terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Lula cria Conselho de Participação Social e retoma diálogo do governo federal com movimento popular

Lula cria Conselho de Participação Social e retoma diálogo do governo federal com movimento popular

Presidente editou dois decretos nesta terça-feira (31), em que criou o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial

Ricardo Stuckert

Presidente Lula e ministro Márcio Macedo. Foto: Ricardo Stuckert

Após anos de desmonte, de falta de atenção e até de perseguições contra as lideranças populares do pais promovidos pelo governo Bolsonaro, a participação social retorna à pauta de prioridades pelo governo atual, conforme prometido durante a campanha eleitoral pelo presidente Lula.

Nesta terça-feira, 31, no Salão Nobre do Palácio do Planalto (veja abaixo vídeo com a íntegra do evento), o presidente Lula assinou dois decretos que vão inaugurar essa reabertura de diálogo entre o governo federal e os movimentos sociais.

O evento contou com a participação do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macêdo.

O sistema será coordenado pela Secretaria Geral da Presidência, cujas novas funções estão centradas na coordenação do diálogo com as entidades sociais.

A SGPR terá como missão organizar o debate com a sociedade de forma a garantir a participação social na formulação e execução das políticas públicas.

Durante sua manifestação, o presidente Lula afirmou que o conselho foi uma sugestão da presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).

Veja abaixo trecho da manifestação do presidente Lula:

“Ganhamos uma eleição, mas a causa, que nos fez chegar aqui, ainda está engatinhando para que a gente possa conquistar. Uma reunião como essa é gratificante para um presidente da República. Uma reunião como essa é gratificante para qualquer líder, de qualquer entidade do movimento popular. Mas é importante que a gente tenha consciência que essa é a primeira reunião, e é a primeira criação de uma organização de povo brasileiro para ajudar o Governo e cobrar do Governo, para que a gente possa fazer as coisas. Nós derrotamos um presidente, mas nós ainda não derrotamos o fascismo, que foi impregnado na cabeça de milhões de brasileiros”.

Pelos decretos assinados foram criados o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial, com reafirmação do compromisso de manter a interlocução permanente com os movimentos sociais e as organizações da sociedade civil na construção de políticas públicas.

Ouça as manifestações do presidente Lula e do ministro Márcio Macedo

O primeiro decreto define a criação do Conselho de Participação Social, com representantes de entidades e instituição sociais. A criação do conselho atende proposta incluída no relatório final do Gabinete de Transição Governamental, a pedido do próprio presidente Lula.

Segundo o site oficial do Palácio do Planalto, o grupo técnico produziu um diagnóstico minucioso sobre o cenário da participação social no País nos últimos anos, e apresentou propostas para a retomada das institucionalidades e dos instrumentos de participação popular na elaboração e no controle de políticas públicas.

Veja trecho da manifestação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo:

“A partir de 2003, com a primeira vitória do presidente Lula, a cidadania ganha a expressão que lhe conferiu a Constituição da República. A participação social foi incorporada como um dos principais eixos do Governo. Foi colocada em prática a ampliação do diálogo com os movimentos sociais, com as organizações da sociedade civil e com os cidadãos e cidadãs; especialmente pela criação, reformulação e ampliação dos mecanismos de participação social como, por exemplo, as Conferências e os Conselhos Nacionais de Políticas Públicas”.

Da Redação, com Palácio do Planalto 

31 ações que marcaram o primeiro mês do novo governo Lula

 

31 ações que marcaram o primeiro mês do novo governo Lula

Socorro ao povo Yanomami, pagamento do Bolsa Família de R$ 600, retomada das ações de preservação ambiental e diálogo com a classe trabalhadora estão entre as medidas adotadas

Ricardo Stuckert/Site do PT

Um presidente que trabalha (Foto: Ricardo Stuckert)

No primeiro mês de seus novo governo, Lula mostrou ser um presidente da República disposto a trabalhar incansavelmente para a reconstrução e a união do Brasil.

Desde o primeiro dia, logo após a posse, as primeiras medidas foram anunciadas, com ações na área do meio ambiente, da educação e da segurança pública.

Lula também reabriu canais de diálogo importantes, recebendo no Palácio do Planalto líderes sindicais, agentes comunitários de saúde, reitores e governadores, além de viajar à Argentina e ao Uruguai, retomando a integração latino-americana.

Também socorreu o povo Yanomami, freou a entrega do patrimônio nacional ao retirar Petrobras e Correios da lista de privatizações, garantiu vacina contra a Covid-19 para as crianças e recebeu a visita do chanceler alemão Olaf Scholz, entre outras importantes medidas.

Veja abaixo 31 ações do primeiro mês de governo:

1º/1 – Em sua posse como presidente, Lula convida o povo brasileiro para subir a rampa ao seu lado e recebe a faixa de uma catadora de materiais recicláveis, numa demonstração de que seu governo servirá a todos os brasileiros, mas dará especial atenção aos que mais precisam.

1º/1 – Já no primeiro dia, Lula determina a retomada do Fundo da Amazônia. Criado em 2008 para financiar projetos de fiscalização e redução do desmatamento, o fundo está parado desde abril de 2019.

1º/1 – Outra medida adotada no primeiro dia foi a revogação do decreto que segregava alunos com deficiência nas escolas.

1º/1 – Também foi assinado decreto que dá início ao processo de reestruturação da política de controle de armas no país, com o objetivo de ampliar a segurança da população brasileira.

2/1 – Lula retira Petrobras, Correios e outras seis empresas da lista de privatizações, como prometeu fazer durante a campanha.

2/1 – O presidente determina que a Advocacia Geral da União (AGU) investigue sigilos decretados por Bolsonaro e defina quais devem ser tornados públicos.

2/1 – O Brasil volta a ter um Ministério da Cultura, comandado pela cantora e ativista Margareth Menezes.

3/1 – Por meio do Ministério da Justiça, governo Lula determina investigação sobre donos de postos que aumentaram o preço dos combustíveis sem nenhuma justificativa.

6/1 – Na primeira reunião com seus ministros, Lula ressalta: “Temos que levar o Estado aonde o povo mais precisa”.

6/1 – Após determinação de Lula, o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Marcio Macedo recria o Programa Pró-Catador. Criado por Lula em 2010 e extinto por Bolsonaro em 2020, o projeto apoia os catadores de materiais recicláveis.

8/1 – Depois de golpistas realizarem atos terroristas em Brasília, Lula reage com veemência, intervém na segurança pública do DF e conclama o Congresso Nacional, o STF e os governadores estaduais a defender a democracia.

11/1 – Em mais um dia histórico, Lula dá posse à primeira ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara. Na mesma cerimônia, cria-se o Ministério da igualdade Racial, comandado por Anielle Franco.

11/1 – No mesmo dia, Lula sanciona lei que tipifica a injúria racial como crime de racismo.

11/1 – Também anuncia o desejo de o Brasil sediar, em Belém, a COP-30, conferência do clima da ONU que ocorrerá em 2025.

12/1 – Ministérios dos Direitos Humanos e do Desenvolvimento e Assistência Social anunciam grupo de trabalho para ajudar as crianças que ficaram órfãs durante a pandemia.

12/1 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresenta primeiras medidas para tapar rombo no orçamento deixado pelo governo Bolsonaro. Com as ações, Brasil vai reduzir ou até mesmo eliminar o déficit previsto nas contas públicas para este ano.

17/1 – O ministro da Educação, Camilo Santana, anuncia que o piso do magistério foi reajustado em 15% e passa a ser de R$ 4.420,55.

17/1 – Determinada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia a recomposição integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, garantindo mais recursos para a pesquisa brasileira.

17/1 – Ministério da Justiça anuncia criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas, atendendo um pedido dos profissionais da imprensa.

18/1 – Bolsa Família começa a ser pago com o valor de R$ 600, como prometido na campanha. Em março, começa a transferência dos R$ 150 extras para cada criança com menos de 6 anos.

18/1 – Palácio do Planalto é reaberto à classe trabalhadora, que é convidada para, junto ao governo, elaborar as políticas de valorização do salário mínimo, de fortalecimento dos sindicatos e de regulamentação do trabalho por aplicativo.

18/1 – Governo Lula anuncia a entrada do Brasil no Compromisso de Santiago e na Declaração do Panamá, assumindo o compromisso de promover a igualdade de gênero em diferentes esferas.

19/1 – Lula recebe reitores de universidades e institutos federais e garante respeito à autonomia das instituições e mais recursos para a área de ciência e tecnologia.

20/1 – O presidente sanciona a lei que reconhece os agentes comunitários de saúde e de controle de endemias como profissionais do SUS, atendendo uma reivindicação de 20 anos da categoria.

21/1 – Lula e ministros viajam a Roraima e constatam genocídio praticado contra yanommis durante o governo Bolsonaro. Imediatamente, é lançada uma operação de socorro aos indígenas.

22 a 26/1 – O presidente inicia sua primeira viagem internacional visitando a Argentina e o Uruguai, numa forma de sinalizar que a integração da América Latina será prioridade de seu governo. No dia 24, Lula participa da reunião da Celac, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

27/1 – Lula se reúne com os 27 governadores e firma pacto pela democracia e pelo desenvolvimento econômico e social do Brasil. Retomadas de obras paradas e ações na saúde são acordadas.

30/1 – Lula assina decretos dando às Forças Armadas, ao Ministério da Defesa e ao Ministério da Saúde a missão de socorrer a população indígena e acabar com os garimpos em seus territórios.

30/1 – Lula recebe o chanceler alemão, Olaf Scholz, e retoma aliança estratégica entre Brasil e Alemanha. País europeu volta a ajudar na preservação da Amazônia com doação de mais de R$ 1 bilhão.

31/1 – Brasil recebe as primeiras 1,8 milhões de doses da vacina infantil da Pfizer contra a Covid. Até março, mais 15,6 milhões de doses serão entregues. 

31/1 – Presidente assina decretos que criam Conselho de Participação Social no Governo.

Da Redação

Criação do Conselho de Participação Social e do Sistema de Participação ...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Governo Lula define novas ações emergenciais para socorrer povo Yanomami

 

Governo Lula define novas ações emergenciais para socorrer povo Yanomami

Assistência nutricional e de saúde e garantia de segurança para as equipes do governo atuarem na região são algumas das medidas discutidas em reunião de Lula com ministros

Ricardo Stuckert/PR

Presidente Lula durante reunião com membros do governo. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula se reuniu nesta segunda-feira (30) com ministros e demais membros do seu governo para discutir novas ações emergenciais a serem implementadas para combater a grave crise humanitária que atinge e ameaça a sobrevivência do Povo Yanomami em Roraima.

De acordo com o site oficial do Palácio do Planalto, as prioridades do governo Lula neste momento são dar assistência nutricional e de saúde ao povo Yanomami, com alimentos adequados aos seus hábitos, e garantir a segurança necessária para que equipes de saúde possam exercer suas atividades nas aldeias.

O presidente Lula também determinou que seja garantido com maior rapidez o acesso à água potável por meio da construção de poços artesianos e que seja feita a medição dos níveis de contaminação por mercúrio dos rios e dos indígenas das aldeias Yanomamis.

Para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, Lula determinou que seja interrompido o tráfego aéreo e fluvial na região.

Em nota divulgada à imprensa, a Presidência da República explicou a decisão. “As iniciativas visam combater, o mais rápido possível, o garimpo ilegal e outras atividades criminosas na região impedindo o transporte aéreo e fluvial que abastece os grupos criminosos”, afirma o comunicado.

As ações também visam impedir o acesso de pessoas não autorizadas pelo poder público à região para não somente bloquear as atividades ilegais, mas também evitar a disseminação de doenças.

Conforme a determinação do presidente Lula, todas essas ações devem ser feitas de forma emergencial e no menor tempo possível para colocar um fim nas mortes e auxiliar o Povo Yanomami.

Estiveram presentes durante a reunião com o presidente da República os ministros da Casa Civil, Rui Costa; Justiça, Flávio Dino; Defesa, José Mucio; Povos Originários, Sônia Guajajara; Direitos Humanos, Silvio de Almeida; Minas e Energia, Alexandre Silveira; Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, a presidenta da Funai Joenia Wapichana e o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa.

Da Redação

Governo Lula recebe apoio da Alemanha para defesa do meio ambiente

Governo Lula recebe apoio da Alemanha para defesa do meio ambiente

Durante visita do primeiro-ministro Olaf Scholz ao Brasil, Alemanha anuncia doação de mais de R$ 1 bilhão para projetos ambientais no Brasil

“Estamos muito felizes pelo Brasil estar de volta à cena mundial. Vocês fizeram falta”, disse Scholz a Lula

A visita do primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, ao presidente Lula, nesta segunda-feira (30), terminou com o compromisso de Brasil e Alemanha ampliarem o trabalho conjunto na proteção ambiental, na construção de um modelo econômico que promova a justiça social e para que um acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul se concretize.

Como um primeiro resultado prático, o governo alemão anunciou a a doação de 200 milhões de euros (cerca de R$ 1,1 bilhão) para ações ambientais no Brasil. O dinheiro será dividido entre diferentes iniciativas, como a proteção da Amazônia, o desenvolvimento dos estados que abrigam a floresta e projetos de uso de energias renováveis na indústria e no setor de transportes,

Veja a integra do Comunicado Conjunto entre Brasil e Alemanha

“Ao Brasil, cabe uma tarefa fundamental na proteção do clima. É uma notícia muito boa para o nosso planeta a de que o presidente Lula está empenhado em combater as mudanças climáticas, proteger a Amazônia e acabar com o desmatamento. Estamos muito felizes pelo Brasil estar de volta à cena mundial e empenhado na maior integração da América Latina. Vocês fizeram falta, caro Lula”, disse Scholz durante uma entrevista à imprensa concedida por ele e Lula.

Na entrevista, Lula disse estar disposto a trabalhar para que o acordo entre União Europeia e o Mercosul se concretize ainda este ano. O presidente, no entanto, disse que o Brasil deseja rever alguns pontos do documento elaborado até o momento, pois o país não pode abrir mão de sua reindustrialização nem do uso de compras governamentais para fortalecer as empresas nacionais.

“Vamos trabalhar muito para que a gente possa concretizar esse acordo. Alguma coisa tem que ser mudada, ele não pode ser feito tal com está”, disse Lula, acrescentando que o governo também pretende avaliar bem quais são as condições oferecidas ao Brasil para se tornar membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Socorro aos Yanomami

Lula também foi perguntado sobre a situação dos índios Yanomami e explicou que assinou um decreto dando poderes às Forças Armadas, ao Ministério da Defesa e ao Ministério da Saúde para socorrer os indígenas e acabar com o garimpo ilegal em suas terras.

“A verdade é que tivemos um governo que poderia ser tratado como um governo genocida, porque ele é um dos culpados para aquilo acontecer. Ele que fazia propaganda para as pessoas invadirem com garimpo, está cheio de discurso dele dizendo isso. Então, nós resolvemos tomar uma decisão: não haverá mais garimpo. Quanto tempo vai demorar, eu não sei. Pode demorar um pouco, mas que nós vamos tirá-los, vamos”, garantiu o presidente.

“O governo brasileiro vai acabar com garimpo em qualquer terra indígena a partir de agora. O Brasil vai voltar a ser um país sério, respeitado e que respeita a Constituição, as leis e, sobretudo, os seres humanos”, completou.

Outro tema abordado pelos jornalistas foi a guerra na Ucrânia. Perguntado sobre a possibilidade de o Brasil vender munições à Alemanha para que o país europeu as envie para o governo ucraniano, Lula explicou por que o país não tem interesse em fazê-lo.

“O Brasil é um país de paz, o último contencioso nosso foi na Guerra do Paraguai, e, portanto, o Brasil não quer ter qualquer participação (na guerra), mesmo que indireta. Neste instante, nós deveríamos estar procurando quem pode ajudar a encontrar a paz entre Rússia e Ucrânia. Nós precisamos encontrar alguém, porque até agora a palavra paz é muito pouco utilizada”, disse.

Lula disse estar empenhado em formar um grupo que ajude a acabar com o conflito. “Proponho criarmos um grupo de países que se sentem à mesa com a Rússia e a Ucrânia para tentar encontrar a paz”, disse, acrescentando que conversou sobre o tema com Scholz e também com o presidente francês, Emmanuel Macron, e que pretende discuti-lo com os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China Xi Jin Ping.

Da Redação


sábado, 28 de janeiro de 2023

Florestan Fernandes assume o comando editorial do 247 e Leonardo Attuch fala sobre as mudanças no Brasil 247 e na TV 247

Florestan Fernandes assume o comando editorial do 247 e Leonardo Attuch fala sobre as mudanças no Brasil 247 e na TV 247

Nova estrutura visa valorizar a equipe e responder aos anseios da comunidade de leitores e telespectadores

www.brasil247.com - Leonardo Attuch e Florestan Fernandes Júnior
Leonardo Attuch e Florestan Fernandes Júnior (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
 

Por Eduardo Ribeiro, diretor do Portal dos Jornalistas – O Brasil 247 (site e TV) passará a contar, a partir de 1º de fevereiro, com uma nova estrutura editorial, trazendo para a equipe permanente, em funções estratégicas e de liderança, parte de seus atuais colaboradores. Florestan Fernandes Jr., por exemplo, que deixou o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, assume a Direção de Redação; Mario Vitor Santos, diretor institucional; Luís Costa Pinto, chefe da sucursal Brasília e diretor de Projetos Especiais. Há novidades também na equipe interna, de suporte: Aquiles Lins assume como secretário de Redação do Brasil 247 e a Dayane Santos, como coordenadora da TV 247. Rodrigo Vianna, diretor da TV 247. Joaquim de Carvalho, repórter especial e documentarista. Hildegard Angel, Regina Zappa e Marcelo Auler, sucursal Rio. Miguel Paiva, Renato Aroeira, Carlos Latuff e Nando Motta, chargistas (veja o expediente completo no final do texto).

Gisele Federicce, que era diretora de Redação, saiu para comandar a comunicação do Ministério das Mulheres.24Um dos grandes defensores da retomada democrática pelas forças progressistas, o Brasil 247 vê agora o País voltar a ser gerido por um governo com esse perfil e que tem os compromissos sociais em seu principal vértice,

Fique por dentro do 247

Principal projeto editorial contemporâneo de perfil progressista, o Brasil 247 atingiu, em 2022, 364 milhões de pageviews (30 milhões/mês) e sua TV tem hoje cerca de 1,2 milhão de inscritos, que geraram no ano passado 256 milhões de visualizações de vídeos. É uma audiência robusta e que atinge um público altamente politizado, intelectualizado e formador de opinião.


Para falar das mudanças na estrutura editorial do veículo e analisar as mudanças políticas no País e na imprensa, de um modo geral, o Portal dos Jornalistas ouviu Leonardo Attuch, diretor-presidente e idealizador do Brasil 247.

Portal dos Jornalistas – O Brasil 247 está anunciando esta semana mudanças relevantes em sua estrutura editorial, com contratações, remanejamentos e algumas saídas. Pode falar sobre as motivações dessa reestruturação e quais os objetivos em termos editoriais, de audiência e mesmo de negócios?

Leonardo Attuch – O objetivo da reorganização é valorizar a nossa equipe, profissionalizar ainda mais a redação e investir mais na produção de jornalismo de qualidade, tanto no site Brasil 247, como na TV 247. A chegada como diretor de Redação do Florestan Fernandes Júnior, que já era comentarista da TV 247 e integrante do nosso Conselho Editorial, faz parte desse esforço. O Mario Vitor Santos torna-se diretor institucional e passa também a integrar nosso Conselho. Luís Costa Pinto volta ao 247 como chefe da Sucursal Brasília, ao lado das colunistas Helena Chagas e Tereza Cruvinel, e passa também a atuar como diretor de Projetos Especiais. Internamente, o Aquiles Lins assume como secretário de Redação do Brasil 247 e a Dayane Santos como coordenadora da TV 247. O objetivo é produzir o jornalismo de maior qualidade do Brasil, comprometido com a democracia, o desenvolvimento, a inclusão social e a soberania nacional.

Portal dos Jornalistas – O País enfrenta turbulências, mas volta a respirar ares democráticos. Qual o papel que você crê que o 247 cumpriu nos quatro anos de governo Bolsonaro e que papel pensa que ele cumprirá agora no novo governo Lula?

Attuch – O papel do 247 vem de antes do governo Bolsonaro, uma vez que fomos um dos primeiros veículos a denunciar o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff. O golpe contra Dilma, a prisão política do ex-presidente Lula e o governo Bolsonaro são fenômenos entrelaçados. Os três fazem parte da doutrina de choque e pavor imposta ao Brasil a partir de junho de 2013 para que o País fosse alvo de um choque neoliberal, que teve como consequências a volta da fome, o retrocesso econômico, a retirada de direitos e a transferência da renda do petróleo brasileiro para os acionistas minoritários da Petrobrás. Impossível saber quantas consciências foram tocadas pelo nosso jornalismo, mas inegavelmente o Brasil 247 e a TV 247 têm cumprido um papel relevante no debate público.

Portal dos Jornalistas – Como tem sido a evolução da audiência do 247, considerando o site, a TV e outros projetos da casa?

Attuch – O Brasil 247 registrou uma audiência de 364 milhões de páginas vistas em 2022, o que representa uma média de 30 milhões de page views por mês. Trata-se de uma audiência estável, com público altamente engajado e extremamente qualificado do ponto de vista intelectual. Esta audiência já foi maior e pode voltar a ser maior, caso haja maior transparência e equanimidade nos mecanismos de busca das grandes plataformas. Além disso, a TV 247, com 1,2 milhão de inscritos e 256 milhões de visualizações de vídeos em 2022, consolidou-se como a maior produtora de conteúdo jornalístico independente do YouTube no Brasil, com viés progressista e democrático.

Portal dos Jornalistas – O 247, assim como vários outros projetos jornalísticos de qualidade e de diferentes estilos e setores, são árvores recentes nessa secular floresta editorial que se transforma de modo intenso e permanente.  Você é otimista com essas transformações? Como enxerga o futuro vendo o que tem acontecido com a mídia mainstream e o novo jornalismo, se é que podemos usar essa definição?

Attuch – Sim, sou bastante otimista em relação ao futuro da mídia independente, uma vez que os hábitos de consumo já mudaram radicalmente, privilegiando os meios digitais, e os custos de produção também se tornaram menores, favorecendo novos atores independentes, como é o caso do Brasil 247 e da TV 247.

Portal dos Jornalistas – Uma das mudanças mais profundas no chamado jornalismo digital, pelo que temos observado, se dá na linguagem, na abordagem das notícias, em que mais vale uma manchete que busca o clique do que aquela que informa e causa impacto. Esse, claro, é apenas um exemplo, mas são ilimitadas as “pegadinhas” editoriais atrás de cliques e de um bom ranqueamento nas ferramentas de busca. O 247 tem trabalhado isso na sua jornada editorial? O que pensa disso?

Attuch – Nós não apostamos em click baits e oferecemos conteúdo de qualidade e profundidade aos nossos leitores e telespectadores. O que não significa que não tomemos posição, nos momentos mais importantes. Nosso pacote de conteúdos envolve um mix com notícias rápidas, artigos aprofundados, vídeos curtos, lives longas com grandes comentaristas, entrevistas com personalidades, autoridades e intelectuais… e assim por diante. É um pacote para todos os gostos.

Portal dos Jornalistas – A propósito, a senioridade da equipe do 247, com nomes consagrados e ampla experiência em várias mídias e plataformas, não é comum na mídia digital, onde equipes jovens – e não tão experientes – predominam. Qual seu olhar sobre esse aspecto do jornalismo contemporâneo?

Attuch – Temos uma combinação entre jovens e grandes mestres do jornalismo brasileiro. Tenho grande orgulho em ter reunido a equipe com maior senioridade e experiência do jornalismo brasileiro, com nomes consagrados como Tereza Cruvinel, Hildegard Angel, Paulo Moreira Leite, Helena Chagas, Florestan Fernandes Júnior, Marcelo Auler, Alex Solnik, Mario Vitor Santos, Regina Zappa, Miguel Paiva, Aroeira, Rodrigo Vianna, Joaquim de Carvalho, Luís Costa Pinto, Carlos Latuff, Gustavo Conde e Denise Assis, entre muitos outros. Quem viveu mais e tem mais experiência jornalística reporta e comenta com mais qualidade.

Portal dos Jornalistas – Com o retorno de um governo democrático, em Brasília, você vê chances de também voltar a haver uma distribuição mais democrática dos investimentos publicitários do Governo Federal, como nos tempos de Franklin Martins, por exemplo, no segundo mandato do Governo Lula?

Attuch – A distribuição de verbas publicitárias oficiais nunca foi a nossa preocupação central. Mas é importante que se diga que, assim que assumiu o cargo, logo após o golpe de estado de 2016, Michel Temer instituiu blacklists na distribuição de recursos publicitários, destruiu a política de mídia técnica e passou, indiretamente, a comprar consciências, o que, a meu ver, constitui crime contra a administração pública. Só foram contemplados com anúncios federais os veículos que aceitaram participar da fraude contra a democracia. Como não nos rendemos ao golpe, fomos discriminados nas blacklists da era Temer/Bolsonaro, mas é melhor estar em paz com a consciência do que viver numa gaiola dourada de um projeto que provocou fome e destruição nacional.

Portal dos Jornalistas – J&Cia soube que o 247 entrou na parada para a contratação do Jânio de Freitas, tão logo ele foi demitido da Folha. Mas ele, ao final, acabou fechando com o Poder 360. Pode falar um pouco sobre essa negociação e mesmo sobre a importância do Jânio de Freitas ir para um veículo digital?

Attuch – Fizemos uma proposta a ele, para que se juntasse ao nosso time de grandes jornalistas, mas ele aceitou uma outra oferta e respeitamos sua decisão. Sobre a importância de ir para um veículo digital, eu diria que só existem veículos digitais. Os digitais que ainda têm edições impressas mantêm as mesmas para iludir o mercado com uma falsa ideia de influência, como se o papel ainda fosse símbolo de poder. Os leitores dos veículos impressos também estão quase que exclusivamente no digital.

Portal dos Jornalistas – Pode falar um pouco sobre os planos futuros do 247? Tem novidades a caminho?

Attuch – Nosso projeto é seguir contemplando a nossa comunidade de leitores e telespectadores com jornalismo de alta qualidade e seguir contribuindo para a formação de uma consciência democrática no Brasil e também para a formação de consensos em torno de questões como o desenvolvimento econômico e a soberania nacional. Já temos o site, a TV e talvez passemos a organizar grandes conferências nos próximos anos.

Portal dos Jornalistas – Para finalizar, queria que você comentasse o impacto do 247 na sua vida. Valeu a pena ter apostado num empreendimento ousado num tempo de incertezas?

Attuch – Quando eu olho para trás e vejo tudo o que construímos até aqui, formando a melhor equipe de jornalistas da imprensa brasileira, e o conselho editorial mais qualificado do Brasil, só tenho motivos para agradecer.

Confira o novo expediente do Brasil 247

Diretor-presidente: Leonardo Attuch

Diretor de Redação: Florestan Fernandes Júnior

Diretor Institucional: Mario Vitor Santos

Conselho Editorial: Celso Antônio Bandeira de Mello, Celso Amorim (licenciado), Carol Proner (licenciada), Marco Aurélio de Carvalho, Marcia Tiburi, Aloizio Mercadante (licenciado), Luiz Carlos Bresser Pereira, Florestan Fernandes Júnior, Jessé Souza, Mario Vitor Santos, Vilma Reis, Felipe Coutinho, Ferréz, Paulo Moreira Leite e Leonardo Attuch

Secretário de Redação e Direção Nordeste: Aquiles Lins

Direção da TV 247: Rodrigo Vianna

Coordenação da TV 247: Dayane Santos

Repórter Especial e Documentarista: Joaquim de Carvalho

Sucursal Brasília: Luís Costa Pinto (diretor), Helena Chagas (editora especial) e Tereza Cruvinel (editora especial)

Sucursal Rio de Janeiro: Hildegard Angel, Marcelo Auler, Regina Zappa, Denise Assis, André Constantine, Dafne Ashton, Ricardo Nêggo Tom, Miguel Paiva, Renato Aroeira e Nando Motta

Âncoras da TV 247: Rodrigo Vianna, Dayane Santos e Gustavo Conde

Coordenação do Cortes 247: Heberth Xavier

Comentaristas e Colunistas: Tereza Cruvinel, Paulo Moreira Leite, Alex Solnik, Helena Chagas, Hildegard Angel, Florestan Fernandes Júnior, Denise Assis, Regina Zappa, José Reinaldo Carvalho, Marcelo Auler, Leonardo Stoppa, Miguel Paiva, Mario Vitor Santos e Moisés Mendes

Editores Executivos: Guilherme Levorato e Leonardo Sobreira

Editores e Repórteres: Dayane Santos, José Reinaldo Carvalho, Paulo Emílio Gonçalves, Leonardo Lucena, Laís Gouveia, Juca Simonard, Camila França e Guilherme Paladino

Apresentadores da TV 247: Dafne Ashton, Andrea Trus, Sara Goes, Miguel Paiva, Regina Zappa, Sarah Wagner York, Valéria Marchi e Ricardo Nêggo Tom

Comentaristas da TV 247: André Constantine, Brian Mier, Nathalia Urban, Jeferson Miola, Lejeune Mirhan e Cesar Calejon

Chargistas: Carlos Latuff, Miguel Paiva, Nando Motta e Renato Aroeira

Edição de Arte: Ana Pupulin, Felipe Gonçalves e Thiago Monteiro

Moderação de Comentários: Rita Candeu

Diretor de Tecnologia e Monetização: Nicolas Iwashita

Programação: Thiago Monteiro

Administração e Finanças: André Barbugiani, Elaine Martins e Elizabete Souza

Email de contato: contato@brasil247.com.br

Zeca Dirceu reitera com Haddad compromisso por reforma tributária justa e solidária

Líder do PT na Câmara Federal disse que a expectativa é assim que chegar a proposta no Congresso Nacional, colocá-la em discussão para seja votada, pelo menos na Câmara dos Deputados, até o mês de abril

Divulgação

Líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, e ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Divulgação

O deputado federal Zeca Dirceu (PT) adiantou nesta sexta-feira, 27, que a reforma tributária pretendida pelo governo Lula não terá aumento dos impostos e mesmo assim será mais justa e solidária com os trabalhadores e setores ainda impactados pela pandemia. “Conversei ontem com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) que reafirmou o compromisso do presidente Lula e do próprio ministério com uma reforma sem aumento da carga tributária”, disse o lider do PT na Câmara dos Deputados.

Zeca Dirceu disse ainda que a expectativa é assim que chegar a proposta no Congresso Nacional, colocá-la em discussão para seja votada, pelo menos na Câmara dos Deputados, até o mês de abril. “Será um ano de extenso trabalho, teremos vetos a analisar, a recomposição do orçamento em áreas como a saúde e educação, mas a reforma tributária é uma prioridade e já estamos conversando com as lideranças partidárias sobre a importância de votá-la ainda no primeiro semestre”, disse.

Na avaliação do deputado, a aprovação da reforma faz parte do “guarda chuva” das propostas do governo federal que está resgatando a credibilidade do país internamente e no exterior. “São garantias e compromissos. O próprio ministro tem reiterado, por vezes, que os impostos sobre o consumo no Brasil são altos e que seria um contrassenso aumentá-los”.

Modelo – “Não é isso que queremos e também não é isso que os brasileiros esperam do novo governo. Queremos uma reforma tributária justa com o setor produtivo e solidária com os mais pobres. Esse modelo que vamos votar e aprovar com apoio da maioria dos parlamentares”, completou.

Zeca Dirceu disse ainda que espera votar ainda neste semestre o novo arcabouço fiscal que vai determinar, por exemplo, as regras do equilíbrio das contas públicas e que tenham credibilidade para o médio e longo prazo. “O ministro disse que as mudanças com a nova reforma tributária e novo arcabouço vão diminuir as pressões inflacionárias e facilitarão a condução da taxa básica de juros pelo Banco Central”, disse.

“Nós temas o mantra da credibilidade, previsibilidade e estabilidade. E com isso, além de estancar a inflação e baixar os juros, teremos condições de crescer novamente, acabando com a fome, reduzindo a pobreza e distribuindo as riquezas que o país produz e que ainda tem condições de produzir mais”, finalizou o deputado paranaense.

Do PT na Câmara