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terça-feira, 19 de março de 2019

domingo, 17 de março de 2019



REDE COMUNITÁRIA COMITÊ LULA LIVRE


O Comitê Nacional Lula Livre intensificou suas ações pela democracia e pela liberdade de Lula depois do evento no Sindicato dos Metroviários em São Paulo. Segundo Carla Vitória, secretária nacional do Comitê, um dos principais objetivos do encontro foi promover a organização dos Comitês Estaduais para o próximo período, assim como tirar uma agenda conjunta de lutas para a Jornada Mundial Lula Livre


Do Brasil de Fato - Pessoas de todas as cores, formas e cantos do país caminham pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, no bairro do Tatuapé. Levantam bandeiras, montam barraquinhas, trocam panfletos, idéias, abraços e sorrisos. É um momento de fortalecer a solidariedade, a unidade e uma agenda comum de ações para enfrentar as reformas ultraliberais de Jair Bolsonaro e fortalecer a luta pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Encontro Nacional Lula Livre é fruto de um esforço coletivo profundo e consequência de uma luta que se iniciou no momento em que Lula foi preso injustamente em 7 de abril de 2018. Os presentes são mais de mil, de pelo menos 20 estados do país: movimentos populares pela terra e por teto, sindicatos, partidos políticos, lideranças indígenas, LGBTs, do movimento negro, jornalistas, militantes de base e os mais de 300 Comitês Lula Livre que se espalham por todo o país - além de outros vinte espalhados pelo mundo. Também está o foco inicial do protesto contra a injustiça: a Vigília Lula Livre, que mantém a chama da resistência acesa em frente à carceragem da Polícia Federal há quase um ano.
"A pauta Lula Livre, assim como Marielle Vive, se tornou uma síntese de muitas vontades políticas: democracia, igualdade e resistência. Ela estará presente na luta contra o desmonte da Previdência e nos próximos passos da luta da classe trabalhadora", disse Carla Vitória, secretaria do Comitê Nacional Lula Livre.
Segundo ela, um dos principais objetivos do encontro é promover a organização de Comitês Estaduais no próximo período, assim como tirar uma agenda conjunta de lutas para a Jornada Mundial Lula Livre, que acontece entre 7 e 10 de abril deste ano, marcando o aniversário de um ano da prisão do ex-presidente.
"A nossa luta é pela democracia e pela justiça. E só vamos alcançar esses objetivos defendendo os direitos do povo e a soberania nacional, porque foi contra estes valores que deram o golpe e interferiram na eleição. Foi para entregar nossas riquezas e reverter as conquistas sociais. Que os comitês Lula Livre tenham isso bem claro e atuem cada vez mais na sociedade, nas redes, nas escolas e nas ruas", disse o ex-presidente em carta lida durante o encontro.
Para o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, presidente do Comitê de Solidariedade Internacional e Em Defesa da Democracia, não é só sobre a importante Lula estar livre, estar com seus amigos e familiares: é sobre se o Brasil é um país democrático.
"O que está acontecendo no Brasil hoje é parte de um processo de afirmação da potência hegemônica sobre o nosso país com a conivência das elites. O capital financeiro precisava que o Brasil deixasse caminho de justiça social e democracia, que abandonasse seu papel de integração na América Latina", analisa Amorim.
A opinião é compartilhada por João Pedro Stedile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "O capitalismo está numa profunda crise. E o Brasil é um território estratégico para os capitalistas se salvarem da crise. E eles precisavam controlar Lula para conseguir isso. Tinham que prender o Lula, o motivo não interessa. Ele é um perigo para o projeto do capital. Ele é o líder maior desse país e eles não podem deixar ele junto ao povo".
Para a liderança popular, o momento é de abandonar a auto-congratulação e partir para "mão na massa e o trabalho de base". "O que importa agora é quantos comitês, quantas jornadas cada militante consegue organizar, cada coletivo consegue levar adiante", provoca.
Construir Lula Livre
Em Ubatuba, todo dia 13, o Comitê Lula Livre, auto-organizado pelos moradores da cidade litorânea de São Paulo, faz algum tipo de manifestação na cidade: eles vão ao calçadão da praia, conversam com o povo, fazem intervenções políticas e culturais. "Gostaríamos de propor ao povo do Brasil de fazer uma ação como a nossa, pedindo a liberdade de Lula", diz Rafael de Mattos, 46, um dos organizadores.
Rafael e Geni
"Para gente, se trata de construir uma rede, interagir e fazer essa união de esforços para provar para essa justiça que o povo sabe do que está falando. Não adianta mais fazer essa grande violência no país. Nós queremos que parem de fazer a população de massa de manobra", protesta Geni Xavier, também de Ubatuba.
A opinião é reforçada por outros militantes presentes ao encontro, apontando a importância de capilarizar a luta para construir a resistência. "Precisamos refletir sobre a estrutura do Estado brasileiro, sobre a importância de se mobilizar nos municípios pequenos e engrossar o coro de Lula Livre e transformar cada casa, cada diretório municipal, cada sindicato em um comitê Lula Livre. Grandes atos são importantes, mas o Lula livre tem que chegar em cada casa", analisa Kátia Maria, Presidente do PT de Goiás.
Como fazer?
A ideia dos Comitês locais é a de que eles possam ser construídos por qualquer pessoa engajada em defesa da democracia: em sua associação, bairro, local de trabalho, sindicato, comunidade, universidade ou coletivo. O objetivo do comitê é elaborar, planejar, organizar e realizar atividades que peçam a libertação do ex-presidente, assim como se somar a iniciativas locais em defesa dos direitos do povo brasileiro.
Não há necessidade de sede ou de hierarquias, mas de periodicidade e divisão de funções e tarefas. Os Comitês são as principais referências para participar da Campanha Lula Livre, que também incentiva a criação de comitês digitais para propagandear as ideias nas redes sociais e demais espaços da internet.
É possível saber mais através do site da Campanha Lula Livre, assim como baixar materiais.

Carta do Presidente Lula aos comitês Lula Livre

Em carta enviada ao Encontro Nacional Lula Livre, o ex-presidente fala sobre sua prisão política, o lawfare da Justiça e agradece todo apoio dado pela militância
 16/03/2019 11h11 - atualizado às 11h58

Meus amigos e minhas amigas,
Quero, em primeiro lugar, agradecer a solidariedade e o carinho que tenho recebido do povo brasileiro e de lideranças de outros países, neste quase um ano em que me encontro preso injustamente. Agradeço especialmente aos companheiros da vigília em Curitiba, que me confortam todos os dias, aos companheiros que constituem os comitês Lula Livre dentro e fora do Brasil, aos advogados, juristas, intelectuais e cidadãos democratas que se manifestam pela minha libertação.
A força que me faz resistir a essa provação vem de vocês e da convicção de que sou inocente. Mas resisto principalmente porque sei que ainda tenho uma missão importante a cumprir neste momento em que a democracia, a soberania nacional e os direitos do povo brasileiro são ameaçados por interesses econômicos e políticos poderosos, inclusive de potências estrangeiras.
Como sempre fiz em minha vida, e lá se vão mais de 45 anos de atividade sindical e política, encaro essa missão como um desafio coletivo. A luta que faço para ter um julgamento justo, em que minha inocência seja reconhecida diante das provas irrefutáveis da defesa, só faz sentido se for compreendida como parte da defesa da democracia, da retomada do estado de direito e do projeto de desenvolvimento com inclusão social que o país quer reconstruir.
A cada dia que passa fica mais claro para a população e para a opinião pública internacional que fui condenado e preso pelo único motivo de que, livre e candidato, seria eleito presidente pela grande maioria da população. Minha candidatura era a resposta do povo ao entreguismo, ao abandono dos programas sociais, ao desemprego, à volta da fome, a todo o mal implantado pelo golpe do impeachment. É uma luta que temos de levar juntos, em nome de todos.
Para me tirar das eleições, montaram uma farsa judicial com a cobertura dos grandes meios de comunicação, tendo a Rede Globo à frente. Envenenaram a população com horas e horas de noticiário mentiroso, em que a Lava Jato acusava e minha defesa era menosprezada, quando não era simplesmente censurada. A Constituição e as leis foram desrespeitadas, como se houvesse um código penal de exceção, só para o Lula, no qual meus direitos foram sistematicamente negados.
Como se não bastasse me prender, por crimes que jamais cometi, proibiram que eu participasse dos debates e das sabatinas no processo eleitoral; proibiram minha candidatura, contrariando a lei e a ONU; proibiram que eu desse entrevistas, proibiram até que eu comparecesse ao velório de meu irmão mais velho. Querem que eu desapareça, mas não é de mim que têm medo: é do povo que se identifica com nosso projeto e viu em minha candidatura a esperança de recuperar o caminho de uma vida melhor.
Dias atrás, ao me despedir do meu querido neto Arthur, senti todo o peso da injustiça que atingiu minha família. O pequeno Arthur foi discriminado na escola por ser meu neto e sofreu muito com isso. Então, prometi a ele que não vou descansar até que minha inocência seja reconhecida num julgamento justo.
Na emoção daquele momento, recordo-me de ter dito: “Vou te mostrar que os verdadeiros ladrões são os que me condenaram”. Pouco depois, o jornalista Luís Nassif revelou ao público o acordo ilegal e secreto entre os procuradores da Lava Jato, a 13a. Vara Federal de Curitiba, o governo dos Estados Unidos e a Petrobras, envolvendo uma quantia de 2,5 bilhões de reais.
Essa quantia foi tomada à maior empresa do povo brasileiro por uma corte de Nova Iorque, com base em delações levadas a eles pelos procuradores do Brasil.
E eles foram lá aos Estados Unidos, com a cobertura do então procurador-geral da República, para fragilizar ainda mais uma empresa que é alvo de cobiça internacional.
Em troca dessa fortuna, a Lava Jato se comprometeu a entregar ao estrangeiro os segredos e informações estratégicas da nossa Petrobras.
Não se trata de convicções, mas de provas concretas: documentos assinados, atos de ofício de autoridades públicas. Estes moralistas sem moral ocupam hoje altos cargos no governo que só foi eleito porque eles impediram minha candidatura. Mas quem está preso é o Lula, que nunca foi dono de apartamento nem de sítio, que nunca assinou contratos da Petrobras, que nunca teve contas secretas como essa fundação que foi descoberta agora.
Mais do que manifestar indignação com esses fatos, quero dizer a vocês que o tempo está revelando a verdade. Que não podemos perder a esperança de que a verdade vencerá, e ela está do nosso lado. Por isso, peço a cada um e a cada uma que fortaleçam cada vez mais a nossa luta pela democracia e pela justiça. E só vamos alcançar esses objetivos defendendo os direitos do povo e a soberania nacional, porque foi contra estes valores que fizeram o golpe e interferiram na eleição. Foi para entregar nossas riquezas e reverter as conquistas sociais. Que os comitês Lula Livre tenham isso bem claro e atuem cada vez mais na sociedade, nas redes, nas escolas e nas ruas.
Tenho fé em Deus e confiança em nossa organização para afirmar com muita certeza: nosso reencontro virá. E o Brasil poderá sonhar novamente com futuro melhor para todos.
Muito obrigado, e vamos à luta, companheiros e companheiras.
Um grande abraço do
Luiz Inácio Lula da Silva
Curitiba, 16 de março de 201




sexta-feira, 1 de março de 2019

ARTHUR, 7 ANOS, NOSSA DOR

A defesa do presidente Lula, pediu para que a Justiça autorize a saída dele para o enterro do neto amanhã, sábado, dia 02/03.  Arthur Lula da Silva, 7 anos, morreu hoje, dia 01/03, vítima de meningite meningocócica, em São Paulo; diante disso, o Poder Judiciário, que mantém Lula como preso político há quase um ano, será mais uma vez testado; há poucas semanas, Lula foi impedido de assistir ao velório de seu irmão Genival Lula da Silva, o Vavá; Lula foi preso porque venceria as eleições presidenciais de 2018 e as forças que deram o golpe de 2016 tomaram a decisão de mantê-lo em cativeiro para levar adiante um programa de entrega das riquezas nacionais e retirada de direitos dos trabalhadores e aposentados; Arthur nasceu quando Lula se curava de um câncer.

Ricardo Stuckert

Arthur Lula da Silva, neto de Lula, de apenas sete anos, faleceu nesta manhã, em São Paulo, de meningite; diante disso, o Poder Judiciário, que mantém Lula como preso político há quase um ano, será mais uma vez testado; há poucas semanas, Lula foi impedido de assistir ao velório de seu irmão Genival Lula da Silva, o Vavá; Lula foi preso porque venceria as eleições presidenciais de 2018 e as forças que deram o golpe de 2016 tomaram a decisão de mantê-lo em cativeiro para levar adiante um programa de entrega das riquezas nacionais e retirada de direitos dos trabalhadores e aposentados; Arthur nasceu quando Lula se curava de um câncer.