sexta-feira, 28 de maio de 2010

Instituto Uiraçu voando alto

por Clemira Ordonez, do Instituto Uiraçu - Camacan -BA
D
urante o mês de junho, Vitor e eu ficaremos fora da Reserva.
É a primeira vez que estaremos ausentes daqui ... os dois, juntos.
E o motivo é o seguinte:
fomos convidados a participar - de 6 a 12 de junho, do
IV Simpósio Anual da National Geographic, em Washington.

Instituto Uiraçu
Um amigo nosso - Dr. Scott Miller - do Smithsonian -
nos inscreveu num edital da National Geographic
e nosso projeto da RPPN Serra Bonita foi classificado
como o melhor projeto de conservação, na América Latina.
A outra classificação foi para o africano John Torombo,
que será homenageado junto conosco.
A homenagem à "liderança em conservação, na América Latina"
vai nos exigir uma participação intensa no Simpósio, pois querem
saber, em pormenores, o que se passa por aqui e como estamos
conseguindo administrar o projeto de conservação, aliado à
educação / participação da comunidade e às atividades de pesquisa.
A National Geographic já nos enviou as passagens e
as reservas de hospedagem.
Pelo que vimos, na programação que nos enviaram, no dia 9 haverá
um "buffet", com uma recepção VIP para nós e o Sr. Torombo.
E, em seguida, "os VIP" (= bichos da Mata) deverão participar
de um painel sobre "perspectivas de conservação", apresentando
e discutindo com o público, os aspectos mais relevantes dos
Projetos "vencedores do Edital".
Aproveitando nossa presença em Washington, nossos amigos
e pesquisadores do Museu Smithsonian, organizaram para a
semana seguinte, uma série de outros eventos para divulgarmos
entre diversas ONGs e ambientalistas, a proposta do
Instituto Uiraçu e os Projetos da Serra Bonita.
Então, por conta dessa longa programação
ficaremos em Washington, de 5 a 20 de junho.
Durante esses dias a Reserva estará fechada
para visitação.
Se precisarem de alguma coisa, até a data
da viagem, entrem em conto conoso.

Atenciosamente.
Grande abraço - Clemira e Vitor

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Comunicação ganha experiência e entusiasmo de Isaac Roitman

Professor da Biologia planeja aumentar o interesse dos brasilienses pela ciência produzida na UnB. Projeto integra reestruturação da SECOM
Da Secretaria de Comunicação da UnB

Entusiasmo de menino e responsabilidade de senhor marcam o perfil do novo coordenador de comunicação institucional da Universidade de Brasília. Isaac Roitman tem 71 anos de idade, meio século de vida acadêmica e sonhos de calouro. Quer usar a comunicação como instrumento de mudança do cotidiano no campus, planeja estratégias para divulgar os trabalhos da comunidade científica e despertar o interesse dos brasilienses pela ciência e pela cultura produzidas na UnB.

“Por um lado, os alunos e, muitas vezes, os professores não aproveitam todas as possibilidades que a universidade oferece. Queremos incentivar isso”, defende. “Por outro lado, a academia precisa melhorar o relacionamento com a população. Infelizmente, as instituições só olham para dentro de si mesmas”, ensina o professor.

Isaac não é jornalista nem comunicólogo nem publicitário. “Sou um apaixonado pela universidade”, resume o ex-decano da UnB de pesquisa e pós-graduação na gestão Cristovam, ex-diretor da SBPC e professor titular do Instituto de Biologia, onde chegou em 1972. “Essa universidade foi criada por Darcy Ribeiro para gerar mudança. A mudança foi interrompida e agora estamos retomando esse papel”, anuncia o biólogo.

Isaac já tinha um pé na Secom desde o lançamento da Revista Darcy, quando assumiu a presidência do Conselho Editorial da publicação. As ideias e os compromissos do professor com a educação científica conquistaram os jornalistas da Secom. Em abril, a secretária-executiva de Comunicação, Ana Beatriz Magno, jornalista formada na UnB e hoje aluna do doutorado, convidou Roitman para assumir a coordenação institucional da Secretaria.

“Isaac é um mestre que combina paixão, conhecimento e desprezo pelas mesquinharias políticas que ainda ecoam em algumas áreas isoladas da universidade”, afirma Ana Beatriz. “Ele terá um papel fundamental em nossa equipe. Vai estruturar a área de comunicação institucional pensando no futuro da universidade e não nas richas internas”.

PORTAL DA COMUNIDADE - Desde a posse do reitor José Geraldo, a Secom trabalha com a ideia de que a informação é um direito da comunidade universitária e de que os veículos de comunicação internos não pertencem a grupos. “A Secom não é do reitor nem da administração. É da universidade. O Portal deve abrir espaço para o contraditório, para o polêmico, para o debate respeitoso. E isso os jornalistas da Secom fazem com muito vigor” , diz o reitor.

A Secom é dividida entre o jornalismo e a área institucional. A parte institucional cuida das campanhas, dos eventos, da assessoria de imprensa da universidade e do boletim UnB Hoje. O jornalismo produz as notícias do Portal, a Darcy e, em breve, lançará o Portal de Ciência, com um banco de dados para as pesquisas científicas. O projeto está sob a responsabilidade da jornalista Ana Lúcia Moura e oferecerá notícias sobre as dissertações e teses da universidade, desejo antigo dos pesquisadores da UnB.

Além do Portal de Ciência, será criado o Blog da Comunidade e ampliada a cobertura de notícias diárias. Para isso, a equipe do jornalismo foi dividida em cinco editorias, incluindo a de Ciência, todas sob o comando do editor-chefe do Portal, o jornalista formado pela UnB Leonardo Echeverria. Ele vai coordenar a atualização do Portal, além de inserir a UnB nas redes sociais da internet. Para isso, contará com o apoio da jornalista Thássia Alves.

As mudanças integram um plano de reestruturação da Secom, iniciado sob a gestão do professor e jornalista Luiz Gonzaga Motta, afastado da secretaria desde março para se preparar para concurso de titular da Faculdade de Comunicação. Motta e Isaac seguem na Revista Darcy, que tem seu quarto exemplar com publicação prevista para o próximo mês. Coordenado pela secretária-executiva, o projeto de reorganização terá também o apoio da professora Maria Jandyra Cunha, da Faculdade de Comunicação, que comandará a interação de todas as áreas da Secom.

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agênc

UnB: passado, presente e futuro (Artigo)

Isaac Roitman

Coordenador de Comunicação Institucional da Secretaria de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) Anísio Teixeira, um dos responsáveis pela concepção da Universidade de Brasília (UnB), considerava que a educação é um direito e não um privilégio. Sonhava com uma universidade transformadora. Concebeu em 1935, no Rio de Janeiro, a Universidade do Distrito Federal (UDF), que reuniu educadores de primeira linha, tais como: Afrânio Peixoto, Gilberto Freyre, Hermes Lima, Roquette Pinto, Josué de Castro, Heitor Villa-Lobos, Cândido Portinari e Sérgio Buarque de Holanda. A UDF, considerada como uma utopia vetada, teve vida curta. Em 1939 é incorporada na então Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Anísio, sonhador indomável, no entanto, manteve viva a sua utopia, que finalmente se concretizou na construção e fundação da UnB, por meio da Lei nº 3998 de 15/12/1961. Darcy Ribeiro, parceiro dos sonhos de Anísio, convocou intelectuais brasileiros, tais como Antonio Houaiss, José Leite Lopes, Luiz Fernando Labouriau, José Israel Vargas e Florestan Fernandes, para a conceberem uma universidade que teria como principal missão a transformação e modernização da educação brasileira. Assim como a UDF, o segundo sonho de Anísio é interrompido durante a ditadura militar. Esse episódio é analisado de forma notável por Roberto Salmeron, físico de renome internacional e o primeiro coordenador do Instituto de Física da UnB, em seu livro: A Universidade interrompida: Brasília, 1964-1965. A universidade destroçada foi lentamente reconstruída a partir do final da década de 1960. A reconstrução durou pelo menos duas décadas. Em 1995, Darcy, em discurso na cerimônia de outorga do título de Doutor Honoris Causa da UnB, destacou: "Antevejo algumas batalhas. A primeira delas é reconquistar a institucionalidade da lei original, que criou a UnB como organização não governamental, livre e autoconstrutiva... inclusive e principalmente seu caráter de universidade experimental, livre para reinventar o ensino superior de graduação e pós-graduação, fazendo deles instrumentos de liberação do Brasil". Infelizmente, a UnB tem enfrentado nos últimos anos obstáculos que causam atraso na concretização dos sonhos de Anísio e Darcy. As amarras de uma legislação não apropriada a uma instituição que tem a vocação de estar na vanguarda da sociedade prejudicam de forma sensível a sua missão de formação de recursos humanos e seu papel na produção do saber. Atualmente, a principal luta é pela conquista de autonomia plena, como já apontava Darcy em 1995: "Cumpre libertar-nos da tutela ministerial, assumindo plenamente a responsabilidade de nosso destino". É o momento de libertação da universidade das incoerências burocráticas capitaneadas por segmentos que não valorizam e nada entendem de educação. Citando mais uma vez Darcy, que creio ficaria feliz em ser coautor desse artigo, assim se expressou durante uma emocionante e merecida homenagem no câmpus universitário que leva o seu nome: "Essa não pode ser a concepção de uma universidade que se quer central e inspirada de um país que não deu certo. As classes dirigentes entre nós foram e são as responsáveis maiores por nosso fracasso histórico. São também culpadas pelo tipo de prosperidade mesquinha que temos, incapaz de estender-se ao povo. Em nossas circunstâncias, é tarefa da universidade criar intencionalmente elites novas. Elites orgulhosas do patrimônio que herdamos do passado - um território continental e um povo multitudinário, unificados em uma nação cheia de vontade de felicidade e de progresso, pronta para florescer como uma nova civilização. Mas, sobretudo elites cheias de indignação frente à realidade sofrida do Brasil. Elites fiéis ao nosso povo, prontas a reconhecer que nossa tarefa maior é nos elevarmos à condição de uma sociedade justa e próspera, de prosperidade e generalizada a todos". Esse é o nosso desafio. A universidade do futuro tem um compromisso de formar quadros adequados que sejam compatíveis com os avanços da ciência e tecnologia. Em adição, é fundamental que todos os estudantes que passarem por ela tenham ampla formação cultural e consciência de sua responsabilidade social com a população brasileira. As palavras do mestre Darcy e os novos desafios deverão iluminar os caminhos que levem a um futuro virtuoso que o povo brasileiro merece.

http://www.linearclipping.com.br/PDFs/1162787.pdf

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Izabela Brochado toma posse como diretora do Instituto de Artes da UnB


Criado em 1962 junto com a Universidade de Brasília como ICA, Instituto Central de Artes, o Instituto de Artes da Universidade de Brasília(IdA-UnB)vai ser dirigido pelos próximos quatro anos por uma agitadora cultural de primeira grandeza, a atriz, cantora, bonequeira e principalmente professora de artes, Izabela Brochado. Brasília acostumou-se a vê la em sua expressiva trajetória no movimento artístico, cultural e sindical, mas foi como professora que Izabela estabeleceu a sua marca na formação de gerações de artistas e professores de educação artística, principalmente a partir de 1993, quando começou a lecionar na UnB e onde chefiou por duas vezes o Departamento de Artes Cênicas.

Luana Lleras/UnB Agência

Ao final de seu discurso de posse, que publicamos na íntegra ao lado, Izabela cantou versos da "Melodia Sentimental" de Villa Lobos, manipulando um de seus seres em forma de boneca, numa intervenção performática que emocionou a todos e marcou o caráter artístico da solenidade. "Precisamos nos habitar de poesia para reconstruir a vida", proclamou a novo diretora. Foi a senha para que o reitor José Geraldo propusesse ao IdA a realização do Terceiro FLAAC - Festival Latino Americano de Arte e Cultura, ao que Izabela acolheu prontamente, acrescentando a participação também da África, pela força dos movimentos artísticos afro americanos.

terça-feira, 25 de maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Departamento de Arte - Estudos





A Eleição de Dilma

por Carlos Saraiva*

É forçoso reconhecer que passamos por um momento impar da nossa história contemporânea. O povo pobre satisfeito por ter em parte suas necessidades satisfeitas, vislumbrando melhorias no horizonte.

A sociedade organizada nos movimentos sociais respirando um clima democrático, para suas reivindicações e crítica. Ao mesmo tempo que acumulam conquistas, aumentam a estima coletiva no protagonismo como atores de uma grande transformação. Por isto aprovam o governo e o presidente que o representa. A inserção do pais na geopolítica mundial, o respeito e o reconhecimento . O papel do presidente neste processo, transmite a todos os cidadãos brasileiros, que se sentem construtores desta nova história. O espírito de nação reforça, junto com a solidariedade internacional.

A oposição democráticamente faz seu papel. Lógicamente lançando mão dos instrumentos que lhe são peculiares; arrogância, preconceito e mistificação. Estes instrumentos se intensificam pela falta de discurso alternativo, proveniente da popularidade do presidente e a grande aceitação de seu governo. A tática da polarização com a comparação dos governos, tornou o candidato Serra, um verdadeiro candidato zumbi, indefinido. Pressionado, pelas circunstancias, vai aos poucos mostrando sua real face. As diferenças quando aparecem desmistificam o “propalado” continuísmo das ações “sérias”, “responsáveis” do governo Demotucano. A famosa “competência” e o “preparo” vão clareando “para quem” e em “beneficio” de quem. A diferença na condução da política externa não deixa dúvida. É a diferença entre a submissão e a obscuridade na geopolítica mundial da era FHC ou o protagonismo independente, soberano no desenho de uma nova geopolítica multipolar da era Lula. Esta atuação na política externa, esperamos que sirva de reflexão aos “oposicionistas de esquerda” e de alguns “ intelectuais” que se escondem em um “fundamentalismo doutrinário” ou na comodidade de uma crítica diletante, nostálgicos de uma militância revolucionária acadêmica. O nosso olhar deve,entretanto, estar direcionado, de maneira diferenciada aos variados segmentos da sociedade. O povo em geral, a massa ascendente e os movimentos sociais que lutam de maneira contingente e reivindicatória necessitam de uma forte mobilização de cunho ideológico. Esta mobilização serve não só para mostrar e enfatizar os grandes avanços deste governo no plano econômico-social mas sobretudo a importância da continuação com a companheira Dilma. Deixar claro que esta vitória significa ainda a possibilidade concreta de aprofundamento; “ pode mais quem fez mais e melhor”. Esta mobilização é feita pela militância e para isso a motivação é de suma importância. A motivação é dada não sómente na confiança no projeto, nas realizações e na capacidade da candidata mas sobretudo no sentimento desta militância no papel protagonista, coerente e sem constrangimentos que atinjam seu imaginário. Daí a importância das alianças e sobretudo as ambições do PMDB. Respeitado o projeto nacional o PT não pode ficar refém deste partido. Isto nos remete em conseqüência para o respeito, a consideração e a coerência ideológica com a esquerda comprometida, e solidaria com nosso projeto. Esses companheiros não podem se sentir preteridos por posições autoritárias, impositivas, das direções . Todo cuidado é pouco. Sabemos que o adversário à ser enfrentado e isolado é o PSDB. Sabemos que o DEM e o PPS, completam o triunvirato. Precisamos , entender também que a grande base do PSDB é S. Paulo. Precisamos saber e entender que nos outros estados e no DF, o PSDB se utiliza de outros partidos para representá-lo. Destes partidos, o principal é o PMDB. Sendo o PMDB um partido regional, de oligarquias em fase de extinção, tende a representar como um partido conservador, o projeto do PSDB. Alguns segmentos deste partido, movidos por um extinto de sobrevivência, para não serem engolidos como o foram DEM e PPS, pelo representante da nova Direita, o PSDB, aderem oportunisticamente à esquerda, em especial à seu maior representante, o PT. Este segmento, hoje necessita do PT, para sobreviver. Age entretanto, como se o inverso fosse verdade. A importância da eleição da companheira Dilma, faz reforçar as alianças e isolar ainda mais a direita, ou seja PSDB. Para isso o apoio do PMDB é importante. Esperamos e precisamos caminhar para a realização de rupturas, continuas, conseqüentes e determinadas. Assim é necessário ir se desfazendo e secundarizando nossa relação com o PMDB. A atuação firme, determinada do PT junto à esquerda, os movimentos sociais e a “intelectualidade”, ditará o rumo do processo.

*Carlos Saraiva é médico aposentado, integrante do Núcleo de Base Sérgio Buarque de Holanda, do Partido dos Trabalhadores-DF

sexta-feira, 21 de maio de 2010


Convidamos professores, estudantes, funcionários pessoas interessadas e coordenadores de projetos que tenham afinidade com o tema, para a palestra seguida de debate a ser proferida pelo Secretário Geral da Organização dos Estados Ibero-americanos, Sr. Alvaro Marchesi, cujo tema será a Cooperação para o Intercâmbio Educativo, no dia 24 de maio, às 10h30, no Auditório da Reitoria. Estarão presentes no evento o Magnífico Reitor da UnB, José Geraldo de Souza Júnior, e a diretora da OEI em Brasília, Ivana Siqueira.
Em dezembro do ano passado foi firmado um Acordo de Cooperação e Intercâmbio Acadêmico, entre a UnB e a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), cuja gestão ficou a cargo da nossa Casa de Cultura da América Latina.

O acordo prevê mútua cooperação em áreas de interesse comum e deve ser ampliado através de aditivos com as unidades acadêmicas da nossa universidade, de acordo com a identificação e o reconhecimento de experiências acadêmicas significativas que inovem e contribuam para as atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Para saber mais sobre a OEI recomendamos visitar o site http://www.oei.es/index.php.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Mussunga dos AmigHos em Planaltina - DF





































Dance e cante conosco.Celebre a Festa do Divino e a cultura popular de nossa cidade!
Participe do movimento para transformar a Festa do Divino em patrimônio imaterial de Planaltina.


Olá Amighos,
Dia 22 de maio(sábado) a partir das 9:30 estaremos reunidos na Casa das Artes Dona Nilda Campos na Pracinha do Museu para aguardar o Encontro das Folias com música- cantoria do Divino Espírito Santo, mpb, ciranda,coco, samba de roda,catira, palestras, exibições de vídeos,exposições, poesias.
Na oportunidade passaremos abaixo assinado dirigido ao Senhor Governador solicitando o Registro da Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina-DF como Patrimônio Imaterial do DF na intenção de salvaguardar esse patrimônio tão importante para nossa cidade.
Compareçam...
Divulguem...
Abraço

LULA PELA PAZ MUNDIAL

por Rita de Cassia Felicetti de Oliveira
A bem-sucedida missão do presidente Lula e da respeitada diplomacia brasileira em Teerã, jogando cartada decisiva em favor da paz e do desarmamento, é motivo de alegria e de orgulho para todo o povo brasileiro. Reafirma-se a importância crescente de nosso país no cenário internacional, além do perfil de Estadista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que renova seus compromissos com a paz e o entendimento entre os povos.
Abaixo o histórico documento assinado pelos Chefes de Estado do Brasil, Irã e Turquia.
Declaração Conjunta entre Irã, Turquia e Brasil
Tendo-se reunido em Teerã, República Islâmica do Irã, os signatários acordaram a seguinte declaração:
1. Reafirmamos nosso compromisso com o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e, de acordo com os artigos relacionados do TNP, lembramos o direito de todos os Estados, incluindo a República Islâmica do Irã, de desenvolver pesquisa, produção e uso de energia nuclear (bem como o ciclo do combustível nuclear, incluindo as atividades de enriquecimento) para fins pacíficos, sem discriminação.
2. Expressamos nossa forte convicção de que temos agora a oportunidade de começar um processo de perspectiva futura que irá criar uma atmosfera positiva, construtiva, de não-confrontação, que conduzirá a uma era de interação e cooperação.
3. Acreditamos que a troca de combustível nuclear é o instrumento para o início da cooperação em diferentes áreas, especialmente no que diz respeito à cooperação nuclear para fins pacíficos, incluindo a construção de usinas de energia nuclear e reatores de pesquisa.
4. Com base neste ponto, o intercâmbio de combustível nuclear é o ponto de partida para o início da cooperação e um avanço positivo e construtivo entre nações. Tal movimento deve levar à interação e cooperação positivas no campo das atividades nucleares pacíficas, evitando todos os tipos de confronto através de medidas restritivas, ações e declarações retóricas que possam colocar em risco os direitos e obrigações do Irã decorrentes do TNP.
5. Com base no exposto acima, a fim de facilitar a cooperação nuclear acima mencionada, a República Islâmica do Irã concorda em depositar 1. 200 kg de LEU na Turquia. Enquanto permanecer na Turquia esse LEU continuará sendo propriedade do Irã. O Irã e a AIEA poderão colocar observadores para monitorar a custódia do LEU na Turquia.
6. O Irã irá notificar a AIEA por escrito, através dos canais oficiais, de sua concordância com o exposto acima no prazo de sete dias a contar da data da presente declaração. Após a resposta positiva do Grupo de Viena (EUA, Rússia, França e AIEA) mais detalhes do intercâmbio serão elaborados através de um acordo escrito e providências apropriadas entre o Irã e o Grupo de Viena, que se compromete especificamente a entregar 120 kg de combustível necessário para o Reator de Pesquisa de Teerã (TRR).
7. Quando o Grupo de Viena declarar seu compromisso com esta provisão, então ambas as partes se comprometerão em implementar o acordo mencionado no item 6. A República Islâmica do Irã expressa sua disponibilidade para depositar seu LEU (1.200 kg) no prazo de um mês. Com base no mesmo acordo, o Grupo de Viena deverá entregar 120 kg de combustível necessário para o TRR dentro de um ano.
8. No caso das disposições da presente Declaração não serem respeitados, a Turquia, por solicitação do Irã, devolverá rápida e incondicionalmente o LEU para o Irã.
9. Congratulamo-nos com a decisão da República Islâmica do Irã de continuar, como no passado, as conversações com os países dos 5 +1, na Turquia, sobre as preocupações baseadas nos compromissos coletivos, de acordo com os pontos em comum de suas propostas.
10. A Turquia e o Brasil agradecem o compromisso do Irã com o TNP e seu papel construtivo na busca da realização dos direitos nucleares de seus países membros. A República Islâmica do Irã agradece igualmente os esforços construtivos da Turquia e do Brasil na criação do ambiente propício para a concretização dos direitos nucleares do Irã.

terça-feira, 18 de maio de 2010

PROJETO CONEXÕES

Alunos da UnB incentivam jovens de Brazlândia a entrar na universidade

Projeto Conexões dos Saberes realizará oficinas sobre comunicação, meio ambiente e saúde com crianças e jovens de baixa renda
Juliana Braga

Andrea Batista concluiu o ensino médio com apenas 16 anos. Ela e sua irmã gêmea, Angélica, estudaram o 2º e 3º anos em escolas públicas e precisaram fazer cursinho para entrar na universidade. Os gastos ficavam pesados para a família, que mora na Ceilândia e ainda custeava as despesas da irmã mais velha, que já estudava Relações Internacionais na UnB. Andrea passou em Serviço Social após um ano de estudo.

Hoje, ela ajuda jovens que passam por situação semelhante e também sonham em entrar na universidade. Há dois anos, Andrea é bolsista do projeto Conexões do Saberes. Financiado pelo Ministério da Educação, o projeto é tocado por 33 instituições de ensino superior, a UnB entre elas.

Nesta terça-feira, dia 18 maio, 45 alunos da UnB começam o trabalho de campo do projeto, com oficinas temáticas no Núcleo de Extensão da UnB em Brazlândia. O grupo é formado por 35 estudantes de baixa renda e 10 indígenas.

O Conexões de Saberes trabalha com as dificuldades de acesso e permanência de jovens de camadas populares nas universidades públicas, por meio de atividades de pesquisa, formação de jovens e extensão comunitária. Em Brazlândia, as oficinas serão desenvolvidas dentro de quatro eixos, em escolas de ensino básico. Cerca de 100 jovens serão atendidos.

ATIVIDADES - O primeiro eixo, Carta de Letras, ensinará a crianças a língua e a cultura francesas para que, no final do projeto, elas se correspondam por cartas e e-mails com crianças de outros países. O segundo será uma brinquedoteca na qual os alunos da UnB trabalharão com as crianças noções sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável. No terceiro, os estudantes farão oficinas sobre cuidados com a saúde, dando ênfase à sexualidade dos jovens.

O quarto eixo do projeto, no qual Andrea vai trabalhar, chama-se Nas Ondas da Mídia. Alunos do ensino médio farão análise da construção do discurso das notícias e ao final farão seus próprios jornais, fotografias e vídeos. “Será trabalhada a formação política de jovens com mais de 14 anos, a partir da análise de notícias”, explica a coordenadora do programa Maria de Fátima Makiuchi.

Andrea ficou sabendo do Conexão de Saberes por meio de cartazes na universidade e se interessou pela bolsa de R$ 300 que o programa oferecia. “Não sabia direito do que se tratava. Mas a bolsa me ajudaria a pagar xerox e livros que eu precisava”, detalha a estudante.

BAIXA RENDA - A base do projeto é esta: financiar o estudo de jovens carentes. Em troca, eles incentivam outros jovens a entrar na vida acadêmica, inclusive colhendo subsídios para a formulação de políticas públicas do MEC. Andrea está animada para iniciar essa nova fase do projeto. “Estou um pouco receosa, porque com jovens é mais difícil, temos que nos esforçar para manter o interesse deles. Mas quando dá certo é muito gratificante”, conta.

O Conexão de Saberes oferece 35 vagas para alunos de camadas populares mais dez para estudantes indígenas para que eles tenham a oportunidade de pensar sobre o acesso e a permanência na universidade. O único pré-requisito é que tenham a tarde da sexta-feira livre para que possam fazer um acompanhamento das atividades.

Andrea conta que participar do Conexão dos Saberes já mudou sua visão sobre a situação do jovens de camada popular na universidade. “A gente percebe que isso tudo é um mito. Apesar da maior parte dos estudantes serem do Plano Piloto, a universidade é pública, é um direito deles também!”, argumenta. Segundo ela, é gratificante poder passar isso para os jovens, para que eles exijam também melhores condições de ensino.

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Brasil e a Reforma Agrária

Carlos Saraiva*

A segunda metade do século XIX, caracterizou-se pelo fortalecimento do Liberalismo e a constituição de burguesias bem definidas tanto nos EUA como na Europa.

Isto facilitou a consolidação de um Estado Liberal e Democrático de Direito, onde puderam ser efetuadas Reformas burguesas consensuadas, com pouca disputa de cunho

Ideológico. A principal delas foi a Reforma Agrária. A necessidade de ordenar a vida no campo, preparando para enfrentar a forte industrialização e urbanização que se intensificava.

A necessidade de produção de alimentos de maneira mais organizada , racional e produtiva. A necessidade de retorno e melhor qualidade de vida do camponês, para um melhor equacionamento

da vida urbana. Estes fatores que desembocariam para o avanço do capitalismo , com melhora do nível de vida do campesinato e das condições de exploração do operariado, desideologizaram o processo.

A América do Sul e em especial o Brasil, viu passar o trem da história e não constituiu um verdadeiro Liberalismo. A nossa Burguesia não se definiu e o nosso Estado Liberal Democrático de Direito não se consolidou.A falta de uma burguesia nacional consolidada, resquício da colonização e do escravismo, não forneceu as ferramentas necessárias para o estabelecimento de um mínimo consenso , para a efetivação

De reformas em especial a Agrária. Este processo necessário, se não consensuado , constituiu-se em uma disputa fortemente ideologizada. A abolição da Escravidão, A República, A revolução de 30, não foram suficientes para a consolidação de uma efetiva Burguesia Nacional. A não resolução do problema do campo, contribue para que as nossas elites continuem fragmentadas, sem constituírem uma burguesia que possam consensuar reformas e muito menos consolidarem um Estado Liberal Democrático de Direito. Isto alem de aumentar a ideologização da disputa agrária dificulta o equacionamento de um capitalismo industrial, nacional e uma urbanização mais racional e humana. O Brasil caminha, histórica, política e sociológica de uma maneira completamente esquizofrênica.

Hoje, temos no campo um embate entre o chamado Agro Negócio e a Agricultura Familiar, traduzindo a disputa ideológica.

Esta disputa me parece falsa. Os velhos coronéis que representavam a oligarquia do campo estão em decomposição, assumindo este vazio, os novos profissionais urbanizados. A associação da técnica, do poder econômico e as multinacionais montaram uma estrutura poderosa e “moderna”. Esta estrutura, voltada para a exportação, passou a ter extraordinária importância na balança comercial brasileira. A agricultura familiar de suma importância na alimentação do povo brasileiro, alem de sadia, sustentável e sustentada, produz o maior número de empregos no campo. Infelizmente, táticamente cai na armadilha do chamado Agro negócio. O chamado Agro Negócio, usa o discurso da “modernidade” dentro do Estado de Direito e a força motriz da balança comercial contra o “atrazo” e a “baderna” dos que atuam na “ilegalidade” sem contribuírem para o “crescimento” do Brasil. Este discurso esconde o caráter ideológico da disputa. Acho que a Agricultura familiar com o enfoque ideológico que tem, deve também se constituir como um grande negócio do campo. Este Agro Negócio, sustentável, sustentado, limpo, cooperativo,associativo e solidário, tem de se fortalecer. Este fortalecimento se dará pela técnica, o profissionalismo e sobretudo pelo comprometimento social. A reforma Agrária está caminhando por ações marginais, paralelas, mas politicamente eficazes e eficientes. Alem do assentamento de famílias, cujo número não pode ser desprezado, ações que melhoram as condições de vida no campo, vão forçando as elites agrárias atuais à se reciclarem . Até como sobrevivência, pois uma nova hegemonia agrária poderá ganhar força para a costura de novos consensos que poderão resultar em uma Reforma Agrária de qualidade. Estas ações são o maior financiamento para a Agricultura Familiar. A educação , saúde e assistência técnica, O Bolsa Família, Luz para Todos e a Economia Solidária são instrumentos importantíssimos nesta direção. Este aparente paradoxo que alguns “intelectuais” de “esquerda”, chamam de “hegemonia às avessas”, ou seja “o dominado conduzindo a politica em beneficio do dominante”, poderíamos dizer ; “os dominados conduzindo a política que os dominantes não tiveram a capacidade de faze-la, para constituir uma nova hegemonia”. Os dominados agora não como coadjuvantes, mas como protagonistas. Uma nova hegemonia que pode forçar as classes dominantes à travarem uma luta de classe com espírito de nação fortalecido.

Ensino a distância enfrenta problemas estruturais

Cursos oferecidos pela Universidade Aberta do Brasil, em parceria com a UnB, enfrentam limitações tecnológicas. Internet lenta e falta de material didático são os maiores entraves

Isavela Azevedo - Da Secretaria de Comunicação da UnB

A Universidade Aberta do Brasil (UAB) foi criada em 2006 para viabilizar ensino a distância de cursos oferecidos pelas universidades públicas. Os estudantes contam com o apoio de um tutor a distância e outro presencial. A parceria com a UAB permite que a UnB ofereça oito licenciaturas e um bacharelado via internet a 28 pólos espalhados por quatro estados do país. Mais de quatro mil alunos estão matriculados em Biologia, Música, Teatro, Artes Visuais, Geografia, Educação Física, Letras Português, Pedagogia e Administração Pública a distância. “Ainda existem problemas como pólos muito distantes e dificuldades de levar os professores às comunidades. O material didático ainda é uma grande dificuldade”, salienta a coordenadora Geral da UAB-UnB, Wilsa Ramos.

Os desafios do curso foram discutidos no IV Encontro de Coordenadores de Pólos do Programa Universidade Aberta do Brasil, nos dias 13 e 14 de março. “A questão da biblioteca é nosso calcanhar de Aquiles”, aponta o professor Instituto de Biociências e Coordenador de Tutoria da UAB-UnB, Carlos Alberto Gonçalves. Ele relata que há falta de materiais didáticos adequados e bibliotecas mal equipadas, o que aumenta as dúvidas dos alunos e exige mais dedicação dos tutores. O docente salienta, no entanto, que esse problema não é exclusivo do ensino a distância. “No ensino presencial, os estudantes utilizam mais os serviços de reprografia do que da biblioteca. Mas se universidade tem 500 anos e ainda não resolveu seus problemas, imagine a UAB, que existe há quatro anos”, questiona.

A internet é outro fator de entrave ao ensino a distância. Durante sua palestra, Gonçalves informou que a velocidade média da banda larga no Brasil é de 1,3 Mbps. Já na Coréia do Sul, esse número atinge 11,7 Mbps. “Temos um programa avançado que permite a conexão de 200 pessoas simultaneamente. Nos meus estudos, no entanto, conseguimos contato por vídeo com, no máximo, oito pessoas”, enfatiza Gonçalves. O professor também destacou o baixo valor da bolsa dos tutores, que recebem R$ 765 reais mensais, além da falta de ferramentas para avaliar o programa. “Não sabemos ao certo o número de evasões ou o quantidade exata de horas trabalhadas. Teríamos que avaliar a satisfação do aluno também”, aponta.

Apesar das dificuldades, a UAB é a melhor opção de ensino em muitas comunidades. A UnB, por exemplo, é responsável pela única licenciatura em Música oferecida em Tocantins. As aulas são coordenadas no Pólo de Porto Nacional. “Temos estudantes que percorrem 530 km quinzenalmente para vir até o polo. Eles são muito motivados”, ressalta Ana Lídia Vilela, coordenadora do Pólo. A UnB também é a única universidade pública que oferece gratuitamente o curso de Educação Física no estado.

ESTÁGIOS – A coordenadora de Integração das Licenciaturas da UnB, Isabel Montadon, aproveitou o encontro para enfatizar a importância do estágio nos cursos de licenciatura. Segundo a professora do Departamento de Música, o ensino à distância ainda precisa de uma regulamentação da prática do estágio, para melhorar a forma de supervisionar e acompanhar o aluno aprendiz. Ela ressalta, no entanto, que o ensino via computador não prejudica a atuação do estagiário. “O aluno pode fazer um vídeo da aula que está ministrando e enviá-lo ao seu professor. Eu dou aula de teclado com a ajuda de vídeos e não há nenhum problema”, explica.

A estrutura física dos pólos, porém, não é ideal para a gravação das imagens. “Há pólos que possuem apenas uma câmera de vídeo”, alerta Isabel. A coordenadora ainda aponta para a falta de comprometimento dos professores. “Ainda há docentes que não acompanham direito o aluno em estágio. Há casos também em que há muitos alunos por professor”, esclarece.

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.