A presença das mulheres na política aumentou nos últimos anos. Políticas públicas, questões específicas voltadas à saúde das mulheres, o combate à violência e uma ampliação nos horizontes profissionais são motivo de atenção das/dos governantes.
Uma mulher na Presidência da República já representa uma quebra de barreiras e a insistência da presidenta DILMA em compor um governo com maior presença de mulheres obrigará os partidos e toda a sociedade a discutir a questão.
Na história regida por relações sociais de opressão existe a contradição entre a proposta de uma cidadania universal e a exclusão por relações sociais de classe, de sexo e de raça. Há uma desigualdade entre mulheres e homens na vida social e política e o que se pretende é a igualdade nos mais diversos âmbitos das relações sociais e deve-se garantir todos os meios para que essa igualdade signifique não apenas o acesso, mas condições efetivas de participação política.
Em termos políticos, a igualdade depende da insistência que o Congresso tiver em fortalecer uma agenda voltada para esta igualdade.
Na Reforma Política defendemos uma proposta de lista fechada com a presença alternada de mulheres e homens - uma e um - isto é, proporção de 50%. Se as listas partidárias não forem obrigatoriamente apresentadas com presença alternada de mulheres e homens, novamente os mecanismos de neutralização transformarão a lista em uma lista partidária masculina e as mulheres serão as últimas da lista.
Vejam alguns dados reveladores
Os números justificam a importância e a necessidade da luta das mulheres travar o debate de gênero na Reforma Política Brasileira: o Brasil ocupa a 146ª posição em um ranking sobre a participação das mulheres nos Parlamentos, em 192 países do mundo. Os dados foram divulgados pela organização internacional organização internacional União Parlamentar e mostram que, mesmo tendo como referência só a América Latina, Brasil fica à frente apenas do Haiti e da Colômbia no que se refere à proporção de mulheres no Congresso Nacional. Segundo cálculos desta organização, baseados em dados de 1° de janeiro deste ano, a
Câmara dos Deputados do Brasil conta com 9% de mulheres: 46 deputadas em 513.
De acordo com levantamento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe - CEPAL - os países com maior representação feminina são Cuba, com 43% e a Argentina, com 40%. Em relação às regiões, a média nos países árabes é de 9,6%, nas Américas, 20%, enquanto a proporção mundial ficou em 17,9%.
Fórum em Defesa da Participação das Mulheres na Reforma Política
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