sábado, 22 de julho de 2023

 

Gleisi quer apresentar projeto para acabar com CACs e clubes de tiro

Segundo ela, o PT deve aprofundar o debate em torno da questão armamentista

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)
 

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247 – A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann (PR), está empenhada em apresentar um projeto de lei que pretende proibir os clubes de tiro e revogar os registros dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). Essa categoria foi beneficiada por normas durante o governo Bolsonaro, conhecido por sua política de facilitação do acesso a armas. Gleisi sempre se posicionou contra o armamentismo e agora busca aprofundar a discussão sobre o tema com a bancada do PT na Câmara dos Deputados, planejando ainda apresentar a proposta ao ministro da Justiça, Flávio Dino, segundo relata a coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

A parlamentar questiona a utilidade dos clubes de tiro e os registros de CACs para a sociedade brasileira. Ela acredita que se o tiro esportivo for praticado, deve ser devidamente regulamentado para competições reconhecidas, e não apenas para atirar sem um objetivo específico. Gleisi elogiou o decreto assinado pelo presidente Lula, que impõe mais restrições ao acesso de armas no país, revertendo a política anterior de flexibilização durante o governo Bolsonaro. Para a líder do PT, os clubes de tiro se tornaram espaços de apoio ao bolsonarismo e à violência política.

As mudanças propostas pelo novo decreto alteram o processo de autorização para atiradores. Atualmente, é necessária a permissão do Exército, mas com as alterações, a autorização passará a ser emitida pela Polícia Federal, de forma gradual. Além disso, a quantidade máxima de armas permitidas será significativamente reduzida. Sob a gestão anterior, um atirador poderia ter até 60 armas, das quais 30 seriam de uso restrito. Com as mudanças, o limite passará a ser de 16 armas, sendo apenas 4 de uso restrito. O debate sobre o acesso a armas continua sendo um tema controverso na política brasileira, e o projeto proposto por Gleisi Hoffmann promete gerar debates acalorados no Congresso Nacional.

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