sábado, 31 de dezembro de 2016
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
O que vamos vestir?
Jenny Beavan

Neste esboço, Jenny Beavan, a figurinista de "Mad Max: Estrada da Fúria", imagina o que poderemos usar no futuro.
Será que a moda vai se transformar por questão de utilidade, não de ornamento?
MODAS DO FUTURO
Aquecimento global vai afetar como iremos nos vestir
por Jenny Beavan
Os figurinos de "Mad Max: Estrada da Fúria" imaginam como sobreviveremos ao futuro -- e o que vestiremos para isso.
Foi difícil manter os personagens de "Mad Max: Estrada da Fúria" e os cosmonautas do filme "Life" (2017) seguros. Os primeiros se encontravam em um inferno pós-apocalíptico; os segundos, colonizando uma estação espacial, e todos precisavam de vestimentas sustentáveis, multifuncionais, para qualquer tipo de clima.
A roupa que criei para cada papel inclui um sistema de suporte à vida. Os personagens de Charlize Theron e Tom Hardy se viram constantemente castigados pelos elementos ao cruzarem o Deserto da Namíbia em "Mad Max", enfrentando estiagem, tempestade de areia e temperaturas extremamente altas. Para sobreviverem, era necessário que usassem roupas que os protegessem contra essas mudanças rápidas – e que, um dia, podem ser essenciais para nós também.
Embora os tecidos que mudam de forma e cor sejam superdivertidos e criativos, servindo de inspiração para estilistas do mundo todo, a modernização e inovação podem se tornar uma questão de utilidade, e não de ornamento. Como se vê no esboço, acessórios como sistemas de energia embutidos que fazem da pessoa que os usa independente de energia elétrica convencional e/ou combustíveis fósseis são o futuro da indústria da moda.
Quando recebi o Oscar, usando jaqueta e calça de motoqueiro bordadas, sem querer causei meio que um furor por causa do vestia ou deixava de vestir; imagine a reação geral quando uma atriz, preocupada com a poluição, incluir um aparato de respiração ou filtragem no vestido de gala que usar no tapete vermelho.
O ano de 2016 é o mais quente já registrado e milhões de pessoas sentirão os efeitos desse fenômeno. As mudanças radicais no clima chegaram para ficar; precisamos nos vestir para isso.
Quando recebi o Oscar, usando jaqueta e calça de motoqueiro bordadas, sem querer causei meio que um furor por causa do vestia ou deixava de vestir; imagine a reação geral quando uma atriz, preocupada com a poluição, incluir um aparato de respiração ou filtragem no vestido de gala que usar no tapete vermelho.
O ano de 2016 é o mais quente já registrado e milhões de pessoas sentirão os efeitos desse fenômeno. As mudanças radicais no clima chegaram para ficar; precisamos nos vestir para isso.
A figurinista Jenny Beavan ganhou dois Oscars: um por "Uma Janela para o Amor" e outro por "Mad Max: Estrada da Fúria". Seus trabalhos mais recentes incluem "A Cure for Wellness" "Life" e "The Nutcracker and the Four Realms"
domingo, 25 de dezembro de 2016
sábado, 24 de dezembro de 2016
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
domingo, 11 de dezembro de 2016
15º Encontro de Folia de Reis do Distrito Federal
O 15º Encontro de Folia de Reis do Distrito Federal acontece de 15 a 18 de dezembro de 2016 no Estacionamento do Bezerrão, no Gama-DF. O Encontro, que faz parte do calendário de eventos oficiais do Distrito Federal e conta com o apoio do GDF, visa valorizar, divulgar, promover e dar manter as manifestações culturais ligadas à tradição da Folia de Reis. Serão quatro dias de festa com a presença de mais de 500 foliões de todo o Brasil, em uma verdadeira celebração de fé, arte e cultura popular brasileira.
O Encontro apresenta uma vasta e variada programação cultural com, apresentação dos grupos de folia, shows musicais, oficinas de danças típicas, exposições, rodas de prosa, missa sertaneja, feira de produtos artesanais e muito mais. A estrutura do evento conta com uma cenografia que reproduz o ambiente da cultura caipira brasileira. No último dia do evento será realizada uma missa sertaneja, a fim de celebrar a origem católica da comemoração dos Santos Reis. O acesso é público e gratuito, com censura livre.
As edições anteriores do Encontro contou com a presença dos maiores artistas do universo regional caipira. Este ano além dos grupos e ternos de foliões de diversos estados, teremos as presenças de André e Andrade, Zé Mulato e Cassiano, Pereira da Viola e mais 20 outros violeiros e grupos de danças populares.
O evento é promovido pela Associação dos Foliões de Reis do DF e Entorno (AFOREIS) e o Clube do Violeiro Caipira do DF.
sábado, 10 de dezembro de 2016
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
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quarta-feira, 9 de novembro de 2016
terça-feira, 8 de novembro de 2016
OFICINA MICROTERRITORIAL CARIRI LESTE
A terceira e última oficina microterritorial do processo de requalificação do Plano Territorial de Desenvolvimento Sustentável do Cariri cearense será realizada no dia 9 de novembro de 2016 [quarta-feira], das 8 ao meio dia, no Campus da Universidade Federal do Cariri, em Brejo Santo.
O encontro deverá contar com as presenças de representantes de instituições públicas, organizações da sociedade civil, coletivos, comunidades, grupos e pessoas dos oito municípios do Cariri Leste, que possui uma área de aproximadamente 4.637 km², onde vivem cerca de 194.776 habitantes. O microterritório é formado pelos municípios de Aurora, Barro, Brejo Santo, Jati, Mauriti, Milagres, Penaforte e Porteiras.
Durante a oficina desta quarta-feira serão retomados os diálogos sobre o Documento Base apresentado na plenária realizada no dia 11 de outubro e disponibilizado na página acervo/download do blog oficial do PTDS Cariri. “Essa é a última de uma série de três oficinas microterritoriais, através das quais estamos apresentando o Documento Base elaborado pela equipe do Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial [NEDET] da Universidade Federal do Cariri e discutindo as propostas para o aprimoramento do mesmo. Por isso consideramos tão importante a participação de todas as pessoas interessadas no desenvolvimento sustentável do Cariri”, destaca Joelmir Pinho, da equipe do NEDET.
Serviço:
Oficina do processo de requalificação do Plano Territorial de Desenvolvimento Sustentável do Cariri
9 de novembro de 2016 [quarta-feira], das 8 ao meio dia, no Campus da UFCA, em Brejo Santo.
[+] www.ptdscariri.wordpress.com | ascom.nedetcariri@gmail.com | 88 9 9953-0610 [TIM/WhatsApp]
9 de novembro de 2016 [quarta-feira], das 8 ao meio dia, no Campus da UFCA, em Brejo Santo.
[+] www.ptdscariri.wordpress.c
domingo, 6 de novembro de 2016
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sábado, 22 de outubro de 2016
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
III BIENAL DO LIVRO E DA LEITURA DE BRASILIA
Uma Bienal preocupada com a democracia

Com homenagens à poeta mineira Adélia Prado e ao pensador português Boaventura Sousa Santos, será aberta amanhã, no estádio Mané Garrincha, a III Bienal do Livro e da Leitura de Brasília (21 a 29 de outubro), um evento lítero-cultural que já encontrou seu lugar na agenda nacional. A programação deste ano reflete as aflições deste momento com a democracia, com os direitos humanos e com a intolerância que ameaça a convivência pluralista. “Precisamos reinventar a democracia se quisermos que ela faça parte da solução”, disse Boaventura em mensagem preliminar ao evento onde, além de homenageado, fará palestra e autografará livros no dia 28.
Os temas dos seminários programados refletem o espírito desta Bienal preocupada com a democracia e com os problemas do mundo: “Deslocamentos: Geopolítica, Cultura, Etnia, Economia e Religião”, “Novas Tecnologias e os efeitos na cultura, economia e vida cotidiana”, “Amor, afetividade e individualidade nos tempos modernos” e “ Vida urbana – Novos espaços, novos caminhos”.
A Bienal tem direção geral de Nilson Rodrigues e produção executiva de Eduardo Cabral. É uma realização do ITS – Instituto do Terceiro Setor, em parceria com a Secretaria de Cultura do GDF e apoiadores privados. Nesta edição, haverá atividades com cerca de 120 escritores convidados, entre brasileiros e estrangeiros, 100 sessões de autógrafos e lançamentos de livros, 80 sessões de contação de histórias para crianças e jovens, 40 apresentações teatrais, além de 10 shows musicais de artistas nacionais e do Distrito Federal. Entre os convidados estrangeiros estão a mexicana Guadalupe Nettel, o inglês Theodore Dalrymple, a portuguesa Raquel Varela e o norte-americano Glenn Greenwald. Entre os brasileiros, Renato Janine, Leandro Karnal, Celso Amorim, Márcia Tiburi, Viviane Mosé e Fernando Moraes. Participam da Bienal 170 expositores, desde pequenas livrarias até grandes editoras, oferecendo um painel da indústria editorial e livros a preços módicos. Na curadoria, além de Nilson Rodrigues, estão os escritores Hamilton Pereira, José Rezende e Nicolas Behr e a tradutora Lídia Luther.
No teatro, Jonas Bloch apresentará “O delírio do verbo’, inspirado em poemas de Manoel de Barros, Paulo Betti encenará seu monólogo autobiográfico e Arnaldo Antunes fará um espetáculo especial para o evento. A programação completa pode ser vista aqui.
Nesta entrevista ao 247, Nilson Rodrigues fala do espírito da Bienal, de seu significado político e cultural e de suas atrações.
247 - Quando você organizou a I Bienal do Livro de Brasília os mais céticos temeram que o evento não se firmasse, por conta das dificuldades para sustentar sua ambiciosa logística ou por receio de que um evento voltado para livros e literatura não atraísse o publico de uma cidade essencialmente administrativa. Agora, na III edição, já é possível afirmar que a Bienal virou uma tradição?
R - Eu sempre acreditei na vocação cosmopolita da nossa capital. Quando projetamos a Bienal tínhamos convicção de que a resposta da sociedade seria muito positiva. Brasília é patrimônio cultural da humanidade, sedia os corpos diplomáticos e desde a sua fundação se propôs a ser uma cidade moderna, aglutinando os pensamentos e a criatividade de intelectuais como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Joaquim Cardozo, Darci Ribeiro, entre muitos outros. A Bienal é um projeto de caráter internacional que reúne escritores brasileiros e estrangeiros, debate temas contemporâneos e estimula o mercado do livro. È um esforço para que a cidade continue pensando e refletindo sobre os grandes temas do Brasil e do mundo.
247 - Quais são as dificuldades para organizar um evento desta grandeza e quais foram os obstáculos específicos desta terceira edição, num ano de recessão, ajuste fiscal e patrocinadores retraídos?
R - Nunca é fácil realizar projetos culturais, principalmente os que se propõem a ser provocadores, questionadores dos modelos de sociedade que temos. A Bienal se afirmou nesses anos como um dos principais projetos de livro e leitura do país, atraindo um grande público e se diferenciando dos demais pela qualidade de sua programação, pelos debates que promove. Nesse momento politico e econômico que o país vive, as possibilidades de parceria e de patrocínios diminuíram. Como a Bienal tem entrada franca para todas as atividades, esses apoios são determinantes. Entretanto, embora as dificuldades e os obstáculos sejam muitos, não podemos parar. Até porque os debates e as reflexões nos iluminam para superar as dificuldades em que vive o país.
247 - A programação deste ano sugere que houve um maior empenho em promover artistas e escritores locais, embora sejam muitos os convidados internacionais e de outros estados. Isso procede?
R - Desde a primeira Bienal buscamos equilibrar a participação de artistas de Brasilia. Nacionais e internacionais. Nesta edição não foi diferente, há espaço para todos.
247 - Você tem uma avaliação do impacto positivo que as bienais passadas tiveram sobre a dinâmica cultural e especialmente sobre a produção intelectual e a vida editorial da cidade?
R - Eu sempre penso no público, no cidadão, quando realizo projetos artísticos e culturais. Quando há diálogo com o publico, se o destinatário das ações é alcançado, sempre ha impacto da cultura e nas sua dinâmica. A qualidade da produção intelectual de uma país , de uma cidade depende de vários fatores. Acho que a Bienal ajuda o debate sobre grandes questões que nos afligem, contribui para que esses temas saiam das páginas dos livros e do espaço acadêmico e se encontre com um público mais amplo. E isso tem relevância política, social e cultural.
247 - O homenageado deste ano é o pensador social português Boaventura Sousa Santos, um crítico do capitalismo global e do neoliberalismo, um defensor da radicalização da democracia e da reinvenção do pensamento de esquerda. A escolha guarda alguma relação com a conjuntura política que o Brasil atravessa, marcado pelo arranhão democrático que foi o impeachment e a emergência de um governo ultraliberal que tem sua legitimidade contestada, aqui e lá fora?
R - A Bienal sempre buscou estar em sintonia coma História e com as questões contemporâneas. Na primeira edição homenageamos o Nigeriano Woylle Soynka, ensaista, romancista, dramaturgo e o primeiro negro africano a ganhar o Prêmio Nobel de literatura. Portanto, um gesto de reconhecimento a contribuição africana à literatura mundial e à formação cultural do nosso país, sabidamente racista e excludente. Na segunda edição, homenageamos o uruguaio Eduardo Galeano, o grande interprete dos sonhos , das dores e das possibilidades da América Latina. Homenagear nesta terceira edição da Bienal o pensador português Boaventura de Souza Santos significa dar destaque às suas reflexões sobre direitos humanos e aos descaminhos do modelo de democracia representativa, que garroteada pelas corporações e pelo poder econômico representa, menos do que se quer e se necessita, os interesses da maioria das sociedades. Essa crise não é só no Brasil, em todo o ocidente temos visto o desgaste desse modelo. Daí a importância de homenagear um intelectual como Boaventura de Souza Santos, pelo seu compromisso com a democracia, com as possibilidades de ampliação de participação dos cidadãos nos processos políticos.
247 - Você é ativista cultural, produtor de cinema, empresário do setor e formulador de políticas para cultura. Como se sai com estes pais numa cidade que gravita em torno do poder e não possui exatamente uma infraestrutura cultural consistente?
R - Brasília tem hoje uma demanda muito grande por atividades culturais. Há muitas pessoas produzindo arte e cultura e um público crescente, interessado. Paradoxalmente, a maioria dos espaços culturais está fechada ou funcionando precariamente. È uma tragédia urbana! Não há politicas públicas de cultura que dêm conta de, pelo menos, aproximar-se dos que estão excluídos, que estão na periferia, à margem. Se o Teatro Nacional está fechado h[a três anos, é possível imaginar como deve ser a oferta nas cidades satélites, de espaços para fruição e formação. O pouco que é feito é para as classes medias e altas. Essa realidade está presente em quase todos os estados, salvo uma ou outra exceção. A responsabilidade é dos governos e das corporações, que enxergam mais seus interesses próprios em detrimento do conjunto da sociedade
Uma Bienal preocupada com a democracia

Com homenagens à poeta mineira Adélia Prado e ao pensador português Boaventura Sousa Santos, será aberta amanhã, no estádio Mané Garrincha, a III Bienal do Livro e da Leitura de Brasília (21 a 29 de outubro), um evento lítero-cultural que já encontrou seu lugar na agenda nacional. A programação deste ano reflete as aflições deste momento com a democracia, com os direitos humanos e com a intolerância que ameaça a convivência pluralista. “Precisamos reinventar a democracia se quisermos que ela faça parte da solução”, disse Boaventura em mensagem preliminar ao evento onde, além de homenageado, fará palestra e autografará livros no dia 28.
Os temas dos seminários programados refletem o espírito desta Bienal preocupada com a democracia e com os problemas do mundo: “Deslocamentos: Geopolítica, Cultura, Etnia, Economia e Religião”, “Novas Tecnologias e os efeitos na cultura, economia e vida cotidiana”, “Amor, afetividade e individualidade nos tempos modernos” e “ Vida urbana – Novos espaços, novos caminhos”.
A Bienal tem direção geral de Nilson Rodrigues e produção executiva de Eduardo Cabral. É uma realização do ITS – Instituto do Terceiro Setor, em parceria com a Secretaria de Cultura do GDF e apoiadores privados. Nesta edição, haverá atividades com cerca de 120 escritores convidados, entre brasileiros e estrangeiros, 100 sessões de autógrafos e lançamentos de livros, 80 sessões de contação de histórias para crianças e jovens, 40 apresentações teatrais, além de 10 shows musicais de artistas nacionais e do Distrito Federal. Entre os convidados estrangeiros estão a mexicana Guadalupe Nettel, o inglês Theodore Dalrymple, a portuguesa Raquel Varela e o norte-americano Glenn Greenwald. Entre os brasileiros, Renato Janine, Leandro Karnal, Celso Amorim, Márcia Tiburi, Viviane Mosé e Fernando Moraes. Participam da Bienal 170 expositores, desde pequenas livrarias até grandes editoras, oferecendo um painel da indústria editorial e livros a preços módicos. Na curadoria, além de Nilson Rodrigues, estão os escritores Hamilton Pereira, José Rezende e Nicolas Behr e a tradutora Lídia Luther.
No teatro, Jonas Bloch apresentará “O delírio do verbo’, inspirado em poemas de Manoel de Barros, Paulo Betti encenará seu monólogo autobiográfico e Arnaldo Antunes fará um espetáculo especial para o evento. A programação completa pode ser vista aqui.
Nesta entrevista ao 247, Nilson Rodrigues fala do espírito da Bienal, de seu significado político e cultural e de suas atrações.
247 - Quando você organizou a I Bienal do Livro de Brasília os mais céticos temeram que o evento não se firmasse, por conta das dificuldades para sustentar sua ambiciosa logística ou por receio de que um evento voltado para livros e literatura não atraísse o publico de uma cidade essencialmente administrativa. Agora, na III edição, já é possível afirmar que a Bienal virou uma tradição?
R - Eu sempre acreditei na vocação cosmopolita da nossa capital. Quando projetamos a Bienal tínhamos convicção de que a resposta da sociedade seria muito positiva. Brasília é patrimônio cultural da humanidade, sedia os corpos diplomáticos e desde a sua fundação se propôs a ser uma cidade moderna, aglutinando os pensamentos e a criatividade de intelectuais como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Joaquim Cardozo, Darci Ribeiro, entre muitos outros. A Bienal é um projeto de caráter internacional que reúne escritores brasileiros e estrangeiros, debate temas contemporâneos e estimula o mercado do livro. È um esforço para que a cidade continue pensando e refletindo sobre os grandes temas do Brasil e do mundo.
247 - Quais são as dificuldades para organizar um evento desta grandeza e quais foram os obstáculos específicos desta terceira edição, num ano de recessão, ajuste fiscal e patrocinadores retraídos?
R - Nunca é fácil realizar projetos culturais, principalmente os que se propõem a ser provocadores, questionadores dos modelos de sociedade que temos. A Bienal se afirmou nesses anos como um dos principais projetos de livro e leitura do país, atraindo um grande público e se diferenciando dos demais pela qualidade de sua programação, pelos debates que promove. Nesse momento politico e econômico que o país vive, as possibilidades de parceria e de patrocínios diminuíram. Como a Bienal tem entrada franca para todas as atividades, esses apoios são determinantes. Entretanto, embora as dificuldades e os obstáculos sejam muitos, não podemos parar. Até porque os debates e as reflexões nos iluminam para superar as dificuldades em que vive o país.
247 - A programação deste ano sugere que houve um maior empenho em promover artistas e escritores locais, embora sejam muitos os convidados internacionais e de outros estados. Isso procede?
R - Desde a primeira Bienal buscamos equilibrar a participação de artistas de Brasilia. Nacionais e internacionais. Nesta edição não foi diferente, há espaço para todos.
247 - Você tem uma avaliação do impacto positivo que as bienais passadas tiveram sobre a dinâmica cultural e especialmente sobre a produção intelectual e a vida editorial da cidade?
R - Eu sempre penso no público, no cidadão, quando realizo projetos artísticos e culturais. Quando há diálogo com o publico, se o destinatário das ações é alcançado, sempre ha impacto da cultura e nas sua dinâmica. A qualidade da produção intelectual de uma país , de uma cidade depende de vários fatores. Acho que a Bienal ajuda o debate sobre grandes questões que nos afligem, contribui para que esses temas saiam das páginas dos livros e do espaço acadêmico e se encontre com um público mais amplo. E isso tem relevância política, social e cultural.
247 - O homenageado deste ano é o pensador social português Boaventura Sousa Santos, um crítico do capitalismo global e do neoliberalismo, um defensor da radicalização da democracia e da reinvenção do pensamento de esquerda. A escolha guarda alguma relação com a conjuntura política que o Brasil atravessa, marcado pelo arranhão democrático que foi o impeachment e a emergência de um governo ultraliberal que tem sua legitimidade contestada, aqui e lá fora?
R - A Bienal sempre buscou estar em sintonia coma História e com as questões contemporâneas. Na primeira edição homenageamos o Nigeriano Woylle Soynka, ensaista, romancista, dramaturgo e o primeiro negro africano a ganhar o Prêmio Nobel de literatura. Portanto, um gesto de reconhecimento a contribuição africana à literatura mundial e à formação cultural do nosso país, sabidamente racista e excludente. Na segunda edição, homenageamos o uruguaio Eduardo Galeano, o grande interprete dos sonhos , das dores e das possibilidades da América Latina. Homenagear nesta terceira edição da Bienal o pensador português Boaventura de Souza Santos significa dar destaque às suas reflexões sobre direitos humanos e aos descaminhos do modelo de democracia representativa, que garroteada pelas corporações e pelo poder econômico representa, menos do que se quer e se necessita, os interesses da maioria das sociedades. Essa crise não é só no Brasil, em todo o ocidente temos visto o desgaste desse modelo. Daí a importância de homenagear um intelectual como Boaventura de Souza Santos, pelo seu compromisso com a democracia, com as possibilidades de ampliação de participação dos cidadãos nos processos políticos.
247 - Você é ativista cultural, produtor de cinema, empresário do setor e formulador de políticas para cultura. Como se sai com estes pais numa cidade que gravita em torno do poder e não possui exatamente uma infraestrutura cultural consistente?
R - Brasília tem hoje uma demanda muito grande por atividades culturais. Há muitas pessoas produzindo arte e cultura e um público crescente, interessado. Paradoxalmente, a maioria dos espaços culturais está fechada ou funcionando precariamente. È uma tragédia urbana! Não há politicas públicas de cultura que dêm conta de, pelo menos, aproximar-se dos que estão excluídos, que estão na periferia, à margem. Se o Teatro Nacional está fechado h[a três anos, é possível imaginar como deve ser a oferta nas cidades satélites, de espaços para fruição e formação. O pouco que é feito é para as classes medias e altas. Essa realidade está presente em quase todos os estados, salvo uma ou outra exceção. A responsabilidade é dos governos e das corporações, que enxergam mais seus interesses próprios em detrimento do conjunto da sociedade
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Sem Terra inauguram biblioteca em acampamento no SE
Sem Terra inauguram biblioteca em acampamento no SE
O espaço surgiu por iniciativa das famílias acampadas que entenderem a importância da leitura no processo formativo e organizativo do Movimento.

Por Luiz Fernando
Da Página do MST
Da Página do MST
Na tarde do último sábado (13), Sem Terras do acampamento João Borges, localizado na região Metropolitana de Itaporanga, Sergipe, inauguraram sua primeira biblioteca popular.
O espaço surgiu por iniciativa das famílias acampadas que entenderem a importância da leitura no processo formativo e organizativo do Movimento.
A biblioteca, batizada pelo nome de “Frei Tito” é uma homenagem ao Frade Católico que foi preso, torturado e banido do país, um jovem que carregou as marcas da tortura na alma e só encontrou a liberdade ao se suicidar no Convento Sainte-Marie de La Tourette, França.
O espaço contou com a contribuição das companheiras Adèle Goliot e Clarissa Figueira do Comitê de amigos do MST na França e da Associação França América Latina que vivenciaram por alguns dias, todo o processo organizativo e de luta do acampamento.
“A biblioteca é importante pois completa a experiência prática da luta do MST, com o conhecimento teórico, a educação e a formação que são fatores fundamentais para a permanência na luta", frisou Goliot.
Os acampados agradecem as doações e o apoio que recebido de toda comunidade, e convidam para contribuição de mais material didático para composição do acervo que também será destinado para criação de novas bibliotecas comunitárias nos assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária.
Para os Sem Terra, a criação da biblioteca também é um gesto dirigido a ocupar o território do saber.
*Editado por Maura Silva
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