Um espaço reservado para todos que acreditam que:
A relação entre jornalismo e política, ninguém duvida, mudou muito depois do surgimento dos chamados “blogs progressistas”.
A voz quase monocórdia da grande imprensa passou a ter um contraponto.
Um pólo que não apenas estimulou o debate – recolocando em cena visões e observações que andavam desaparecidas nos tempos do “pensamento único” neoliberal – como, também, imantou pessoas, esclareceu temas complexos, gerou ações e reações.
Numa palavra, fez democracia.
Mas ainda há uma zona de sombra. Quase, mesmo, de escuridão.
E exatamente o lugar onde se define o sucesso, o crescimento e a independência de um país.
É a Economia, algo que está na raiz da liberdade e que repercute na vida do povo brasileiro de tal maneira que, tal como ela, mereceria os versos de Cecília Meirelles:
(…) essa palavra / que o sonho humano alimenta/que não há ninguém que explique /e ninguém que não entenda…
Mas em economia, embora todos entendam dela o essencial em suas vidas cotidianas, tem sido raro encontrar alguém que explique.
Um dos raros que o fazia, Aluisio Biondi, disse certa vez: “os jornais tinham passado anos procurando profissionais que escrevessem em linguagem inteligível, mas(…) de alguns anos paracá, o ideal passou a ser o profissional que não escrevesse em linguagem que todos entendessem”.
Talvez porque, ao entender, compreendessem que a economia não é regida por uma lógica pura, superior, meramente matemática, mas por interesses de indivíduos, grupos, classes e nações.
Bem, o jornalismo econômico, ao contrário do político, perdeu o seu contraditório.
As associações negociais entre o empresariado brasileiro, muitas vezes, e os interesses empresariais e financeiros do exterior, frequentemente falem uma mesma língua, olhem de uma mesma forma e pensem de uma mesma maneira.
Que é repetida como verdade inquestionável, da qual discordar é quase heresia.
Repetida pelos que não pensam, repetidas pelos que pensam e não querem se expor, dissonante, à maldição da mídia “sinfônica”.
Um país, como qualquer pessoa ou empresa, se não tem um projeto, uma visão estratégica dos caminhos e valores que lhe convém, não tem nada, está perdido e sem rumo.
O Brasil, por muitos anos, andou assim.
Deixamos de considerar que podíamos ter nosso próprio rumo. E que o que nos restava era nos deixarmos rebocar pelo mundo, ainda atirando ao mar tudo o que nos fizesse “mais pesados”.
Construímos ídolos de barro: o mercado e a moeda, mas nos descuidamos das relações de troca. Os mitos da eficiência da empresa e da incompetência do Estado já nem sequer dependiam de fatos, exemplos ou números que os comprovassem. Eram verdades, dogmas, revelações de uma fé econômica que decretava o fim da produção, das nações soberanas, da própria História.
Nosso país, hoje, não é assim e, por não ser assim, tornou-se próspero e inclusivo.
Se um novo mundo é possível, um novo Brasil já é, há algum tempo, visível.
Porque temos um projeto nacional, que mudou a vida brasileira só de retomar, com alguns passos, a trajetória soberana e inclusiva que começara a nos tirar do atraso da condição de colônia agrária – que sobreviveu por um século à nossa independência política.
E se temos um projeto nacional, este Projeto Nacional na rede quer ser uma pequena luz para tentar clarear aquilo que é tão essencial quanto a Liberdade.
A economia.
Que quase que não se explica.
Mas que, explicada, não há ninguém que não entenda.
E-mail: blogprojetonacional@gmail.com
Twitter: @projetonacional
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