O Distrito Federal (DF), às vésperas da comemoração dos 50 anos de Brasília, comemora as ações de moralidade tomadas pela justiça. Primeiro foi a operação Caixa de Pandora que mostrou as atitudes de corrupção existentes na cúpula da política distrital. Um dos resultados satisfatórios da operação foi a prisão de José Roberto Arruda e sua saída do poder executivo do DF. Agora a justiça volta seu olhar saneador para um político que, certamente, tem muitas histórias para contar. O personagem da hora é Joaquim Roriz.
Ontem o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) protocolou ação de improbidade administrativa contra Roriz. Com ele também foi citado o empresário Nenê Constantino. Os dois foram flagrados, no ano de 2007, em ligações telefônicas (veja quadro no canto superior esquerdo da página), que a justiça autorizou, pela polícia civil. Roriz, na época senador pelo PMDB, explicou publicamente que os R$ 270,000 emprestados de Constantino eram destinados para a compra de uma bezerra. A explicação não convenceu ninguém mas teve duas conseqüências: (1) a renúncia ao mandato de senador e (2) uma deliciosa marchinha de carrnaval entoava no carnaval de 2008 pelos participantes do bloco Pacotão.
O carnaval passou, as meia-verdades e a impunidade também. Agora o MPDFT impõe seriedade ao protocolar a improbidade para Roriz. Se condenado, ele terá a suspensão dos direitos políticos por um período de oito anos. Dessa forma, não poderá se candidato nas eleições para o governo distrital. Será o fim de uma era de duvidoso avanço político no DF? Que a justiça cumpra sua missão.
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