Em Aracaju, Lula é recebido nos braços dos sergipanos em grande ato popular
“Estou com Rogério outra vez discutindo uma saída para o país”, disse Lula. “Quando temos uma causa que a gente acredita, temos de colocar o pé na estrada para construir o Brasil que a gente sonha”, convocou
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Repetindo a ampla mobilização e a festa popular que agitaram Salvador na quarta (12), a Coligação Brasil da Esperança foi recebida nos braços do povo em Aracaju, nesta quinta-feira (13). Ao lado do candidato ao governo de Sergipe Rogério Carvalho e do vice-presidente Nacional do PT, Márcio Macedo, Lula conclamou os sergipanos a lutar pela democracia e por um projeto de reconstrução do Brasil.
“Estou aqui com Rogério outra vez discutindo uma saída para o nosso país”, disse Lula, após caminhada pelas ruas da capital. “Quando temos uma causa que a gente acredita, temos de colocar o pé na estrada para construir o Brasil que a gente sonha”, convocou o ex-presidente. Lula pediu que cada um faça sua parte para convencer amigos e familiares a votar na sua candidatura e na de Rogério ao governo do estado.
“Vocês têm de escrever mensagens aos parentes de outros estados. Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar no genocida”, pediu Lula. “Conversem para que a gente possa educar a sociedade brasileira. Ele [Bolsonaro] se esquece da importância que o Nordeste tem para o país, foi pelo Nordeste que os portugueses chegaram aqui”, lembrou o petista.
“Quando eu assumi a Presidência, assumi a tarefa de recuperar o orgulho nordestino. Eu tava cansado de ver o Nordeste aparecer na imprensa como o lugar que mais tinha mortalidade infantil, com a maior taxa de evasão escolar, como a região que menos tinha doutor, mestre e centro de pesquisa”, relatou.
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“Eu pensei, “eu pude chegar à Presidência, por que não posso levar escola técnica ao Nordeste, melhorar a educação?”, contou Lula. “O Nordeste hoje compete com qualquer estado brasileiro. Eles se preparem, porque eu vou voltar e quero mais universidade, mais jovens estudando, mais engenheiros”, avisou.
“Quero sorriso na casa das pessoas, que todos possam deitar de barriga cheia, que nenhuma criança sofra de desnutrição. E quero que todos os povos, de qualquer origem social, tenham o direito de competir por uma vaga na universidade”, frisou.
Conquistas das gestões do PT
Em seguida, Lula apontou as políticas que tornaram sua gestão na Presidência a mais bem avaliada da história, abordando desde a educação até emprego e renda, passando por Lei Maria da Penha, lei da liberdade religiosa, Minha Casa, Minha Vida, reforma agrária e o controle da inflação.
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“Vocês viveram o período em que fui presidente. O salário mínimo aumentava todo ano acima da inflação, fomos nós que criamos a Lei Maria da Penha para punir qualquer homem que fique tentando bater na sua mulher”, ressaltou.
“Foi no nosso governo que criamos a maior quantidade de universidades federais da história. Hoje as universidades federais de Sergipe estão à míngua porque o Ministério da Educação, orientado por um desgoverno, não coloca dinheiro para atender as necessidades da universidade”, lamentou.
“Foi no meu governo que a gente criou o Prouni para colocar meninos e meninas da periferia, das escolas públicas, na universidade, assumimos a responsabilidade de financiar o estudante através do Fies”, declarou. “Quando cheguei, a possibilidade de encontrar um homem ou uma mulher negra na universidade era difícil, a universidade era feita para brancos. Hoje, 51% dos alunos são pardos ou negros”, festejou.
Comparação entre governos
Lula também comparou os tempos de prosperidade de seus governos com o atual, de penúria, fome e desemprego. “Quando deixei a Presidência, vendíamos 3,7 milhões de carros por ano. Passados 12 anos, vendemos metade do que vendíamos em 2010”, afirmou. “Vou voltar para mudar isso”.
“Faz um século que o Brasil exporta commoditie. Tenho orgulho, o Brasil é um grande produtor de grãos, milho, soja, arroz, de ferro”, reconheceu Lula. “Mas esse país não será respeitado enquanto não exportar conhecimento. Temos de exportar inteligência, para que o país se torne competitivo, um país gerador de emprego qualificado”.
Lula encerrou o ato com uma fala em defesa das mulheres e por igualdade de direitos, especialmente no campo do trabalho. “A mulher que fizer o mesmo serviço do homem tem que ganhar o mesmo salário. Precisamos tratar a mulher com respeito, acabou o milênio em que a mulher era tratada como objeto de cama e mesa. A mulher quer ser sujeito da história, participar da vida, fazer o que quiser”, reivindicou Lula.
Galeria de fotos (Ricardo Stuckert):
Nas ruas e nas redes
O candidato ao governo de Sergipe pelo PT Rogério Carvalho alertou que não é hora de baixar a guarda e que o povo deve comprar a briga para eleger o PT “em todas as frentes. É de porta em porta, é na rua, na agitação, mas também no WhatsApp, no Instagram, no Facebook, no Reels, no TikTok”.
Rogério relembrou a sorte que o Brasil tem de ter aquele que considera o maior líder popular vivo da humanidade. “Ele [Lula] está entre nós para reconduzir o Brasil, para tirar das mãos do anticristo, da besta-fera, porque Bolsonaro vem para dividir o povo brasileiro, para trazer o mal: a fome, a devastação daquilo que tinha sido plantado de prosperidade e oportunidade ao povo brasileiro”, ensinou.
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“Ele [Bolsonaro] chamou nós, nordestinos, de burros, ele não sabe o que é tirar o sustento da caatinga, do nosso sertão. Não sabe o que é trabalhar de sol a sol, como o nosso povo”, descreveu. “Ele está acostumado a viver de rachadinha, ele e sua família, com a milícia do Rio de Janeiro. O Brasil não é lugar para miliciano”.
Carvalho ressaltou que Sergipe precisa de um novo ciclo de crescimento. “Temos de tirar Sergipe da paralisia e do buraco, para gerar emprego e renda. Temos 169 mil desempregados, 40% do nosso povo vivendo com até meio salário mínimo. É mais de um milhão de pessoas com uma renda que não dá para comer as três refeições. Então chegou a hora de nós darmos a resposta”, bradou.
“Sergipe é um estado que precisa de um governo sério, que gere oportunidade de emprego e renda. Não podemos perder o bonde da história, de ter um presidente e um governador do PT”, alertou o petista.
“De casa em casa, de porta em porta”
O vice-presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores, Márcio Macedo, afirmou que o momento é de mobilização nacional em torno de valores democráticos. “Precisamos tirar esse fascista que está na Presidência, Lula é um instrumento do povo para derrotar o ódio, o fascismo, a intolerância e a violência”.
“Temos um desafio, libertar o Brasil daquela coisa ruim e fazer a mudança que Sergipe precisa com Rogério Carvalho no governo do Estado. Daqui até a eleição é de casa em casa, de porta em porta, é nas praças e ruas da minha amada Aracaju, na periferia, na zona norte e na sul, no litoral, no agreste e no sertão”, aconselhou.
Da Redação
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