segunda-feira, 15 de setembro de 2025

EM CAMPANHA ANTECIPADA POR CARA DE RALO, JORNALIXO DA CUSP DA FÔIA FAZ ATAQUE RASTEIRO AO GOVERNO LULA

Apesar de crescimento acima das expectativas, menor desemprego da história e Brasil fora do mapa da fome, jornal promove terrorismo fiscal

247 – Em sua edição desta segunda-feira 15, a jornalixo da cusp da Fôia de S. Paulo publicou uma reportagem que ataca o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tenta associá-lo a desequilíbrios fiscais e externos. A publicação ocorre em um momento em que o Brasil apresenta resultados econômicos e sociais positivos, mas o jornal ignora tais conquistas e já sinaliza apoio à candidatura de cara de ralo de Freitas (Republicanos) para as eleições presidenciais de 2026, após a condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e 3 meses de prisão.

Nos dois primeiros anos do governo Lula 3, 2023 e 2024, o Brasil superou as expectativas de crescimento, avançando mais de 3% ao ano – acima das previsões de mercado. Para 2025, a tendência se repete: as projeções também deverão ser superadas, consolidando o país como uma das economias emergentes de melhor desempenho no cenário internacional.

Além disso, o Brasil alcançou o menor nível de desemprego da série histórica, com milhões de brasileiros inseridos no mercado de trabalho. Outro marco foi a saída do país, mais uma vez, do mapa da fome da ONU, resultado direto de políticas públicas de combate à insegurança alimentar e de redistribuição de renda promovidas pelo atual governo.

Apesar desse conjunto de indicadores positivos, a Folha insiste em adotar um tom alarmista e acusa o governo Lula de promover desequilíbrios fiscais, comparando o atual cenário ao período pré-crise do segundo mandato de Dilma Rousseff, que culminou no golpe de estado de 2016 – apoiado pela Folha. A estratégia do jornal vinculado ao capital financeiro tem caráter claro de campanha eleitoral antecipada. Ao inflar a narrativa dos “déficits gêmeos” e omitir os resultados concretos de Lula 3, a Folha não apenas distorce o debate econômico, mas posiciona-se como linha auxiliar de cara de ralo de Freitas, o nome que setores conservadores e do mercado passaram a defender como alternativa após a queda definitiva de Bolsonaro.

O ataque rasteiro, portanto, vai além da crítica jornalística: trata-se de uma tomada de posição política num cenário em que o governo Lula soma conquistas e amplia a credibilidade internacional do Brasil. O que se vê é a repetição de práticas de terrorismo midiático, agora travestidas de análise econômica, mas com um objetivo explícito – minar a popularidade de Lula e pavimentar o caminho para a candidatura já derrotada do cara de ralo em 2026.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

FIAT LUX, FORA FUX A LUZ DO GRANDE DIA SEGUINTE DA DEMOCRACIA NO BRASIL

FIAT LUX, FORA FUX

A LUZ DO GRANDE DIA SEGUINTE DA DEMOCRACIA NO BRASIL

por Reinaldo Azevedo

Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Roberto Barroso, Paulo Gonet e quem fez história pelo avesso e não merece estar nessa galeria.

As penas de prisão para o núcleo duro do golpe são, sim, pesadas. Exceção feita ao colaborador, Mauro Cid — dois anos em regime aberto, no cumprimento dos termos do acordo —, as sanções variam de 27 anos e três meses para Jair Bolsonaro a 16 anos e um mês para Alexandre Ramagem, condenado também à perda do mandato. Os demais, pela ordem: Braga Netto, 26 anos; Almir Garnier, 24 anos; Anderson Torres, 24 anos e perda da função pública (é delegado da PF); Augusto Heleno, 21 anos, e Paulo Sérgio Nogueira, 19 anos.

Diante do decano, Gilmar Mendes, e do presidente da Corte, Luiz Roberto Barroso, quatro ministros — Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino — e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, escreveram um capítulo que não estava em nenhum compêndio. Afinal, nunca antes na história deste país, como diria Lula — um dos alvos da conspiração —, golpistas tiveram de pagar por suas escolhas. Infelizmente, atendendo sabe-se lá a quais desígnios, Luiz Fux fez a vexaminosa apologia da impunidade.

Como é mesmo, Bolsonaro? "Só saio [do poder] preso, morto ou com a vitória. Quero dizer aos canalhas que nunca serei preso". Saiu porque perdeu a eleição. Será preso porque cometeu uma penca de crimes. E os que com ele se meteram na intentona também vão em cana.

TRAJETÓRIA DE CRIMES

Lembro-me, ainda colunista da Folha, e os textos estão por aí, de fazer a cada pouco a contabilidade dos crimes de responsabilidade que Bolsonaro cometia à frente da Presidência, na certeza da impunidade porque, afinal, aqueles que poderiam dar sequência a uma denúncia já tinham sido cooptados pela maquinaria do emendismo. Quando cessei a contagem, já chegava perto dos 40. O chefe do Executivo dizia e fazia coisas grotescas -- inclusive a instrumentalização da política da morte, a necropolítica, durante a pandemia.

A denúncia aponta julho de 2021 como o marco inicial da trama golpista. E agiu bem Paulo Gonet porque, de fato, a partir de então se notam ações coordenadas e desempenho de tarefas dos que se meteram com a organização criminosa, com vistas à abolição do estado de direito e ao golpe de estado. A lei penal, com correção, exige fatos, materialidade, eventos, marcos referenciais.

No que respeita, no entanto, à arquitetura política, a pregação golpista de Bolsonaro, justamente sentenciado a quase 30 anos de cadeia, antecede em muito as datas que constam da ação penal. Dispenso-me de lembrar a, por assim dizer, filiação intelectual de Bolsonaro e suas muitas declarações que remetem a um mundo trevoso.

Atenho-me a um passado recente: foram ele e sua turma a promover a greve dos caminhoneiros em maio de 2018, durante o governo Temer. Eduardo Bolsonaro especulou abertamente sobre o fechamento do Supremo e a prisão de magistrados durante a campanha eleitoral. Laivos de inconformismo com os limites institucionais já estão nos dois discursos de posse do "Capitão", no dia 1º de janeiro de 2019.

No dia 26 de maio daquele ano, antes da conclusão do quinto mês de mandato, Bolsonaro apoiou o primeiro ato de rua contra o Congresso e contra o Supremo. Feito o acordo com o centrão, os parlamentares saíram da mira, e sobrou a pancadaria contra os ministros. Veio a pandemia, e a Corte, nos estritos limites da Constituição, assegurou aos entes federados a faculdade de adotar medidas de combate à pandemia, o que o candidato a tirano tomava como desafio à sua autoridade. Atenção! Foi o STF a determinar que se tivesse um calendário de vacinação, com imunizantes comprados e disponíveis.

Bolsonaro declarou guerra ao Supremo e aos doentes (!) e decidiu que sua tarefa era tirar o tribunal do meio do caminho. Iniciou quase ao mesmo a campanha de desinformação contra o voto eletrônico, anunciando uma suposta conspiração para lhe tirar a reeleição. Com Lula elegível e favorito, foi elevando os decibeís da insanidade. E aconteceu o que aconteceu.

A CONSPIRAÇÃO CRIMINOSA É INTERNACIONAL

O bolsonarismo tem, como é certo, cores locais, mas essa extrema direita, de que o Jair se tornou o símbolo, ainda que ele não entenda direito o que está em debate, está presente em todas as democracias mundo afora. E o discurso é sempre o mesmo: o establishment progressista ou esquerdista dominaria as instituições e não respeitaria aquela que seria a verdadeira vontade do povo -- de que ela se quer intérprete eficaz.

Logo, o desrespeito às regras do jogo e às instituições não constituiria atos criminosos, mas apenas uma resposta política a esse progressismo supostamente autoritário que, sob o pretexto de garantir direitos, pluralidade e diversidade, esmagaria a vontade de verdadeiros patriotas e de cidadãos de bem. Não é o que dizem aqui os criminosos sobre as instituições que lhes impõem limites?

OBRA GIGANTESCA

A obra do STF é gigantesca. O tribunal enfrentou a tradição da impunidade; o tribunal teve de arrostar com uma gigantesca máquina de desinformação; o tribunal viu-se na contingência de responder à contaminação mesmo da imprensa profissional -- que, sob o pretexto da pluralidade, passou a tratar o golpismo como uma das expressões da diversidade, não como aquilo que é: crime.

Escreveu-se, insisto, capítulo inédito na história. Mas não pensem que os golpistas desistiram. A sua, digamos, "luta" se dá agora em defesa da anistia, do indulto, de qualquer expediente que nos jogue de novo no pântano da tradição liberticida que nos condenava ao atraso institucional.

Aqueles quatro ministros, a que se juntaram Gilmar Mendes e Roberto Barroso, e o procurador-geral da República, como escreveu o poeta, se foram "da lei da morte libertando" por meio de "suas obras valorosas". Sim, isso é fazer história.

ENCERRO

"E não vai, Reinaldo, acatar o voto de Luiz Fux como expressão da saudável divergência no tribunal?.

Não vou, não. Não posso condescender com um juiz que vota contra os fatos, além de qualquer divergência razoável, e que busca livrar a cara de quem tenta rasgar a Constituição e destroçar as instituições.

Que ele fique no tribunal. Não pedirei impeachment e me oporei a qualquer um que resolva hostilizá-lo em ambientes públicos. Mas não merece minha consideração cívica nem meu respeito intelectual.

Quem cala sobre o golpe consente na morte da democracia. Ele não se contentou em calar. Fez-se, no tribunal, porta-voz e justificador do golpismo, o que, em certa medida, nem os defensores profissionais ousaram fazer.

Eu não posso expressar apreço, nem que seja por mera cordialidade,  a quem desprezo. Como não pertenço ao colegiado, não me obrigo a fazê-lo nem como expressão da ética da responsabilidade.

Depois do que fez o senhor Fux, ele só merece as palavras inequívocas da minha convicção.


Reinaldo Azevedo

Reinaldo Azevedo

Reinaldo Azevedo, é colunista do jornalismo impresso e âncora do programa "O É da Coisa", na BandNews FM. Reinaldo trata principalmente de política; envereda, quando necessário - e frequentemente é necessário -, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: completou 13 anos no dia 24 de junho.

GRANDE DIA SEGUINTE PARA A DEMOCRACIA NO BRASIL

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

O nosso 11 de setembro: não vai ter indulto e nem anistia

 O nosso 11 de setembro: não vai ter indulto e nem anistia

Josette GoulartTixaNews

11/09/2025 23h02



Imagem: Arte: Marcelo Chello… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/tixa-news/2025/09/11/o-nosso-11-de-setembro-nao-vai-ter-indulto-e-nem-anistia.htm?cmpid=copiaecola

Nunca antes na história. O nosso 11 de setembro estará nos anais como o dia em que o Supremo condenou um ex-presidente, um deputado federal, três generais e um almirante a décadas de prisão por tentarem dar um golpe de Estado. E, junto com a condenação, um recado: não vai ter anistia, nem indulto, nem perdão judicial. (Tarcísio e o Centrão agradecem?)


Bolsonaro, o ex,  pegou 27 anos de prisão. Em regime fechado, o que significa prisão. (Vai para a Papuda? Ainda não se sabe, darling, mas, mesmo assim, só vai preso depois de todos os recursos). Votos de Xandão, Dino, Carminha e Zanin.


O maior recado veio da fala de Xandão (que estava inflado com o apoio de pelo menos outros cinco ministros supremos): "Não pode ter indulto, não pode ter anistia, não pode ter perdão judicial para alguém que tentou derrubar a democracia." Com isso, até Mauro Cid, o delator que entregou todo o esquema, pegou dois anos de prisão, mas em regime aberto. (Cid se deu muito bem, darling, e foi exatamente a mensagem que o Supremo quis passar. Quem delatar esse tipo de crimeQuem delatar esse tipo de crime vai se dar bem.)


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Daniela Lima


Fala de Valdemar alimenta ideia de STF politizado



Sakamoto


Bolsonaro e o caminho oposto ao de Lula



Carla Jimenez


Condenação inibe militares na política, não golpismo



TixaNews


O nosso 11 de setembro: sem indulto nem anistia


Os recados


Para o Congresso Nacional, ficou o seguinte recado: se aprovarem a anistia, o Supremo vai derrubar. Se o próximo presidente der algum indulto, eles vão derrubar.


Mas vamos combinar que sempre dá para mudar a composição do Supremo. O próximo governo (não importa se de esquerda ou de direita) vai indicar três ministros supremos (mas, também, nada imp… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/tixa-news/2025/09/11/o-nosso-11-de-setembro-nao-vai-ter-indulto-e-nem-anistia.htm?cmpid=copiaecola

A democracia venceu Jamil Chade em Genebra 11/09/2025 16h07

A democracia venceu

Jamil Chade

em Genebra 11/09/2025 16h07

     Estátua da Justiça, vandalizada no dia 08 de janeiro na Praça dos Três Poderes é lavada por           agente de limpeza. (Foto: Gabriela Biló)

A condenação da cúpula militar no Brasil e de um ex-presidente por tentativa de golpe de Estado tem o potencial de ser um divisor de águas. Nela, parafraseando a ministra Cármen Lúcia, pulsa o país que sonhamos.

A decisão do STF vai muito além dos patéticos personagens envolvidos. Sinaliza-se um esforço para romper com nosso passado permeado por atentados contra liberdades fundamentais. Um encontro com sua história, na esperança de construir um novo futuro.

A mensagem que a corte suprema do Brasil manda é a de que não há espaço para golpistas numa democracia e que a pressão externa será intolerável. Pedagógica, a decisão traça uma linha no chão, com o objetivo de que possamos superar uma tradição de suspender o estado de direito sempre que o interesse de uma elite no poder não esteja sendo atendido.

Para responder ao golpe, não foram usadas as armas de um estado de exceção. Não temos, não queremos e nem sabemos usar as armas da repressão. Não se aplicou a vingança, não se suspendeu a eleição e nem o caminho foi a da falsa pacificação. O instrumento foi a Justiça.

O julgamento mostrou como um país usa a Constituição e dá aos suspeitos o amplo direito de defesa, tudo transmitido ao vivo. Uma aula ao mundo de como sobrevivem as democracias, justamente num momento em que elas são atacadas como poucas vezes foram nos últimos 80 anos.

Trata-se ainda de uma resposta, mesmo que tardia, insuficiente e indireta, às vítimas da tortura nos calabouços da história do continente, ainda com suas veias abertas.

Astuto, o destino quis que essa condenação ocorresse numa data marcante para a memória latino-americana. Em 11 de setembro de 1973, no Chile, Augusto Pinochet dava seu golpe apoiado pelos EUA.

Citando Pinochet, Garrastazu e Banzer, o chileno Pablo Neruda os acusou de serem "hienas vorazes da nossa história, roedores a corroerem com venenosos dentes os pendões conquistados com tanto sangue vertido". O poeta descrevia aqueles heróis de Bolsonaro como "sátrapas mil vezes vendidos e vendedores, incitados pelos lobos de Nova Iorque".

50 anos depois, os fatos denunciados revelam que a democracia não vem em nossa certidão de nascimento. Ela precisa ser construída todos os dias, por todos nós. "O fogo que realmente aquece vem de baixo", já diria Martín Fierro.

Não nos enganemos: a ameaça autoritária continuará presente, inclusive travestida de "homens de bem" que circulam pelos corredores da República. A história de mais de 60 golpes de estado na América Latina apenas no século 20 nos proíbe de sofreu de amnésia.

Mas, neste histórico dia 11 de setembro de 2025, a democracia venceu.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Possibilidade de ser preso na Papuda deixa Bolsonaro em pânico, dizem aliados

Possibilidade de ser preso na Papuda deixa Bolsonaro em pânico, dizem aliados                                                                                                 

O ex-presidente Jair Bolsonaro está em pânico com a possibilidade de ser condenado e enviado para uma cela do Complexo Penitenciário da Papuda, uma região de segurança máxima em Brasília onde foram erguidos quatro presídios.

De acordo com aliados que o visitaram, ele tem medo de passar mal no local e não ter atendimento médico apropriado, ou de ser mal tratado por outros presos com quem eventualmente tenha que conviver.

Um dos mais próximos aliados de Bolsonaro afirma que ele tem medo até mesmo de morrer no complexo.

Passa mal também com o simbolismo de ser enviado para um presídio comum, no que os amigos próximos definem como humilhação.

A coluna apurou que já há um espaço preparado no complexo para receber o ex-presidente caso ele seja condenado.

A decisão sobre o local onde Bolsonaro começará a cumprir a pena será do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal a que Bolsonaro responde por, entre outros crimes, tentar dar um golpe de estado no Brasil.

A opção do magistrado ainda é desconhecida.

Os advogados de Bolsonaro já preparam um pedido para que, se condenado, ele cumpra a prisão em regime domiciliar.

Magistrados do STF defendem essa possibilidade, ou pelo menos que ele possa cumprir pena em uma cela da Polícia Federal, como ocorreu com Lula quando foi preso, em 2018. Ele poderia também ficar detido em um quartel militar, mas a cúpula das Forças Armadas resiste à ideia.

A atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, em busca de retaliação aos magistrados nos EUA, no entanto, dificulta as tratativas para que o ex-presidente possa ter um tratamento considerado mais benéfico.

A Papuda já abrigou políticos célebres condenados por corrupção, como o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-senador Luiz Estevão.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

 Treino funcional

Nasceu dentro da fisioterapia e tem um princípio simples: treinar o corpo para se movimentar melhor no dia a dia. Os exercícios buscam integrar capacidades físicas (força, equilíbrio, flexibilidade, coordenação), em vez de isolar músculos específicos. Além disso, são predominantemente multiarticulares, ou seja, trabalham vários músculos ao mesmo tempo.


O método é composto por exercícios feitos com o peso do corpo, pesos livres (barra, halteres, kettelbell, sacos de areia, pneus etc.) e acessórios como elásticos, fitas de suspensão, bolas, bosu, corda naval, escada de agilidade, cones etc…

domingo, 7 de setembro de 2025

Imortalidade não rola, mas como poderíamos viver muito mais tempo?

Imortalidade não rola, mas como poderíamos viver muito mais tempo?

07/09/2025 12h11

    Putin e Xi trocaram ideias sobre a imortalidade  Imagem: Alexander Kazakov/Divlugação/AFP

O desejo pela vida eterna é tão antigo quanto a humanidade. Ele está profundamente enraizado em diferentes religiões e mitos. Mas, apesar dos avanços científicos e médicos, continua impossível de ser realizado.

O envelhecimento é um processo biológico inevitável. Ao longo da divisão das células, acumulam-se problemas no DNA que levam a danos celulares, mutações, perda de funcionalidades ou inflamações, o que causa deterioração física e mental.

Björn Schumacher, da Universidade de Colônia, que pesquisa o que exatamente acontece em termos biológicos nesse processo, frisa que envelhecer é uma condição natural. Todos os dias, cada célula do nosso corpo sofre até 100 mil danos.

"A verdade é que tudo se deteriora. Nas primeiras décadas de vida, somos capazes de reparar esses danos", explica Schumacher.

A partir dos 70 anos, porém, até mesmo as pessoas mais proeminentes ficam defasadas.

Tanto fatores genéticos quanto ambientais afetam nossa expectativa de vida, sendo que influências cotidianas nocivas, como a poluição, o estresse e a má alimentação, podem acelerar o processo.

O processo natural de envelhecimento também leva, ao longo da vida, a enfermidades como o câncer, além de doenças cardiovasculares e neurodegenerativas.

Prolongar a vida é possível

Os avanços na biotecnologia e nos transplantes têm o potencial de prolongar a vida em duas a três vezes  até cerca de 150 anos. Isso ainda não significa imortalidade, mas já é um tempo impressionantemente mais longo.

O desejo de uma vida bem mais extensa pode se tornar realidade algum dia por meio de terapias antienvelhecimento especiais, medicina regenerativa e intervenções genéticas.

Todas elas visam prolongar a expectativa de vida saudável e retardar o processo de envelhecimento, ou seja, a deterioração, em nível biotecnológico.

Já existem abordagens promissoras nas áreas de biotecnologia e genética. Estudos mostram que é possível interferir geneticamente no processo de envelhecimento em nível celular, por exemplo, por meio da preservação dos telômeros ou da melhoria da função mitocondrial —os telômeros são as capas protetoras nas extremidades dos cromossomos, que ficam mais curtas a cada divisão celular e ao final interrompem essa divisão, o que contribui para o envelhecimento.

Em células de levedura, essas terapias de rejuvenescimento celular e manipulações genéticas já demonstraram um aumento da expectativa de vida de até 82%.

Como base científica, isso é empolgante para as terapias de rejuvenescimento celular, mas não se sabe se essa tecnologia poderia ser aplicada em seres humanos algum dia.

Talvez seja possível aprendermos algo com o início da nossa vida, já que é nesse momento que o nosso corpo consegue zerar a idade biológica, ainda que o óvulo e o espermatozoide já sejam velhos quando se encontram.

"Em geral, é possível rejuvenescer. Pouco depois da fertilização, ocorrem processos biológicos normais que revertem a idade", afirma Björn Schumacher.

No entanto, ainda não se compreende bem o que exatamente acontece nessa hora. E, mesmo que isso seja possível, os processos que nos rejuvenescem nas primeiras semanas de vida são incrivelmente complexos.

Transferi-los para um corpo idoso é algo ainda inimaginável.

Podemos retardar o envelhecimento

Embora ainda seja difícil rejuvenescer, existem algumas medidas que podemos tomar para, pelo menos, retardar o envelhecimento.

Segundo Schumacher, o maior dos efeitos seria obtido com a prática de esportes e a redução da ingestão de calorias. Alguns medicamentos, como a metformina ou a semaglutida, também poderiam não apenas curar doenças específicas, mas também atrasar o processo de envelhecimento.

Também há avanços em relação aos transplantes. Teoricamente, é possível transplantar e regenerar órgãos humanos continuamente para combater os sinais de envelhecimento causados pela falência de órgãos.

Mas esse tipo de transplante é uma intervenção cirúrgica invasiva que pode ter efeitos colaterais graves, afirma Schumacher. Afinal, é necessário introduzir um órgão estranho e, para isso, suprimir o próprio sistema imunológico.

Os organoides, que atualmente são usados como miniórgãos na pesquisa, também podem vir a desempenhar um papel em transplantes. No entanto, isso ainda está muito distante do presente: "É muito complexo", diz o pesquisador.

Por outro lado, segundo ele, seria possível obter órgãos ou partes de órgãos a partir de células do próprio corpo, que poderiam então ser implantadas novamente.

A reprogramação das próprias células também é uma possibilidade que já é parcialmente utilizada.

Em pacientes com Parkinson, por exemplo, existe a abordagem de transformar células da pele em cé  papel em transplantes. No entanto, isso ainda está muito distante do presente: "É muito complexo", diz o pesquisador.

Por outro lado, segundo ele, seria possível obter órgãos ou partes de órgãos a partir de células do próprio corpo, que poderiam então ser implantadas novamente.

A reprogramação das próprias células também é uma possibilidade que já é parcialmente utilizada.

Em pacientes com Parkinson, por exemplo, existe a abordagem de transformar células da pele em células-tronco e, em seguida, convertê-las em células nervosas especiais. No cérebro, essas células podem substituir células nervosas mortas.

O sonho (ou pesadelo) dos ricos e poderosos

Tudo isso ainda parece ficção científica —ou um filme de terror, dependendo do ponto de vista. No entanto, não se pode subestimar a inteligência artificial nesse contexto.

Muitas empresas e um notável número de líderes —um tanto vaidosos— do setor de alta tecnologia investem somas exorbitantes em "biologia computacional" e no desenvolvimento de abordagens médicas personalizadas.

O quanto a pesquisa nessas áreas realmente avançou pode ser um segredo bem guardado desses homens ricos e poderosos, que certamente concordam com o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente russo, Vladimir Putin, que conversaram sobre "vida eterna" em Pequim: prolongar a expectativa de vida natural não é uma opção para as grandes massas.

Queremos realmente viver para sempre?

Mas a principal questão é: uma vida artificialmente prolongada ou mesmo a imortalidade são de fato desejáveis ou convenientes? Isso seria realmente uma bênção para a humanidade?

Na evolução, o envelhecimento e nossa mortalidade têm uma função muito significativa, pois promovem a diversidade das espécies e garantem recursos para as gerações mais jovens.

Em última instância, o significado da vida está em usar, de forma consciente, o limitado tempo que temos e, assim, deixar um impacto positivo na Terra, em vez de buscar a imortalidade e garantir um lugar nos livros de história.

Os dois autocratas têm 72 anos. Xi está no poder desde 2013, e Putin comanda ou participa diretamente do governo russo há mais de um quarto de século. Ambos alteraram a Constituição de seus países para poderem governar por mais tempo. E também provavelmente concordam que essas ideias de "vida eterna" não são uma opção para qualquer um. 

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

TACACÁ Iguaria brasileira é eleita uma das mais gostosas do mundo em ranking

 O Tacacá, prato de origem indígena típico da Região Amazônica e muito apreciado no Norte do Brasil, entrou para a lista das 50 melhores e mais gostosas sopas do mundo.

O ranking foi divulgado pelo TasteAtlas, site considerado uma enciclopédia da gastronomia, que destacou a iguaria amazônica na 38ª posição.

O caldo é típico do Pará
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Tucupi do Tacacá
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Tacacá é um prato nutritivo
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A casa tem pratos típicos do Norte, Nordeste e Centro-OesteSe for ao Norte, você precisa provar o tacacá

O caldo é típico do Pará

Virginia Yunes/Getty Images

Tucupi do Tacacá

Instagram/Reprodução

Tacacá é um prato nutritivo

Pollyana Ventura/Getty Images

A casa tem pratos típicos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Foto: Divulgação

O caldo é feito com a goma da mandioca, camarões e tucupi; e temperado com alho, sal e pimenta.

Além do sabor, a combinação ganhou destaque por conta da música Voando Pro Pará, da cantora Joelma.

A cantora Joelma

O primeiro lugar ficou com a sopa Soto Betawi, da Indonésia. “É uma sopa de carne bovina substanciosa, composta por pedaços de carne e miúdos cozidos lentamente em um caldo de leite de coco, geralmente enriquecido com diversas especiarias, como capim-limão, cúrcuma, galanga, folhas de limão-kefir e coentro”, explicou a plataforma.