quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

PARADA SECRETA, PERU NA MALA E 36H DE ÔNIBUS: OS PERRENGUES RUMO À POSSE
 

Flávia Silveira, o marido Airto e a filha em um comício de Lula; casal sairá de Florianópolis rumo a Brasília
Imagem: Arquivo pessoal

Apoiadores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva organizam 
caravanas para a posse em Brasília, no dia 1º. As viagens chegam a 
36 horas de ônibus, com ações contra infiltrados e paradas secretas. 
Em alguns casos, o réveillon será no meio do caminho — os viajantes 
levam peru assado na bagagem.

Há caravanas programadas para sair de várias partes do país a partir do dia 30. 
Além da cerimônia de posse, também estão previstos shows em Brasília
A expectativa é de público de 300 mil pessoas, segundo a equipe de transição.

Nem eles sabem as paradas

A coordenadora de implantação de sistemas Flávia Silveira, de 41 anos, vai 
partir de Florianópolis na sexta-feira para a capital federal em um ônibus, 
com o marido Airto. A excursão foi organizada por uma das lideranças 
do PT em Santa Catarina.

A viagem de Flávia e Airto:

Começa em 30 de dezembro


Sai de Florianópolis

30 horas de ônibus

Cerca de R$ 550 por pessoa

Credenciais serão conferidas para barrar possíveis infiltrados

Por segurança, paradas não foram reveladas nem aos viajantes

A eleição de Lula agora faz Flávia lembrar do ano de 2002, quando 
participou de comícios e panfletou mesmo estando grávida da 
primogênita. Naquela época, ela não pôde ir à posse.

A filha Beatriz faz 20 anos no dia 4 de janeiro. É estudante da UFSC 
(Universidade Federal de Santa Catarina), onde ingressou como 
cotista de escola pública. A mãe também estudou na instituição 
durante o governo Lula.

"Não participei [da posse em 2003] porque estava na reta final

 da gravidez e desempregada. Minha filha nasceu no dia 

4 de janeiro de 2003 e isso impactou para nós, no quanto 

a gente conseguiu prosperar"
      

Flávia Silveira

Mesmo diante dos casos de violência nos últimos dias, como a prisão de um 

bolsonarista que carregava um artefato explosivo em uma área de acesso ao 

Aeroporto Internacional de Brasília, Flávia não pensa em desistir da viagem.

"O momento é importante demais para ficar acuado. Não 

podemos deixar que nos imponham medo"
Flávia Silveira

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