Lei Paulo Gustavo: Secretário Nacional de Cultura do PT reforça pressão para derrubar o veto
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Em entrevista ao programa Jornal PT Brasil nesta quinta-feira (26), o secretário nacional de Cultura do PT, Márcio Tavares, reforçou mais uma vez a importância da mobilização da comunidade cultural e da sociedade brasileira pela derrubada do veto à Lei Paulo Gustavo, que garante recursos de 3,8 bilhões ao setor cultural. Prevista para esta quinta-feira, a sessão do Congresso Nacional que trataria da votação do veto presidencial foi adiada para a próxima semana.
De acordo com Márcio Tavares, a situação do setor de cultura no Brasil ainda é bastante dramática e já se tornou um quadro de calamidade social, principalmente devido aos cerca de dois milhões de postos de trabalho perdidos durante a pandemia de Covid-19.
“É um setor que possui um grau de instabilidade laboral enorme, a maioria das pessoas não são protegidas pela legislação trabalhista e a maioria trabalha de forma autônoma. Isso afeta dramaticamente quando você não tem alternativa de renda, de produção, e essa retomada está sendo lenta e, ao mesmo tempo, está sendo desigual com relação a todos os setores”, informou ele na entrevista.
Daí a importância dos recursos para a cultura que serão disponibilizados pela Lei Paulo Gustavo, de autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA), atual líder da bancada do partido no Senado.
Seminários temáticos
Durante a entrevista ao Jornal PT Brasil, o secretário de Cultura do PT falou também sobre a realização de seminários temáticos que estão sendo realizados para discussão de propostas para o programa de governo que será apresentado à nação.
De acordo com Márcio Tavares, a SNCult está debatendo as propostas para o setor cultural de maneira bastante participativa, tendo sido iniciada uma “caravana da cultura” pelos seminários temáticos.
“Já fizemos dois, um sobre livro, leitura e literatura e outro nesta semana, eles sempre ocorrem às terças-feiras, 19 horas, a respeito da diversidade cultural. O próximo vai ser sobre o setor audiovisual. É importantíssimo a gente escutar os setores, e constituir a partir daí a nossa visão a respeito dos desafios da cultura brasileira e o programa que o Brasil precisa”, destacou.
Após a realização desses seminário temáticos, segundo ele, serão organizados os seminário regionais para ouvir as regiões e constituir um programa que “abarque a diversidade cultural brasileira e os seus desafios, pois vamos precisar nos recuperar desse desmonte cultural, reerguer o Ministério da Cultura e as condições de produzir política cultural para que a gente ajude na retomada do desenvolvimento e da democracia no Brasil”.
Da Redação
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