terça-feira, 11 de julho de 2023

 

Planeta bate recorde de calor pelo terceiro dia seguido. ONU diz que "as mudanças climáticas estão fora de controle"

O fenômeno El Niño é um dos responsáveis pelo aquecimento. Organização das Nações Unidas diz que "estamos caminhando para uma situação catastrófica"

Aquecimento global
Aquecimento global (Foto: Athit Perawongmetha - Reuters / Climate Reanalyzer)
 

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247 - A temperatura média global bateu novo recorde pelo terceiro dia seguido em apenas uma semana, ao chegar a 17,23ºC nessa quinta-feira (6), superando o recorde de terça-feira (4), 17,18ºC e o de segunda-feira (3), de 17,01ºC. Pesquisadores norte-americanos divulgaram os dados. A informação foi publicada nesta sexta (7) pelo jornal O Estado de S.Paulo. Além do aquecimento global, o fenômeno El Niño é um dos responsáveis pelas informações divulgadas por analistas. O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, afirmou nesta semana que "as mudanças climáticas estão fora de controle". "Se persistirmos em atrasar a adoção de medidas necessárias, estamos caminhando para uma situação catastrófica, como os últimos recordes de temperatura demonstram".

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De acordo com o especialista em ciência climática Friederike Otto, do Imperial College de Londres, "climatologistas não estão surpresos com os recordes diários de temperatura, mas estão muito preocupados". "Deveria ser um alerta para qualquer um que acha que o mundo precisa de mais óleo e gás", disse em entrevista à BBC

O El Niño ocorre em intervalos de cinco a sete anos . Tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio. Começa nos últimos meses do ano. Nesta ocorrência climática, os ventos alísios, que saem dos trópicos em direção à linha do Equador, sopram no sentido leste-oeste. Quando ocorre o fenômeno, os ventos perdem força. As correntes frias não sobem para a superfície do mar. As águas do Oceano Pacífico se tornam mais quentes. 

Algumas das consequências do El Niño é o tempo quente e seco nas regiões sul e sudeste da Ásia, e na Oceania principalmente na Austrália e Nova Zelândia. As ilhas da região central do Pacífico têm aumento no volume de chuvas. 

A costa oeste da América do Norte registra um tempo quente e chuvas muito intensas no verão. Na América Central, o tempo se torna quente e seco. Na América do Sul os efeitos variam. As chuvas diminuem em países como a Bolívia, o Peru e a Colômbia.

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