sexta-feira, 29 de janeiro de 2016


GOIÂNIA É A CAPITAL DO CERRADO NOS 15 ANOS DE TRADIÇÃO DO SEU ENCONTRO DE FOLIAS DE REIS


Acontece neste sábado dia 30 e Domingo dia 31 o XV Encontro de Folias de Reis de Goiânia. Realizado pela primeira vez em 2002, o Encontro comprova a força desta expressão da cultura popular brasileira e vem marcando o calendário de eventos culturais do Centro Oeste, recebendo a cada edição mais grupos participantes da capital e do interior de Goiás. 

Neste ano de 2016, o som da folia vem também de Minas Gerais, das barrancas do Rio São Francisco, onde o cerrado já faz transição para a caatinga e onde os grupos trazem diferenciais de cantos e danças, como a rabeca substituindo a sanfona no instrumental e a sussa ocupando o lugar da catira. É de lá também que vem a viola que será presenteada ao violeiro goiano Marcus Biancardini, confeccionada pelo luthier Antônio Raposo, um dos maiores especialistas em folias do norte de Minas Gerais. 

Pela primeira vez o encontro terá em sua programação a Roda de Prosa, momento que propiciará a troca de idéias e experiências, saberes e fazeres entre mestres, produtores culturais e estudiosos da cultura popular. Na ocasião será lançado o projeto Memória dos Povos do Cerrado da Rede Comunitária/Agência Escola de Anápolis, que Goiânia sediará como capital das convergências de programas, projetos e articulações governamentais e não governamentais  que tenham como objeto o registro, preservação, circulação e divulgação da Cultura Popular produzida no âmbito do bioma cerratense. Como produto da Roda de Prosa será gerada a Carta de Goiânia das Culturas Populares dos Povos do Cerrado.

Nesta décima quinta edição do Encontro de Folias de Reis é de fundamental importância registrar o trabalho pioneiro da Secretaria de Cultura de Goiânia, que criou o projeto do Encontro de Folias de Reis em 2002 e a parceria institucional da Prefeitura de Goiânia com o Governo de Miinas Gerais, através da Secretaria de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas, que  iniciam um processo de apoio às manifestações da Cultura Popular produzidas pelos Povos do Cerrado.

Encontro de Folia de Reis acontece neste final de semana

Atualizado em 29/01/2016 09:37
Evento na Capital comemora 15 anos com participação de grupos de várias cidades goianas e de Minas Gerais. Festa será realizada na Praça da Matriz de Campinas

Tambores, violas, violões, acordeon. Tudo pronto e afinado para o 15º Encontro de Folia de Reis de Goiânia, que acontece nos próximos dias 30 e 31 de janeiro. A Praça da Matriz de Campinas vai receber diversos grupos de Goiânia, de cidades do interior e do Estado de Minas Gerais. No sábado, 30, a festa é a partir das 15h e no domingo 31, começa às 7h, sempre com entrada franca.

O secretário de Cultura, Ivanor Florêncio, vê com muito entusiasmo a realização do encontro: “A Folia de Reis tem um significado todo especial para a cultura brasileira e pra mim, em particular, pela minha origem do interior, a festa tem a magia de congregar famílias e comunidades. Daí o carinho e o cuidado que temos de proporcionar ao goianiense uma festa linda, cheia de cores e de alegria”, declara.

Este ano, o evento vai homenagear dois importantes nomes da arte e cultura popular de Goiás: a artista plástica Helena Vasconcelos e o escritor Bariani Ortêncio. A novidade será uma roda de conversa com produtores culturais, mestres e demais envolvidos no registro de culturas populares sobre políticas públicas relativas ao setor. A atividade acontecerá dentro do evento e aberta à participação do público.

O Encontro de Folia de Reis acontece em Goiânia desde 2002 com o propósito de resgatar a tradição, e de atuar decisivamente na tarefa de preservar essa importante expressão cultural brasileira. “Durante todos esses anos, a festa nunca parou. Este é mais um motivo pra comemorarmos os 15 anos deste evento tão importante para a nossa cidade”, diz o Ivanor Florêncio.

Folia de ReisA Folia de Reis é uma tradição popular característica do meio rural que transcende o âmbito religioso de sua origem ao incorporar aspectos profanos que a identificam na cultura brasileira como manifestação folclórica. Ela representa de forma artística a viagem dos três reis magos em busca do menino Jesus, que acabara de nascer.

No Brasil, a Folia de Reis chegou com os jesuítas no século 16, mas ganhou força mesmo no século 19, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país. De acordo com a região, o evento apresenta aspectos diferenciados, seja na utilização de instrumentos típicos, nas toadas, na gastronomia ou nos giros (caminhadas) dos grupos. A denominação de grupos muda para ternos, companhias ou folias, também a depender do local da festa.

Jesus Duarte, da Rede Comunitária/Agência Escola de Anápolis, consultor de culturas populares e colaborador do 15º Encontro de Folias de Reis, trabalhou na primeira edição em 2002 e ajudou a formatar o Encontro. Ele explica que um dos objetivos deste ano é valorizar as expressões relativas aos instrumentos musicais utilizados nas diversas regiões brasileiras e a gastronomia típica da Folia, com seus sabores, a mesa farta e a distribuição solidária. Na tradição da Folia, cabe ao festeiro oferecer a comida e a festa aos participantes.

Duarte lembra também de um aspecto curioso na tradição da Folia, que é a ausência da mulher. Ocorre que isto vem mudando nos últimos anos e a mulher já tem participado de vários grupos ou ternos. “Creio que os jovens estão mais interessados nesta tradição e as meninas também acabam participando por influência dos familiares”, pondera o consultor.

Serviço:Assunto: Encontro de Folia de Reis acontece neste final de semanaData: 30 e 31 de janeiro, sábado e domingoHorário: Sábado a partir das 15h e domingo a partir das 7hLocal: Praça da Matriz de Campinas (Rua José Hermano - Vila Abaja)Entrada Franca

Amauri Garcia, da editoria de Cultura – Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)


Confira a programação completa do 15º Encontro de Folia de Reis de Goiânia:Dia 30/01 – Sábado15h – Abertura Oficial
Homenagem à artista Plástica Helena Vasconcelos Entrega de uma viola em homenagem a Marcus Biancardini por Antonio Raposo, violeiro luthier do Terno de Folia de Reis de São Francisco MG

15h20 – Roda de Prosa, com a participação de mestres de folias e representantes da cultura popular, com os temas:
Lançamento do projeto 'Memória dos Povos do Cerrado'- Goiânia como ponto de convergência para a divulgação da cultura popular dos povos do Cerrado.
Políticas públicas para o segmento; envolvimento da juventude na divulgação das culturas tradicionais e profissionalização dos grupos de cultura popular, entre outros temas.

- Apresentação do Grupo de Catira – Os Filhos de Aparecida
- Apresentação da Sussa (dança) de São Francisco – MG

16h30 – Apresentação dos Grupos de Catira e de Folia de Reis de Goiânia
– Apresentação do Terno de Folia de Reis - São Francisco MG

20h30 – Encerramento com Show Musical do grupo de Reis “Filho da Rosa”

Dia 31/01 – Domingo6h – Alvorada Festiva

7h – Missa dos Foliões

8h – Café da Manhã para os foliões e público presente

8h30 – Abertura Oficial e homenagem ao Folclorista Bariani Ortêncio
Apresentação da Orquestra de Raízes de Pontalina

9h30 - Apresentação dos Grupos de Folia de Reis de Goiânia

12h – Grupo de Catira Os Filhos de Americano do Brasil

12h30 – Grupo de Catira Irmãos Florêncio
Sussa de São Francisco MG

13h - Almoço para os foliões e público presente

13h30 às 18h - Apresentação dos Grupos de Folia de Reis
Terno de Folia de Reis de São Francisco MG









http://www4.goiania.go.gov.br//portal/pagina/Default.asp?pagina=noticias&s=1&tt=not&cd=9167&fn=true

http://www4.goiania.go.gov.br//portal/pagina/Default.asp?pagina=noticias&s=1&tt=not&cd=9167&fn=true



terça-feira, 5 de janeiro de 2016



Macunaíma, de Mário de Andrade, está em domínio público a partir de 2016

Criado em 04/01/16 22h35 e atualizado em 05/01/16 11h15

Por Líria Jade Edição:Gesio Passos Fonte:Portal EBC

Em 2016, um dos maiores clássicos da literatura brasileira, Macunaíma, de Mario de Andrade, entrou em domínio público. Isso acontece porque o primeiro dia do ano é "tradicionalmente" o Dia do Domínio Público e as obras podem ser usadas livremente por qualquer pessoa, sem restrições ou necessidade de pagamento ou autorização. Isso significa que a obra poderá ser copiada, xerocada, reproduzida e adaptada livremente, assim como todas as outras do autor modernista.

As regras de domínio público variam de acordo com o país. No Brasil, de acordo com a legislação, as obras ficam livres de direitos autorais no primeiro dia do ano seguinte em que se completam 70 anos da morte do autor. Logo, todas as obras de Mário de Andrade entram em domínio público neste ano.

Mário de Andrade

O escritor brasileiro morreu em fevereiro de 1945. Ele foi a figura central do movimento de vanguarda de São Paulo e figura-chave do movimento modernista que culminou na Semana de Arte Moderna de 1922. O escritor foi um dos integrantes do “Grupo dos Cinco”, que deu início ao modernismo no Brasil, formado também por Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Menotti Del Picchia.
A descentralização da cultura é um dos objetivos do Modernismo e pode ser percebida na obra de Andrade. Suas obras mais conhecidas são o livro de poesias “Pauliceia Desvairada”, que inspirou a Semana Moderna, e os romances “Amar, verbo intransitivo”, de 1927, e “Macunaíma”, de 1928.
Seu livro mais conhecido, “Macunaíma”, busca uma valorização da cultura nacional. A obra foi adaptada para o cinema por Joaquim Pedro de Andrade em 1969, com Grande Otelo interpretando o protagonista. 

Conheça a obra “Macunaíma”

Ao nascer, Macunaíma manifesta sua principal característica: a preguiça. O herói vive às margens do mítico rio Uraricoera com sua mãe e seus irmãos, Maanape e Jiguê, numa tribo amazônica. Após a morte da mãe, os três irmãos partem em busca de aventuras. Macunaíma encontra Ci, Mãe do Mato, rainha das Icamiabas. Depois de dominá-la, com a ajuda dos irmãos, faz dela sua mulher, tonando-se assim imperador do Mato Virgem.
O herói tem um filho com Ci e esse morre, ela morre também e é transformada em estrela. Antes de morrer dá a Macunaíma um amuleto, a muiraquitã (pedra verde em forma de sáurio), que ele perde e que vai parar nas mãos do mascate peruano Venceslau Pietro Pietra, o gigante Piaimã, comedor de gente. Como o gigante mora em São Paulo, Macunaíma e seus irmãos vão para lá, na tentativa de recuperar a muiraquitã.
Depois de muitas aventuras por todo o Brasil na tentativa de reaver a sua pedra, o herói a resgata e regressa para a sua tribo.
Ao fim da narrativa, após uma vingança, ele perde a pedra de novo, dessa vez sem chance de recuperação. Cansado de tudo, Macunaíma vai para o céu transformado na Constelação da Ursa Maior.

Domínio Público

Quando dizemos que uma obra entrou em domínio público significa que, se você copiar o trabalho, não vai mais estar infringindo direitos autorais. As pessoas podem reproduzir, copiar, criar obras derivadas, remixar e o que mais lhe vier à cabeça.
Domínio público, no Direito da Propriedade Intelectual, é o conjunto de obras culturais, de tecnologia ou de informação (livros, artigos, obras musicais, invenções e outros) de livre uso comercial, porque não são submetidas a direitos patrimoniais exclusivos de alguma pessoa física ou jurídica, mas que podem ser objeto de direitos morais.
Em geral, os países tornam uma obra pública no primeiro dia do ano seguinte em que se completam 50 ou 70 anos da morte do autor.