Ferocidade Publicitária ou Pela Vigência Imediata da Lei do Silêncio em Pirenópolis
Publicado por Redação em 28 de dezembro, 2009 A cidade turística de Pirenópolis (GO), vista do Beco da Lua
Por: João Vieira
Via E-mail, Especial para Nós – Fora dos Eixos
Vai ver que não é só nesta cidade turística que a selvageria sonora, ou apagão de civilidade tem lugar, reinando absoluto. Das poucas vezes que daqui saio, topo veículos equipados com (o desserviço) de Alto Falantes, a propagar produtos a altos decibéis, e/ou carros-de-passeio, sonorizados, somente pra deleite de seus estranhos donos. E bota estranho nisso!
Pirenopolis é um centro de tradição cultural como as Cavalhadas, que acontecem uma vez por ano, mobilizando turistas e a comunidade local
Aqui em Piri (como se diz) eles giram em corso, pelas ruas, às vezes noite inteirinha… Com a complacência (estranhíssima), da fiscalização e segurança públicas!
A estranheza proclamada com toda convicção, vem do hábito de “girarem”, os homens, solitos no mais das vezes acelerado, quase sempre com latinha de cerveja ou uma outra bebida, em corso – já o dissemos – ininterruptamente! Tivessem eles alguma mulher para cuidar à noite, uma simples namorada ou até uma mera amiga, não teriam tempo e nem por que ficar perturbando o sossego alheio. Isto sem querer aparentar-mo-nos preconceituosos…
Já durante o dia, desde que amanhece até quando anoitece, a tortura sonora advém do (desserviço) de alto-falantes, com empolgados locutores, secundados por estirões musicais bregas e/ou mal gastos ou de muito mau gosto, a propagar as excelências de tal ou qual produto ou (des)serviço à disposição de prováveis incautos (?).
Assim é que a propaganda renitente de “Bum-bum-Biquinis” compete e sufoca as trilhas natalinas, mas não só: também missas e celebrações de casamentos, batizados, bodas festivas, e as de natureza fúnebre – assim como demais cerimônias rituais, com ou sem cantos, na Igreja Matriz da cidade ou quaisquer dos seus templos. Também as sessões de teatro, e de cinema ou, se quiser, sagradas reuniões-de-família, no íntimo dos lares. Todos, todas, vulneráveis à poluição sonora! Por quê? Resposta óbvia e pronta: casario colonial, sem nenhum isolamento acústico; e com telhas, vamos dizer, movediças…
Coisas enfadonhas como a “paçoca de pilão” provada por Pedro Bial, apresentador da Rede Globo e Ana Maria Braga, idem, idem, anunciada por anos a fio… Também, também, uma galinha à cabidela servida aos pais de Zezé de Camargo e Luciano — Não! Definitivamente, verdadeiramente, é preciso botar luz ou arejamento na publicidade exposta ou explicita desses ermos brasílicos. Mas principal e providencialmente moderação!
A tragédia é que, já se disse, não é só aqui que o exagero, ou distorção comercial tem vez, lugar e todas as horas. No interiorzão brasileiro, onde quer que haja Energia e pretensos aprendizes da marquetagem, publicismo e manejo expedito de itens eletro-eletrônicos, a amplificação das falas, vozes e cantorias é certa. Líquida e certa! A questão é que Pirenópolis-turística, não é lugar comum, trivial. Um local a mais entre tantos outros. Tantos muitos…
Pirenópolis-pólo-turístico, especial, no tanto que Histórico, Ecológico,
Gastronômico e Climático – porquanto serrano. Cênico! Pirenópolis, sublinhe-se, tem um diferencial.
Por: João Vieira
Via E-mail, Especial para Nós – Fora dos Eixos
Vai ver que não é só nesta cidade turística que a selvageria sonora, ou apagão de civilidade tem lugar, reinando absoluto. Das poucas vezes que daqui saio, topo veículos equipados com (o desserviço) de Alto Falantes, a propagar produtos a altos decibéis, e/ou carros-de-passeio, sonorizados, somente pra deleite de seus estranhos donos. E bota estranho nisso!
Pirenopolis é um centro de tradição cultural como as Cavalhadas, que acontecem uma vez por ano, mobilizando turistas e a comunidade local
Aqui em Piri (como se diz) eles giram em corso, pelas ruas, às vezes noite inteirinha… Com a complacência (estranhíssima), da fiscalização e segurança públicas!
A estranheza proclamada com toda convicção, vem do hábito de “girarem”, os homens, solitos no mais das vezes acelerado, quase sempre com latinha de cerveja ou uma outra bebida, em corso – já o dissemos – ininterruptamente! Tivessem eles alguma mulher para cuidar à noite, uma simples namorada ou até uma mera amiga, não teriam tempo e nem por que ficar perturbando o sossego alheio. Isto sem querer aparentar-mo-nos preconceituosos…
Já durante o dia, desde que amanhece até quando anoitece, a tortura sonora advém do (desserviço) de alto-falantes, com empolgados locutores, secundados por estirões musicais bregas e/ou mal gastos ou de muito mau gosto, a propagar as excelências de tal ou qual produto ou (des)serviço à disposição de prováveis incautos (?).
Assim é que a propaganda renitente de “Bum-bum-Biquinis” compete e sufoca as trilhas natalinas, mas não só: também missas e celebrações de casamentos, batizados, bodas festivas, e as de natureza fúnebre – assim como demais cerimônias rituais, com ou sem cantos, na Igreja Matriz da cidade ou quaisquer dos seus templos. Também as sessões de teatro, e de cinema ou, se quiser, sagradas reuniões-de-família, no íntimo dos lares. Todos, todas, vulneráveis à poluição sonora! Por quê? Resposta óbvia e pronta: casario colonial, sem nenhum isolamento acústico; e com telhas, vamos dizer, movediças…
Coisas enfadonhas como a “paçoca de pilão” provada por Pedro Bial, apresentador da Rede Globo e Ana Maria Braga, idem, idem, anunciada por anos a fio… Também, também, uma galinha à cabidela servida aos pais de Zezé de Camargo e Luciano — Não! Definitivamente, verdadeiramente, é preciso botar luz ou arejamento na publicidade exposta ou explicita desses ermos brasílicos. Mas principal e providencialmente moderação!
A tragédia é que, já se disse, não é só aqui que o exagero, ou distorção comercial tem vez, lugar e todas as horas. No interiorzão brasileiro, onde quer que haja Energia e pretensos aprendizes da marquetagem, publicismo e manejo expedito de itens eletro-eletrônicos, a amplificação das falas, vozes e cantorias é certa. Líquida e certa! A questão é que Pirenópolis-turística, não é lugar comum, trivial. Um local a mais entre tantos outros. Tantos muitos…
Pirenópolis-pólo-turístico, especial, no tanto que Histórico, Ecológico,
Gastronômico e Climático – porquanto serrano. Cênico! Pirenópolis, sublinhe-se, tem um diferencial.
Em Pirenópolis, a natureza é uma dávida. Existem cachoeiras em todo lugar, inclusive em propriedades particulares, onde o turista paga uma taxa para
frequentá-las.
frequentá-las.
Generoso e abençoado diferencial – que parece ser do que mais vive, em altíssimo perfil, com dezenas e dezenas de pousadas-pensões e profissionais preparados como os artesãos, guias, cozinheiros, garçons, músicos e quejandos.
E o mais importante: é um burgo diminuto, pequenininho, entretanto sofisticado! E principalmente tranqüilo. E onde quaisquer exageranças, falhas – seja lá de que natureza ou campo de expressão for, tem certeiro e desconcertante realce.
E o mais importante: é um burgo diminuto, pequenininho, entretanto sofisticado! E principalmente tranqüilo. E onde quaisquer exageranças, falhas – seja lá de que natureza ou campo de expressão for, tem certeiro e desconcertante realce.
Daí que…
* João Vieira está morador de Pirenópolis-Goiás. (Goyaz?)
Serviço
joaovieira01@pop.com.br
Lei do Silêncio
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