A TV Brasil Internacional, braço no exterior da TV Brasil, emissora operada pela estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), iniciará suas transmissões no próximo dia 24, pela África. Na estreia, em ato no Itamaraty, haverá conversa ao vivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de Brasília, com seu colega de Moçambique, Armando Guebuza, em Maputo.
O canal só não chegará a cinco países do continente africano: Egito, Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos. A programação não será a mesma do Brasil, pois não terá produções estrangeiras licenciadas para veiculação apenas em território brasileiro.
Um dos alvos da TV Brasil Internacional é formado pelas comunidades de brasileiros no exterior – atualmente, cerca de 2 milhões de pessoas. Mas o objetivo principal da emissora, segundo a presidente da EBC, Tereza Cruvinel, vai além. “Queremos ter uma TV que expresse no exterior a diversidade e a cultura do Brasil”, disse.
O deputado Luiz Alberto (PT-BA) elogiou a iniciativa da EBC, por reforçar a estratégia de aproximação com a África que vem sendo implementada pelo governo Lula, notadamente com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palops). “Já passava da hora uma ação na área de comunicação, pois os países europeus, colonizadores, há muito têm presença na África, inclusive com programas de TV. Mas o Brasil, o maior país de população negra fora da África, estava ausente”, disse o petista.
Para Luiz Alberto, a presença da TV Brasil na África e em outras regiões do planeta não só permite mais divulgação da realidade brasileira para os estrangeiros e os milhões de migrantes brasileiros, como também reforça o papel da EBC, constantemente alvo de críticas da oposição. “A oposição brasileira, encabeçada pelo PSDB e DEM não se conforma com um projeto de TV pública, como o da EBC. Nossa oposição sempre foi subordinada aos interesses de grupos privados de comunicação e também às diretivas que vêm da Europa e dos EUA”, comentou o parlamentar.
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