REDE COMUNITÁRIA DE COMUNICAÇÃO
ESCOLA DE EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA
RedeCCom AGÊNCIA ECCom
1. Apresentação
Rede Comunitária de Comunicação/Escola de Expressão e Comunicação Comunitária
A Rede Comunitária de Comunicação é uma iniciativa de mais de uma centena de produtores da cena do audiovisual de todo o país cuja característica mais marcante é a forte relação da sua produção com as necessidades e a agenda dos movimentos populares e das comunidades locais, vitimadas pelo apartheid da Informação e das Comunicações.
A Rede Comunitária de Comunicação, primeiro, organizou-se como Rede Comunitária de Produção Audiovisual dos Pontos de Cultura para prover conteúdos atuais e representativos da realidade brasileira, atendendo a execução do plano de trabalho do convênio assinado com o Ministério da Cultura no âmbito do Programa Cultura Viva, gerando programas para serem exibidos na programação da TV Nacional Canal 2 Brasília e da NBR, o canal do governo federal(Acordo de Cooperação Radiobrás/MinC). Um programa semanal integrou as grades destes canais por 12. Meses nos anos de 2006/2007, e nesse tempo foram exibidas 43 produções. A Rede atendeu a mais de 120 produtoras e a retirada desse programa da grade da TV Nacional e NBR, frustrou as expectativas colocadas nessa parceria importantíssima. A Rede, no entanto, continuou a dar passos no sentido de construir uma articulação sólida dos grupos produtores, respeitando a sua diversidade para que mantenham e aprofundem suas relações comunitárias, mas reforçando a sua integração com ações e projetos nacionais capazes de fortalecer e expandir a produção e a distribuição audiovisual autenticamente COMUNITÁRIA.
Um viés importante, que não pode ser secundarizado, foi garantir que essa produção autenticamente COMUNITÁRIA fosse realizada com recursos já existentes ou com recursos criados pelas próprias comunidades, garantindo às respectivas comunidades locais o controle político da sua informação, através do olhar "particular" dos produtores locais, e o controle econômico do resultado, através do emprego e da geração de recursos locais para sustentar essa produção. Há um compromisso político para transformar esse viés, que foi fruto do voluntarismo e da radicalidade precursores da constituição da Rede, num princípio observado estritamente pela Rede e pelas produtoras integrantes.
Na Rede, a criação da TV Pública despertou novas expectativas e há um entendimento de que a justificação política e o sentido ético dessa iniciativa, apresentada pelo governo como um marco da democratização da informação e das comunicações, dependem essencialmente da maneira pela qual a TV Pública recepcionará e apoiará a produção audiovisual COMUNITÁRIA e como dispensará solidariedade concreta ao segmento da Comunicação COMUNITÁRIA no debate estético e mercadológico acirrado pela própria emergência da TV Pública. A TV Pública espera-se vai acolher as escolhas estéticas distintivas da Comunicação COMUNITÁRIA e reservará o espaço de exibição necessário para torná-las compreensíveis para o seu público. Portanto, a Rede vê a TV Pública como um empreendimento pedagógico que amplie os horizontes estéticos e políticos dos produtores e do público que assiste essa produção.
Há, portanto, na Rede, mais do que expectativas difusas em relação à TV Pública. Há um querer concreto das produtoras participantes de produzir e de ver essa sua produção sendo apresentada com destaque na TV Pública. Para realizar esse "querer" a Rede está trabalhando para superar os problemas comuns ao segmento da Comunicação COMUNITÁRIA, originados na carência geral de recursos e nas decorrentes dependência e falta de autonomia relativamente a eventuais apoiadores que venham a suprir essas carências. Presentemente, o foco desse trabalho é ampliar e reforçar a qualidade técnica e melhorar as práticas de gestão das produtoras. O objetivo é fazer com que todas as produtoras da Rede alcancem padrões mínimos de qualidade técnica e adotem práticas de gestão uniformes. Essa padronização e uniformização é necessária porque a Rede, além do Convênio de Produção e Exibição com a TV Pública, cujo essencial já foi explanado, almeja usar, prioritariamente, programas federais para alcançar esses objetivos.
Com o objetivo de ampliar e reforçar a qualidade técnica das produtoras, a Rede Comunitária de Comunicação apresenta o seu Plano Nacional de Qualificação com a criação da Escola de Comunicação e Expressão Comunitária, elaborando projeto específico para atender editais de Programas Federais de qualificação e geração de emprego e renda, promovendo também interdisciplinaridade/transversalidade na integração de programas governamentais que tenham jovens como protagonistas.
O projeto é para formar jovens e adultos com carências culturais, sociais e econômicas, possibilitando sua profissionalização para as funções técnicas de COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA. A ênfase na adjetivação COMUNITÁRIA é necessária, pois a formação desse profissional pretende superar as carências que o marginalizam e a sua integração no segmento da Comunicação COMUNITÁRIA, que deverá construir seu desenvolvimento e ampliação com esses profissionais das próprias comunidades. Ainda que este seja um conceito importante para a Rede Comunitária de Comunicação, há antecedentes que justificam a sua adoção como critério, particularmente, para o projeto Escola de Comunicação e Expressão Comunitária.
A informática, as artes e os esportes têm sido apresentados, repetidamente, como as alternativas mais viáveis para a inclusão e a ascensão social do jovem. Nas artes, a produção audiovisual, com uma "indústria" de muita visibilidade, é destacada com essa mesma argumentação. Ocorre que esta argumentação é aceita como fato, tanto por planejadores como também pela população jovem. Os primeiros se aplicam em identificar "oportunidades" e criar programas para aproximar o jovem dessas "oportunidades", enquanto este dedica suas energias e gasta os recursos, com que poderia suprir outras necessidades, para ter acesso ao conhecimento e à informação, e para desenvolver e melhorar habilidades nessas áreas. Infelizmente, as "oportunidades" são escassas ou estão distantes do jovem, com escolaridade, formação profissional, informação cultural e situação social e econômica deficientes. Portanto, esse jovem é uma vítima, pois é, continuamente, traído nas suas expectativas. Está em tempo de começar a reverter este quadro.
O projeto prevê a formação técnica de jovens e adultos das comunidades pertencentes aos Territórios Dos Povos do Cerrado, escolhidas em função do potencial para o empreendedorismo em comunicação comunitária. A Rede apresentará essas escolhas fundamentadas com informações de cada uma das comunidades, colhidas nos seminários presenciais de diagnóstico. A quantidade de jovens e adultos que serão formados em cada comunidade será uma função determinada pelos compromissos de integração desses profissionais nas respectivas unidades comunitárias produtoras de comunicação locais. Como as unidades produtoras integrantes da Rede apresentam grande diversidade de constituição jurídica, organização administrativa e relações de produção e comerciais, a integração desses profissionais será em conformidade com essas características particulares, mas haverá compromissos claros, quantificados, mas obviamente condicionados à expansão do mercado das respectivas produtoras. Essa hipótese não é irrealista, porque a Rede também trabalha com as outras dimensões da questão e, relativamente ao mercado, citou anteriormente uma parceria com a TV Pública, o Convênio de Produção e Exibição com a TV Pública.
O principal objetivo deste projeto é criar Unidades Comunitárias de Comunicação nos Territórios Dos Povos do Cerrado, para a realização de peças audiovisuais[1], onde o processo de criação reflita uma conscientização do meio audiovisual em todas as suas formas de apresentação (vídeo, TV, cinema, internet).
Durante o período do projeto propomos o treinamento e qualificação de jovens e adultos em diversas funções complementares da cadeia produtiva que estrutura a produção dessas peças audiovisuais. A introdução desses jovens/adultos no mercado de trabalho tende a fazer deles multiplicadores da experiência que se propõe ocorra em paralelo às ações de qualificação profissional.
As Unidades Comunitárias de Comunicação serão centros de produção local e regional estruturadas em Pontos de Cultura, atuando como pólos de formação para e pelas linguagens da Comunicação Comunitária(Audiovisual, Rádio,Redes Sociais, etc.) e como correspondentes da Central da Rede Comunitária de Comunicação. Apresentadas as características, meandros e potencialidades destas linguagens, estabelece-se junto ao usuário uma forma de contato dele para o mundo, dele para a comunidade e da comunidade através dele.
No caso da produção audiovisual, sua cadeia produtiva tem um espectro de sub-funções que encontra abrigo em diversos setores da sociedade, ou não seria uma assistente de figurino, alguém que especializou sua capacidade como costureira? Ou um assistente de cenografia alguém que se iniciou nas habilidades de marcenaria e eletricidade?
A realidade das funções de entrada no mercado do audiovisual é mais próxima da realidade possível de uma população economicamente desprivilegiada do que o pretenso glamour hollywoodiano.
Pretende-se também, fornecer um instrumental que permita ao público alvo contar suas histórias, expressar sua visão do mundo, na perspectiva da comunidade. A expressão dessas realidades apresentadas na forma de produção audiovisual integra os indivíduos na sociedade, seja pela simples comunicação de massa; resultado primário da exposição dessa produção,seja na capacitação do indivíduo para os diversos elementos que compõe o espectro dessa forma de produção.
Comunicação é a palavra chave do século XXI. Sociedades cada vez mais midiáticas precisam verticalizar suas ações sociais para integrar seus cidadãos. A comunicação com função social adquire uma importância insubstituível para se atingir esses pressupostos impositivos da contemporaneidade, com a colaboração para a formação de uma esfera pública de idéias e informações capazes de contribuir para a consolidação de uma sociedade democrática, republicana, livre, igualitária e moderna.
O público alvo para implantação desse projeto constitui-se de jovens e adultos das comunidades dos territórios onde se situam os Pontos de Cultura. De forma articulada é focado na essência cidadã destas comunidades abordadas e atendidas. A valorização dos indivíduos, sua qualificação em um espectro de ocupações tão vasto como o que envolve a produção audiovisual pode envolver muito mais do que o universo de participantes propostos para o programa. A ação reflete-se nas famílias e até mesmo na amplitude do Território, que invariavelmente será cenário de partida para a prática e efetiva produção. Ler o Território que é cenário dessas vidas é discuti-lo, valorizá-lo e propor ações de mudança e melhoria.
A Comunidade é um agrupamento social ativo e compromissado, ainda que necessitado de orientação de fundo social e humanista para desenvolvimento de possibilidades para seus moradores. Falta uma inclusão social responsável, e assim, e com ela a geração de desenvolvimento e qualidade de vida com a possibilidade de inserção no mercado de trabalho. A consolidação de ações entre sociedade civil, terceiro setor e setor público resultam em reivindicações pertinentes à realidade da população local, em busca de soluções de sustentabilidade para suas próprias vidas.
As Unidades Comunitárias de Comunicação aqui propostas serão um veículo desse processo de mudança de destino, de assertividade de sua presença social como comunidade, valorizando a essência humana, a história do individuo que compõe a história da comunidade que faz a história do território e a história de todos nós.
As comunidades dos Povos onde se inserem os Pontos de Cultura, como Territórios da Paz e da Cidadania, querem contar suas histórias, isso enquanto escrevem uma nova em tempo real. No cerne dos agrupamentos sociais que habitam tais territórios, estão jovens, em idade escolar, com avidez de desenvolvimento, mas sem formação específica, ou mesmo consciência de seu potencial nessa área de expressão (audiovisual) que podem produzir um documento social e politicamente relevante de suas realidades, e no processo adquirir habilidades e orientação técnica que efetivem sua inserção em um mercado de trabalho em franca expansão, e, graças ao relativo barateamento dos recursos mínimos para produção de peças audiovisuais, mais acessível do que nunca àqueles com espírito empreendedor.
O audiovisual em sua forma mais popular, a Televisão, guarda em sua relação com a população um elemento mítico, que a distancia nessa aura de mistério tecnológico. O apelido “Fábrica de Sonhos”, dado a Hollywood das décadas de 1940 e 1950, é hoje aplicado à TV Brasileira com a produção de novelas, em uma evoluída concepção melodramática, representando essa relação de constante interação entre a população e seus desejos. Há controvérsias se é a TV que inspira o sonho de sua audiência ou se a audiência reflete seus sonhos na tela do televisor. Qualquer que seja a verdade dessa questão é inegável a relação simbiótica entre as partes. Curiosamente, a relação técnica com a configuração desta “máquina de sonhos” é de total alienação. Como um grande mágico, a máquina televisiva não revela a todos, seus truques.
É preciso trazer para essas comunidades, a real possibilidade de fazer sua própria história.
A busca de inserção dessas comunidades e, antes de tudo, de seus membros como cidadãos, seres políticos conscientes e não exclusivamente como técnicos do setor audiovisual[2], passa pela sustentação da auto-estima destes indivíduos e pela conscientização através da prática da existência de outros caminhos para a realização dos seus sonhos. Junto a essa formação de consciência social proposta quer-se possibilitar a reivindicação ordenada e politicamente correta de serviços que possa suprir as necessidades identificadas e documentadas através das realizações da Unidade Comunitária de Comunicação.
2. Justificativa
O projeto pega o trem da produção audiovisual para abordar em seus diversos vagões os elementos que compõe esse cenário socialmente insalubre, dando condições a essas famílias para a descoberta de uma estrutura, um caminho que as coloquem dentro do padrão básico estabelecido pelo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. Dessa forma conseguir-se-ia resgatá-los em sua cidadania, inaugurando uma nova fase em suas vidas.
O papel da Unidade Comunitária de Comunicação é de, primariamente, capacitar jovens em diversas funções que servem de porta de entrada na cadeia produtiva do audiovisual.
As diversas oficinas que constituem o projeto (19 ao todo, entre gerais e específicas) devem qualificar operadores de câmera, operadores de áudio, operadores de luz e Elétrica, fotógrafos, assistentes de figurino, técnicos de cabelo e maquiagem, cenotécnicos, bem como profissionais de edição com habilidades para edição computadorizada.
Como já mencionado na introdução, tais funções, embora caracterizadas no programa como dedicadas à produção audiovisual, encontram lugar tanto em sua carreira individual (fotógrafo, operador de câmera, cabeleireira, etc), como em ocupações correlatas que fazem uso das habilidades aqui direcionadas ao audiovisual (profissional com conhecimento de softwares gráficos, pessoal com habilidade na produção de eventos, etc).
A escolha de uma Unidade Comunitária de Comunicação para a ação em cada comunidade justifica-se no alcance dessa qualificação proposta. Quer-se a solidificação de um centro de produção que ao término do período do projeto passe as mãos da comunidade e a ela sirva como canal de divulgação, reivindicação, crescimento cultural e valorização da própria comunidade, mas em paralelo, ferramenta para inserção do jovem morador em um mercado de trabalho especializado e ainda carente de profissionais em nível de entrada (técnico de apoio) com conhecimento do setor e potencial de crescimento.
A inclusão programática de uma visão empreendedora pretende promover a associação desses jovens, a se iniciar na formação de equipes de trabalho dentro projeto e incentivada e assessorada na segunda fase de sua condução. O objetivo é de promover, dentro desse cenário comunitário, ações de empreendedorismo que reafirmem uma alteração de percepção e atitudes em relação às formas tradicionais de emprego e dos meios disponíveis para a geração de renda e a auto-sustentabilidade.
O jovem brasileiro em especial é naturalmente empreendedor e o estabelecimento de diretrizes que possam apoiá-los no desenvolvimento de suas vocações e aptidões, qualificando-os e impregnando neles uma nova cultura empreendedora, capaz de gerar riquezas materiais e sociais, pode representar a diferença de escolhas em suas vidas.
Esse projeto quer ser um caminho para que o jovem tenha papel central na definição de seu futuro. Com base no conceito de protagonismo juvenil, o projeto deve buscar a qualificação para o trabalho, para o saber empreender e o desenvolvimento integral do jovem na busca de formas sustentáveis de geração de renda, resultando na melhoria da qualidade de vida comunidade em que está inserido.
3. Objetivo Geral
Dentro de uma visão ampla em que se quer também abrir perspectivas educacionais, orientando os jovens quanto ao caminho acadêmico possível dependendo da função e solução escolhida para uso do ferramental de produção audiovisual[3], o objetivo geral do projeto é incluir socialmente jovens, de duas maneiras distintas:
1. Pela capacitação em funções específicas, pertinentes ao espectro de produção audiovisual, o que leva a uma absorção pelo mercado audiovisual, carente deste tipo de profissional de apoio ou em mercado correlato às funções a que o jovem se qualifica; e
2. Pela estruturação, organização e desenvolvimento de ações de incentivo ao empreendedorismo que levem a produção independente a partir do trabalho coletivo das equipes estruturadas no programa do projeto.
A capacitação dos jovens das áreas em questão, para a produção digital, através da formação de equipes de produção, devidamente qualificadas, propicia aos participantes, além do desenvolvimento de habilidades em diversas capacidades componentes do processo de produção para todas as mídias: TV, cinema e internet, uma poderosa ferramenta de interação com a comunidade e de inclusão indireta de pessoas que orbitam o sistema do participante.
No anexo I, ao fim deste projeto, acrescentamos uma compilação de todas as funções do espectro cinematográfico, afim e compreensíveis também no espetro audiovisual como um todo. Neste projeto, específico em sua primeira onda de aplicação[4].
As Funções que este projeto aborda e para as quais foram desenvolvidas oficinas específicas são, a saber:
- Assistência de Direção
- Operador de Câmera
- Operador de Áudio
- Operador de Luz e Elétrica
- Fotografia
- Produção
- Figurino
- Cabelo e Maquiagem
- Cenografia (cenotécnico)
- Edição
- Finalização e Computação Gráfica
- Criação de Roteiro
4. Objetivos Específicos
Os objetivos específicos abaixo são relacionados aos diversos elementos que se pretende trabalhar e cujas transformações individuais contribuirão para a alteração global da situação enfrentada. Estão necessariamente articulados ao Objetivo Geral.
4.1 Quadro Geral de Objetivos:
Objetivo Específico |
Resultados Esperados |
Atividades a serem implementadas | |
Qualitativos | Quantitativos | ||
1. Qualificação do jovem para o mercado de trabalho, nas diversas funções do espectro audiovisual. | Capacitação técnica satisfatória em nível que atenda esse segmento. | 80% da massa de jovens do programa certificados nas funções específicas a que foram treinados. | Oficinas específicas, aulas teóricas, prática intensiva de produção para vídeo, TV e web. |
2. Inserir o jovem no mercado de trabalho desse segmento, seja em funções individuais ou na produção coletiva, dando a eles a visão de alternativas de acesso em diferentes fases do processo de elaboração de peças audiovisuais. | Produção de peças audiovisuais autônomas com produção de grupo empreendedor de alunos e/ou participação efetiva de membros do grupo discente em produções de empresas estabelecidas no mercado. Satisfação manifesta de alunos empregados em funções afins com sua nova qualificação | Inserir pelo menos 30% dos jovens atendidos no projeto no mercado de trabalho, ou abertura de empreendimento formal, buscando o maior aproveitamento possível, dentro do conteúdo e do processo proposto. | Curso de empreendedorismo e economia solidária. Acompanhamento e assessoria na busca e realização dos vínculos empregatícios. |
1. Implementar a consciência da realidade social em que vivem e valorizar a história individual e coletiva dos participantes. | Participação da comunidade, manifestada em ações de órgãos representativos da comunidade (associações).
| Quantificação crescente da participação de moradores em ações do grupo produtor de peças audiovisuais. | Atuação de assistentes sociais em trabalho junto às famílias dos participantes. Envolvimento da comunidade na fase de pesquisa para elaboração de roteiros. |
2. Promover a integração da população em torno de elaboração de peças que falem de e para a comunidade, refletindo suas realizações e demandas, e com isso dar subsídio à melhoria do nível cultural da população local. | Participação da comunidade, manifestada em ações de órgãos representativos da comunidade (associações). Orgulho da história individual. | Realização da taxa de empregabilidade. Melhoria nos indicadores sociais da comunidade em termos de renda, violência, estudo. | Trabalho contínuo de inserção da comunidade nas ações didáticas do centro, incluindo-a como tema, fonte de histórias para roteirização e, ao mesmo tempo, divulgar junto dela todos os produtos do centro audiovisual. |
3. Possibilitar aos participantes mecanismos para que comecem seu próprio negócio. | Sucesso na empregabilidade do grupo discente em funções representativas do processo de produção audiovisual | Controle da porcentagem de alunos que efetivamente optaram pelo auto-empreendedorismo. | Efetivar apoio junto a parceiros para absorção de participantes e assessorar grupos que optarem pelo desenvolvimento autônomo. |
4. Estruturar equipes para gerenciar adequadamente projetos audiovisuais e fortalecer a auto-estima ao proporcionar acesso à informação global e formação educacional. | Formação de equipes de produção com representantes de cada setor. | Quantificar a produção de peças e as equipes formadas como resultado da aplicação das oficinas de instrução geral e específicas. | Aplicação das oficinas teóricas e práticas de cunho geral e específico. |
4.2 Comentários sobre as áreas específicas de desenvolvimento:
à Roteirização (criação de Roteiro): Capacidade narrativa para produção de textos (roteiros), que nada mais são do que a estruturação de uma idéia ou história em forma de projeto escrito para captura de imagens, posterior edição e finalização para confecção da peça audiovisual.
à Pré-produção: Toda a gama de serviços de apoio a captura de imagens e também composição de cenografia para a realização do audiovisual. Vai de serviços de carpintaria, eletricidade (cenografia) e costura (figurino) a iluminação, administração de direitos de imagem, logística de apoio a gravação e alimentação.
àProdução: Capacidade de administrar o processo de execução da obra audiovisual, suprindo os elementos necessários para o andamento do plano de gravação. Atividades vão desde o orçamento e locação de equipamentos, passando pela organização das gravações e eventos, coordenação com os demais membros da equipe e supervisão da desprodução e pós-produção.
Quer-se preparar o jovem para as diversas funções da equipe de produção, como produtor de platô, secretário de produção, produtor de elenco e assistente de produção.
à Direção: Capacidade de gerenciar a tradução em imagens do texto do roteiro com todos os seus requisitos. Sob o tema Direção está o aprendizado de operação de câmaras, a escolha das lentes, e o entendimento de sua influência nas características do material captado, as opções de enquadramento, de foco e de movimentos de câmera, etc.
à Direção de arte (figurino, cenografia): Práticas de confecção de roupas e cenários (projeto e execução) com formação assessoria em oficinas onde são apresentados instrumentos, técnicas e linguagens do setor de cenografia de cinema, TV e vídeo. O participante capacita-se a funções como de cenotécnico, assistente, maqueteiro, aderecista, técnico de palco, técnico de TV ou de cinema em cenografia.
à Direção de fotografia (iluminação): Busca desenvolver um olhar sensível e crítico do aluno em relação à iluminação de um set de filmagem. O jovem conhece as ferramentas técnicas e estéticas para criar efeitos, valorizar o cenário e os elementos de cada cena.
Além das técnicas de iluminação, exercita conhecimentos fundamentais de elétrica, sendo habilitado a gerenciar os elementos periféricos relacionados à luz e sua função essencial na composição de imagens.
à Pós-produção: Apoio no processo que se aplica após a captura das imagens para execução do audiovisual, incluindo todos os elementos requeridos para uma edição e finalização bem sucedidas.
à Edição: Ensina o aluno a operar switcher de vídeo, remote, mixer de áudio e demais hardwares para edição e sincronização. Além disso, também o capacita a usar softwares de edição (Adobe Premiére, Final Cut, entre outros).
O jovem analisa e seleciona materiais diversos para organizá-los segundo a orientação de um roteiro; identifica os princípios de funcionamento dos equipamentos de captação de som e vídeo para avaliar a qualidade do produto; e interpreta roteiros e scripts para estabelecer cortes de forma a garantir o entendimento completo da mensagem. A intenção é capacitar o jovem a trabalhar como operador e editor de VTs e assistente de edição.
à Finalização: Aqui o jovem toma contato com conceitos tradicionais de design no que diz respeito à organização plástica do campo visual para que o aluno desenvolva trabalhos para a área audiovisual.
Apresentam-se os softwares Photoshop, Illustrator e After Effects e capacita-se o jovem nas diversas especialidades da computação gráfica para o mercado audiovisual e de impressão, como efeitos visuais, design de gráficos em movimento, ilustração digital, tratamento de imagem e design de conteúdo tridimensional.
A formação de técnicos específicos, segundo a tendência e facilidade para esta ou aquela função, enquanto trabalhando a produção coletiva tematizada pela leitura consciente da realidade do ambiente em que vivem deve muni-los de instrumentos que, mesmo em ocupações vicinais do espectro audiovisual, possibilitem geração de renda aos agentes envolvidos.
Cada um dos elementos da cadeia de suprimento de uma produção audiovisual envolve diversas funções em que o treinamento específico, em si só, constitui capacitação técnica aplicável em diferentes contextos. Carpinteiro, eletricista, fotógrafo, costureira especializada, diagramador, editor gráfico, operador de áudio, operador de câmera, cenógrafo – tratam-se de funções que podem evoluir para universos externos ao do audiovisual.
O grupo em formação à medida em que produz suas peças audiovisuais em sua interação com a comunidade em que se insere, vai atender primeiramente uma demanda local, em nível municipal. Posteriormente, no trabalho de acompanhamento e desenvolvimento de relações com instituições de ensino e de ação social, haverá expansão para regiões que manifestem a carência desse tipo de produção, sempre voltada a relatar o momento político-social da comunidade abordada.
Além das disciplinas específicas quer-se estruturar um curso que siga em paralelo com todo o projeto, com disciplinas de estruturação teórica, também na forma de palestras e oficinas.
5. Público Alvo
Jovens e adultos residentes nos Territórios dos Povos do Cerrado, que freqüentarão as oficinas presenciais e à distância da Escola de Comunicação e Expressão Comunitária- Rede Comunitária de Comunicação. Tais participantes serão encaminhados nas diversas funções do espectro de produção audiovisual, de produção de rádio, eventos e redes sociais Web, seja em funções individuais, seja como grupo que, com apoio de parcerias com instituições, canais comunitários e outras associações locais, passa a gerar uma produção local independente. As próprias Unidades Comunitárias de Comunicação devem absorver a mão de obra formada, colocando participantes de destaque na função de monitores e multiplicadores de conhecimento.
6. Metodologia
Formato 1- Oficinas Presenciais
Durante as oficinas presenciais serão produzidas edições do programa de TV “REDE COMUNITÁRIA” com 26 minutos de duração cada. O programa será dividido em edições temáticas. Os temas serão definidos pelo conteúdo das disciplinas teóricas da qualificação básica. Assim, a disciplina Cidadania, por exemplo, terá seu conteúdo desenvolvido dentro do programa televisivo, como tema central de uma edição. Já os conteúdos específicos da área de produção cultural – audiovisual, serão desenvolvidos na prática durante a produção dos programas.
Os professores/instrutores do tronco de disciplinas específicas de conteúdo audiovisual, todos profissionais da área, se posicionarão como chefes de equipe que orientarão os alunos, seus assistentes, a auxiliá-los nas tarefas referentes a sua área de atuação.
A esse formato, será necessário iniciar o curso com noções teóricas próprias da produção audiovisual fundamentais para um conhecimento prévio do trabalho em equipe que será realizado. Essa será a primeira etapa do curso que terá duração de duas semanas. Aqui, aulas expositivas de introdução ao audiovisual serão realizadas no próprio ambiente de produção montado na comunidade. Nessa primeira etapa os alunos optarão pela função que exercerão na produção, uma das áreas de especialização.
A terceira semana de curso inaugura a produção da primeira edição temática do programa de TV que se estenderá até a sexta semana de curso. Chamaremos a fase de produção dos programas de segunda etapa do curso. Teremos quatro blocos de produção / formação nesta etapa. Cada bloco da segunda etapa se organizará da seguinte forma:
2 semanas de pré-produção
1 semana de produção
1 semana de edição e finalização
No final da quarta semana de produção os alunos serão premiados com a exibição pela TV Pública e na internet da edição do programa recém finalizado.
Como haverá quatro blocos dessa segunda etapa do curso, nas quais serão produzidas edições do programa televisivo, os alunos terão oportunidade de mudar de função de uma edição para outra. Assim, aqueles que não se adaptarem ou não se identificarem com a função exercida durante a produção da primeira edição, junto com a orientação de seu professor/chefe de equipe, terão uma chance de escolher uma área de formação de sua preferência.
As duas últimas semanas do curso serão reservadas às disciplinas de empreendedorismo, formação de cooperativas, elaboração de currículos multimídia e distribuição e mercado. Essas disciplinas demandam uma experiência prévia da realidade da produção audiovisual para que façam sentido. Aqui, os alunos participarão diretamente do processo de sua inserção profissional.
Conteúdo Programático:
200 horas: Disciplinas Teóricas de Formação Básica
Valores Humanos
Ética e Cidadania
Educação Ambiental
Saúde
Qualidade de Vida
Apoio a elevação da escolaridade
Inclusão Digital
1ª ETAPA:
Algumas dessas disciplinas, compondo 30 horas de formação, serão oferecidas durante as duas primeiras semanas de curso, na chamada 1ª ETAPA, quando os conceitos éticos e de cidadania que norteiam o trabalho de equipe e o trabalho de televisão deverão ser apresentados aos alunos.
2ª ETAPA:
Outras dessas disciplinas, compondo 160 horas dedicadas a essa formação teórica básica deverão ser preenchidas ao longo da segunda etapa do curso, compondo o conteúdo temático dos programas. Dessa forma o conteúdo, em vez de ser ministrado em sala de aula por professores, será pesquisado pelos próprios alunos que o debaterão, entrevistarão especialistas de áreas, enfim, construirão seu próprio conhecimento enquanto constroem seu programa de TV.
3ª ETAPA:
As 10 horas restantes, referentes às disciplinas teóricas de formação básica, serão reservadas para as duas últimas semanas de aula. É fundamental que disciplinas voltadas para a avaliação do processo de trabalho e da cidadania sejam ministradas no final do curso, quando os alunos já tiverem uma experiência prática do processo.
200 horas de conteúdo específico
Essas 200 horas de conteúdo específico se dividirão da seguinte forma:
1ª ETAPA:
10 horas nas duas primeiras semanas de aula serão dedicadas a disciplinas teóricas preparatórias para o trabalho de produção audiovisual.
Serão elas:
1. História do Cinema e da televisão I (introdução ao Audiovisual) 5 horas/aula – 150 alunos
2. Roteiro e Reportagem (a substância da produção cinematográfica)5 horas/aula 150 alunos
2ª ETAPA:
160 horas serão reservadas às disciplinas específicas que serão desenvolvidas na prática da produção do programa de TV “REDE COMUNITÁRIA”.
Aqui os alunos serão divididos em turmas/equipes específicas de aprendizado. Como estarão todos produzindo o mesmo programa temático, apesar de desenvolverem funções específicas distintas, terão todos o mesmo tema central das disciplinas teóricas básicas.
As equipes se dividirão da seguinte forma:
- Assistência de Direção
- Operador de Câmera e Fotografia
- Operador de Áudio
- Elétrica e Maquinária
- Produção e Produção executiva
- Figurino
- Cabelo e Maquiagem
- Cenografia (cenotécnico)
- Edição Web design e Animação
- Criação de Roteiro
3ª ETAPA:
1 Empreendedorismo/Economia solidária
2 Imagem Pessoal / Elaboração de um currículo multimidia
3 Produção Executiva (administração financeira e gerenciamento de job)
6.1 Pré-Seleção dos participantes
Os participantes do projeto devem se submeter a uma avaliação e entrevista para qualificação de suas habilidades de expressão e conformidade com a proposta do projeto. As oficinas que compõe a estrutura do projeto são divididas em parte teórica de conhecimento geral e parte específica. Os alunos pré-selecionados, durante as duas primeiras semanas de curso, serão direcionados às disciplinas/funções práticas de acordo com seus interesses e habilidades apreendidos durante as primeiras duas semanas de aulas teórica.
Aplicação das oficinas:
Após serem direcionados às disciplinas/funções específicas, de acordo com suas habilidades e interesses apreendidos após as duas primeiras semanas teóricas referente à 1ª ETAPA quando serão realizados debates em aula e os alunos estarão respondendo a questionários, cada interessado vai ocupar uma vaga de intenção específica.
Na 2ª ETAPA, aquele que optar por figurino durante a produção da primeira edição do programa, não fará parte, aqui, da equipe de operação de câmera, porém, da primeira para a segunda edição do programa, poderá haver uma adequação de interesses e troca de funções.
Na 3ª ETAPA, os alunos serão divididos em 3 grupos de 10 alunos para as disciplinas gerais de finalização do curso.
Oficinas teóricas:
A assiduidade deverá ser superior a 80%, como requisito para obtenção do certificado de conclusão do curso e para inclusão nos grupos que venham a ser formados.
O projeto prevê a substituição de participantes e/ou remanejamento interno até o segundo mês de sua implantação.
10. Mapa de Ação, objetivos específicos e quantificação de resultados
Empreendedorismo /Economia solidária | ||||
Imagem Pessoal | ||||
Planejamento de Mídia |
Produção Executiva (administração financeira e gerenciamento do Job) | ||||
História do Cinema I (introdução ao Audiovisual) | ||||
História do Cinema II (Prática, movimentos de câmera, gêneros...) | ||||
“Pré-roteiro” | ||||
OFICINAS ESPECÍFICAS | ||||
Assistência de Direção | ||||
Operador de Câmera | ||||
Operador de Áudio | ||||
Operador de Luz e Elétrica |
Fotografia | ||||
Produção | ||||
Figurino | ||||
Cabelo e Maquiagem | ||||
Cenografia (cenotécnico) | ||||
Edição | ||||
Finalização e Computação Gráfica | ||||
Criação de Roteiro |
7. Inserção de Participantes
8. Trabalhos Comunitários
9. Compromisso Futuro
O monitoramento será realizado pelo Conselho Gestor do Projeto, formado por representantes indicados pelas instituições parceiras, acompanhando e avaliando processualmente o cumprimento das ações de qualificação, formalização do empreendimento e de inserção dos jovens, mantendo cadastro individualizado dos beneficiários, bem como listas de presença que comprovem a freqüência dos jovens nos cursos realizados.
Cabe a Coordenação Geral do Projeto o envio, aos concedentes de recursos por convênio, dos instrumentos de monitoramento e de avaliação previamente definidos, contendo relatórios mensais, parciais e finais, para avaliação. A Coordenação fica incumbida ainda de fornecer o acesso às informações referentes às ações executadas, sempre que solicitadas.
10. Mapa de Ação, objetivos específicos e quantificação de resultados
Empreendedorismo /Economia solidária | ||||
Imagem Pessoal | ||||
Planejamento de Mídia |
Produção Executiva (administração financeira e gerenciamento do Job) | ||||
História do Cinema I (introdução ao Audiovisual) | ||||
História do Cinema II (Prática, movimentos de câmera, gêneros...) | ||||
“Pré-roteiro” | ||||
OFICINAS ESPECÍFICAS | ||||
Assistência de Direção | ||||
Operador de Câmera | ||||
Operador de Áudio | ||||
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Fotografia | ||||
Produção | ||||
Figurino | ||||
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Cenografia (cenotécnico) | ||||
Edição | ||||
Finalização e Computação Gráfica | ||||
Criação de Roteiro |
11. Aplicação e Sustentabilidade
A sustentabilidade passa por um mapeamento das dificuldades ao longo da implantação e condução do projeto. É importante que se registre diariamente os resultados de andamento das ações. O ineditismo do projeto traz consigo riscos e situações que se não resolvidas de imediato podem comprometer os resultados.
11.1 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DAS AÇÕES
11.1.1 O monitoramento será realizado pelas entidades da Rede Comunitária de Comunicação, acompanhando e avaliando processualmente o cumprimento das ações de qualificação, formalização do empreendimento e de inserção dos jovens, mantendo cadastro individualizado dos beneficiários, bem como listas de presença que comprovem a freqüência dos jovens nos cursos realizados.
11.1.2 Cabe às entidades participantes da rede o envio, à Coordenação Geral do Projeto, dos instrumentos de monitoramento e de avaliação previamente definidos, contendo relatórios mensais, parciais e finais, para avaliação por parte da mesma. As entidades ficam incumbidas ainda de fornecer o acesso às informações referentes às ações executadas, sempre que solicitadas.
11.1.3 Monitoramento, nos moldes de Incubadora de Empresas, por Equipe Técnica e Conselho Gestor eleito pelos jovens da comunidade e representantes da entidade ao longo de aproximadamente 12 meses; período que se acredita adequado para independência do negócio e pressupõe-se que os jovens inseridos no mercado de trabalho contarão com posição mais estável nos postos em que ocupam.
11.2 MARKETING DO PROJETO
11.2.1 Divulgação da Unidade Comunitária de Produção Audiovisual na comunidade, através de palestras junto a órgãos de representação local e discussões promovidas pelos organizadores da Unidade em conjunto com os primeiros participantes do projeto e convidados da indústria do audiovisual;
11.2.2 Articulação das entidades públicas e privadas para a oferta de oportunidades de especialização, cursos e emprego aos participantes quando da conclusão do curso;
11.3 PARCERIAS
11.3.1 Parceria junto a Rede Pública de Televisão, TV Brasil, UnB TV, Canais Comunitários, TV SESC, TVs Universitárias – Legislativas, Judiciárias entre outras) para absorção e divulgação do material produzido e inserção na grade de programação.
11.3.2 Identificação e aglutinação dos jovens empreendedores;
11.4 CAPACITAÇÃO:
Aplicada em níveis diferentes de orientação, e segundo as fases e categorias de desenvolvimento de um projeto de audiovisual.
As três grandes fases são:
11.4.1 A elaboração da história (argumento, roteiro, e escolha de formatação da peça);
11.4.2 Pré-produção e Produção (casting, fotografia, iluminação, operador de câmera), Operador de áudio, Direção de arte (figurino, cenografia), Direção;
11.4.3 Pós-produção (digitalização, edição, finalização, efeitos, trilha).
A freqüência mínima exigida nas ações de qualificação do empreendedorismo é de 75%, seguindo o critério do Plano Nacional de Qualificação (PNQ).
Para efeitos de cumprimento da meta de qualificação, será aceita a taxa de evasão de 10%, conforme estabelece o PNQ. A substituição de aprendizes que porventura deixarem de freqüentar os cursos somente poderá ser efetivada, no máximo, até a execução de 25% das ações de qualificação.
11.5 Orientações adicionais complementares à produção de audiovisual
desde noções simples do processo associativo até a gestão empresarial, envolvendo orientações jurídicas, contratuais, entre outras;
11.5.1 Iniciar ao longo do processo de produção de peças a constituição de Associações ou Cooperativas, após a realização do primeiro conjunto de produções, para viabilizar novas ações e realizações independentes;
11.5.2 As produções iniciais serão veiculadas na Web, onde um diário de implantação do projeto será desenvolvido com atualizações quinzenais. Uma vez terminada o primeiro conjunto de produções o site do projeto passa a ter um caráter de divulgação para desenvolvimento de novas parcerias e interação com o grupo de criação;
11.5.3 Monitoramento do processo através de equipe técnica designada;
11.5.4 Consolidação do processo associativo com a implantação do negócio.
12. Avaliação dos Resultados
Propõe-se uma avaliação contínua, através do Conselho Gestor da Rede Comunitária de Comunicação. Tal Conselho prevê a presença de representantes das entidades e caso haja necessidade, um representante de órgão concedente de recursos por convênio, O Conselho, em reuniões periódicas agendadas em sintonia com a apresentação de resultados (peças audiovisuais que são produtos da RedeCCom) deve avaliar o impacto do treinamento e o aproveitamento das ações empreendedoras junto à sociedade. A avaliação da porcentagem de absorção dos profissionais pela indústria e a conseqüente geração de renda para a comunidade também são avaliadas na oportunidade.
Relatórios de monitoramento serão gerados para acompanhamento das ações propostas e registro de recomendações de possíveis correções no andamento de ações. A avaliação da eficácia servirá para ampliação dos cursos e projetos com base em Incubadoras Populares de outros segmentos, possibilitando trabalho não só com o jovem, mas também junto aos seus familiares.
13. Metas (quadro geral)
16. Cronograma de Execução
AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS | Mês 01 | Mês 02 | Mês 03 | Mês 04 | Mês 05 | Mês 06 | Mês 07 | Mês 08 | Mês 09 | Mês 10 | Mês 11 | Mês 12 | Mês 13 |
Diagnóstico Sócio Econômico | | | | | | | | | | | | | |
Divulgação junto à comunidade | | | | | | | | | | | | | |
Pré-Seleção dos Jovens | | | | | | | | | | | | | |
Cadastramento dos Jovens | | | | | | | | | | | | | |
Articulação c/ entidades pública e privada | | | | | | | | | | | | | |
Estabelecimento de Parcerias | | | | | | | | | | | | | |
Reuniões Comunitárias | | | | | | | | | | | | | |
Seminários de Sensibilização | | | | | | | | | | | | | |
Formação de Equipe | | | | | | | | | | | | | |
Adequação do Espaço | | | | | | | | | | | | | |
Capacitação dos Educadores | | | | | | | | | | | | | |
Aprovação do Conteúdo Programático | | | | | | | | | | | | | |
Inicio das Aulas | | | | | | | | | | | | | |
Remanejamento possível de jovens |
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Aula Inaugural | | | | | | | | | | | | | |
Aulas Teóricas Gerais | | | | | | | | | | | | | |
Aulas Específicas | | | | | | | | | | | | | |
Inicio da Prática na área de | | | | | | | | | | | | | |
Definição de Roteiros para as Peças a serem produzidas |
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Início da Produção Gravações |
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Primeiro conjunto de Peças Audiovisuais |
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Apresentações em Eventos | | | | | | | | | | | | | |
Lançamento do Site | | | | | | | | | | | | | |
Divulgação de peças via site |
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Consolidação de Parcerias | | | | | | | | | | | | | |
Cerimônia de Graduação | | | | | | | | | | | | | |
Revisão do Projeto | | | | | | | | | | | | | |
Lançamento do Projeto para o próximo período | | | | | | | | | | | | | |
17. AGÊNCIA ESCOLA
APRESENTAÇÃO
Como atividade permanente, a Escola de Expressão e Comunicação Comunitária manterá a sua agência/produtora para o desenvolvimento de produtos próprios e outros contratados no mercado para desenvolvimento em regime de ensino/aprendizagem. Assim, como produto de aprendizagem prática das oficinas de produção audiovisual do projeto REDE COMUNITÁRIA DE COMUNICAÇÃO/ESCOLA DE EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA, será realizado o programa de TV “REDE COMUNITÁRIA”, uma estratégia que objetiva divulgar as ações das comunidades/Territórios, onde estão inseridas as Unidades Comunitárias de Comunicação, além de iniciativas de empreendedorismo comunitário identificadas e desenvolvidas no âmbito dos programas governamentais, capacitando jovens e adultos para atividades de produção audiovisual e gerando como produto programas de TV para veiculação em espaços na programação das emissoras da EBC, UnB TV e demais canais da Rede Pública de Televisão e Canais Comunitários.
OBJETIVOS:
Desenvolver atividades de comunicação comunitária (TV, Rádio, Site, Assessoria de Comunicação), mantendo a editoria do programa semanal de TV REDE COMUNITÁRIA, como prática de aprendizagem das oficinas de capacitação em produção audiovisual.
Promover interdisciplinaridade/transversalidade na integração de programas governamentais direcionados a jovens e adultos, pautando e divulgando alternativas de empreendedorismo e ações comunitárias que os tenham como protagonistas
REDE COMUNITÁRIA
Programa de TV
Duração: 26 minutos
Veiculação: TV BRASIL/EBC, UnB TV e Rede Pública de Televisão
Periodicidade: Semanal
Horário: A definir
[1] Entende-se por peça audiovisual toda e qualquer produção (resultado de processo comunicativo) com a utilização conjunta de componentes visuais (signos, imagens, desenhos, gráficos etc.) e sonoros (voz, música, ruído, efeitos onomatopeicos etc.), ou seja, tudo que pode ser ao mesmo tempo visto e ouvido. Tratam-se de produções para vídeo, rádio, web, cinema, ou mesmo fotografia.
[2] A intenção primeira e o resultado prático quantificável do projeto é evidentemente a qualificação e inserção de 30% de todos os jovens que participarem do projeto.
[3] Comunicação, Jornalismo, Marketing, Cinema, Internet, Rádio e TV, etc.
[4] Ao longo de sua avaliação e crentes na continuidade e autonomia do Centro ao fim do projeto, serão sugeridas e descobertas outras oficinas de aplicação específica.
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