segunda-feira, 23 de maio de 2022

 

A falecida cantora Elza Soares e a escritora Cora Coralina retratadas com Monalisas nas telas do artista Dilson Cavalcanti (Foto: Dilson Cavalcanti / Divulgação)

A cantora Elza Soares e a escritora Cora Coralina retratadas com 'Monalisas' nas telas do artista Dilson Cavalcanti (Foto: Dilson Cavalcanti / Divulgação)

Começa no próximo mês, no Rio de Janeiro, uma mostra que homenageia renomadas mulheres brasileiras de um modo inusitado. A exposição Todo dia também é Dia da Mulher, do artista plástico pernambucano Dilson Cavalcanti, traz 18 telas de figuras icônicas do país retratadas como se fossem "Monalisas", do famoso quadro de Leonardo da Vinci.

As obras gigantes (1,70 m por 1,40 m) estarão expostas de uma forma diferente do convencional: serão colocadas nas janelas do histórico prédio do Centro Cultural dos Correios do Rio e estarão voltadas para a rua, onde todos possam vê-las. 

“A ideia é reverenciar diversas mulheres brasileiras que vêm protagonizando transformações em suas vidas e na sociedade durante os últimos cinco séculos e, que, muitas vezes, foram ignoradas. Ao exibir as telas em áreas de grande circulação de pessoas e com acesso gratuito, esses ícones passam a despertar curiosidade de pessoas de todas as idades”, explica Cavalcanti.

As "Monalisas" estilizadas trazem importantes figuras femininas do Brasil, como a princesa Isabel, a recém-falecida cantora Elza Soares, a ex-deputada Maria da Penha, a apresentadora Hebe Camargo, a guerreira negra Dandara, a empresária e ex-modelo Helô Pinheiro, a pintora Tarsila do Amaral, a médica Zilda Arns, a indígena Catarina Paraguaçu, a revolucionária Anitta Garibaldi, a escritora Cora Coralina, a freira Santa Dulce dos Pobres, a escrava alforriada Chica da Silva, a combatente Maria Quitéria e a enfermeira Ana Neri. 

A guerreira negra Dandara como Monalisa, na série de obras da mostra “Todo dia também é Dia da Mulher” (Foto: Dilson Cavalcanti / Divulgação)

A guerreira negra Dandara como Monalisa, na série de obras da mostra “Todo dia também é Dia da Mulher” (Foto: Dilson Cavalcanti / Divulgação)

Para criar as obras, ao artista usou tinta acrílica, água, esponjas, pincéis, espátulas e até rodo de estamparia. "Os recursos gráficos digitais, usados na impressão das 'Monalisas Brasileiras', deram outra expressão para o meu trabalho abstrato de pintura", diz.

As telas fazem parte da série Monalisas Brasileiras, que, segundo Cavalcanti, visa trazer ao conhecimento do público essas mulheres emblemáticas do país, muitas vezes esquecidas. “Foi em 2019, quando fez 500 anos da morte de Leonardo da Vinci, que este projeto nasceu. A imagem da Monalisa é conhecida, mas o legado de Catarina Paraguaçu, uma índia dotada de uma inteligência e protagonismo raros em sua época, quando o Brasil ainda era colônia portuguesa, pouca gente conhece”, relata.

A indígena Catarina Paraguaçu como Monalisa: artista quis trazer ao conhecimento do público figuras femininas nacionais (Foto: Dilson Cavalcanti / Divulgação)

A indígena Catarina Paraguaçu como Monalisa: artista quis trazer ao conhecimento do público figuras femininas nacionais (Foto: Dilson Cavalcanti / Divulgação)

Serviço exposição “Todo dia também é Dia da Mulher”
Quando:
 16 de junho a 22 de julho
Onde: Área externa do Centro Cultural dos Correios do Rio
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro - Rio de Janeiro
Quanto: Gratuito

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