusações que derrubaram Orlando e que também é investigado como suposto participante do esquema.
O secretário assinou, em 2006, o despacho considerando que o primeiro convênio com o policial não deveria ser renovado por conta de irregularidades. Mesmo assim, Barbosa assinou, seis meses depois, o segundo convênio com a entidade.
Além da medida tomada pelo secretário, o governo de Agnelo apresenta outras ligações com o policial militar.
O professor Ronaldo Carvalho Oliveira, vice-presidente de uma das ONGs de João Dias, ganhou um cargo comissionado na Companhia de Planejamento.
A assessoria de Agnelo afirma que Oliveira não chegou a tomar posse e que sua nomeação foi anulada. Mas não há registro da anulação no "Diário Oficial" do DF.
Já a mulher do policial, Ana Paula, usa uma picape que está no nome do subsecretário de Programas Comunitários do GDF, Cirlândio Martins do Santos. À Folha, Santos afirmou que apenas comprou o veiculo para a mulher de João Dias, pois ela estava com problemas para adquiri-lo na ocasião.
Agnelo também aparece mantendo diálogos amistosos com o policial João Dias, em grampos feitos durante as investigações.
Devido às suspeitas, o DEM prometeu entrar com um pedido de impeachment contra o governador na próxima semana. Em discurso ontem, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) cobrou coerência do PT, que em 2009 exigiu a saída do então governador José Roberto Arruda, acusado de ser o pivô de esquema de desvio de recursos do DF.
A atual crise também arranhou a relação regional do PT com o aliado PMDB, que não foi consultado por Agnelo na decisão de trocar a cúpula da Polícia Civil.



Fonte: Jornal Folha de São Paulo

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