No périplo pelo Brasil, a ministra da Pesca e Aquicultura (MPA), Ideli Salvattti, chega ao Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (28/2), o nono estado a ser visitado em dois meses. E a ministra anuncia a doação de 15 toneladas de pescados enlatados para os desabrigados dos municípios da região Serrana fluminense. A doação do pescado é fruto de mobilização da indústria pesqueira de Itajaí, município também castigado pelas chuvas no ano passado, em Santa Catarina.
De acordo com o ministério, os produtos contam com alto valor nutritivo e são ricos em fonte de Omega 3. A facilidade no acondicionamento poderá ser muito útil para as vítimas da tragédia, ainda carentes de uma série de itens básicos para o dia a dia. A distribuição e entrega ficará a cargo dos grupos de apoio que mantêm o trabalho de mobilização para auxiliar a população carente da região, explicou a ministra Ideli Salvatti.
No Rio, a ministra apresenta estudos sobre políticas de deliberação dos governadores de outros estados sobre licenças ambientais para áreas de baixo impacto ambiental, como a já adotada pelo governador do Acre, Tião Viana. Naquele estado, conforme explicou, já está liberado o licenciamento para a atividade em áreas de até cinco hectares, o que abre caminho para regularizar a maioria dos pescadores e aquicultores.
“Assim, diminui em muito a clandestinidade e os produtores passam a ficar aptos para o acesso aos projetos do MPA, principalmente aos créditos, como o do Pronaf Pesca”, disse Ideli.
No último sábado, Ideli Salvatti encerrou a série de visitas aos estados do Acre, Roraima, Mato Grosso e Tocantins. Naquela ocasião, completou mais um ciclo de debates com produtores e lideranças políticas e empresariais, além da comunidade local e parceiros promotores de fomento estaduais. “É apaixonante viajar pelo Brasil e estimular as ações de desenvolvimento sustentável permitidos pela pesca e a aquicultura. Hoje [28/2] completo o nono estado, o Rio de Janeiro: em cada encontro com as lideranças do setor fico mais encantada com o potencial econômico e social desta cadeia produtiva,” avaliou.
Ideli Salvatti também enfatizou que a receptividade por parte dos governadores permitirá o fortalecimento da parceria que tem por objetivo o aumento da produção pesqueira. Em Porto Velho (RO), por exemplo, a ministra tratou do aproveitamento dos reservatórios das Usinas Hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, para o incremento da pesca. Nesta cidade, Ideli participou de workshop promovido pelo MPA em parceria com o BNDES com foco na promoção da inclusão social, por meio da atividade pesqueira nas áreas alagadas.
“Posso afirmar que nos três estados (Rondônia, Mato Grosso e Tocantins) foi grande a receptividade dos chefes de governo. As conversas com os governadores foram satisfatórias e animadoras para o setor. Todos se comprometeram a agilizar as licenças e isso me deixou muito tranquila de que daqui pra frente vai haver um grande desenvolvimento nessas regiões.”
A ministra disse ter se surpreendido com as condições regionais, consideradas por ela como sendo propícias para instalações dos tanques redes e também de tanques cavados. “Podemos um dia chamar Porto Velho, pela condição geográfica e de fronteira, da “esquina do peixe”. Já o coração do Brasil e dos pescados continua no Centro-Oeste do nosso Brasil: os estados de Tocantins e do Mato Grosso – promissoras regiões pela baixa complexidade do relevo e em função da diversidade da flora, ora com características pantaneiras e amazônicas, e de fácil capilaridade para a agricultura familiar”, completou.
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