domingo, 26 de janeiro de 2014


Comunidade discute Parque do Córrego das Antas em Anápolis GO







Foto de Rede Comunitária de Comunicação.Rede Comunitária de Comunicação adicionou 43 novas fotos ao álbum ''NÃO MATE O VERDE - Paulo Nunes Batista'' de Rede Comunitária de Comunicação e Elber Sampaio Araújo — emAnápolis-Goiás
Não mate o verde
Verde de ver de novo
a Esperança no olhar, nas Mãos do Povo
Olhe: o Corpo que temos
Corpo com que na terra nós vivemos -
e que o Espírito encerra -
é dádiva da terra
que ao nascer recebemos...
Veja: Para viver
precisamos do Ar, da Água, da Terra,
do Fogo - nossos Pais...
Também precisam - como nós - os Vegetais
que purificam o Ar
para que você possa respirar...

A Ecologia, meu irmão, defenda;
pra defender a VIDA, não a venda...
venda que o defensor da renda põe nos Olhos
do Povo, como travas, como antolhos...
Defenda a Ecologia
como um dever sagrado, noite e dia:
contra selvageria
desse capitalismo consumista
que mata jacarés e derruba florestas
para ganhar com couros e madeiras.
mudando o clima, enfim, de regiões inteiras...
Não mate o verde
Verde de ver de novo
a Esperança no olhar, nas Mãos do Povo
Olhe: o Corpo que temos
Corpo com que na terra nós vivemos -
e que o Espírito encerra -
é dádiva da terra
que ao nascer recebemos...
Veja: Para viver
precisamos do Ar, da Água, da Terra,
do Fogo - nossos Pais...
Também precisam - como nós - os Vegetais
que purificam o Ar
para que você possa respirar...

É dever defender nosso Meio Ambiente
contra a Avidez de quem quer dinheiro somente...
É a Cupidez que tem o costume nefasto
de derrubar o mato e transformar em pasto
a área onde o Lavrador deveria plantar...
E a Ambição é que joga o Mercúrio no rio
para o Ouro tirar...e que as águas polui,
veneno a despejar nelas anos a fio
para que o Capital a crescer continue...
Não mate o verde, irmão.
Sem Sorrisos de verde pelo Chão
não há Flores nem Frutos
nem para nós nem para os seres brutos,
que são nossos irmãos de romagens terrenas...
Sem Sorrisos de Pétalas e Penas
nos resta só Tristeza!
Não deixe que o Egoísmo
mate na terra as fontes da Beleza
e cave cada dia mais o Abismo
em que há de sepultar a Humanidade
a Ganância de quem
vive trocando o BEM
pelos bens da privada propriedade...
Não deixe que o Dinheiro
destrua a Vida, enfim, no mindo inteiro!
Deus deu a a Terra ao Homem
para nela viver:
não permita que os Maus a terra tomem
só para enriquecer...
Lutar pra defender a Ecologia
é mais do que um Dever - é um Ato de Amor,
uma Atitude enfim da mais Pura Poesia
contra a nefanda ação do Explorador!...
Não mate, pois, o Verde!
Verde de ver de novo
a Certeza no Olhar, na Alma, nas Mãos do Povo...

Anápolis, 10 de setembro de 1990

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014


O Uso Consciente das Redes sociais

O uso das redes sociais será de grande importância nas próximas eleições. Alguns políticos brasileiros ainda não conseguiram enxergar isso, simplesmente por não terem a mínima ideia de como fazer uso dessa eficiente ferramenta. Um grande exemplo de sucesso político através das redes sociais, foi a campanha do Presidente Barack Obama nos EUA. Muito bem aproveitada na campanha, a redes sociais foram de fundamentais na sua eleição.



No Brasil muitos políticos não perceberam, que quem está online tem mais vantagem que seu concorrente. Segundo o Presidente da rede social Twitter,Dick Costolo,  essa é uma vantagem que deve ser melhor aproveitada. Em sua entrevista à Revista Veja dessa semana ele diz o seguinte: "As opiniões se espalham rapidamente pela web e podem levar um político ao sucesso ou ao fracasso em questões de horas. Revistas, jornais e sites monitoram o que é dito nas redes sociais para medir a aceitação de cada candidato."

Então atenção galera atenta das redes sociais, fiquem de olho nos candidatos e passem informações relevantes sobre o trabalho e projetos de cada um deles, principalmente os de sua cidade. Sem ofensas e baixarias. Nunca a opinião de cada um valeu tanto. E, políticos! Acordem e enfrentem essa realidade, usem ainternet de forma a mostrar seus projetos com qualidade e consistência. Nada de repetir velhas formas políticas de toma lá dá cá, pois isso não engana mais ninguém.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Rede de Educação Cidadã - Agenda 2014


No último sábado, dia 18-1-14, a RECID-DF e Entono realizou sua 1a reunião ampliada de 2014.

Debruçando-se num Plano de Trabalho, a Reunião Ampliada é um espaço de formação, avaliação, deliberação e planejamento, sendo composta por pessoas, grupos ou coletivos que atuem no campo popular e construção de um Projeto Popular para o Brasil.

Iniciamos com o café coletivo, abrimos lendo 3 trechos do livro "Cartas Memória" lançado ano passado nos 10 anos da Recid; nos apresentamos; nos dividimos em grupos pra fazer a análise de conjuntura conjunta usando como motivador um trecho do "Marco de Referência da Educação Popular para as Políticas Públicas"; cada grupo ao apresentar suas discussões também escolheu o nome de um/a militante para o grupo e falou sobre elxo e depois, almoçamos juntxs alí no Conic.

Na volta fizemos ginástica laboral e dançamos de umbigada, depois cada coletivo escreveu em tarjetas algumas de suas ações pra 2014 para começarmos a nos vermos mais; em seguida nosso assessor Paique (foto) falou e mediou uma discussão sobre o Projeto Popular para o Brasil; todos os coletivos voltaram a falar um pouco mais das suas ações; muitos já se inscreveram para a CIRANDA DFE que acontece agora no final do mês (INSCRIÇÕES ABERTAS:http://goo.gl/S9jx8e) e encaminhamos uma PRÓXIMA reunião de continuação dia 9-2-14 (das 8h30 as 14hs). Além disso tivemos poesia, música, vídeos e muita animação pras lutas de 2014, cada vez mais compartilhadas e unidas!

Paique fala sobre o Projeto Popular para o Brasil












A Rede de Educação Cidadã uma articulação de diversos atores sociais, entidades e grupos, e que assume solidariamente a missão de realizar um processo sistemático de sensibilização, mobilização e educação popular. Busca em suas ações refletir a realidade através de temas como: Participação social, controle social, análise de conjuntura entre outros, promovendo o diálogo e a participação ativa na superação da miséria, afirmando um Projeto Popular, democrático e soberano de Nação.

Debruçando-se num Plano de Trabalho, a Reunião Ampliada será um espaço de formação, avaliação, deliberação e planejamento, sendo composta por pessoas, grupos ou coletivos que atuem no campo popular e construção de um Projeto Popular para o Brasil. Com este objetivo pedimos a todos e todas que tragam, o que já tiverem, planejado, pensado ou presumido para 2014. Depois teremos um momentos de partilha e visualização destas ações.

Será o momento de olhar para o passado, refletindo nos avanços e desafios, pois nos vemos num “ano novo” onde cada vez mais se faz necessário a partilha de saberes, a unidade das lutas e aproximação dos movimentos e atores sociais.

Durante 2013 colaboramos com processos de formação em várias regiões do Distrito Federal. Nesse processo destacamos o Projeto Vez e Voz que discutiu junto a adolescentes da Escola Estadual Piaget em Águas Lindas o Tráfico de pessoas, além da Escola de Formação do Hip Hop que realizou mensalmente encontro de formação entre lideranças e integrantes deste movimento, dentre outras atividades.

Nesse sentido convidamos cada um e cada uma para nossa Reunião Ampliada:

Dia 18/01/2014 – SÁBADO.

Hora: 8h30 as 17h30 hs.

CONIC – Edifício Miguel Badya, 4º andar, sala 419 - Sala Dandara/Recid.

Café e lanche coletivos, almoço Recid. Traga sua caneca. 

A reunião tem como objetivo construir / apresentar o Plano de Ações da Recid DFE em 2014, alinhar as lutas em torno dos megaeventos e pautas dos movimentos populares.

Participe conosco deste debate!

Atenciosamente,

Rede de Educação Cidadã do Distrito Federal e Entorno.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014


Rede de Educação Cidadã do Distrito Federal e Entorno - Reunião Ampliada

https://www.facebook.com/events/422827024515056/?fref=ts
Caros/as participantes,

Sintam-se bem vindos e bem vindas, à 1ª Reunião Ampliada de 2014 da Rede de Educação Cidadã DFE.

A Rede de Educação Cidadã uma articulação de diversos atores sociais, entidades e grupos, e que assume solidariamente a missão de realizar um processo sistemático de sensibilização, mobilização e educação popular. Busca em suas ações refletir a realidade através de temas como: Participação social, controle social, análise de conjuntura entre outros, promovendo o diálogo e a participação ativa na superação da miséria, afirmando um Projeto Popular, democrático e soberano de Nação.

Debruçando-se num Plano de Trabalho, a Reunião Ampliada será um espaço de formação, avaliação, deliberação e planejamento, sendo composta por pessoas, grupos ou coletivos que atuem no campo popular e construção de um Projeto Popular para o Brasil. Com este objetivo pedimos a todos e todas que tragam, o que já tiverem, planejado, pensado ou presumido para 2014. Depois teremos um momentos de partilha e visualização destas ações.

Será o momento de olhar para o passado, refletindo nos avanços e desafios, pois nos vemos num “ano novo” onde cada vez mais se faz necessário a partilha de saberes, a unidade das lutas e aproximação dos movimentos e atores sociais.

Durante 2013 colaboramos com processos de formação em várias regiões do Distrito Federal. Nesse processo destacamos o Projeto Vez e Voz que discutiu junto a adolescentes da Escola Estadual Piaget em Águas Lindas o Tráfico de pessoas, além da Escola de Formação do Hip Hop que realizou mensalmente encontro de formação entre lideranças e integrantes deste movimento, dentre outras atividades.

Nesse sentido convidamos cada um e cada uma para nossa Reunião Ampliada:

Dia 18/01/2014 – SÁBADO.

Hora: 8h30 as 17h30 hs.

CONIC – Edifício Miguel Badya, 4º andar, sala 419 - Sala Dandara/Recid.

Café e lanche coletivos, almoço Recid. Traga sua caneca. 



A reunião tem como objetivo construir / apresentar o Plano de Ações da Recid DFE em 2014, alinhar as lutas em torno dos megaeventos e pautas dos movimentos populares.

Participe conosco deste debate!

Atenciosamente,

Rede de Educação Cidadã do Distrito Federal e Entorno.


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014


PROMOTORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO QUEREM RESTAURAR O IMPÉRIO


PROMOTORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO QUEREM RESTAURAR O IMPÉRIO

OPINIÃO

Mal acabam de sair das faculdades de qualidade duvidosa que lhes forjaram um mundo todo seu, os acadêmicos ocupam lugares nos órgãos públicos de todo o país, seja no pequeno município ou no estrelato do Ministério Público. Gente comum que se realiza em duas frentes: na compra da coisa própria – carro, casa e carrinhos cheios nos supermercados – e no exercício do poder de polícia do Estado.>>>



Recém saídos  do mundo caótico do salve-se quem puder, tornaram-se os mais novos modelos de carrascos da sociedade e se refestelam nas certezas da estabilidade que lhes afugenta o medo - tormento dos pobres mortais que permanecem na corda bamba do lado de fora. Nos seus novos cargos são servidores-auditores, fiscais-delegados, investigadores-juízes, procuradores-policiais e por aí afora. Como servidores do Estado eles esquecem que servem à sociedade. Não se iludam. Esses algozes das receitas prontas só adoram e veneram o Estado e suas próprias capacidades administrativas que, para eles, beiram à perfeição. A sociedade é que não presta.
Com essa adoração maquiavélica, essa nova geração de “administradores do Estado” agarra-se como carrapicho nos formulários, regras, normas e leis do poder público para a aventura de encaixar, domar e enquadrar o caos da vida nos padrões que o Estado impõe ao cidadão e à cidade. Com gosto arrolam para si a tarefa de dirigir o monstro para nada deixar escapar, pouco se importando se para essa liturgia santificada não haja adeptos ou se a religião que professam foi trazida do Cáucaso ou dos leitos do Reno ou do Mississipi. Nem compaixão, nem processo educativo-formativo, nem relação de confiança para alcançar metas de interesse geral. O que importa é identificar o crime, punir o culpado e expiar-se da culpa em nome do dever cumprido.
Nas mãos desses novos fundamentalistas do Estado, que conseguiram a proeza de serem os melhores no embate das pegadinhas das provas dos concursos públicos, a visão é a mesma dos colonizadores do passado, como fizeram os reis de Portugal com o Brasil em toda a história colonial: o país é atrasado, o brasileiro é preguiçoso e indolente e a iniciativa privada é suspeita. Ninguém sabe ao certo a que se filiam, mas olhado de perto, mais parece a um socialismo autoritário de gaveta, que usa a lei como trator e defensivo agrícola sobre plantações de frutas, pouco se importando se o solo se destrói ou se milhões de abelhas polinizadoras morrem durante a aplicação do remédio.

Esse modelo de Estado, que não depende do governo desse ou daquele partido - pois que nenhum deles possui força suficiente para dar impulso ou interromper os danos causados pela máquina estatal - tem produzido décadas de atraso e concentração de renda no campo. Pequenas propriedades produtoras de subsistência por meação (arroz, milho, feijão, hortaliças, frutas, verduras etc), por exemplo, foram substituídas por criação de gado de corte que usa pouca mão de obra. Substituição causada pelo excesso de exigências e multas constantes do poder público sobre o trabalho. Independente da duração do ciclo de produção, para eles a mais de três meses de meação caracteriza vínculo trabalhista, que exige carteira assinada, recolhimento de impostos etc e por aí vai. A solução tem sido o proprietário da terra colocar pra fora da propriedade milhões de famílias que sobreviviam da plantação em parceria, para não se ver às voltas com ações na vara trabalhista, abrindo espaço para soluções de grandes proprietários de terra que são capazes de suportar as exigências do Estado, porque são especialistas em obter grandes saldo da mais valia (que é a parte não paga do trabalho, a que chamamos de lucro).
Na cidade, invariavelmente, é a mesma coisa. Recentemente um jornal local divulgou uma decisão judicial que proibia uma senhora de vender seus queijos numa pequena cidade do interior do estado de Goiás. A alegação do juiz (bom moço ou sintonizado com esse modelo perverso, certamente) é que a produção artesanal dela, de mais de trinta anos, não cumpria as exigências do Ministério da Saúde. Tristes trópicos com disse Lévi-Strauss, subjugado pelo mundo do paletó e da gravata, que o devia proteger.

Mas não se espantem com tão pouco. A pamonha, a rapadura e os queijos artesanais e curados de Minas Gerais, por exemplo, responsáveis por uma infinidade de iguarias – algumas alçadas a patrimônio nacional como o pão de queijo – só atravessam as fronteiras dos estados brasileiros como contrabando, pois o nunca dantes nesse país do ministro Padilha continua seguindo à risca as normas copiadas da cultura norte americana, demonstrando ser essa a sua visão da cultura nacional ou, muito pior, não consegue dirigir o seu ministério. Estranhamento, do outro lado desse mesmo lado, oito anos de gestão de Aécio Neves no Governo de Minas não foi capaz de descriminalizar o queijo e a produção de subsistência de milhares de pequenos produtores rurais do seu estado. O governo de Eduardo Campos seria diferente em Pernambuco? Não nos iludamos.
No Ministério da Educação - nessa mesma linha de raciocínio superficial e rasteiro que tem transformado os órgãos de políticas públicas em falsas delegacias de polícia - se uma faculdade avaliada não atende os requisitos legais para seu funcionamento “a única alternativa é descredenciar” como afirma um jovem técnico do órgão, mesmo que quatro mil vidas de estudantes sejam abandonadas ao deus-dará, sem o digno respeito à cidadania que o governo repete com a eficiência máxima da propaganda pura. Aliás, cidadania que no mesmo diapasão, fez o Ministério da Justiça espalhar pelo país uma infinidade de balcões de atendimento que transformou a cidadania em reles acesso ao registro de nascimento, à carteira de trabalho, à carteira de identidade e ao atendimento de órgãos públicos de poucos resultados sociais. Pífio. No caso da Educação, se a responsabilidade social é obrigação dos órgãos públicos, um plano de ação para descredenciamento da faculdade que protegesse os estudantes não seria mais apropriado? Certamente é assim que pensa o ministro Mercadante ou, muito pior, não consegue dirigir o seu ministério respeitando o interesse público. As soluções do ministro Mercadante só vão até o limite da “capacidade de fiscalização do órgão”, como ele mesmo gosta de dizer. A sociedade não existe ou é feita de incapazes, não é ministro?
 

Para coibir a sangria popular arbitrada pela ganância dos bancos - que sugam do povo mais de R$ 6 bilhões ao ano somente com multas de cheques devolvidos, essa tecnoburocracia,como define Gustavo Luís Gutierrez1, não faz nenhum espetáculo midiático e deixa a fiscalização por conta do preguiçoso Banco Central e das ouvidorias deles mesmos. Para fiscalizar o atendimento dos Departamentos de Trânsito e suas políticas de educar com a mão no bolso do contribuinte, eles não funcionam. Para coibir abusos das empresas concessionários de transporte e de serviços públicos de água, luz e tratamento de esgoto, eles funcionam com a lentidão dos correios da idade média. Para colocar nos trilhos os serviços de saúde do país e seus abusos diariamente divulgados eles não ouvem, não veem e não falam. Para assegurar vagas na pré-escola e nas faculdades públicas para milhares de crianças e jovens, eles não tem educação e são surdos. Para fiscalizar postos de combustíveis que vendem gato por lebre ao preço que querem, eles não são suficientes. Para coibir a criminalidade com rondas periódicas pela cidade, alegam falta de viaturas, comunicadores e pessoal. Mas a segurança pública não falta a nenhuma manifestação da sociedade em busca da garantia dos direitos assegurados pela constituição, em número e armamento apropriados para um extermínio em massa. E é justamente aqui que demonstram sua habilidade em “prender criminosos”.

Todos esses agentes públicos e seus aparatos custam caro para a sociedade e, como se vê, sua serventia tem sido duvidosa. Nas estatísticas não há um só mapa dos custos e resultados obtidos com os recursos gastos nas políticas de governo, seja federal, estadual ou municipal. Dilma, Campos e Marina engrossam o caldo por um Estado policial e o Aécio quer um choque de gestão para reduzir o tamanho do Estado. Para todos eles o Estado policial é consenso.
Esse modelo autoritário de Estado repete os abusos cometidos na ditadura militar e deveria ter sido estancado pela Constituição de 1988. No entanto, não é o que ocorre. Ao que parece, todo o arcabouço jurídico que a constituinte trouxe para proteger o cidadão contra os abusos do Estado (é por isso que existem cláusulas pétreas, direitos humanos e outras medidas de proteção que as ruas exigiram e os constituintes escreveram com zelo), foi colocado de cabeça para baixo por essa tecnoburocracia que parece ter a sociedade e o cidadão como empecilhos que atrapalham o funcionamento “correto”, “lógico” e eficiente da máquina. Nesse ambiente insidioso, egocêntrico, carreirístico e prepotente dos tecnoburocratas radicais, a constituição vai pelo ralo e seus algozes se apresentam como salvadores da pátria, atirando uns contra os outros de acordo com interesses políticos do jogo do poder pelo poder. O estado de direito que se dane, parecem dizer.
Em cada órgão público, com raríssimas exceções, relatórios viram provas de crimes e auditores viram promotores de acusação. Consertar essas peças de inquisição moderna (condenação prévia) costuma render polpudas propinas para servidores públicos, fiscais, agentes, delegados, promotores, procuradores, juízes, desembargadores e até ministros. Os danos causados pelos inquisidores são imediatos e midiáticos (e seus acusadores se credenciam para cargos nos altos escalões do governo) e tem eficiência invejável, enquanto os consertos desses estragos mofam nas gavetas da administração pública ou do judiciário. Diante dos estragos produzidos e da impunidade dos gestores desse modelo de Estado, a impunidade do criminoso comum é uma gota no oceano.
Recentemente as ruas cobraram com veemência soluções para os problemas públicos nacionais. 

Mas, ao que parece, a tecnoburocracia legislativa, executiva e judiciária espera dias piores. Mais pardais, mais prisões, mais multas, mais abusos do Estado e seus governos foram as respostas apresentadas até o momento.

Nesse processo de desconstituição do Estado (tudo a ver com desfazer a constituição de 1988), o Ministério Público representa, hoje, o ápice imperial ou, modernamente, terrorista. Bem articulado com a imprensa que faz do sensacionalismo o seu pão de cada dia, os tecnocratas promotores do MP posam para as câmeras de TV e disparam suas metralhadoras giratórias, fazendo do princípio do “inocente até que se prove o contrário” um princípio constitucional travestido de sinônimo de impunidade. Curtem ali o minuto de fama que embebeda egos e faz esquecer que o sucesso é superficial e balança na corda bamba do lugar comum. Mas os procuradores do MP sentem-se apropriados para ocupar esse espaço. Que os acusados provem o contrário é sua máxima, novamente invertendo a lei que determina que “as provas cabem ao acusador”. O resto do enredo todo mundo sabe. Certo ou errado, o MP não ficará com a culpa. Isso sim, o máximo da impunidade.

A sociedade esperava muito mais da luz constitucional trazida pela criação do Ministério Público, cuja responsabilidade é única: fiscalizar o Estado para que cumpra as determinações constitucionais. Mas, o que se vê é que ele aliou-se aos jacarés dos fossos que rodeiam os castelos do poder e luta, veementemente, para perpetuar o descaso, o abandono e a impunidade dos gestores do Estado com os quais se identifica, travestindo-se em polícia política a serviço do jogo mesquinho dos governos e da ideologia do Estado policial. Reinam no caos dos analfabetos funcionais e fazem da constituição uma peça de retórica, que usam ao seu bel-prazer.

O Ministério Público é responsável pela fiscalização da polícia, mas parece ocupado com outras coisas, enquanto o número de mortes produzidas pelos órgãos de segurança supera o de muitas guerras mundo afora. Mas quem fiscaliza o Ministério Público? Quem é o rato que se atreve a colocar o guizo no pescoço do gato? Quem paga a conta dos danos causados aos cidadãos e à sociedade diante de milhares de ações infundadas que os procuradores do Ministério Público já colecionam país afora? Qual o custo Brasil desses abusos? Provas forjadas ou inconsistentes, métodos investigativos inconstitucionais e arbitrariedades midiáticas, são a ponta do iceberg da truculência do MP, que depreda irreversivelmente os pilares da democracia, da República e da constituição que Ulisses Guimarães chamou de cidadã.  
Lembrando o imperador francês Luís XIV, que disse que o Estado era ele, afirmo categoricamente: o Brasil real não sobreviverá sob o jugo dessa tecnoburocracia imperial, nem sob o jugo dos procuradores imperadores do Ministério Público.  E digo, sem susto, que é melhor que ouçam as ruas enquanto tudo ocorre dentro dos princípios da República e da democracia. Se esses reinóis tecnocratas continuarem corrompendo o papel do Estado impunemente, das manifestações de rua virão as próximas demandas, e um radicalismo caboclo pode até sair do armário. Nesse momento, não se iludam autoritários de todos os matizes, a turba das ruas é insana e não respeita leis, muito menos terno e gravata. 

REFERÊNCIA
1 – “os tecnoburocratas se percebem como um elemento fundamental na sociedade moderna, portadores únicos de soluções eficientes ou, pelo menos, portadores das soluções mais eficientes possíveis, responsáveis pelo Estado e pela população e, finalmente, desvinculado da defesa de interesses específicos de classe ou grupos, já que buscam apenas soluções ótimas do ponto de vista técnico, com as limitações inerentes a esse processo”, Gustavo Luís Gutierrez em Tecnocracia e Classe Social: Algumas Questões Conceituais e Mobilidade Interna.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Termina quinta-feira (16/01) consulta pública sobre Marco de Referência da Educação Popular


por Vanessa Pardellas 

Quinta-feira (16/01) é o último dia para contribuir para o Marco de Referência da Educação Popular.  O objetivo é criar um conjunto de elementos que permitam a identificação de práticas de Educação Popular nos processos das Políticas Públicas, estimulando a construção de políticas emancipatórias, tornando o processo conhecido e assimilado entre todos os sujeitos e agentes que promovem ações educativas em diferentes frentes e campos de atuação e em todas as políticas públicas.
A proposta está em consulta desde 16 de dezembro do ano passado. Entre as sugestões estão o ensino dessa matéria da infância até a pós-graduação e as formas de levar a educação popular a todas as áreas: rural, urbana, centro e periferia. O marco pretende promover a educação para participação popular e cidadã nos instrumentos e canais de controle social existentes (conselhos, conferências, audiências públicas, fóruns), visando fortalecer o poder popular.
O marco se insere no âmbito do processo de construção da Política Nacional de Educação Popular, da Política Nacional de Participação Social, das políticas e programas para a juventude. Tem como objetivo promover um campo comum de reflexão e orientação da prática no conjunto de iniciativas de Políticas Sociais que tenham origem, principalmente, na ação pública e que contemplem os diversos setores vinculados a processos educativo-formativos das políticas públicas do Governo Federal. Ele foi debatido nos dias 29 e 30 de outubro de 2013, no seminário sobre a Política Nacional de Educação Popular. A atividade contou com a participação de servidores do Governo Federal, educadores e educadoras da Rede de Educação Cidadã, especialistas, entidades e estudiosos da educação popular.
A Consulta Pública do Marco está disponível no Participa.br. A metodologia dos debates proposta pelo ambiente do portal consiste em receber comentários por blocos, nos diferentes artigos e cláusulas das minutas. A interface da ferramenta facilita o processo de publicar, ler e dialogar com os comentários deixados por outros participantes, permitindo um diálogo público e aberto com as sessões do texto e entre os debatedores. Por exemplo, se a pessoa quiser discordar, criticar ou complementar o Marco de Referência da Educação Popular, ela clica no balãozinho localizado ao lado do título do artigo, visualiza todos os comentários realizados e pode responder e debater com outros participantes.
Tendo como ponto de partida que a educação popular é um processo coletivo de elaboração do conhecimento que desenvolve junto a educadores e educadoras a capacidade de ler criticamente a realidade para transformá-la e que a apropriação crítica dos fenômenos e de suas raízes permite o entendimento dos momentos e do processo  de conquista de direitos, ajudando a quebrar toda forma de alienação e a busca e descoberta do real e para a sua superação, considera-se que o principal campo da prática da educação popular está no trabalho de base, que pode se dar em diferentes espaços populares e institucionais, no território, no campo, na cidade, nas periferia e centros.  Acesse a consulta https://www.participa.br/educultura

Fundo Setorial do Audiovisual abre inscrições para seis linhas


Escrito por Tela Viva News

O Fundo Setorial do Audiovisual abriu inscrições para mais seis das suas dez linhas lançadas no último dia 17 de dezembro pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, e pelo diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel. A partir de quarta, 15, é possível inscrever projetos nas chamadas Prodecine 02/2013, Prodecine 03/2013, Prodecine 04/2013 e Prodav 02/2013 em regime de fluxo contínuo, e Prodav 03/2013 e Prodav 04/2013 em regime de concurso público.


As inscrições deverão ser feitas pelo site do BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, agente financeiro do FSA.  Segundo a Ancine, além dos editais disponíveis no site do BRDE, os proponentes devem consultar o Regulamento geral do Prodav no portal da agência.

As inscrições para duas outras linhas, operando em regime de concurso público, Prodecine 01/2013 e Prodecine 05/2013, voltadas para a produção de longas-metragens, estão abertas desde o dia 26 de dezembro, e seguem aceitando propostas até o dia 17 de fevereiro, quando serão abertas as inscrições para as duas chamadas restantes, Prodav 01/2013 e Prodav 05/2013.

Segundo a Ancine, o Sistema de Suporte Financeiro Automático, mecanismo que destinará um total de R$ 40 milhões às empresas em função de seu desempenho comercial, também entrará em operação em breve.

No total, a quinta convocatória do FSA disponibiliza recursos de cerca de R$ 400 milhões, montante equivalente à soma dos valores oferecidos nas quatro convocatórias anteriores.


Informações sobre as seis linhas do FSA com inscrições abertas a partir do dia 15 de janeiro:

Chamada Prodecine 02/2013: Aporte na produção via distribuidoras (R$ 55 milhões)
Esta Chamada Pública (Linha C) é voltada para o investimento na aquisição de direitos de distribuição de longas-metragens, com aporte na produção. O objetivo é permitir o planejamento da ocupação do mercado de salas por longas-metragens nacionais de produção independente, estreitando a relação entre produtoras e distribuidoras.

Chamada Prodecine 03/2013: Comercialização (R$ 5 milhões)
Esta Chamada Pública (Linha D) é voltada para o investimento em comercialização de longas-metragens de produção independente, para exibição em salas de cinema, com ênfase em filmes de baixo e médio orçamento. O valor fixo de investimento é de R$ 200 mil por projeto, com lançamento mínimo em 10 salas, viabilizando o lançamento de mais filmes brasileiros no mercado.

Chamada Prodecine 04/2013: Complementação à produção (R$ 15 milhões)
Esta Chamada Pública (Linha A/Complementação) é voltada para a complementação do orçamento de produção de longas-metragens, agilizando a conclusão de obras que se encontram em estágios avançados de realização.

Chamada Prodav 02/2013: Produção de Conteúdo para TV (R$ 30 milhões)
Esta nova linha do FSA se destina a financiar a produção de conteúdos brasileiros independentes e projetos pré-selecionados para as grades de programação dos canais de televisão aberta e por assinatura. Os projetos devem ser realizados por produtoras independentes, com contrato de licenciamento pré-definido junto às programadoras. As programadoras serão as proponentes, mas os investimentos serão contratados com as produtoras independentes, na modalidade participação em projeto.

Prodav 03/2013: Núcleos criativos (R$ 18 milhões)
Seleção, em regime de concurso público, de propostas de incubação de núcleos criativos em empresas produtoras ou desenvolvedoras de projetos. Voltada ao desenvolvimento de carteira de projetos de obras seriadas e não seriadas e de formatos de obra audiovisual, brasileiros de produção independente, destinados aos segmentos de televisão aberta e por assinatura, salas de exibição e vídeo por demanda (VOD). As inscrições se encerram no dia 10 de março.

Prodav 04/2013: Laboratórios de desenvolvimento (R$ 10 milhões)
Seleção, em regime de concurso público, de propostas de desenvolvimento de projetos de produção independente destinados aos segmentos de TV aberta e por assinatura, salas de exibição e vídeo por demanda (VOD).  O desenvolvimento dos projetos receberá o estímulo e o suporte de laboratórios de desenvolvimento para diversas tipologias de obras, em todas as regiões do país. As inscrições se encerram no dia 31 de março.

Serviço

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014


Faça parte da REDE SAUDE E CULTURA

Faça parte da REDE SAUDE E CULTURA, projeto do Ministério da Cultura em parceria com a Fiocruz. Na pagina tem o questionário para adesão a Rede. Este ano teremos editais específicos nesta area A Rede Saúde e Cultura encontra-se estruturada em cinco eixos de atuação:

1-Investigação, construção de conhecimento- Este eixo agrega ações de mapeamento de atores, práticas, produtos e instituições na área de saúde e cultura; de sistemat
ização das ações realizadas pela rede; de monitoramento do funcionamento da rede e das ações de seus membros; de avaliação das experiências implementadas; estudos e pesquisas que fortaleçam com evidências, reflexões e experimentação metodológica os campos situados na interface saúde e cultura.

2-Educação- O eixo se refere às ações educativas promovidas dentro da rede por seus membros, sejam elas formais ou não formais, presenciais ou à distancia, continuada ou parte da formação inicial dos profissionais. Também trata da produção e do compartilhamento de materiais que tenham objetivos educativos e que estejam no campo da investigação da relação entre saúde e cultura, sejam eles artísticos, científicos, tecnológicos, pedagógicos, utilizando linguagens e meios variados.

3-Mobilização, articulação e advocacy- Trata das ações de interlocução entre redes, promovendo a reciprocidade de participação da Rede saúde e Cultura e outras redes, e articulando o Sistema Único de Saúde e o Sistema Nacional de Cultura. O eixo prevê apoio e participação da rede em eventos e espaços diversos. Prevê também a mobilização da rede em torno de pautas propostas, atuando no sentido de defender princípios específicas julgadas pelos membros como estratégicos para a promoção da saúde e da qualidade de vida, para o desenvolvimento sustentável, para a cidadania, para a garantia da diversidade cultural e biológica e para a inclusão e participação social.

4-Informação e Comunicação- O eixo reúne todas as ações que têm por objetivo favorecer o compartilhamento e a produção de informação entre os membros da rede, bem como a comunicação entre os seus integrantes com foco na educação, na mobilização, na reflexão, na articulação. Fazem parte os recursos de tecnologia da informação como a plataforma web, o facebook, os e-mails e grupos, bem como a construção de um plano de
comunicação para divulgar a Rede Saúde e Cultura.








5-Registro e memória – O quinto eixo da Rede Saúde e Cultura tem como objetivo registrar e promover o registro, de formas variadas (audiovisual, história oral, arquivo documental, etc), da implantação e implementação da Rede Saúde e Cultura, dos antecedentes de sua formação, do processo de construção de uma ação política organizada de interlocução entre os setores cultura e saúde, no campo das políticas públicas, bem como das práticas e atores variados que materializam e justificam a existência da rede. São produtos deste eixo, vídeos, catálogos, inventários, etc...