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domingo, 27 de julho de 2025
Entrevista de Guilherme Sigmaringa, presidente do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal, para à coluna Eixo Capita
“O povo do DF não pode ser caracterizado como de extrema-direita”, diz presidente do PT-DF
Por Arthur de Souza (interino) — Confira a entrevista de Guilherme Sigmaringa, presidente do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal, para à coluna Eixo Capital, publicada em 27 de julho de 2025.
De que forma a filiação de Leandro Grass ajuda nos planos da esquerda para 2026?
O companheiro Leandro Grass é um quadro da esquerda do Distrito Federal que orgulha qualquer partido ao qual ele esteja filiado. Foi um deputado distrital de destaque e, com muita coragem e altivez, foi o candidato da nossa Federação ao Buriti nas últimas eleições. A vinda dele para o PT é motivo de orgulho para todos nós, petistas, que estamos nos organizando para enfrentar e vencer as eleições de 2026 no Distrito Federal.
Como tentar reverter o domínio da direita no DF?
O povo do Distrito Federal não pode ser caracterizado como sendo de extrema direita. Infelizmente, nos últimos anos, políticos com esse perfil foram exitosos eleitoralmente aqui, assim como em muitos outros lugares do Brasil. Precisamos deixar claro que esse é um fenômeno mundial. Reverter esse quadro aqui passa por aprofundarmos as políticas implementadas pelo governo do presidente Lula. O fortalecimento da democracia, com justiça social, e o combate a todas as formas de desigualdades são meios para derrotarmos a direita e a extrema direita.
Quais os principais desafios que a esquerda enfrenta aqui na capital federal e como superá-los, para reconquistar o eleitorado?
A superação desse quadro nos impõe a necessidade de dialogarmos com todas as forças, organizadas ou não, da sociedade que estejam dispostas a construir um novo cenário político local, no qual a cidadania seja valorizada. O PT-DF se coloca como um dos instrumentos para a construção dessa resposta coletiva da sociedade do Distrito Federal em benefício de quem mora e ama viver aqui, ao contrário dos exploradores de direita e de extrema-direita que têm como foco saquear o nosso povo.
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sábado, 26 de julho de 2025
Grass chega ao PT
Com a benção de Lula, Grass chega ao PT para ajudar a reorganizar a esquerda no DF
Por Arthur de Souza (interino) — A filiação de Leandro Grass, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ao Partido dos Trabalhadores não é apenas uma mudança de legenda. Com a bênção direta de Lula, que teve direito a fotos nas redes sociais, sorrisos e ficha de filiação em punho, Grass chega ao PT como aposta para ajudar a reorganizar a esquerda no DF e tentar dar ao partido o protagonismo que, há tempos, busca no cenário local.
Grass agradeceu nominalmente o apoio de lideranças políticas, como os deputados federais Reginaldo Veras, do PV; e Erika Kokay, do PT, além dos distritais Chico Vigilante e Gabriel Magno, do PT. O gesto sinaliza que a entrada no partido foi pactuada e que há um esforço real para construir pontes com diferentes alas internas, especialmente aquelas que resistiam à ideia de uma candidatura majoritária vinda de fora.
À coluna, Leandro Grass disse que a relação com o partido não é de agora. “O PT foi muito solidário e generoso na última campanha (2022). Em razão de ser o maior partido do nosso campo, o entendimento foi de que o PT tem um papel muito importante na construção da unidade do nosso campo político, por isso decidimos pela filiação”, comentou. “Vamos tentar mudar a narrativa da extrema-direita de que a esquerda fracassou no DF, não só mostrando o que foi feito no passado, mas o que vai ser feito no futuro”, ressaltou.
sexta-feira, 25 de julho de 2025
Agressão de Trump ao Brasil é uma das maiores interferências na América Latina desde a Guerra Fria, diz The Economist
Revista britânica denuncia interferência dos EUA como "chocante agressão" na América Latina e destaca reação de Lula
453Partilhas

247 - A revista britânica The Economist classificou, em matéria publicada nesta quinta-feira (24), como uma "chocante agressão" o pacote de sanções adotado pelos Estados Unidos contra o Brasil, sob a liderança do presidente Donald Trump. As medidas incluem a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras e a suspensão dos vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a publicação, trata-se de uma das ações mais intrusivas de Washington na América Latina desde o fim da Guerra Fria. “Raramente desde o fim da Guerra Fria os Estados Unidos interferiram tão profundamente em um país latino-americano”, destaca o periódico.
A revista observa que Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são "inimigos ideológicos", destacando ainda que os aliados do republicano criticam de forma recorrente as investigações conduzidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes sobre desinformação nas redes sociais. No entanto, a revista sustenta que o estopim para a ofensiva teria sido a cúpula do BRICS, realizada nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. “O gatilho para o ataque de Trump parece ter sido a cúpula do BRICS, um grupo de países emergentes, que o Brasil sediou”, apontou.
Um outro ponto destacado pela revista é o fato de Donald Trump ser um aliado de jair Bolsonaro (PL). O presente dos EUA condenou o que chama de “caça às bruxas” contra o ex-mandatário brasileiro, que responde a uma ação penal no STF por participar de um suposto plano de golpe de Estado. Nesta semana, o STF adotou medidas rigorosas contra Jair Bolsonaro, incluindo o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica e restrição de acesso às redes sociais. Para a revista, tais reações também foram “agressivas”.
A The Economist sustenta que a estratégia de Trump está tendo um efeito contrário ao desejado. “Se atrair a ira de Trump deveria fortalecer a direita brasileira antes das eleições gerais do ano que vem, o plano está saindo pela culatra”, diz o texto. Segundo a publicação, a aprovação de Lula, que vinha em declínio, voltou a subir, e o presidente agora lidera com folga entre os potenciais candidatos para a disputa de 2026. “Brasileiros de todos os tipos estão apoiando Lula”, afirma a revista.
A matéria também relata que o Congresso brasileiro, sob maioria conservadora, teria se alinhado ao Planalto diante da crise diplomática e discute a aplicação de tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos.
O impacto econômico das sanções deve recair, segundo a reportagem, principalmente sobre setores exportadores localizados em redutos bolsonaristas, como os produtores de café, carne e suco de laranja. “O impacto provavelmente recairá desproporcionalmente sobre empresas sediadas em regiões que são redutos de Bolsonaro”, avaliou.
A revista também chama atenção para a reação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), tradicionalmente aliada de Bolsonaro, que condenou o caráter político das tarifas impostas pelos EUA. Em tom defensivo, o ex-presidente brasileiro teria tentado se desvincular da ação do governo Trump, afirmando que as tarifas “não têm nada a ver conosco”.
A ofensiva de Trump inclui ainda ataques diretos ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central. A The Economist destaca o impacto positivo da ferramenta na democratização do acesso a serviços financeiros no Brasil e aponta o desconforto gerado nas gigantes americanas do setor.
“O Pix estimulou a concorrência no setor bancário brasileiro, antes decadente”, assinala a reportagem, ressaltando que empresas como Visa e Mastercard vêm perdendo espaço desde a sua implementação.
Embora reconheça que parte das críticas americanas às práticas comerciais brasileiras “têm mérito”, a revista pondera que essa não seria a real motivação de Trump. “O Brasil é uma das economias mais fechadas do mundo, com forte apoio estatal à sua indústria”, admite. No entanto, o texto revela que desde maio o governo Lula tenta abrir diálogo com a Casa Branca para discutir um possível acordo comercial — sem sucesso até agora.
quinta-feira, 24 de julho de 2025
De bets a grana pública, Gusttavo Lima virou mecanismo para drenar pobre
De bets a grana pública, Gusttavo Lima virou mecanismo para drenar pobre
Leonardo Sakamoto
24/07/2025 05h30
Gusttavo Lima divulga Vai de Bet durante show no São João de Maceió Imagem: Reprodução
O sertanejo Gusttavo Lima não é apenas um dos cantores mais ouvidos e queridos do Brasil, mas também um mecanismo para tirar dinheiro de pobre. E aqui não estou falando do cidadão que gasta seu salário com ingressos de shows ou camisetas do artista, mas dos recursos públicos que fluíram de prefeituras do interior que o contrataram. E de sua ligação com bets, que arrancam até o último centavo de trabalhadores.
Reportagem desta quarta (23) do incansável Tiago Mali, no UOL, mostra que São Luiz do Anauá, município de 7 mil habitantes em Roraima, gastou um mundo de dinheiro para construir um nababesco portal na entrada da cidade para uma festa que receberia 50 mil pessoas e um show do cantor.
O portal (inspirado na residência de estilo neoclássico de Gusttavo Lima em Goiás) ficou inacabado, assim como uma série de obras em Anauá. O show não veio e, tempos depois, a cidade decretou calamidade financeira — apesar de ser a que proporcionalmente mais recebeu emendas de parlamentares nos últimos cinco anos.
Como o evento não foi realizado, o cantor não ganhou nada com isso. Mas o caso absurdo lembra outros tantos em locais com carência de estrutura básica que contrataram o artista com verba de emendas ou de recursos enviados pela União, em uma inversão de prioridades.
Óbvio que a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. Mas um único evento ficar com toda verba anual de cultura de um município, como não raro acontece, é, no mínimo, sacanagem.
Contratos de prefeituras com o cantor têm sido alvos de investigações. Segundo a revista Veja, um de seus shows, em Petrolândia (PE), no valor de R$ 1,1 milhão, foi cancelado diante da repercussão negativa de um inquérito contra ele por lavagem de dinheiro envolvendo um site de apostas no ano passado.
A Prefeitura de Icó (CE) tentou contratá-lo com verba originalmente destinada à Educação, mas acabou conseguindo emendas parlamentares e o homem cantou. Em Campo Alegre de Lourdes (BA), a Justiça atuou contra o show porque R$ 1,3 milhão de cachê para Lima era mais do que o valor anual da Secretaria de Cultura do município.
Já a revista Piauí apontou que R$ 1,9 milhão em emendas Pix (modalidade agora proibida pelo STF em que os parlamentares enviavam recursos a suas bases diretamente sem fiscalização ou justificativa) foram destinadas a Ituiutaba (MG) para pagar show de cantores, entre eles, Gusttavo Lima. O valor representou um quarto de todos os recursos recebidos pela cidade por meio desse tipo de emenda.
A lista de municípios e de shows é longa. Pode-se argumentar que são apenas negócios e ele não está fazendo nada ilegal. E que ilegal é o comportamento de parlamentares e prefeitos envolvidos nessas transações, principalmente se parte dos recursos desaparecerem, deixando portais inacabados enquanto o município sofre com problemas estruturais.
Mas, no mínimo, há uma questão moral sobre participar de um mecanismo que drena recursos de cidades do interior sob a ilusão de que o retorno comercial trazido por visitantes devolverá, com juros, o dinheiro investido. É como se o município fizesse uma aposta com o dinheiro do contribuinte pagando ao cantor.
Em uma live no dia 30 de setembro do ano passado, após o cancelamento em Petrolândia, ele disse que não iria mais aceitar shows de prefeituras, apesar de cobrar delas um "preço especial".
"Peço desculpa a todos os fãs de Pernambuco, mas como era show de prefeitura... De uns dois anos pra cá é toda hora, 'Gusttavo Lima faz show de prefeitura'. Se a gente fizer dez shows por por ano... E outra coisa: são os shows mais baratos do Gusttavo Lima. A gente faz um preço especial para ter acesso aos nossos fãs. Isso gera economia. Mas está tudo bem", afirmou.
"Mas só o Gusttavo Lima que faz show de prefeitura? Nenhum outro artista faz isso, não?" E concluiu: "Se é isso que fica espetando o Gusttavo, então não vai ter mais". Ele ainda se apresenta em eventos que contam com prefeituras na organização, segundo o calendário de seus shows deste ano.
Sócio ou garoto-propaganda de bets
Falando em apostas, voltemos à questão das bets. Gusttavo Lima teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça de Pernambuco no âmbito da Operacão Integration, sobre o uso de site de apostas para lavar dinheiro de jogos de azar e do jogo do bicho. Uma empresa do cantor, a Balada Eventos e Produções, teria sido empregada para legalizar grana. A decisão de prisão foi, posteriormente, revogada.
Segundo as investigações, Lima havia adquirido 25% da casa de apostas Vai de Bet no ano passado. Em uma live, ele disse que o contrato era, na prática, de remuneração por ser divulgador da bet. "Não sou sócio da Vai de Bet, sou garoto-propaganda", disse.
Do ponto de vista prático, isso é ainda pior.
Influenciadores, jogadores de futebol e artistas emprestam seu prestígio para um negócio que é um dos mais perversos mecanismos de transferência de renda de pobres para ricos. As bets proliferam com anúncios agressivos, patrocínios milionários e a promessa de enriquecimento fácil. Não é difícil entender por que elas se multiplicam como praga em solo brasileiro. O negócio é simples: oferecer ao trabalhador a ilusão de que pode transformar sua vida.
O que não se diz é que a esmagadora maioria perde - e perde muito. Tudo isso alimenta um sistema que drena recursos de quem não tem para engordar quem já está nadando em dinheiro.
Enquanto isso, famílias são destruídas por dívidas acumuladas em apostas perdidas, histórias de violência doméstica e de suicídio ligadas ao vício em jogos se multiplicam e jovens são seduzidos por uma lógica perversa que substitui o trabalho pelo golpe de sorte. As bets não são apenas um entretenimento inofensivo - são uma máquina de moer gente, especialmente em um país onde a educação financeira é precária e a desigualdade, abissal.
Aliás, ele ainda conseguiu juntar municípios e bets. Segundo apuração do UOL, Gusttavo Lima fez propagandas da Vai de Bet em dois shows bancados com verba pública, em que ganhou cachês milionários para cantar: no São João 2024 de Maceió (AL), quando recebeu R$ 1,2 milhão, e de Santa Rita (PB), mais R$ 1,1 milhão.
A desculpa de Gusttavo Lima não convence. Querido por muita gente, o "Embaixador", como é chamado, acaba se aproveitando disso e tirando recursos dos fãs mais vulneráveis, que são aqueles que dependem de serviços públicos e os que resolvem apostar para tentar sair da pobreza.
Tempos atrás, ele demonstrou vontade de se candidatar à Presidência da República, o que foi uma operação de marketing e não um lançamento de pré-candidatura. Experiência para colocar seus interesses pessoais à frente às necessidades do povo ele já tem.
quarta-feira, 23 de julho de 2025
ARTIGOVisão do Correio: sintomas de declínio na influência dos EUA
Além de encarecer a vida do cidadão, Trump cria uma série de incertezas no mercado financeiro e ameaça a hegemonia do dólar — principal moeda do mundo, justamente por ser menos volátil a decisões polítcas
"Apesar de não ser o único culpado, o governo Trump é simbólico, em várias medidas, para o declínio da influência dos EUA" - (crédito: AFP)
Desde o fim da Guerra Fria, o mundo convive com uma inegável hegemonia dos Estados Unidos. Nas últimas décadas, a vontade dos EUA sempre prevaleceu em três setores fundamentais para todo país: cultura, economia e poder militar. Nos últimos anos, porém, é flagrante a queda da influência estadunidense ao redor do globo — apesar de ela se manter bastante significativa. Os impactos da guerra tarifária de Trump nas economias, entre elas a brasileira, mais recentemente, colocam essa tendência à prova.
No campo militar, o apoio dos Estados Unidos ao Estado de Israel, a partir do treinamento de agentes e da cessão de armamentos, provoca um inegável desgaste à imagem de Washington. É impossível fechar os olhos do mundo para a destruição da Faixa de Gaza, inclusive, com medidas israelenses para dificultar a chegada de ajuda humanitária a civis que estão morrendo de fome.
Na cultura, a hegemonia norte-americana se mantém, mas começa a ser desafiada na música, por exemplo, com a imensa popularidade do k-pop, gênero musical originado na Coreia do Sul, que usa uma grande variedade de elementos audiovisuais amigáveis aos algoritmos das redes sociais. No esporte, nos Jogos Olímpicos, o antes inquestionável domínio da delegação dos EUA tem sido desafiado pela China. Em Paris 2024, empataram em medalhas de ouro, por exemplo.
Na economia, os Estados Unidos têm enfrentado diversos desafios, principalmente pela ascensão chinesa na área da tecnologia. O exemplo mais emblemático da vez passa pelas chamadas terras raras, minas com elementos químicos fundamentais para diversas áreas, como carros elétricos, turbinas eólicas, eletrônicos, equipamentos militares (como drones) e equipamentos médicos. Também são usadas na transformação do petróleo em gasolina, apesar de esses elementos não serem essenciais ao processo, pela existência de produtos alternativos.
Nas terras raras, inclusive, o Brasil ocupa espaço importante ao concentrar cerca de 25% da oferta mundial, sendo superado apenas pela China, que detém aproximadamente 45%. Apesar de terem representatividade nesse mercado, os EUA, pela sua enorme produção militar e de carros elétricos, se colocam em posição desfavorável na negociação com Brasil e China, diante dos desgastes geopolíticos recentes provocados por Trump
Porém, nem todos esses fatores têm relação direta com o governo Trump. Muitos, como o dano à imagem internacional por conta de guerras, começaram em gestões anteriores - sobretudo nas invasões do Afeganistão e do Iraque (George W. Bush) e antes, do Vietnã (Richard Nixon). No entanto, há evidências realçadas pelo trumpismo que merecem destaque.
Entre elas, a diminuição do chamado "soft power" estadunidense — a capacidade do país de influenciar outras nações pela persuasão, não só pela força. A política externa de Trump nada tem de "suave", usando a tradução direta do termo. Não há cadência, mas, sim, uma pressão exercida pelo poder militar e econômico.
A crise geopolítica traz reflexos diretos ao chamado American Way of Life. A partir do endurecimento do tarifaço, a inflação dos EUA atingiu seu mais alto patamar em quatro meses em junho, fechada em 2,7% no índice acumulado do ano, uma alta de 0,3% mensal.
Além de encarecer a vida do cidadão, Trump cria uma série de incertezas no mercado financeiro e ameaça a hegemonia do dólar — principal moeda do mundo, justamente por ser menos volátil a decisões políticas, graças a uma muito cultuada independência do Sistema de Reserva Federal (FED, na sigla em inglês, o Banco Central estadunidense).
Apesar de não ser o único culpado, o governo Trump é simbólico, em várias medidas, para o declínio da influência dos EUA. Há tempo para reverter o cenário, mas a Casa Branca encara o panorama mais desafiador em décadas.
terça-feira, 22 de julho de 2025
Prisão iminente de Bolsonaro é consenso entre governistas e oposição Ministro Alexandre de Moraes deu 24h para defesa se manifestar sobre descumprimento de cautelares impostas pelo STF
Prisão iminente de Bolsonaro é consenso entre governistas e oposição
Ministro Alexandre de Moraes deu 24h para defesa se manifestar sobre descumprimento de cautelares impostas pelo STF
Bolsonaro brinca de roleta russa

Ler resumo da notícia
Cercado por medidas cautelares do Supremo, Bolsonaro percebeu que a única porta que está inteiramente aberta para ele é a da cadeia. Poderia tentar vir em outra direção. Mas age como se preferisse ir em cana antes mesmo de uma condenação definitiva.
Aliados do centrão foram a campo para conter os impulsos autodestrutivos de Bolsonaro. Se forem malsucedidos, as explicações que os advogados do réu foram intimados a prestar até o final do dia podem ficar obsoletas antes de chegar à mesa de Alexandre de Moraes.
Na segunda-feira, Bolsonaro foi à Câmara para mobilizar sua facção e fornecer às redes sociais de terceiros as imagens de sua tornozeleira e o blábláblá da "humilhação". Moraes enxergou na coreografia uma violação à ordem de abstinência digital.
Nesta terça-feira, em pleno recesso legislativo, Bolsonaro ficou de levar sua pose se vítima para passear em duas comissões da Câmara: a de Segurança Pública e a de Relações Exteriores. Segue um script de confrontação esboçado em reunião da véspera.
Hugo Motta, o presidente da Câmara, levou o é à porta. Bolsonaro deu meia-volta, cancelando sua ida à Câmara. Terceirizou a algaravia aos parlamentares bolsonaristas.
Bolsonaro cobra de sua facção legislativa mobilização para aprovar a anistia na Câmara e o impeachment de Moraes no Senado. Deseja que o pedaço troglodita do agronegócio cante o hino nacional por ele e financie o ronco de caminhões nas ruas.
A caminho da cadeia, Bolsonaro roda um filme repetido. Demora a perceber que roleta russa também é suicídio, mesmo que na modalidade recreativa de um desafio constante à própria sorte.
segunda-feira, 21 de julho de 2025
Moraes acerta, e vem aí a prisão preventiva
Moraes acerta, e Bolsonaro está a um passo da prisão preventiva
Wálter Maierovitch
21/07/2025 17h33
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes acertou ao proibir divulgações de entrevistas do ex-presidente Jair Bolsonaro em redes sociais. A decisão se baseia em medidas cautelares impostas anteriormente no inquérito policial onde ele e seu filho Eduardo Bolsonaro são apontados como suspeitos de três crimes.
Na verdade, Moraes apenas explicitou o alcance de uma das medidas cautelares, a referente às inserções nas redes sociais.
No inquérito, pai e filho são suspeitos de autoria e coparticipação dos crimes de abolição do estado democrático de direito, coação no curso do processo e obstrução de investigação sobre organização criminosa.
Cautela e contracautela
Pela legislação processual penal brasileira, medidas cautelares são revogáveis quando se tornam desnecessárias.
Podem, também, ser substituídas por outras menos ou mais gravosas. Se uma medida mostra-se insuficiente, outra, mais pesada e necessária, pode entrar em substituição.
Trocado em miúdos, a prisão preventiva, que é uma medida cautelar, pode ser imposta a Jair Bolsonaro e, também, ao rebento Eduardo.
Caso venha a desobedecer algumas dessas decisões, a prisão preventiva será imposta a Jair e a Eduardo, este escalado pela família Bolsonaro para, como agente provocador, obter medidas voltadas a prejudicar a nação brasileira.
No inquérito, Jair, que que sustenta o filho nos EUA e o apoia nas ações contra o interesse nacional, são suspeitos de coautoria. Pelo que realizam diariamente, são os mais novos traidores da pátria.
Princípio universal da pessoalidade e legalidade
Um dos três crimes imputados à dupla Eduardo/Jair refere-se ao grave ilícito voltado à abolição do estado democrático de Direito.
A objetividade jurídica leva em conta que, em sua definição, o crime consiste em proteger a soberania do estado nacional contra condutas, negociações, no estrangeiro, com o fim de desestabilizar o país.
Eduardo Bolsonaro negocia nos EUA a imposição de sanções contra Moraes e outros sete ministros do STF.
Sete ministros tiveram seus vistos de ingresso nos EUA revogados.
Mais ainda. O governo Trump violou, descaradamente, uma conquista humanitária. Deve ter causado agitação na sepultura do Marquês de Beccaria, iniciador da humanização do direito penal.
Violou-se o princípio universal da pessoalização da sanção ao incluir parentes dos ministros nas punições. Por esse princípio, a sanção não pode ir além da pessoa considerada infratora.
Ora, ora, as sanções, pelo anunciado pelo governo Trump, decorre de atos de ministros do Supremo Tribunal Federal. Os familiares dos ministros do STF não são órgãos de poder. Não têm vínculos legais com o STF. Os familiares foram sancionados pelo sangue.
No Brasil, ao tempo das Ordenações do Reino, Tiradentes foi condenado à morte e suas terras e de seus familiares até a quinta geração foram salgadas, ou melhor, transformadas em improdutivas.
É importante destacar que é pelo uso das redes sociais que o pai Jair e o filho Eduardo realizam a difusão de seus discursos, eventos e comentários no Brasil e no exterior. Por elas, eles tentam desestabilizar o país.
Um grupo dos EUA já questiona Trump no tribunal pela 'Tarifa Brasil'
Dois importadores de suco de laranja dizem que imposição de tarifa contra o Brasil cortará seus lucros e aumentará preço no varejo
Por Assis Moreira, Valor — Genebra
21/07/2025 13h48
to: REUTERS/Nathan Howard
Dois importadores nos EUA deram o primeiro passo questionando a ameaça de sanção de Donald Trump contra o Brasil, alinhando argumentos que podem ser seguidos por outras companhias e pressionar Washington.
As importadoras de suco de laranja Johanna Foods e Johanna Beverage Company recorreram à Corte de Comércio Internacional dos EUA, em Nova York, em 18 de julho para obter uma medida ‘declaratória e cautelar’ contra a ameaça de Trump de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Esses importadores argumentaram que as tarifas, que Trump quer colocar em em vigor em 1º de agosto, excedem a autoridade do presidente nos termos da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional e representam uma delegação inconstitucional de poder.
Numa declaração anexa no processo de 150 páginas submetido à Corte de Comércio Internacional dos EUA, Robert Facchina, diretor executivo da Johanna Foods e Johanna Beverage Company, reclama que a taxação vai dar prejuízo ao grupo, provocará aumento para os consumidores de aproximadamente 20-25% do preço de varejo e também poderá causar demissões nos EUA.
’A Tarifa do Brasil resultará em um aumento de preço significativo, e talvez proibitivo, em um alimento básico do café da manhã americano’, dizem os dois importadores americanos.
domingo, 20 de julho de 2025

Alvo do império, o Brasil tem um líder em papel inédito e precisa valorizá-lo: Lula
Lula é quem pode liderar a imensa frente patriótica que o país requer em tempos tão extraordinários
304Partilhas
Se algo de bom pode ser extraído do gravíssimo ataque ao Brasil promovido pelo renegado Jair Bolsonaro e seu filho trânsfuga Eduardo, a serviço do presidente sátrapa dos Estados Unidos, Donald Trump, é a constatação de que a soberania nacional precisa afinal deixar de ser apenas um slogan, tão vazio quanto esquecido.
Mais do que nunca, o país deve responder à altura, com patriotismo, contra toda e qualquer ameaça, não importa de quem venha, mesmo que seja da maior potência do planeta. E não importa o custo.
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Cada agressão deve ser respondida com força no mínimo equivalente. Haverá, claro, sacrifícios e dificuldades, mas um país soberano não pode, sob nenhuma justificativa, capitular diante de agressão à sua independência.
Este é o sentido mais profundo da soberania nacional: ela brota antes de tudo em cada indivíduo, nasce de um sentimento profundo de pertencimento a uma identidade. Está fincada na história, na cultura, na terra e no próprio ser de cada um.
A crise criada pelos Estados Unidos e pela quadrilha extorsionária dos Bolsonaro abriu, portanto, uma oportunidade preciosa. Cumpre aproveitá-la. Ela pôs mais do que nunca em evidência imensas áreas de fragilidade nas mais diversas áreas da infraestrutura nacional. Vem impondo, por outro lado, um potencial de unidade muito importante. Contra as ameaças e sanções de Donald Trump ao Supremo Tribunal Federal e à economia do país, elevou-se uma importante unidade entre os três Poderes da República, a despeito da vacilação inicial do Legislativo. Somou-se até o próprio Superior Tribunal Militar.
Contra a chantagem do imperialismo vem se agregando a imensa maioria da opinião pública e até mesmo parcelas da mídia hegemônica, da indústria, da agricultura ameaçada e das finanças.
Diante da emergência criada, cumpre somar todas as energias, identificar todas as áreas de fragilidade e encetar ações de emergência para que o país disponha de soberania econômica, defesa, digital, alimentar, energética, comunicacional e em todos os outros setores essenciais.
Em momentos como este, mais do que nunca, o país precisa de uma figura capaz de conduzir com firmeza e sabedoria os diversos setores, acima das divisões de qualquer natureza.
Além de tudo que já representou em sua trajetória histórica, cabe a Lula agora um papel inédito, que demandará o máximo de si: o de elevar-se ainda mais, acima de todos, para encarnar a vontade de união geral em defesa da nação. Cada área, por sua vez, deverá abrir mão de seus interesses particulares imediatos em benefício do bem mais geral do Brasil. A figura de um estadista é componente obrigatório da soberania ameaçada em momentos de emergência.
Por sua condição de presidente no cargo, por tudo que já fez e pode fazer, Lula é quem tem a credibilidade e o descortino necessários para conduzir o país em águas desconhecidas, para estar acima das disputas e interesses menores, para, em suma, liderar a imensa frente patriótica que o país requer em tempos tão extraordinários. Para lutar e negociar, em acordo multilateral, em benefício do Brasil.

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