Brasília, 50 anos - Gurgel volta a defender a intervenção
Procurador-geral disse que se for procurado por Rosso, vai recebê-lo. No entanto, afirmou que dificilmente mudará de opinião sobre o caso.
De Nathalia Passarinho, do G1:
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta-feira (21) que a intervenção no Distrito Federal continua a ser necessária apesar das eleições indiretas que escolheram Rogério Rosso (PMDB) como o novo governador do DF.
Ao tomar posse nesta segunda (20), Rosso disse que iria procurar Gurgel e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para convencê-los de que a medida não seria mais necessária.
“Não fui procurado ainda. Se for, vou recebê-lo. Mas minha posição dificilmente vai mudar porque a intervenção independe da pessoa do governador mas sim do processo pelo qual ele foi escolhido”, afirmou, após cerimônia em homenagem aos 50 anos do Supremo Tribunal Federal.
“Não tenho nada contra a pessoa. A intervenção é um remédio amargo, mas é o único caminho diante da gravidade da situação”.
Segundo o procurador-geral, as eleições indiretas realizadas pela Câmara Legislativa do DF agravaram a situação de Brasília. “A eleição antes de apontar para a normalização, aponta para um agravamento. Dos 13 deputados que votaram em Rosso, oito são pessoas envolvidas no processo”, disse.
O Distrito Federal enfrenta uma crise política desde que a Polícia Federal deflagrou, em novembro de 2009, a Operação Caixa de Pandora.
A PF investiga um suposto esquema de distribuição de propina no governo distrital, envolvendo o primeiro escalão do Executivo local.
As denúncias levaram à prisão e afastamento, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) por tentativa de suborno de uma testemunha do caso em fevereiro.
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