sábado, 26 de abril de 2014



DONA GERCINA, A POETA FIANDEIRA PARTIU DESTA VIDA. VAI SE EMBORA UMA RICA BIBLIOTECA COMPLETA DA CULTURA POPULAR BRASILEIRA

 Foto  Agência ECCom/Pedro Prestes
Gercina Maria de Oliveira era um dos ícones da comunidade de Sagarana, um dos primeiros assentamentos da reforma agrária em Minas Gerais, distrito do município de Arinos, no Vale do Rio Urucuia. Mineira descendente de índios caetés, aprendeu o ofício de fiandeira com sua avó Laura Maria de Jesus e sua mãe, Ana Maria. Com as próprias mãos, plantava e  colhia o algodão que transformava em fios com que tecia suas peças coloridas, rico artesanato que a levou até a uma exposição na sede da ONU em Nova Iorque, em dezembro de 2013. Mas, além da poesia artesanal, o que mais distinguia Dona Gercina eram os versos de sua cantoria, que ela também improvisava enquanto fiava em sua roda. Não dá pra imaginar festa de raiz popular sem a apresentação desta grande poeta. A Associação das Artesãs de Sagarana, que ela fundou com suas companheiras de ofício, é um frande sucesso de empreendedorismo de cultura popular assentado nas bases da economia solidária. Dona Gercina deixa doze filhos. Nós todos, ficamos órgãos também.
 Agência ECCom
Foto George Duarte Agência ECCom
http://redeccom.blogspot.com.br/search?q=Dona+Gercina
Dona Gercina, poeta fiandeira que desfia versos, fiando cantorias de trabalho no palco de Sagarana, Feito Rosa para o Sertão.

sexta-feira, 25 de abril de 2014


Mesa sobre Direitos Autorais debate a lógica do compartilhamento na internet

25.04.2014 - Mesa sobre Direitos Autorais debate a lógica do compartilhamento na internet

A lógica do compartilhamento na cultura digital, que é a própria natureza da internet, foi o principal ponto de embate dos ciberativistas na quinta mesa da Arena Net Mundial, sobre "Direitos autorais na era da Internet". O diálogo foi mediado por Fernanda Machiaveli, chefe de gabinete da Secretaria-Executiva da Secretaria-Geral da Presidência da República (SG-PR).
A primeira a se pronunciar (remotamente, direto do Net Mundial) foi Veridiana Alimonti, advogada e pesquisadora do Instituto Brasileiro de Direitos do Consumidor (Idec) na área de telecomunicações e internet. O Idec  discute essa questão na perspectiva dos direitos do consumidor. “Fizemos estudos, e constatamos que nossa lei de direitos autorais é bastante restritiva se comparada às de outros países. O Brasil sempre fica mal posicionado nessa questão dos direitos do consumidor”, avaliou. Atuando nas discussões do Net Mundial, ela revelou que a questão dos direitos autorais é uma das principais disputas, com a atuação do sempre forte lobby da indústria do copyright e a sociedade civil pressionando no sentido oposto.
Veridiana citou ainda uma pesquisa realizada pelo Idec que mostrou os custos proibitivos que um aluno de primeiro ano teria para adquirir todos os livros da faculdade, ou mesmo para comprar só aqueles que a biblioteca da universidade não tem. Num curso de direito, pode chegar a R$ 9 mil reais só no primeiro ano. Uma visão mais avançada dos direitos autorais poderia tornar a Internet um meio para se produzir as soluções para este problema. 
Na sequência, Gustavo Anitelli, sociólogo, produtor do Teatro Mágico e membro do movimento Música para Baixar, compartilhou seus estudos sobre as mudanças radicais que aconteceram no mercado da música nos últimos dez anos. O Teatro Mágico ficou conhecido pela sua política agressiva de disponibilizar músicas e de fazer disso uma pauta. “Na época fomos chamados de loucos, mas hoje esse é o principal modelo de divulgação de música. Hoje, mesmo aqueles que são contra o download legal de música precisam disponibilizar também, senão a sua música não circula. Aliás, hoje as pessoas nem baixam mais as músicas, ouvem na internet sem precisar baixar”, disse.
Surge então a questão de como o compositor será remunerado nesse novo sistema. Segundo Gustavo, temos por um lado um compositor mal remunerado e por outro, um acesso à cultura mal colocado. Há toda uma estrutura armada para beneficiar apenas os intermediários ou aqueles que já estão ganhando muito, e muitas vezes isso acontece à margem da lei. “O jabá é prática corriqueira no Brasil e foi naturalizado, ninguém mais fala disso”, apontou. "O que nós precisamos é criar um modelo em que atravessadores (de conteúdo musical) não consigam se reorganizar e continuar atuando.”
Para Pedro Mizukami, pesquisador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio (CTS-FGV) nas áreas de direitos autorais, pirataria e acesso ao conhecimento, a aprovação do Marco Civil da Internet abre espaço para uma atenção coletiva a outros projetos que serão cruciais, como o anteprojeto de proteção aos dados pessoais e a famosa reforma da Lei de Direitos Autorais (LDA). Essas alterações na lei serão, de acordo com ele, determinantes de como será a Internet daqui para frente. “É muito importante que a sociedade civil acompanhe esse debate”.
Já Felipe Altenfelder, membro do Coletivo Fora do Eixo e um dos fundadores do Mídia Ninja, explica que o coletivo surgiu no mesmo contexto do Teatro Mágico, vendo a crise da indústria fonográfica como uma oportunidade para se pensar diferente, em rede, e abrir espaços para novos artistas e novas formas de produção cultural. “Na época, surgiu o Napster, que deu às pessoas o gostinho do compartilhamento. Em vez de comprar o Napster, a indústria resolveu processá-lo. Com isso perderam o bonde e surgiram milhares de outras formas de compartilhar músicas e filmes.”
O ponto principal debatido por Alfredo Manevi, secretário adjunto da Secretaira Municipal de Cultura e secretário-executivo do Ministério da Cultura, foi a questão da economia na Internet. Segundo ele, o Marco Civil garantiu dois pontos fundamentais, que são a neutralidade e privacidade, mas a grande luta ainda está por vir: a questão da regulação econômica da Internet. "Na realidade, estamos falando de uma economia subjacente da Internet, que faz surgir novos modelos contratuais, que são indicadores de um sistema que precisa vir à tona, para que possamos entender todos os elos dessa cadeia" diz Alfredo, que acredita que a discussão da economia vai ser decisiva para definir se, no futuro, a Internet vai ter muros ou não, e se esses muros serão altos ou baixos.

segunda-feira, 14 de abril de 2014


I Pré-Fórum Brasil de Comunicação Pública em Brasília



I Pré-Fórum Brasil de Comunicação Pública

A digitalização da comunicação será o tema do I Pré-Fórum Brasil de Comunicação Pública, que acontece no próximo dia 15 de abril no Interlegis, em Brasília. Este será o primeiro de três eventos preparatórios ao Fórum Brasil de Comunicação Pública 2014, agendado para novembro deste ano, que tem como objetivo principal discutir os desafios da comunicação pública e da garantia deste direito no Brasil, contribuindo para o fortalecimento dos atores do setor.

Página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/310882189059178/?ref_dashboard_filter=upcoming


PROGRAMAÇÃO

9h – Abertura - O futuro das emissoras do campo público: o direito à reserva de espectro

Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
Ministério das Comunicações
Empresa Brasil de Comunicação S/A (EBC)
Conselho Curador da EBC
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara
Abccom (Associação Brasileira de Canais Comunitários)
Abepec (Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais)
Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária)
ABTU (Associação Brasileira da TV Universitária)
Amarc (Associação Mundial de Rádios Comunitárias)
Arpub (Associação das Rádios Públicas do Brasil)
Astral (Associação Brasileiras de Televisões e Rádios Legislativas)
Conselho Federal de Psicologia
Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas)
Fitert (Federação dos Radialistas)
FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação)
Frenavatec (Frente Nacional pela Valorização das TVs Comunitárias)
MNRC (Movimento Nacional de Rádios Comunitárias)
Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura
Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal
Sindicato dos Radialistas do Distrito Federal

Coordenação: Deputada Federal Luiza Erundina – presidente da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular

14h - A Digitalização no Rádio

Expositores:
Anatel
Ministério das Comunicações
Arpub (Associação das Rádios Públicas do Brasil)
Amarc (Associação Mundial de Rádios Comunitárias)

Mediação: Deputado Federal Newton Lima (PT/SP)

16h - A Digitalização na TV

Expositores:
Anatel
Ministério das Comunicações
SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia)
SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão)
Abepec (Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais)

Mediação: Deputada Federal Luciana Santos (PCdoB/PE)

Comissão Organizadora: Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular, Associação Brasileira de Comunicação Comunitária (ABCCOM), Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO), Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (ASTRAL), Associação Brasileira de Tevês Universitárias (ABTU), Associação de Rádios Públicas (ARPUB), Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão e Itararé, Conselho Curador da EBC, Conselho Federal de Psicologia (CFP), Frente Nacional pela Valorização das Tevês do Campo Público (FRENAVATEC), Federação Nacional dos Trabalhadores de Rádio e TV (FITERT), Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Intervozes, Movimento Nacional de Rádios Comunitárias (MNRC), Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadoras e Comunicadores (RENAJOC) e Viração Educomunicação.

SERVIÇO:
I Pré-Fórum Brasil de Comunicação Pública 2014
15 de abril de 2014 - Local: Interlegis (Av. N2, Anexo E do Senado Federal)
Horário: das 9h às 12h das 14h às 18h - Entrada gratuita
Contatos: (61) 3215-5620(61) 3224 8038 (gabinete da Deputada Federal Luiza Erundina)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

http://anapolisnatela.com.br/viva-o-centro-mercado-municipal-de-anapolis-e-patrimonio-historico-que-merece-ser-visitado/

http://anapolisnatela.com.br/viva-o-centro-mercado-municipal-de-anapolis-e-patrimonio-historico-que-merece-ser-visitado/
Home / Viva o Centro / VIVA O CENTRO!: Mercado Municipal de Anápolis é patrimônio histórico que merece ser visitado
VIVA O CENTRO!: Mercado Municipal de Anápolis é patrimônio histórico que merece ser visitado

VIVA O CENTRO!: Mercado Municipal de Anápolis é patrimônio histórico que merece ser visitado

Classificação

Avaliação do usuário: 4.65 ( 1 Votos)
A própria disposição das bancas, lembrando as feiras livres, o atendimento direto e caloroso ao freguês, bem diferente do impessoal sirva-se você mesmo dos supermercados.
 
   Agência ECCom
O Mercado Municipal Carlos de Pina é um museu vivo do comércio de Anápolis, funcionando até hoje nos mesmos moldes em que foi construído em 1951, preservando-se como um dos raros testemunhos arquitetônicos da cidade que sobrevivem com a função para a qual foi concebido. Inaugurado em 1955 com manchetes que o aclamavam como o maior do gênero na região, foi entregue a população pra resolver seus problemas de abastecimento.
Entrar no mercado Municipal é exercitar a memória olfativa, um suceder de aromas remete ao que um mercado é na verdadeira acepção da palavra, algo de conotação bíblica. Temperos, fumo de rolo, frutos da estação, “gueroba”, cachaça, almeirão, colher de pau, pamonha, prato feito, sortido, frituras diversas de sabor que só se encontra ali. Evocações de um modo de vida que a cidade ampliada não permite mais.
A própria disposição das bancas, lembrando as feiras livres, o atendimento direto e caloroso ao freguês, bem diferente do impessoal sirva-se você mesmo dos supermercados. E a clientela continua forte porque não se vê bancas fechadas, nem ociosas.
Tombado como Patrimônio Histórico em 1984, por meio da Lei nº 025, o Mercado Municipal merece mais atenção por sua história, importância e ponto de referência para a cultura anapolina. Por isso, discute se o gosto e a utilidade de intervenções como a “fonte” plantada à sua frente na Rua General Joaquim Inácio, uma via de trânsito intenso e carente de espaços para acesso do público.
(https://www.facebook.com/media/set/?set=a.325910697470316.73855.276687209059332&type=1)
 

Classificação


sexta-feira, 4 de abril de 2014

ZÉ MULATO E CASSIANO E JURAILDES DA CRUZ HOJE NO TEATRO DO SESI - GOIÂNIA GO

Imagem inline 1

Levante Popular da Juventude lança campanha “Apague o Ditador da sua Escola”

Levante Popular da Juventude lança campanha “Apague o Ditador da sua Escola”
 
Na sexta-feira (28), o Levante Popular da Juventude lançou a campanha intitulada “Apague o ditador da sua escola”. A  data foi escolhida em memória aos 46 anos do assassinato do estudante secundarista Edson Luis e as vésperas dos 50 anos do Golpe Militar no Brasil.
 
Esta campanha tem o objetivo de promover a substituição dos nomes de escolas públicas que homenageiam ditadores da história recente do país. De acordo com o levantamento realizado existem em todo país aproximadamente 1000 escolas municipais, estaduais ou federais identificadas pelo nome dos 5 ditadores que ocuparam o posto de presidente do período que vai de 1964 à 1985.

A Campanha será organizada em 20 estados a partir de duas frentes de ação. A primeira através da atuação junto a estas escolas, pautando o debate sobre o significado da Ditadura Civil-Militar para o Brasil, e estimulando a comunidade escolar a substituir o nome da escola, preferencialmente por nomes identificados com a resistência ao regime e as lutas democráticas.

A segunda frente consistirá em ações de pressão sobre o poder público no sentido de proibir tais homenagens que legitimam no imaginário da sociedade o regime militar.  

 
 
Escolas com nomes de ditadores
Segundo matéria publicada em 2013 no jornal Estadão, no Brasil, quase mil escolas ainda possuem nome de ditadores (http://oglobo.globo.com/ educacao/pais-tem-quase-mil- escolas-com-nomes-de- presidentes-da-ditadura- 9782672).
 
Levante Popular da Juventude
Movimento social nacional de juventude surgido em 2012 com os escrachos contra os torturadores do período ditatorial.
 
Resumo
O que: Campanha ‘Apague o ditador da sua escola’ que visa mudar os nomes das escolas que possuem nomes de presidentes  do período ditatorial no Brasil.  veja mais no www.levante.org.br