
Gleisi promete construção com aliados, Congresso e instituições em prol do desenvolvimento nacional
“Seguirei dialogando democraticamente com os partidos, governantes e lideranças políticas”, diz nova ministra das Relações Institucionais
Gleisi, que já ocupou cargos como senadora, deputada federal, ministra-chefe da Casa Civil e diretora de Itaipu, ressaltou que seguirá o mesmo estilo de atuação que adotou em suas funções anteriores. “É com este sentido que seguirei dialogando democraticamente com os partidos, governantes e lideranças políticas, como fiz nas posições que ocupei no Senado Federal, na Câmara dos Deputados, na Casa Civil, na Diretoria de Itaipu e, atualmente, na presidência do PT”, disse.
A nova ministra também destacou a importância de uma construção conjunta com os partidos aliados, o Congresso Nacional e outras instituições. “É dessa forma que espero corresponder à confiança do presidente, em uma construção conjunta com os partidos aliados, o Congresso Nacional e demais instituições”, afirmou.
Gleisi Hoffmann ainda parabenizou o ex-ministro Alexandre Padilha, que deixou a Secretaria de Relações Institucionais para assumir o Ministério da Saúde. “Parabenizo o ministro Alexandre Padilha pelo trabalho que realizou à frente da SRI e desejo sucesso em sua nova missão no Ministério da Saúde”, declarou.
A nomeação de Gleisi Hoffmann ocorre em um momento de desafios para o governo Lula, que busca ampliar sua base de apoio no Congresso Nacional e avançar com a agenda de reformas e projetos prioritários. A nova ministra, conhecida por sua habilidade política e capacidade de articulação, terá a missão de fortalecer as relações do governo com o Legislativo e outros setores da sociedade.
Ao agradecer o apoio do PT e do presidente Lula, Gleisi reforçou seu compromisso com o país. “Agradeço ao Partido dos Trabalhadores, dirigentes e militantes, pelo apoio que recebi nestes anos em que tive a honra de presidir o partido. Agradeço a confiança e o estímulo do presidente Lula neste novo desafio, na certeza de que vamos fazer o melhor pelo Brasil”, concluiu.
A posse de Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais está marcada para o dia 10 de março, marcando mais uma etapa na trajetória política da petista, que agora assume um papel central na articulação do governo federal.
por Camila França
Opinião Política
Carla Araújo: Lula envia recado para o Congresso ao nomear Gleisi ministra
Ao nomear Gleisi Hoffmann ministra da articulação política do governo, o presidente Lula envia um recado ao Congresso, pontuou a colunista Carla Araújo em comentário no UOL News desta sexta-feira (28).
É um recado, digamos assim, para o Congresso, porque ela é também tida como um pouco mais linha-dura para a questão das emendas parlamentares, que agora a gente teve um acordo envolvendo o Executivo, Legislativo e Judiciário.
O ministro Flávio Dino libera as emendas parlamentares, o Congresso se compromete a colocar todos os mecanismos de transparência dessas emendas, o Executivo fez ali o meio de campo via AGU costurando esse acordo.
E a Secretaria de Relações Institucionais, antes ela era mais empoderada com a questão das emendas, antes do Congresso sequestrar essa parte do orçamento no governo Bolsonaro, essa era uma pasta que era ela quem assinava todas essas liberações de emenda.
Carla Araújo
Gleisi Hoffmann ficará responsável pela articulação política do governo, substituindo Alexandre Padilha. A deputada federal, porém, era mais especulada para a Secretaria-Geral da Presidência, no lugar de Márcio Macêdo (PT), com apostas de que os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ou no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), assumissem a vaga de Padilha.
A colunista do UOL apontou também quais as expectativas que o governo tem sobre Hoffmann dentro desta sua nova função.
Agora o jogo é um pouco outro, mas Gleisi vem também com a missão de mostrar que o governo vai olhar essa questão das emendas de uma forma, com uma lupa maior cobrando essa transparência que está no acordo feito com o Judiciário.
Então tem mais outra questão também que é isso, ela tem uma boa relação com o Hugo Mota, tem as desavenças no Congresso porque era a presidente do PT e tinha posicionamentos muito fortes.
Mas se espera também dela, pelo menos lá no Palácio do Planalto falaram, uma pessoa bem próxima do Lula falou, a gente também espera um posicionamento dela mostrando para o Congresso de que a gente vai estar de olho aí nessa transparência das emendas.
Então, ela tem uma série de missões, e lembrando que quando a gente fala que houve essa troca, que antes ela era cotada e era dado que ela iria para a Secretaria-Geral da Presidência.
Na Secretaria-Geral da Presidência, ela teria como grande objetivo fazer a ligação com os movimentos sociais, tentar a esquerda, o governo, chegar mais ali nas ruas, reconquistar as ruas, a oposição prometendo protestos nas ruas, o governo também, a esquerda também organizando um protesto.
Enfim, tem tudo isso, mas aí pelo menos uma fonte me disse, olha, chegou nessa reta final, acho que as conversas caminharam para que o nome dela fosse melhor na articulação com o Congresso mesmo.
Carla Araújo
Para Carla Araújo, a imagem de Lula caminhando mais ao centro fica um pouco mais distante com a chegada da Gleisi.
Esse discurso de que o governo poderia ir para uma agenda um pouco mais liberal na economia, e caminhando um pouco mais ao centro, tentando sair da polarização, com a chegada da Gleisi isso pode mudar. Pode não ter esse passinho a mais para o centro. Que é a entrada desses novos ministros. O governo está sendo cobrado por isso para essa chamada governabilidade.
Carla Araújo
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