quarta-feira, 18 de maio de 2022

Gostei muito do vestido. É lindíssimo!! Gostei ainda mais da intenção: um vestido que vai carregar uma parte importante de uma linda história do Brasil. Gostei da valorização, do produto brasileiro, das artesãs do nordeste. Maravilhoso!!! Adauta Maria Quintão Scordamaglia


Rosangela da Silva 

O vestido de Janja foi um presente das estilistas Helô Rocha e Camila Pedrosa, bordado pelas bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, sertão do Seridó no Rio Grande do Norte.
Casamento Janja e Lula (Foto: Reprodução/Instagram José de Abreu)

Casamento Janja e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Nesta quarta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 76 anos, e a socióloga Rosângela da Silva, de 56, se casaram em uma cerimônia em São Paulo. Para a ocasião, Janja, como é mais conhecida, decidiu apostar em um vestido essencialmente brasileiro, desde as características estéticas até as mãos que iriam confeccionar a peça, convocando a estilista Helô Rocha para a missão.

“Foi Bela Gil quem nos apresentou. Eu já admirava a Janja e ela já acompanhava meu trabalho, mas não nos conhecíamos. Começamos a fazer o vestido em janeiro depois de uma reunião com a minha sócia, Camila Pedrosa. De cara, chegamos em um tema, que inclusive foi sugestão de Camila, e decidimos fazer os bordados no Seridó, sertão do Rio Grande do Norte”, contou a designer em entrevista à Vogue.

Helô explicou que, antes do vestido ser enviado para as bordadeiras, onde ficou por aproximadamente um mês e meio, as primeiras provas do modelo aconteceram em São Paulo. “Ele é feito de organza e bordados de muitos pontos, em uma máquina tradicional da região do RN. Depois, finalizamos com alguns pontos de luz. Sentimos a necessidade desse toque final, já que se tratava de um casamento noturno”, detalhou.

Com longa carreira na moda brasileira, Helô estreou no mercado nacional com sua marca Têca, em 2005. Logo, sua assinatura autoral que mistura estampas, bordados e trabalhos artesanais ganhou notoriedade, o que resultou em um convite para participar do São Paulo Fashion Week, em 2012. Alguns anos mais tarde, a estilista, que é natural de Porto Alegre e descendente de nordestinos, decidiu fechar a Têca e focar no nicho de roupas de festa, com uma marca batizada com seu nome.

“Foi um processo tranquilo, tudo o que nós sugerimos, Janja aceitou e participou ativamente. O principal era ter uma modelagem perfeita que vestisse bem e ficasse confortável. O segundo ponto que ela não abriu mão era de ser um vestido brasileiro, com mão-de-obra brasileira valorizada”, concluiu Helô.

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