quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Deu na Imprensa - Fundação Perseu Abramo


A volta do fantasma da inflação acima de 10% em 2021 é a manchete dos três principais jornais do país, enquanto apenas o diário carioca enfatiza o alerta da OMS sobre o estado da pandemia na Europa, com o avanço rápido da variante. Sobre a inflação, o mais curioso de tudo é a justificativa do presidente do BC. Campos Neto diz em carta a Guedes que inflação de 2 dígitos é culpa de fenômeno global. Eis as manchetes — Folha: Inflação de 2021 fecha acima de 10%, a maior desde Dilma. Estadão: Após maior inflação em 6 anos, novo estouro da meta é previsto. O Globo: OMS: Ômicron deve infectar mais da metade dos europeus em 2 meses. Valor: IPCA supera 10% e reforça quadro de juro alto em 2022. Hoje, a Petrobrás eleva diesel em 8% para distribuidores; gasolina tem alta de 4,85%. Na política, a sucessão presidencial continua sendo tema de reportagens nos principais jornais, com matérias explorando as fragilidades de Bolsonaro e a força política e eleitoral de Lula. Folha noticia que Lula lidera popularidade digital; enquanto Bolsonaro cai com folgas e sobe com internação. E o cenário vai se cristalizando: Ciro Nogueira aposta em Bolsonaro e Lula no 2º turno e vê terceira via fragmentada. O jornal também destaca que generais do Exército rejeitam crise da vacina, blindam comandante e tentam isolar Bolsonaro. Outra notícia é que o presidente tem adotado 'infralegalismo autoritário' contra democracia, apontam pesquisadores. Painel informa que MPF propõe ação contra 13 bolsonaristas por participação em motociata. Elio Gaspari comenta, em sua coluna no Globo e na Folha, a moratória de Bolsonaro ao tratar da briga entre o presidente e o chefe da Anvisa. “Movido por teorias delirantes, o governo escolhe mal tanto os aliados como os adversários. Na pandemia, como o vírus é microscópico, brigou com os colaboradores”, observa. “Em 2022 é possível que a linha traçada pacificamente por Barra Torres, venha a restabelecer a racionalidade no tratamento da pandemia. A ver”. LULA O espanhol El País noticia que Lula coloca a reforma trabalhista espanhola na campanha eleitoral do Brasil. “Ex-presidente brasileiro e ministro espanhol Escrivá participam com sindicalistas dos dois países em seminário sobre as mudanças necessárias para os trabalhadores”, relata. No encontro virtual estiveram representantes do PT, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), dos sindicatos brasileiros, da UGT e das Comissões Operárias, segundo nota divulgada. “Os espanhóis expuseram a experiência do debate público para a revisão e recuperação de direitos” perdidos na reforma de 2012 “com o objetivo de alcançar uma compensação justa”. O ministro espanhol afirmou que “é mentira que a competitividade de um país se consiga reduzindo os salários. Consegue-se com melhores salários aliados à qualificação da mão de obra”. Ele acrescenta que, desde que Sánchez governa, “o salário mínimo na Espanha aumentou 38%”. Na Folha, o colunista Bruno Boghossian escreve que a proposta de revisão trabalhista simboliza desafio de Lula em 2022. “Lula trabalha por programa que atraia trabalhadores mais pobres e fidelize a base sindical petista. Mas ele também procura reduzir resistências em outros setores e construir uma maioria em torno de sua candidatura”. Painel informa que petistas dizem estranhar ‘surpresa’ de Alckmin com defesa de mudança trabalhista. “Plano de alterar modelo aprovado por Temer consta de documentos do partido desde 2018”, reporta. “A reversão das mudanças é pauta do PT praticamente desde que a medida foi aprovada, há cinco anos”. E o jornal ainda destaca a declaração de Marieta Severo e Andréa Beltrão. Sem hesitar, ambas anunciam que votarão em Lula. O Globo traz reportagem mostrando o fator Tabata Amaral. como obstáculo na federação entre PT e PSB. Estadão reporta que quatro núcleos do PT disputam elaboração de plano econômico de Lula. “Debate sobre a diretriz econômica da candidatura inclui a fundação da sigla, o instituto do ex-presidente, a ala sindical e parlamentares da legenda”, ressalta. Participam dos debates a Fundação Perseu Abramo, centro de estudos do PT dirigido pelo ex-ministro Aloizio Mercadante; o Instituto Lula, comandado pelo ex-presidente do Ipea Marcio Pochmann; a ala sindical, liderada por ex-diretor do Dieese Clemente Ganz Lucio; e o grupo de parlamentares apresentando projetos econômicos no Congresso com a consultoria de ex-gestores, entre os quais o ex-ministro Nelson Barbosa. Em sua coluna no Valor, o economista Nilson Teixeira, ex-economista-chefe do Credit Suisse e hoje sócio da Macro Capital, prevê a vitória de Lula. “Um governo Lula defenderia uma plataforma moderada e direcionada às demandas dos mais pobres, em particular em educação, saúde e renda”, estima. “O ex-presidente conhece as vantagens de uma inflação baixa e da responsabilidade fiscal. A autonomia do BC e o esperado recuo da inflação em 2022 ajudariam um governo PT, que não precisaria defender uma política monetária mais apertada nem um plano que, como em 2003, foque quase apenas nessa redução. Esse arcabouço permitiria a Lula concentrar esforços em agendas pró-crescimento - estímulos aos investimentos em infraestrutura e tecnologia, de melhoria da distribuição de renda e de criação de oportunidades para os trabalhadores informais”. Na Folha, Hélio Schwartsman fala do timing eleitoral de Lula. “O cenário ideal para o ex-presidente é enfrentar um Bolsonaro debilitado, pelas múltiplas ruindades de seu governo e pelo fraco desempenho da economia. Se Lula começa desde já a trabalhar para garantir a governabilidade e tranquilizar os mercados, inflação e juros podem cair, o que beneficiaria seu rival. Se, ao contrário, faz acenos a bandeiras de que a Faria Lima não gosta, põe uma pressão que atrapalha o governo”, opina. ELEIÇÕES 2022 Folha noticia que Doria se contrapõe ao PT e propõe pacote para manter teto e reforma trabalhista. O Brasil 247 destaca que o programa de Doria fala em privatizar Banco do Brasil e fatiar a Petrobrás, repercutindo reportagem do Estadão. “Pré-candidato do PSDB à Presidência não vê espaço para dois bancos sob controle do Estado e defende ainda ‘leiloar’ petrolífera”, resume. Valor informa que o MDB quer relançar programa de Temer para Simone Tebet. “Consultor informal de Simone Tebet, José Márcio Camargo sugere reeditar ‘Ponte Para o Futuro’”, revela o jornal. “A proposta foi a base do teto de gastos, aprovado em 2016 por meio da Emenda Constitucional nº 95, com vigência prevista de 20 anos e implementado em 2017. O dispositivo limitava a expansão das despesas primárias da União à variação da inflação do ano anterior”. Tijolaço traz Fernando Brito comentando o inferno astral de Sérgio Moro. “Em 24 horas ganhou duas traulitadas. Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União, mandou passear o procurador da República Júlio Marcelo de Oliveira, fã confesso de Moro, que tentava intrometer-se no processo em que se cobra da Alvarez & Marsal que informe quanto e a que título o pagavam e em que processos ele atuava, para verificar-se suposto conflito de interesses”, aponta. “E Joaquim Barbosa, o ex-ministro do STF, a quem foi procurar levando a vaga de candidato a vice na bandeja também o despachou gentilmente, mandando dizer por amigos que acredita que o ex-juiz vá jogar a toalha, desistir e sair candidato a uma cadeira de senador pelo Paraná”. Na Folha reportagem destaca que Joaquim Barbosa disse a aliados ver candidatura de Moro com desconfiança. “Ex-presidente do Supremo indicou não gostar de aproximação com procuradores da Lava Jato e com militares”, sublinha o jornal na linha fina. Segundo aliados de Barbosa, na conversa, o ministro aposentado refutou qualquer possibilidade de ser candidato a vice de Moro ou mesmo disputar o governo do Rio de Janeiro. BRASIL NA GRINGA O inglês The Guardian informa que a variante Omicron diminui otimismo à medida que América do Sul entra no terceiro ano da pandemia. “Os sinais de um retorno incipiente à normalidade foram frustrados à medida que o número de casos aumenta, mas as altas taxas de vacinação oferecem motivos para esperança”, sublinha. “O Brasil, que já enfrentava um grande surto de gripe, também está sob pressão, embora um apagão de estatísticas aparentemente causado por um ataque de hackers ao Ministério da Saúde esteja dificultando os esforços para rastrear o aumento”. No argentino Clarín, reportagem mostra que a crise do coronavírus no Brasil levou o governo a reduzir isolamento obrigatório para pacientes assintomáticos de 10 para 5 dias. “O governo chefiado por Jair Bolsonaro adotou a mesma medida que Argentina e Estados Unidos, entre outras”, registra o jornal. Reportagem no Wall Street Journal noticia que a Igreja Católica está perdendo a América Latina. “Os pentecostais conservadores fizeram grandes incursões na América Latina durante o reinado do primeiro papa da região, com o catolicismo projetado para se tornar uma minoria no Brasil já este ano”, relata. O português Diário de Notícias relata que o presidente de Portugal pediu que não se deixe morrer celebração dos 200 anos de independência do Brasil. Ele já anunciou a intenção de estar presente, no “momento que deve ser simbólico e significativo na vida dos dois Estados e das duas nações irmãs”. Marcelo Rebelo de Sousa deixou este apelo no Museu de Marinha, em Lisboa, na cerimônia de abertura das comemorações do centenário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, realizada por Sacadura Cabral e Gago Coutinho em 1922, quando se celebraram os 100 anos da independência do Brasil em relação a Portugal. INTERNACIONAL The New York Times destaca em manchete o apelo do presidente dos Estados Unidos pedindo mudanças nas regras do Senado para aprovar leis de direitos de voto. "Não temos opção". “Na Geórgia, o presidente Biden, que há muito desconfiava de obstrução, disse que essas tradições do Senado foram abusadas pelos republicanos”, informa. Washington Post também dá manchete para o assunto: Biden pede mudança de obstrução em grande discurso sobre direitos de voto. Em artigo, Nick Corasaniti e Reid J. Epstein analisam que Biden tenta um impulso pelos direitos de voto, à medida que os estados tornam regras mais duras. “O presidente Biden diz que não ficará mais ‘calado’ sobre a proteção do acesso às urnas. Mas grupos de direitos de voto dizem que ele deveria ter levantado a voz meses atrás”, apontam. Wall Street Journal destaca na primeira página que bloqueios por Covid-19 na China atingem fábricas e portos no último golpe nas cadeias de suprimentos. “Toyota, Samsung e Volkswagen estão entre as empresas com produção afetada, já que economistas alertam para gargalos mais desafiadores à frente”, informa. WSJ ainda alerta que hospitalizações por Covid-19 relatadas nos EUA atingem novo recorde. “A média de sete dias do país atingiu 140.576, mostram dados do governo federal, mais do que a alta anterior registrada durante o aumento no inverno passado”. O britânico Financial Times traz na manchete a crise política envolvendo o primeiro-ministro do Reino Unido. Boris Johnson enfrenta motim dos conservadores quando o humor se torna 'enxofre'. Segundo o jornal, alguns deputados dizem que o furor da festa de bebidas de Downing Street pode ser terminal o primeiro-ministro. “Boris Johnson está enfrentando uma intensificação do motim conservador contra sua liderança, enquanto um clima “enxofre” tomou conta da festa por sua participação em um evento de bebidas “traga sua própria bebida” em Downing Street”, relata o diário. The Guardian diz que Johnson está enfrentando intensa pressão de conservadores para confirmar publicamente se ele participou ou não da festa em 20 de maio de 2020. O jornal diz que uma série de parlamentares conservadores expressaram abertamente raiva e humilhação sobre a reunião “traga sua própria bebida” dada a 40 pessoas. The Times relata que Johnson foi instado por ministros e parlamentares conservadores a se desculpar pela festa. O jornal diz que foi informado que um membro do governo na festa brincou sobre ter sido pego quebrando as regras, perguntando como seria se um drone fotografasse o evento. AS MANCHETES DO DIA Folha: Inflação de 2021 fecha acima de 10%, a maior desde Dilma Estadão: Após maior inflação em 6 anos, novo estouro da meta é previsto O Globo: OMS: Ômicron deve infectar mais da metade dos europeus em 2 meses Valor: IPCA supera 10% e reforça quadro de juro alto em 2022 BBC Brasil: Novo pico de covid pega profissionais de saúde esgotados e desamparados UOL: Brasil tem corrida por dose de reforço após explosão de casos de covid G1: Novo ensino médio: saiba quais mudanças passam a valer em 2022 R7: Estado de São Paulo tem o maior número de novos beneficiários no programa Auxílio Brasil Luís Nassif: IPCA de 12 meses é o maior desde 2003 Tijolaço: O inferno astral de Sérgio Moro Brasil 247: Vitória de Lula é provável e seu governo não será revanchista, diz um dos economistas mais respeitados pelo mercado financeiro DCM: Base de apoio implode e só um milagre salva campanha de Bolsonaro Rede Brasil Atual: Com predomínio da ômicron, Brasil tem maior taxa de transmissão desde março Brasil de Fato: Comunidades do Ceará temem desastre ambiental com exploração da maior jazida de urânio do país Ópera Mundi: Giro à esquerda na América Latina está sustentando Castillo, diz economista peruano Vi o Mundo: Testagem urgente: Entidades científicas pedem ao Ministério da Saúde e Anvisa liberação de autoteste e transparência dos dados Fórum: Randolfe diz que primeiro convocado da nova CPI da Covid, se instalada, será Augusto Aras Poder 360: Governo deve liberar entrada de viajantes de países africanos Congresso em Foco: Frente ambientalista alerta que MG corre risco de novo Brumadinho New York Times: Biden endossa mudanças nas regras para votação de projeto de lei Washington Post: Biden pede ação do Senado WSJ: Medidas de pandemia da China atrapalham negócios Financial Times: Johnson enfrenta motim dos conservadores enquanto humor se torna 'enxofre' The Guardian: Deputados conservadores irritados pedem que primeiro-ministro seja transparente sobre festa The Times: Peça desculpas ou nos condene a todos, dizem os ministros a Johnson Le Monde: O governo enfrenta a exasperação dos professores Libération: Jean-Luc Melenchon: “Dê-me o mandado e você verá” El País: Mais de metade da Espanha tem as UTIs em risco muito alto El Mundo: Sánchez atrasa ainda mais a solução para o preço dos testes Clarín: Mais de 20 bairros na cidade e na região metropolitana sem luz com 41º de temperatura Página 12: Vamos a um corte Granma: A chama que continua a queimar em Bayamo Diário de Notícias: Governo usou 4,5 milhões no apoio à compra de bicicletas e elétricos mas há 200 candidatos à espera Público: BCE investiga relação entre Ramalho e Vieira no Novo Banco Frankfurter Allgemeine Zeitung: Bloqueie e continue Süddeutsche Zeitung: Scholz apresenta a primeira pesquisa do governo Moskovskij Komsomolets: Ao nomear um russófobo como ministro, o presidente do Cazaquistão enviou um sinal rude ao Kremlin The Moscow Times: Rússia lança exercícios militares perto da Ucrânia enquanto temores de invasão permanecem altos Global Times: Nicarágua aproveita onda da China, reafirmando BRI Diário do Povo: Xi destaca a confiança histórica do PCC em palestra na escola do partido FOME ZERO Como atuar pro Fome Zero? Não desperdice comida. ... Produza mais, com menos. ... Adote uma dieta mais saudável e sustentável. ... Defenda a #FomeZero. ... Ajuda a pequenos agricultores para que produzam mais com menos. ... Fornecimento de alimentos em crises humanitárias. ... Combate à desnutrição. ... Foco em sistemas econômicos locais.

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