Lula: “Minas mostra que quer democracia, emprego e respeito às mulheres”
Lula é recebido por multidão em BH, recebe apoio do prefeito Fuad Noman, se compromete em ajudar as cidades e chama os eleitores para a campanha: “Agora é 24 horas por dia, todo santo dia”
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“Minas Gerais, efetivamente, é um estado diferente. Agora eu sei por que foi aqui que surgiu o primeiro embrião da independência brasileira”, disse Lula, neste domingo (9), ao ser recebido em Belo Horizonte por “um mar de gente bonita” que o acompanhou da Avenida Brasil até a Praça da Liberdade, onde falou do alto de um carro de som.
Lula lembrou que a elite que mandava no Brasil no século 18 matou e esquartejou Tiradentes. “O que eles não sabiam é que eles mataram apenas a carne. As ideias continuaram com o povo de Minas Gerais”, afirmou.
E completou: “Vocês estão demonstrando que Minas não suporta ditadura, opressão, vandalismo. Minas quer democracia, educação, emprego, cultura, oportunidade para nossos jovens. Minas quer respeito para nossas mulheres. Chega de feminicídio. Mulher não foi feita para ser objeto de mesa e cama, foi feita para ser sujeita da história”.
Em mais essa passagem pelo estado, que deu a ele mais de 5,8 milhões de votos no primeiro turno, Lula recebeu o apoio do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que denunciou o abandono da cidade pelo governo Bolsonaro (veja no fim da matéria), e contou com a presença do cantor Chico Buarque no caminhão de som, que lhe agradeceu por se dispor a “nos tirar desse buraco”. “Amanhã vai ser outro dia”, lembrou Chico.
“Mulher e homem, trabalho igual, salário igual”
Lula disse que, no próximo dia 30, os brasileiros e brasileiras poderão mostrar que preferem o amor ao ódio. “E a gente vai poder dizer que não queremos muita coisa. Queremos apenas que nossas famílias possam viver dignamente. A gente quer ter uma casinha para morar, escola de qualidade para nossos filhos, trabalhar e que nossa esposo, nosso companheiro tenham emprego.”
E argumentou que passou da hora de as mulheres serem tratadas com justiça no mercado de trabalho. “A gente vai regulamentar: mulher e homem, trabalho igual, salário igual”, prometeu. “Eu não sei quantas mulheres vão ter no governo. Mas vai ter mulher para caramba”, acrescentou, lembrando ainda que vai criar o Ministério dos Povos Originários e recriar o Ministério da Cultura, com comitês em cada cidade, para transformar o setor numa indústria geradora de emprego e renda.
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Hora de ocupar as ruas
Tanto Lula quanto outras lideranças que se pronunciaram lembraram que, nesta reta final, é importante que os eleitores se engajem na campanha para garantir a vitória definitiva e livrar o Brasil do governo incompetente, desumano e violento de Bolsonaro.
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“Precisamos transformar essa energia de cada um de vocês em uma potente campanha. Vamos pedir voto para o vizinho, o amigo, o parente. Vamos desmentir as fake news. E vamos para as ruas. Sair às ruas, mostrando que a gente faz campanha com alegria, com amor, para construir um Brasil melhor para o povo brasileiro”, conclamou a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
“Vamos continuar com o povo nas ruas para garantir que a esperança e o Brasil com mais justiça seja de fato vitorioso com Lula presidente”, discursou a prefeita de Contagem, Marília Campos (MG). Já o deputado federal André Janones (Avante-MG), bradou: “Nós vamos vencer nas ruas e nas redes. O meu presidente é Luiz Inácio Lula da Silva!”
Já Lula ressaltou que é hora de “trabalhar muito”. “Eu tenho pedido para a militância do PT, não tem mais folga. Agora é 24 horas por dia, todo santo dia”, contou, ressaltando a importância de se ocupar as ruas de forma alegre e pacífica. “Se eles quiserem morder alguém, mordam o próprio rabo. Nós não vamos deixar eles nos morderem. E vamos, pacificamente, no dia 30, fazer uma revolução pacífica, a nossa vitória.”
Compromisso com as cidades
Mais cedo, em conversa com a imprensa, Lula se comprometeu a governar sem excluir os prefeitos e governadores como tem feito Jair Bolsonaro.
“Não é possível um presidente governar o país se ele não leva em conta a cidade. Ele precisa conviver com as prefeituras e os estados da forma mais harmoniosa possível porque os problemas que ele tem que resolver são pertinentes ao povo que mora numa cidade. A saúde, o problema está na cidade. A educação, o transporte, a violência, o problema está na cidade”, analisou.
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O ex-presidente mostrou ainda que já está atento aos atuais problemas das cidades mineiras e se comprometeu a concluir as obras de duplicação da BR-381, tristemente apelidado de Estrada da Morte, e também a concluir o Hospital Universitário de Divinópolis.
Ele recordou que os governos do PT investiram, só em Belo Horizonte, R$ 14,3 bilhões, dos quais R$ 11,9 bilhões foram em obras de infraestrutura e R$ 2,4 bilhões no Minha Casa Minha Vida. “Agora, quem conhecer alguma obra que o Bolsonaro fez em Belo Horizonte, por favor, comunique à comunicação da minha campanha”.
Da Redação
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