Lula arrasta multidão em BH e diz que "responsabilidade fiscal é questão de caráter"
Ex-presidente que entregou os maiores superávits da história do Brasil foi cobrado neste domingo pelos jornais da mídia corporativa, mas respondeu de forma incisiva37
247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que produziu o maior ciclo de prosperidade capitalista da história do Brasil, com crescimento médio de 4,5% ao ano, 10 milhões de empregos, os maiores superávits fiscais já registrados e a inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média, rebateu neste domingo, em Belo Horizonte, as críticas infundadas que recebeu de dois jornais da mídia corporativa: Globo e Folha. Confira:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo (09/10), durante entrevista coletiva em Belo Horizonte (MG), que sempre teve responsabilidade fiscal em seus governos, com cumprimento de superávit primário todos os anos e crescimento econômico médio anual de 4,5%. Segundo Lula, responsabilidade fiscal é uma questão de caráter. “A gente só pode gastar aquilo que ganha”, afirmou.
Superávit primario é o resultado positivo de todas as receitas e despesas do governo. Já o teto de gastos, instituído pela Emenda Constitucional 95, limita a capacidade de investimento do Estado, impedindo a ampliação de políticas públicas que beneficiem a população.
“Eu não preciso de uma lei para ser responsável. Eu aprendi na minha formação política que a gente só pode gastar aquilo que a gente ganha, que produz, e se a gente tiver que fazer dívida tem que ser aquela que nós podemos pagar, uma dívida para construir um ativo que possa dar retorno financeiro para quem fez o investimento”, completou Lula.
Segundo Lula, ao assumir a Presidência, em 2003, economistas diziam que o Brasil estava quebrado, sem conserto, com inflação a 12%, desemprego a 12%, dívida interna pública de 60,5% do PIB e devedor do FMI.
“Quando entrei no governo, a primeira coisa que a gente fez foi reduzir a dívida pública de 60,5% do PIB para 37% do PIB. Segundo, a gente trouxe a inflação de 12% para 4,5% que era o centro da meta, dois a mais e dois a menos durante todo o nosso mandato. Terceiro, nós geramos, em 13 anos, 22 milhões de empregos formais. Quarto, nós pagamos a dívida com o FMI e emprestamos 15 bilhões pro FMI. Éramos devedores e viramos credores do FMI”, listou o ex-presidente.
Lula destacou ainda as reservas internacionais, que o país não tinha antes de seu governo. “Conseguimos fazer pela primeira vez na história do Brasil uma reserva que até hoje é a salvação da lavoura porque é ela que faz com que o país não quebre. Mais ainda. A gente teve um crescimento do PIB médio de 4,5% ao ano que foi o mais importante crescimento.”, completou.
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