quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

TV digital: Minicom vai procurar emissoras para agilizar uso do Ginga


Escrito por Luís Osvaldo Grossmann, Convergência Digital
  
Superada a discussão com os fabricantes de equipamentos voltados para TV digital, o governo vai chamar os radiodifusores para discutir o uso da interatividade na programação, especialmente agora que fixou-se uma data para a fabricação de televisores com o middleware Ginga.
“Resolvemos a questão do prazo [com os fabricantes], que queriam mais tempo para fazer as suítes de teste. Vamos fazer gestões junto aos radiodifusores. Vou chamar a Abert”, afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo o ministro, o governo colocará à disposição das emissoras aplicativos produzidos pelo CPqD para uso do Ginga. “Talvez as grandes não se interessem, mas as pequenas sim. O CPqD está nos dando e estamos colocando à disposição.”

Portaria interministerial publicada nesta sexta-feira, 24/2, adiou para 2013 a obrigatoriedade de implantação dos recursos de interatividade nos televisores fabricados no país, mas fixou o percentual inicial em 75% da produção.

Algumas emissoras - especialmente o SBT e a TV Globo- já têm trabalhos fortes para o uso do Ginga nas suas programações. Mas esse debate também terá um item crítico: O dividendo digital - espectro que ficará disponível na faixa de 700 MHz, com a digitalização do sinal da TV. Operadoras de telecom e radiodifusores brigam pelo uso do espectro. Os radiodifusores alegam que precisam da faixa por conta, exatamente, do canal de retorno para agilizar a interatividade.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Governo insiste em separar regras da TV paga e Marco Regulatório das Comunicações


Escrito por Luana Laux, Instituto Telecom, quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012   
Qua, 15 de Fevereiro de 2012 09:33
Durante o Seminário Políticas de (Tele)Comunicações, realizado nesta última terça-feira, 14 de fevereiro, em Brasília, mais uma vez a discussão sobre o Marco Regulatório das Comunicações e o debate sobre a regulação da Lei 12.485 e o Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) - responsável pelas novas regras na TV por assinatura  - foram debatidos separadamente.


Embora tanto o presidente da Agência, Manoel Rangel, quanto o ministro das comunicações, Paulo Bernardo estivessem presentes no encontro e o Marco Regulatório das Comunicações, assim como o Marco Regulatório da Tv por Assinatura tenham sido um dos principais assuntos debatidos. Em nenhum momento houve o entendimento e proposta por parte do governo de debater o futuro de ambas as regulamentações no mesmo contexto, conforme sugerido pela sociedade civil durante a I Confecom em 2009.

Com relação às indagações de entidades e representantes da sociedade civil sobre as novas regras da TV por Assinatura, desta vez, quem respondeu foi o próprio presidente da Ancine que manteve a mesma linha de resposta da Agência durante as duas audiências públicas realizadas neste mês. Bastante genérica quanto à garantia da obrigação das cotas e à caracterização de programadora independente no novo regulamento.

Tereza Trautman, produtora independente, representante da Cinebrasil Tv, questionou o presidente da Ancine sobre a preocupação com a possibilidade de acionistas de empresas de distribuição e grupos como a Rede Globo serem caracterizados como programadoras independentes na redação do novo documento proposto.

Rangel respondeu que a agência vai trabalhar com as regras previstas na Lei das S/A e enfatizou que a agência terá um entendimento próprio sobre "influência significativa", item responsável por caracterizar coligação. O presidente também lembrou o critério de controle colocado por esta Lei com o conceito de "preponderância nas deliberações" que, de acordo com ele será utilizado pela Ancine em eventuais casos de abuso. E com isto deixou mais uma vez em aberto que tipo de entendimento próprio seria este e medidas serão de fato tomadas pela Ancine para evitar brechas capazes de boicotar a própria lei.

Marcello Miranda, membro do Conselho Consultivo da Anatel e especialista do Instituto Telecom, voltou a falar sobre a falta de participação da sociedade civil neste debate, excluída pela ausência de mais audiências públicas. E questionou a possibilidade de dispensa da obrigatoriedade do cumprimento das cotas previstas no Artigo 33 do novo documento proposto pela Agência. O presidente da Ancine disse que esta regulamentação viabiliza esta dispensa para responder aos dispositivos já previstos na lei. "Mas, só será aceita pela Agência se for muito bem fundamentada.", reforçou Rangel. OSegundo ele, será criada uma outra instrução normativa para definir esta dispensa que será colocada em Consulta Pública ainda sem prazo determinado.

Além disso, a previsão é que algumas das medidas regulatórias decorrentes da Lei 12.485/2011 (que criou o Serviço de Acesso Condicionado) não estejam concluídas até o prazo legal de regulamentação do serviço estipulado para 12 de março.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Nossa Opinião da Semana: Falta coerência à Ancine



Escrito por Instituto Telecom, terça-feira, 14 de fevereiro de 2012   
Ter, 14 de Fevereiro de 2012 08:08
Na primeira Audiência Pública realizada pela Ancine sobre a regulamentação de dispositivos da Lei 12.485, dia 9/2, no Rio, ficou clara a falta de coerência da Agência ao propor mudanças que não só esvaziam o seu próprio poder de fiscalização como põem em risco um dos princípios mais importantes e historicamente reivindicados pela sociedade na luta pela aprovação da lei - a criação de cotas para conteúdos nacionais e independentes de qualidade.
A diretoria da Agência colocou em Consulta Pública duas Instruções Normativas relativas à Comunicação Audiovisual no Serviço de Acesso Condicionado (SeAC): uma de regulamento geral da Lei e outra que altera a Instrução Normativa (IN) 91, sobre o registro de agente econômico. O regulamento em discussão normatiza as funções das programadoras (empresas que programam o conteúdo audiovisual em canais) e das empacotadoras (empresas que organizam os canais em pacotes pré-estabelecidos) de TV por assinatura e trata da fiscalização do cumprimento das cotas de conteúdo.

Para Marcello Miranda, especialista do Instituto Telecom, a Ancine aos poucos abre mão das principais conquistas da lei e cede aos interesses do monopólio midiático. "A Globo está claramente pressionando a agência para que haja mudanças nessa regulamentação. Daí porque houve mudanças significativas do primeiro documento apresentado pela Ancine para o que está sendo colocado agora em Consulta Pública", protestou.

Diante das ameaças à Lei 12.485 com as modificações propostas para a IN 91, o Instituto Telecom e o Clube de Engenharia distribuíram no evento um manifesto questionando algumas ações da Ancine no processo de criação das regras, como as razões pelas quais a Agência estaria restringindo seus próprios poderes nas atribuições de fiscalização e de sanção.

As entidades chamam a atenção para a importância de toda a sociedade acompanhar esse debate, o primeiro em quase 24 anos após a Constituição Federal estabelecer como princípios a promoção da cultura nacional e regional, o estímulo à produção independente e a regionalização da programação nas emissoras de rádio e televisão, ainda que através da TV paga.

Na audiência, a principal preocupação da sociedade civil foi com relação às modificações propostas pela Agência na IN 91 e no Artigo 33 da IN que trata do SeAC. O texto proposto pela Ancine traz uma definição genérica na redação, utilizando a expressão 'entre outros', que deixa totalmente aberta a possibilidade do não cumprimento das obrigações e ameaça tornar nula toda a aplicação de cotas previstas na lei. Sobre esse aspecto, especialmente, a Ancine tentou se justificar afirmando que fará uma regulamentação futura, o que é ainda mais grave.

Marcio Patusco, representante do Clube de Engenharia, questionou à Ancine do porquê de a própria Agência estar limitando a sua atuação ao restringir os poderes de suas atribuições.  Mauricio Hitara, superintendente da área de fiscalização da Ancine, respondeu que se trata apenas de uma "sofisticação" da lei. Segundo ele, não haveria limitação dos poderes da Agência, mas um rearranjo dos procedimentos e penalidades. Para o Instituto Telecom, uma declaração perigosa e ambígua para o papel a que se destina a lei.

Os representantes da ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) e da ABPTA (Associação Brasileira dos Programadores de TV por Assinatura), entidades que foram contra o PL 29, o PLC 116, a Lei 12.485 e o regulamento do SeAC, tentaram mais uma vez esvaziar o debate. Alexandre Anneberg, presidente da ABTA, reduziu as importantes medidas democráticas trazidas pelos artigos da lei a uma "excessiva burocratização".  Já Carlos Alckimin, da ABPTA, que representa os programadores internacionais, repetiu o  velho discurso liberalista de sempre e chamou a criação de cotas de “intervencionismo da Ancine.”

Para Wolney Oliveira, diretor e membro da Associação de Produtores e Cineastas do Norte e Nordeste (APCNN) é preciso democratizar o debate. "A Ancine tem que agir como uma verdadeira Agência Nacional de Cinema e descentralizar essas audiências que estão acontecendo apenas no eixo Rio X São Paulo." Marcello Miranda, que também é conselheiro da Anatel, sugeriu que houvesse um espaço de participação ativa da sociedade civil nas decisões da Ancine, a exemplo do que ocorre na Anatel que possui um Conselho Consultivo constituído por representantes de diferentes setores da sociedade. O Conselho Consultivo requer informações e faz proposições a respeito das ações do Conselho Diretor.

Ontem foi realizada em São Paulo a segunda audiência pública sobre o tema. Mas, a previsão de uma definição maior sobre os questionamentos da sociedade ainda continua genérica. A agência disse que espera publicar em março sua proposta para as penalidades para quem não cumprir as obrigações de cotas de conteúdo nacional previstas na Lei. E talvez, ainda no primeiro semestre sejam definidas as INs referentes à fiscalização, canais obrigatórios, direitos autorais das produções nacionais, concorrência e à reserva de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual.

Diante desse quadro incerto, o Instituto Telecom reafirma que o debate sobre o SeAC é importante para a regulamentação da Lei 12.485 e ainda poderá servir como um roteiro para a discussão do novo Marco Regulatório das Comunicações.

MiniCom concluiu revisão da proposta do novo marco da mídia eletrônica


Escrito por Lúcia Berbert, Tele.Síntese, terça-feira, 14 fevereiro 2012   
Bernardo disse que consulta pública ainda não tem data, antes projeto será debatido  no governo.
O Ministério das Comunicações já concluiu a revisão da proposta de alteração do marco regulatório da mídia eletrônica, mas ainda não tem data para abrir a discussão pública sobre o tema. O ministro Paulo Bernardo disse que a norma não prevê mudanças na Constituição, porém admite que é preciso discutir se a restrição ao capital estrangeiro é valida também para sites noticiosos. “Recebi uma demanda da Abert [Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão] e devo pedir um parecer da Advocacia Geral da União”, disse, avisando que essa questão não é tratada no projeto do marco regulatório.
“A restrição já está prevista na Constituição, o que precisamos saber é se o sites noticiosos podem ser considerados veiculos de comunicação”, explicou. Bernardo disse que já teve uma conversa preliminar com o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, que também recebeu demanda semelhante, mas ainda não há uma posição formada. “Precisamos saber se o que parece veículo, tem cheiro de veiculo é realmente um veiculo de comunicação”, brincou.

O ministro das Comunicações disse que é preciso levar em conta também a eficácia de restringir esses jornais eletrônicos. “Se foram proibidos aqui, os sites com predominância de capital estrangeiro podem se instalar na Cidad del Leste, no Paragaui, e continuar abastecendo a internet brasileira”, argumentou. “O certo é que uma hora vamos ter que nos debruçar e enfrentar essa questão”, afirmou.

Bernardo assegurou que o projeto de revisão do marco regulatório não trata de censura e que se limita a regulamentar o que está previsto na Constituição. Ele disse que a questão da internet não está clara porque quando foi aprovada a Carta Magna a web estava apenas ainda se estruturando no país. “Mas isso é apenas uma questão de definição”.

O projeto já está em discussão entre ministros do governo. Após essa etapa, será debatido com a presidente Dilma Rousseff para definição de cronograma de discussão com a sociedade. Em seguida, será aberta a consulta pública da proposta.

Radiodifusão

Bernardo disse que até maio estará enviando para a Casa Civil proposta de decreto para regulamentar o funcionamento da radiodifusão comercial. Ele disse que com a medida completa o esforço de reformular as normas existentes para o setor e que datam de 1962. Recentemente, o MiniCom reformulou os procedimentos de outorgas de emissoras comerciais, exigindo maior capacidade técnica e finaceira dos concorrentes à obtenção da licença. Anteriormente, foram reformuladas as regras de concessão de rádios comunitárias e de emissoras educativas.

Sobre TV digital, o ministro disse que a Secretaria de Comunicação Eletrônica analisou e deferiu 190 processos para atribuição de canal, especialmente para geradoras. Mas só 94 compareceram com a documentação. “As empresas não se planejaram para aproveitar esse momento”, disse o ministro. Ele adiantou que já marcou reunião com Abert para tratar do assunto.

Bernardo afirmou que neste semestre serão atendidos todos os pedidos para obter o canal digital. “Quem não apresentou pedido, vamos procurar. Nossa ideia é cumprir rigorosamente o prazo de desligamento do sistema analógico, previsto para 2016”, concluiu.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Fechamento do SESI de Ceilândia DF - Protesto em Ceilândia: a teoria e a prática da cidadania

Gostaria de indicar como pauta a realização de um importante ato que será realizado em Ceilândia por ocasião do misterioso fechamento do Sesi de Ceilândia, demitindo funcionários, e deixando crianças, jovens e adultos sem cursos profissionalizantes, escola, esportes e atendimentos de saúde. O Sesi funcionava em Ceilândia há mais de 30 anos.

Segue o release que produzimos. Quaisquer informações adicionais podem me escrever ou me ligar 8163-5501 ou para a Ludmila 9243-8718

A população de Ceilândia se surpreendeu ao descobrir recentemente o fechamento do SESI da cidade.  Há rumores de que o terreno foi vendido, e também de corte de gastos, mas nenhuma informação concreta a respeito. O fato causou indignação da população, e a Rede Social de Ceilândia está  organizando um ato público, que será um abraço simbólico às instalações do SESI, ao mesmo tempo que reivindicará informações por parte da direção da instituição e do governo. A Rede Social de Ceilândia possui cerca de 40 instituições e líderes comunitários e existe há quase 4 anos.Serviço: Ato público (abraço simbólico)
09/02/2012 – 09h00
Loca l: Sesi Ceilândia
Organização: Rede Social de Ceilândia

Blog: www.wwwredesocialdeceilandia.blogspot.com

Protesto em Ceilândia: a teoria e a prática da cidadania

Cidadania. Tá aí uma palavra que já se encontra até desgasta, de tanto ser dita e repetida nos tempos de hoje. Parece até que todo mundo sabe o que é, mas é só pedir para alguém explicar, que vemos o quanto a cidadania é um falso conceito na mente do brasileiro. Diversos livros explicam o que é cidadania, uns gastam 100 páginas, outros precisam de mais. Mas, sinceramente, nenhum dos que li achei tão bom assim.

Para não complicar o assunto, poderíamos pensar nessa conversa que cidadania tem a ver com 'ser da cidade'. Ter importância para a cidade, para aquilo que ela pode nos oferecer de bom, e para as necessidades que a cidade tem. O cidadão e a cidadã sabem usufruir da cidade, e sabem que tem um dever de zelar por ela.
O que está ocorrendo em Ceilândia é o seguinte: existe um Sesi que atende a população de Ceilândia há mais de 30 anos, até que, de repente, simplesmente apareceu fechado no início desse ano, e não se sabe bem o porquê. Crianças sem escola, atendimentos de saúde encerrados, esporte cancelado e trabalhadores mandados embora. Por que!? Ninguém sabe ao certo. Os rumores são a venda para redes de supermercados ou para empresas da construção civil. O Sesi já está fechado, mas ainda não foi vendido.

Diante dessa situação, a cidadania teoricamente estaria ameaçada em Ceilândia. Onde já se viu, reduzir o acesso a saúde, educação e cultura na cidade, para construir mais prédios ou mais mercados? Na teoria, alguma coisa precisa ser feita. Na prática, cidadãos estão se organizando, e faremos um protesto em frente ao SESI, contra o fechamento do lugar e contra a construção de qualquer outra coisa ali que não seja acesso a mais cidadania pro povo. Levaremos faixas, cartazes, som, e a mídia. Pode não ser o manifesto perfeito, mas é o real. É o que temos pra hoje, e é o começo.

Essa não é uma luta em defesa do SESI. O que está em disputa é: espaço é do povo X espaço das construtoras. É saúde, educação e cultura X especulação imobiliária. Essa é a luta.

E pra quem acha que essa situação não tem a ver com você, apenas porque não mora na Ceilândia ou não usa o SESI de lá, eu alerto. Ontem foi Pinheiro, hoje é o SESI, amanhã é o cerrado, e depois de amanhã, é o ar que você respira.

Protesto

Abraço simbólico ao SESI Ceilândia

Data: 09/02/2012 às 09h00.

Local: Em frente ao SESI Ceilândia (na mesma rua do Hospital de Ceilândia)




por Leonardo Ortegal para o Jornal O MIRACULOSO

Sesi Ceilandia

Localizada na maior cidade do Distrito Federal, a unidade do Sesi Ceilândia oferece serviços nas áreas de educação e esporte aos industriários e à comunidade daquela região. O programa Escola Integral funciona na unidade com acompanhamento pedagógico, aliado às práticas esportivas, artísticas, aulas de informática e de inglês, além de outras atividades extracurriculares.
Outro foco na educação é para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), programa que possibilita as pessoas que, por algum motivo, tiveram de interromper os estudos, poderem concluir o ensino médio por meio do Novo Telecurso. No quesito educação, a unidade possui uma biblioteca com espaço de pesquisa virtual, um laboratório de ciências e brinquedoteca.
Nas atividades esportivas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos seus associados, o Sesi Ceilandia oferece, no seu complexo esportivo, várias modalidades esportivas, como: natação, atletismo, hidroginástica, alem do Projeto Atleta do Futuro, que oferece as modalidades de judô, futsal, futebol, voleibol a crianças e adolescentes da comunidade da cidade.
A estrutura conta com ginásio poliesportivo, piscina infantil e semiolimpica aquecida, quatro campos de futebol, espaço multiuso com capacidade para 150 pessoas. A unidade foi inaugurada em 25 de março de 1976.

Contato:
Endereço: QNM 27, Módulo "B", Área Especial - Ceilandia - DF - CEP 72215-270
E-mail: sesi.ceilandia@sistemafibra.org.br
Fone: (61) 3471-9700 / Fax: (61) 3371-3528 

comentários  

 
0#2 Rose 08-02-2012 13:16
É Everardo você está coberto de razão. E se alguém corajoso tentar se aprofundar no motivo do fechamento do Sesi Ceilândia certamente teremos mais um "Durval Barbosa", entenderam?
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+1#1 Everardo de Aguiar 07-02-2012 18:08
amigo da paz Léo, quando a FIBRA decide fechar o SESI, escolhe o lado do desprezo aos moradores que usufruíam da educação, saúde, esporte, lazer e etc, de boa qualidade. Infelizmente o paradigma que norteia esses empresários e o governo que está omisso, é de garantir o lucro, a ignorância, em detrimento do bem comum.
amigo da paz Léo, Você diz bem, quando diz eles deram o primeiro passo e se ficarmos calados eles caminharão sobre nós. Muita paz, Everard
o.
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Hoje é dia de Iemanjá - Lenda, Mito e Sincretismo Religioso

Iemanjá - Lenda, Mito e Sincretismo Religioso
Iemanjá (yemanjá), a Rainha do Mar, mãe de quase todos os orixás, é exaltada por negros e brancos. Iemanjá, possui vários nomes: sereia do mar, princesa do mar, rainha do mar, Inaé, Mucunã, Dandalunda, Janaína, Marabô, Princesa de Aiocá, Sereia, Maria, Dona Iemanjá; dependendo de cada região, mas sua origem vem da África. "A Iemanjá brasileira é resultado da miscigenação de elementos europeus, ameríndios e africanos".



"Afrodite brasileira", Iemanjá é a padroeira dos amores e muito solicitada em casos de desafetos, paixões conflituosas, desejos de vinganças, tudo pode ser conseguido caso ela consinta. Iemanjá exerce fascínio nos homens, sua beleza é o esteriótipo da beleza feminina: Longos cabelos negros, feições delicadas, corpo escultural e muito vaidosa.



Têm poderes sobre todos aqueles que entram em seu domínio, o mar. Venerada e respeitada por pescadores e todos aqueles que vivem no mar, pois a vida dessas pessoas estão em suas mãos, segunda a lenda é ela quem decide o destino das pessoas que adentram seu império: enseadas, golfos e baías. Dona de poderes, a tranquilidade do mar ou as tempestades estão sob o seu domínio.



No sincretismo religioso, Iemanja tem identidade correspondente a outros santos, como na igreja católica é Nossa Senhora de Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e a Virgem Maria.
Em cada lugar do Brasil Iemanjá é festejada, mas as datas diferem de um lugar para outro. No Rio de Janeiro seu culto é festejado no dia 31 de Dezembro, junto a passagem de ano, ondes os devotos oferecem oferendas: Velas, espelhos, pentes, flores, sabonetes e perfumes... na esperança de que ela leve todas as tristezas, problemas e aflições para o fundo do mar e traga dias melhores. Na Bahia sua data é comemorada no dia de Nossa Senhora das Candeias, 2 de fevereiro. Venerada nos Candomblés da Bahia, recebe muitas homenagens e oferendas.





Iemanjá também é conhecida como deusa lunar, rege os ciclos da natureza que estão ligados a água e caracteriza a "Mudança", na qual toda mulher é submetida devido a influência dos ciclos da lua.



Mãe de quase todos os órixas, é a deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional.



Casada com Oxalá, Iemanjá é o arquétipo da maternidade. Outras vezes Iemanjá continua bela, mas pode apresentar-se como a Iara, metade mulher, metade peixe, as sereias dos candomblés do caboclo.



Nota: Em Cuba, Yemayá também possui as cores azul e branca, é uma rainha do mar negra, assume o nome cristão de La Virgen de la Regla e faz parte da Santeria como santa padroeira dos portos de Havana.

MITOLOGIA

LENDA (Arthur Ramos)

Com o casamento de Obatalá, o Céu, com Odudua, a Terra, que se iniciam as peripécias dos deuses africanos. Dessa união nasceram Aganju, a Terra, e Iemanjá (yeye ma ajá = mãe cujos filhos são peixes), a Água. Como em outras antigas mitologias, a terra e a água se unem. Iemanjá desposa o seu irmão Aganju e tem um filho, Orungã.

Orungã, o Édipo africano, representante de um motivo universal, apaixona-se por sua mãe, que procura fugir de seus ímpetos arrebatados. Mas Orungã não pode renunciar àquela paixão insopitável. Aproveita-se, certo dia, da ausência de Aganju, o pai, e decide-se a violentar Iemanjá. Essa foge e põe-se a correr, perseguida por Orungã. Ia esse quase alcançá-la quando Iemanjá cai no chão, de costas e morre. Imediatamente seu corpo começa a dilatar-se. Dos enormes seios brotaram duas correntes de água que se reúnem mais adiante até formar um grande lago. E do ventre desmesurado, que se rompe, nascem os seguintes deuses: Dadá, deus dos vegetais; Xango, deus do trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra; Olokum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos; Oiá, deusa do rio Niger; Oxum, deusa do rio Oxum; Obá, deusa do rio Obá; Orixá Okô, deusa da agricultura; Oxóssi, deus dos caçadores; Oké, deus dos montes; Ajê Xaluga, deus da riqueza; Xapanã (Shankpannã), deus da varíola; Orum, o Sol; Oxu, a Lua.

Os orixás que sobreviveram no Brasil foram: Obatalá (Oxalá), Iemanjá (por extensão, outras deusas-mães) e Xango (por extensão, os outros orixás fálicos).

Com Iemanjá, vieram mais dois orixás yorubanos, Oxum e Anamburucu (Nanamburucu). Em nosso país houve uma forte confluência mítica: com as Deusas-Mães, sereias do paganismo supérstite europeu, as Nossas Senhoras católicas, as iaras ameríndias.

A Lenda tem um simbolismo muito significativo, contando-nos que da reunião de Obatalá e Odudua (fundaram o Aiê, o "mundo em forma"), surgiu uma poderosa energia, ligada desde o princípio ao elemento líquido. Esse Poder ficou conhecido pelo nome de Iemanjá.

Durante os milhões de anos que se seguiram, antigas e novas divindades foram unindo-se à famosa Orixá das águas, como foi o caso de Omolu, que era filho de Nanã, mas foi criado por Iemanjá.

Antes disso, Iemanjá dedicava-se à criação de peixes e ornamentos aquáticos, vivendo em um rio que levava seu nome e banhava as terras da nação de Egbá.

Quando convocada pelos soberanos, Iemanjá foi até o rio Ogun e de lá partiu para o centro de Aiê para receber seu emblema de autoridade: o abebé (leque prateado em forma de peixe com o cabo a partir da cauda), uma insígnia real que lhe conferiu amplo poder de atuar sobre todos os rios, mares, e oceanos e também dos leitos onde as massas de águas se assentam e se acomodam.

Obatalá e Odudua, seus pais, estavam presentes no cerimonial e orgulhosos pela força e vigor da filha, ofereceram para a nova Majestade das Águas, uma jóia de significativo valor: a Lua, um corpo celeste de existência solitária que buscava companhia. Agradecida aos pais, Iemanjá nunca mais retirou de seu dedo mínimo o mágico e resplandecente adorno de quatro faces. A Lua, por sua vez, adorou a companhia real, mas continuou seu caminho, ora crescente, ora minguante..., mas sempre cheia de amor para ofertar.

A bondosa mãe Iemanjá, adorava dar presentes e ofereceu para Oiá o rio Níger com sua embocadura de nove vertentes; para Oxum, dona das minas de ouro, deu o rio Oxum; para Ogum o direito de fazer encantamentos em todas as praias, rios e lagos, apelidando-o de Ogum-Beira-mar, Ogum-Sete-ondas entre outros.

Muitos foram os lagos e rios presenteados pela mãe Iemanjá a seus filhos, mas quanto mais ofertava, mais recebia de volta. Aqui se subtrai o ensinamento de que "é dando que se recebe". Fonte: Deusa Iemanjá


Iemanjá Rainha do Mar

Cantada por Maria Bethânia
Composição: Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro



Quanto nome tem a Rainha do Mar?
Quanto nome tem a Rainha do Mar?

Dandalunda, Janaína,
Marabô, Princesa de Aiocá,
Inaê, Sereia, Mucunã,
Maria, Dona Iemanjá.

Onde ela vive?
Onde ela mora?

Nas águas,
Na loca de pedra,

O que ela gosta?
O que ela adora?

Perfume,
Flor, espelho e pente
Toda sorte de presente
Pra ela se enfeitar.

Como se saúda a Rainha do Mar?
Como se saúda a Rainha do Mar?

Alodê, Odofiaba,
Minha-mãe, Mãe-d'água,
Odoyá!

Qual é seu dia,
Nossa Senhora?

É dia dois de fevereiro
Quando na beira da praia
Eu vou me abençoar.

O que ela canta?
Por que ela chora?

Só canta cantiga bonita
Chora quando fica aflita
Se você chorar.

Quem é que já viu a Rainha do Mar?
Quem é que já viu a Rainha do Mar?

Pescador e marinheiro
que escuta a sereia cantar
é com o povo que é praiero
que dona Iemanjá quer se casar.

Meu respeito e admiração pela cultura e a crença.



Saudação à Iemanjá, a Rainha do Mar: Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba!

Yemanjá

Mitologia Africana