quarta-feira, 26 de julho de 2023

Bolsonarismo em clubes de tiro põe a vida e a democracia em risco

 

Bolsonarismo em clubes de tiro põe a vida e a democracia em risco

Em entrevista ao Site do PT, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública comemorou decreto de Lula contra o armamentismo de Bolsonaro

Divulgação

Nos últimos quatro anos, o governo passado autorizou, em média, a abertura de um clube de tiro por dia, totalizando 1.483 registros concedidos

A exemplo de países como Hungria e Polônia, governados pela extrema direita, o Brasil assistiu, durante a presidência de Jair Bolsonaro, a uma multiplicação dos clubes de tiro, acompanhada da abolição de várias restrições ao acesso a armas de fogo. Entre outros efeitos dessa mistura explosiva, o país registrou, nesse período, aumento de 1.200% do envolvimento de caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) em crimes contra a mulher, como o feminicídio, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Para a entidade, o governo Lula acertou ao publicar decreto com a regulamentação desse segmento.

Nos últimos quatro anos, o governo passado autorizou, em média, a abertura de um clube de tiro por dia, totalizando 1.483 registros concedidos. Esses locais passaram a atuar como verdadeiros comitês do bolsonarismo e de estímulo à violência política, como têm alertado o presidente Lula, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), além de outros políticos e também especialistas.

Membro do FBSP e professor de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), Arthur Trindade compartilha dessa visão e considera que esse doutrinamento pode estimular o ódio e o cometimento de atos de violência.

“O funcionamento dos clubes de tiro, com o doutrinamento que acontece neles, acaba levando ao aumento da radicalização política. A radicalização política pode levar, em última instância, a uma violência”, afirmou Trindade, em entrevista ao Site do PT. “É uma situação gravíssima, porque a gente está falando da democracia”, sublinhou.

O especialista citou como exemplo a morte do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, assassinado a tiros, em julho de 2022, pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, militante do bolsonarismo. Arruda comemorava o aniversário, em uma festa temática sobre o PT, quando o assassino chegou ao local e cometeu o crime.

Anuário da Segurança Pública

Na semana passada, o FBSP divulgou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Além de apontar o aumento de 1.200% do envolvimento de CACs em crimes contra a mulher, o documento mostra que, em 2022, houve quatro crimes de feminicídio por dia, sendo que aproximadamente 30% deles foram cometidos com o uso de armas de fogo.

Segundo Arthur Trindade, esse cenário demanda providências efetivas, como o decreto assinado pelo presidente Lula para regulamentar o acesso a armas de fogo e o funcionamento dos clubes de tiro.

“Não há dúvida de que tem que ser regulamentado, e muito bem regulamentado. Nesse ponto, eu estou de acordo com os analistas, com o pessoal que estuda muito a fundo o tema. Eu acho que o decreto assinado pelo presidente e pelo ministro Dino na última sexta-feira foi muito feliz”, disse o representante do fórum. “Ele foi muito bem costurado, habilmente dialogado, e trouxe um nível de regulamentação bem melhor até que, originalmente, trazia o Estatuto do Desarmamento”, acrescentou.

O decreto de Lula foi assinado no último dia 21, durante o lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS), que prevê uma série de medidas de combate à violência contra a mulher, aos ataques a escolas, ao tráfico de drogas, aos crimes ambientais, bem como de proteção da região amazônica, de valorização dos profissionais de segurança, de desenvolvimento de operações integradas entre forças policiais e de reforço do controle de acesso a armas de fogo.

Conforme o decreto, deverá haver uma “migração progressiva” das atividades de fiscalização de armas, hoje sob responsabilidade do Exército, para a Polícia Federal. Com isso, na prática, o controle do armamento civil passa para uma instituição civil, retirando os militares do processo.

A norma também estabelece novas regras, mais restritas, para clubes de tiro desportivo. Ficam proibidos, por exemplo, os estabelecimentos com funcionamento 24 horas. Antes, não havia regra sobre a localização ou o horário de funcionamento desses clubes, que podiam ficar, inclusive, perto de escolas.

Com as mudanças, os clubes de tiro e empresas de instrução terão de ficar a pelo menos 1 km de distância de escolas públicas ou privadas. O horário de funcionamento terá que respeitar o limite entre 6h e 22h. A mudança do horário de funcionamento, segundo o decreto, é de caráter imediato. As outras adequações, em um prazo de 18 meses.

Para o membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o decreto presidencial, se não for alterado pelo Congresso, pode levar ao fechamento de muitos clubes de tiro no país. “Se esse for mantido do jeito que está, embora não acabe com o clube de tiro, o que vai acontecer é que vai estrangular, de tal maneira, que muitos deles vão fechar. Porque o negócio vai parar de ser tão interessante como era. Não diria que todos vão fechar, mas o negócio vai ter uma apertada forte”, disse.

Crime organizado

Na terça-feira (25), durante a live Conversa com o Presidente, Lula afirmou que a política armamentista de Bolsonaro não buscava o combate à criminalidade, mas o favorecimento ao crime organizado, já que várias armas de fogo acabaram sendo desviadas para as mãos de bandidos.

“Nós temos que ter claro o seguinte: por que que um cidadão quer uma pistola 9 mm? Porque ele quer? O que ele vai fazer com essa arma? Vai fazer coleção? Vai brincar de dar tiro? Porque, no fundo, no fundo, esse decreto de liberação de armas que o presidente anterior fez era para agradar ao crime organizado, porque quem consegue comprar é o crime organizado e gente que tem dinheiro”, disse Lula, em conversa com o jornalista Marcos Uchôa. O presidente também se manifestou favorável ao fechamento dos clubes de tiro e à manutenção apenas dos que são utilizados pelas Forças Armadas e pelas polícias civil e militar.

Na segunda-feira (24), a deputada Gleisi Hoffmann anunciou que discutirá com a bancada do partido na Câmara a elaboração de projeto de lei propondo nova regulamentação sobre os clubes de tiro e o acesso dos CACs a armas de fogo. Segundo ela, quando pronta, a proposta será encaminhada para o ministro Flávio Dino e para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Da Redação

Governo Lula estreia ‘Canal Gov’ em TV e rede social, com “tudo de melhor: a verdade!”

 

Governo Lula estreia ‘Canal Gov’ em TV e rede social, com “tudo de melhor: a verdade!”

Lançado terça (25) no “Conversa com o Presidente”, meio de comunicação leva informações com credibilidade e principais ações de Poder Executivo aos brasileiros

Divulgação

Canal Gov pode ser acessado por meio das TVs aberta e por assinatura e também pelas redes sociais e internet. Siga e compartilhe as realizações do governo Lula

Estreou nesta terça-feira (25) o “Canal Gov”. Parte da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), o canal está presente nas TVs Brasil, digital, aberta e por assinatura, e também pela internet. Com a iniciativa, o governo ganha um novo meio de transmissão de informações das suas principais ações, priorizando o interesse público, relevância de fatos, serviços e ações e políticas do Poder Executivo.

A nova identidade visual e a grade de programação têm como proposta aproximar o governo federal da sociedade, por meio de uma linguagem direta com o público. Mais do que divulgar ações de governo, é um canal de boas notícias, plural e autêntico para o público.

O Canal Gov foi ao ar durante o programa “Conversa com o Presidente”, sempre às terças-feiras, às 8h30. O programa de estreia foi apresentado pelo repórter Marcos Uchôa e pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta. “Olha, assista à TV Gov, lá vai ter tudo que você quer de melhor: a verdade!”, convidou o presidente Lula.

Segundo o ministro Paulo Pimenta, a partir de agora o governo federal volta a ter um canal e uma agência de notícias. “O Canal Gov, presidente, é um canal do governo, de prestação de serviços, de informações sobre tudo aquilo que o governo faz, que os ministérios fazem. Também terá transmissões pelo YouTube e as pessoas poderão assistir de qualquer lugar do Brasil em TV aberta e TV a cabo”, disse o ministro.

Em Brasília, pode ser sintonizado no canal 02, mas em cada estado é um numero diferente. Confira neste link como sintonizar a programação do Canal Gov. Disponível também na internet (YouTube) e redes sociais (TwitterInstagram e Facebook).

Da Redação

terça-feira, 25 de julho de 2023

Lula: liberação de armas de fogo era para “agradar ao crime organizado”

 Lula: liberação de armas de fogo era para “agradar ao crime organizado”

Durante a live Conversa com o Presidente, nesta terça-feira (25), Presidente Lula  também defendeu fechamento dos clubes de tiro

Ricardo Stuckert

Lula, ao condenar armamentismo de Bolsonaro no Conversa com o Presidente: "As pessoas não querem violência"

O presidente Lula defendeu, nesta terça-feira (25), o fechamento da maioria dos clubes de tiro no país e a manutenção apenas dos que são utilizados pelas Forças Armadas e pelas polícias militar e civil. Durante a live Conversa com o Presidente, Lula afirmou que as ações de Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Justiça Sergio Moro para expandir esses clubes e liberar o acesso a armas de fogo tinha o objetivo de “agradar ao crime organizado”.

“Nós temos que ter claro o seguinte: por que que um cidadão quer uma pistola 9 mm? Por que ele quer? O que ele vai fazer com essa arma? Vai fazer coleção? Vai brincar de dar tiro? Porque, no fundo, no fundo, esse decreto de liberação de armas que o presidente anterior fez era para agradar ao crime organizado, porque quem consegue comprar é o crime organizado e gente que tem dinheiro”, disse Lula, em conversa com o jornalista Marcos Uchôa.

Segundo o presidente, os trabalhadores estão mais preocupados em ter condições de comprar alimentos, material escolar para os filhos e brinquedos para as crianças. “Então, como é que as pessoas que trabalham vão comprar fuzil, vão comprar rifle, vão comprar dez pistolas, doze pistolas, quinze pistolas?”, questionou o presidente. “As pessoas não querem violência”.

Os clubes de tiro se espalharam pelo país e, hoje, funcionam como comitês do bolsonarismo e da violência, sobretudo política. Nos últimos quatro anos, o governo passado autorizou a abertura de uma unidade do tipo por dia. Dados do Exército obtidos pelo portal g1 via Lei de Acesso à Informação apontam para 1.483 registros concedidos de 2019 a 2022.

Durante a live, Lula afirmou que não vê como empresário quem mantém um clube de tiro, em razão dos prejuízos causados pelo armamentismo à segurança dos brasileiros, o que inclui, além da violência, o desvio de armas para milícias e outras organizações criminosas.

“Eu já disse para o Flávio Dino: nós temos que fechar quase todos, só deixar abertos aqueles que são da Polícia Militar e do Exército, ou da Polícia Civil. É a organização policial que tem que ter lugar para atirar, para treinar tiro, não é a sociedade brasileira. Nós não estamos preparando uma revolução. Eles tentaram preparar um golpe, nós não”, disse o presidente, em referência aos atos golpistas de 8 de janeiro, perpetrados por bolsonaristas inspirados pelo ex-presidente da extrema direita.

Segundo Lula, a prioridade do seu governo é fortalecer a democracia, com a ampliação da participação popular na política, na educação, na cultura e em outros segmentos. “Então, para quê arma?”, questionou o presidente. “Eu sou totalmente contra. Eu quero que você saiba que o Brasil vai melhorar no dia que a gente entrar na era do livro, na era da cultura, que é o que nós estamos fazendo, agora, com a Lei Paulo Gustavo e com a Lei Aldir Blanc”, pontuou, em referência a duas normas de incentivo à cultura.

Lula comemorou o fato de 98% dos municípios terem se inscrito para receber recursos da Lei Paulo Gustavo. “Coisa que não tinham. Tinham acabado com o Ministério da Cultura, porque eles queriam criar o ministério das armas, o ministério da violência, o ministério da fake news, o ministério da mentira, isso que eles queriam criar. E nós, não. Nós queremos fazer com que o povo brasileiro volte efetivamente a ser feliz”, enfatizou o presidente.

Durante a live, Lula também fez um balanço dos resultados das diversas políticas adotadas pelo governo para fortalecer a economia e melhorar as condições de vida da população, a exemplo do aumento da produção de alimentos. “As pessoas estão percebendo que o Brasil está mudando, as pessoas estão percebendo que as coisas estão ficando mais acessíveis a elas, as pessoas estão podendo comer carne outra vez. Elas já podem sair com uma sacola cheia do supermercado”, afirmou o presidente, que citou também a queda nos preços dos combustíveis.

Lula reafirmou que o Brasil precisa de motivação, de uma boa relação entre quem governa e quem é governado. “Aliás, é quem cuida e quem é cuidado, na verdade. Então, eu estou muito otimista, e eu passo esse otimismo para os trabalhadores”, frisou.

Ao falar sobre as perspectivas para a economia, o presidente voltou a assegurar que o Brasil vai dar certo. “A economia vai voltar a crescer, o salário vai voltar a crescer. Nós vamos voltar a gerar emprego, o povo vai voltar a comer melhor. E as políticas públicas que nós colocamos em discussão, e já estão, hoje, praticamente todas funcionando, não ainda cem por cento, porque elas levam um tempo para funcionar, mas as políticas públicas vão funcionar, o dinheiro vai chegar na base. Quando o dinheiro chegar, o dinheiro começa a rodar, e você vai ver que a economia vai começar a crescer”, sublinhou.

Da Redação

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Leny Andrade e Doris Monteiro eram amigas e referência uma para a outra

Leny Andrade e Doris Monteiro em 2015, por ocasião do lançamento do livro "A noite do meu bem", de Ruy Castro — Foto: Marcos Ramos / Agência O Globo

Leny Andrade e Doris Monteiro em 2015, por ocasião do lançamento do livro "A noite do meu bem", de Ruy Castro — Foto: Marcos Ramos / Agência O Globo

Sempre que lhe perguntavam quem eram as suas cantoras preferidas, Leny Andrade citava Doris Monteiro, colocando a cantora, sua amiga, na mesma lista que também incluía Joyce, Elza Soares, Dolores Duran, Elizeth Cardoso, Barbra Streisand e Madonna. Leny e Doris morreram nesta segunda-feira (24).

Quando Leny Andrade se iniciou na carreira em 1958, aos 15 anos, atuando como crooner da orquestra de Permínio Gonçalves, Doris já era consagrada e já havia alcançando o topo das paradas na rádio. Era natural que fosse para Leny, oito anos mais nova, uma referência.


Leny e Doris estiveram juntas em algumas oportunidades nos últimos anos. Em 2015, ambas estiveram na Livraria da Travessa, em Ipanema, na noite de lançamento do livro "A noite do meu bem", de Ruy Castro. Foi um dos últimos registros das duas juntas.

Leny Andrade em Junho de 1965 - Cantora Leny de Andrade prepara show no Rio de Janeiro-RJ



DORIS MONTEIRO, estilo precursor da Bossa Nova

Doris Monteiro em 27/08/2012 - Foto para  "90 ANOS DE RÁDIO" - Rio de Janeiro/RJ

Por O Globo — Rio de Janeiro

 

Mais tarde, em 2017, as duas se encontraram por ocasião do show que celebrava o centenário de Dalva Oliveira, no qual Doris cantou "Zum zum" e Leny interpretou "Há um Deus". Mais recentemente, em abril de 2019, elas receberam o Troféu Feira do Vinil do Rio. "Leny e Dóris representam muito do que foi prensado em vinil no país nas décadas de 60 e 70, e são ícones, mulheres à frente do seu tempo”, disse, à época, Marcello Maldonado, produtor da feira.Leny Andrade e Doris Monteiro eram amigas e referência uma para a outra Cantoras morreram nesta segunda-feira (24/7) TOPO Por O Globo — Rio de Janeiro 24/07/2023 12h05 Atualizado há uma hora Leny Andrade e Doris Monteiro em 2015, por ocasião do lançamento do livro "A noite do meu bem", de Ruy Castro — Foto: Marcos Ramos / Agência O Globo Leny Andrade e Doris Monteiro em 2015, por ocasião do lançamento do livro "A noite do meu bem", de Ruy Castro — Foto: Marcos Ramos / Agência O Globo overlay-clevercloseLogo Sempre que lhe perguntavam quem eram as suas cantoras preferidas, Leny Andrade citava Doris Monteiro, colocando a cantora, sua amiga, na mesma lista que também incluía Joyce, Elza Soares, Dolores Duran, Elizeth Cardoso, Barbra Streisand e Madonna. Leny e Doris morreram nesta segunda-feira (24). Quando Leny Andrade se iniciou na carreira em 1958, aos 15 anos, atuando como crooner da orquestra de Permínio Gonçalves, Doris já era consagrada e já havia alcançando o topo das paradas na rádio. Era natural que fosse para Leny, oito anos mais nova, uma referência. Leny e Doris estiveram juntas em algumas oportunidades nos últimos anos. Em 2015, ambas estiveram na Livraria da Travessa, em Ipanema, na noite de lançamento do livro "A noite do meu bem", de Ruy Castro. Foi um dos últimos registros das duas juntas. Mais tarde, em 2017, as duas se encontraram por ocasião do show que celebrava o centenário de Dalva Oliveira, no qual Doris cantou "Zum zum" e Leny interpretou "Há um Deus". Mais recentemente, em abril de 2019, elas receberam o Troféu Feira do Vinil do Rio. "Leny e Dóris representam muito do que foi prensado em vinil no país nas décadas de 60 e 70, e são ícones, mulheres à frente do seu tempo”, disse, à época, Marcello Maldonado, produtor da feira.

domingo, 23 de julho de 2023

Desmatamento do Cerrado em Goiás equivale a 34 mil campos de futebol, diz Ipam | O Popular - Veja mais em: https://opopular.com.br/cidades/desmatamento-do-cerrado-em-goias-equivale-a-34-mil-campos-de-futebol-diz-ipam-1.3049984

 Desmatamento do Cerrado em Goiás equivale a 34 mil campos de futebol, diz Ipam | O Popular - Veja mais em: https://opopular.com.br/cidades/desmatamento-do-cerrado-em-goias-equivale-a-34-mil-campos-de-futebol-diz-ipam-1.3049984

Desmatamento do Cerrado em Goiás equivale a 34 mil campos de futebol, diz Ipam | O Popular - Veja mais em: https://opopular.com.br/cidades/desmatamento-do-cerrado-em-goias-equivale-a-34-mil-campos-de-futebol-diz-ipam-1.3049984

sábado, 22 de julho de 2023

 

Gleisi quer apresentar projeto para acabar com CACs e clubes de tiro

Segundo ela, o PT deve aprofundar o debate em torno da questão armamentista

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)
 

Gleisi quer apresentar projeto para acabar com CACs e clubes de tiro · Ouvir artigo
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247 – A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann (PR), está empenhada em apresentar um projeto de lei que pretende proibir os clubes de tiro e revogar os registros dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). Essa categoria foi beneficiada por normas durante o governo Bolsonaro, conhecido por sua política de facilitação do acesso a armas. Gleisi sempre se posicionou contra o armamentismo e agora busca aprofundar a discussão sobre o tema com a bancada do PT na Câmara dos Deputados, planejando ainda apresentar a proposta ao ministro da Justiça, Flávio Dino, segundo relata a coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

A parlamentar questiona a utilidade dos clubes de tiro e os registros de CACs para a sociedade brasileira. Ela acredita que se o tiro esportivo for praticado, deve ser devidamente regulamentado para competições reconhecidas, e não apenas para atirar sem um objetivo específico. Gleisi elogiou o decreto assinado pelo presidente Lula, que impõe mais restrições ao acesso de armas no país, revertendo a política anterior de flexibilização durante o governo Bolsonaro. Para a líder do PT, os clubes de tiro se tornaram espaços de apoio ao bolsonarismo e à violência política.

As mudanças propostas pelo novo decreto alteram o processo de autorização para atiradores. Atualmente, é necessária a permissão do Exército, mas com as alterações, a autorização passará a ser emitida pela Polícia Federal, de forma gradual. Além disso, a quantidade máxima de armas permitidas será significativamente reduzida. Sob a gestão anterior, um atirador poderia ter até 60 armas, das quais 30 seriam de uso restrito. Com as mudanças, o limite passará a ser de 16 armas, sendo apenas 4 de uso restrito. O debate sobre o acesso a armas continua sendo um tema controverso na política brasileira, e o projeto proposto por Gleisi Hoffmann promete gerar debates acalorados no Congresso Nacional.