sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Digitalização das salas de cinema



A ministra Marta Suplicy participou, na tarde desta quinta-feira (31), no Rio de Janeiro, da cerimônia onde foi anunciada a criação de uma linha financeira do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA, no valor de R$ 140 milhões, voltada para a digitalização das salas de cinema administradas por empresas brasileiras. Além deste valor, um apoio não-reembolsável de até R$ 6 milhões será destinado à digitalização das salas de pequenos grupos exibidores.
Este projeto de atualização tecnológica do parque exibidor brasileiro integra o programa Cinema Perto de Você.
O evento aconteceu na Sala Funarte/Sidney Miller, no Rio, e, além da ministra da Cultura, contou com a participação do diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, do diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, Julio Raimundo, e do presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas – FENEEC, Paulo Lui. O secretário do Audiovisual, Leopoldo Nunes, também compôs a mesa.
Em sua fala, a ministra Marta Suplicy elogiou o trabalho conduzido pela Ancine no fomento ao cinema e ao audiovisual brasileiro e destacou a parceria do BNDES com o Ministério da Cultura em diferentes programas. Marta também tratou da importância de apoiar o audiovisual nacional e modernizar os espaços de exibição: “Está cada vez mais claro para todos que a Era de Gutenberg acabou, e que já estamos na Info-Era. Com essa iniciativa, que alavancará o cinema brasileiro, começamos finalmente a entrar no século 21.”
Para a ministra, o cinema tem importância estratégica para o Brasil: “Há pouco tempo comecei a entender o conceito de soft power, o esforço estratégico que os países fazem para difundir uma imagem positiva no mundo. Foi isso que fizeram os Estados Unidos com os filmes de Hollywood, que tiveram uma enorme influência colonizadora. Com sua diversidade cultural gigantesca, o Brasil tem tudo para ‘arrebentar’ no exterior, e o cinema é o veículo perfeito para essa inserção internacional.”
Representando os exibidores, Paulo Lui manifestou enorme satisfação com o lançamento da linha de digitalização do FSA: “O lançamento de uma linha de apoio à digitalização é fundamental para sustentar o crescimento da atividade. O Brasil cresce e o cinema também precisa crescer. Trabalhando juntos, viabilizaremos esse crescimento”, afirmou.
Em seguida, o diretor-presidente da Ancine fez uma apresentação detalhada da forma de operação da nova linha financeira do FSA, destacando que o papel da política pública é criar as condições para que o mercado se desenvolva. Segundo Manoel Rangel, “a digitalização reduz os custos de copiagem e transporte e modifica a economia do cinema, beneficiando produtores e distribuidores e trazendo novas oportunidades para os exibidores, como a inclusão de mais salas no circuito de lançamentos e a multiprogramação, com a oferta de novos conteúdos que podem aumentar a freqüência das salas.”.
Rangel explicou também que todos os recursos da linha de crédito serão destinados à compra e instalação de projetores digitais e equipamentos acessórios, e que a linha de crédito ficará disponível por 24 meses, ou até o esgotamento dos recursos disponíveis, o que acontecer primeiro: “A meta é digitalizar 1.400 salas em um prazo de 18 meses. Quanto mais salas de cinema o país tiver, mais a sociedade brasileira será atendida por esse serviço cultural, e mais espaço haverá no mercado para o filme nacional.”
Agente financeiro
O BNDES será o agente financeiro responsável pelo enquadramento, análise e aprovação das propostas. Em sua apresentação, o diretor do banco Julio Raimundo lembrou que a parceria com a Ancine já está rendendo frutos, como a abertura de mais de 150 novas salas de cinema por meio do Programa Cinema Perto de Você – o que reflete a importância crescente que a instituição financeira vem dando à economia criativa e à indústria audiovisual em particular.
“A diversidade da cultura brasileira é um ativo importante, motivo de orgulho para a sociedade brasileira e objeto de reconhecimento internacional. Por tudo isso a cultura é hoje uma das prioridades do BNDES. Ao criarmos essa nova linha de crédito, transformamos um risco de aniquilamento de pequenos exibidores numa enorme oportunidade de crescimento. Mas este é só o início do trabalho”, ressaltou o diretor Julio.
Na plateia, além de representantes de empresas exibidoras e outros agentes econômicos do audiovisual, estavam presentes os diretores da Ancine Glauber Piva e Vera Zaverucha, a superintendente executiva e futura diretora da Agência Rosana Alcântara, os deputados Benedita da Silva, Edson Santos e Jandira Feghali e o presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim.
(Texto: Ascom/MinC)
(Fonte: Ascom/Ancine)
(Fotos: André Melo)

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