Com viagem à China, Lula abre uma série de oportunidades para o Brasil
O presidente viajará acompanhado de mais de 200 empresários, além de governadores, parlamentares e ministros. Expectativa é de fechar acordos em áreas que vão do agronegócio à tecnologia de ponta
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A próxima viagem internacional do presidente Lula está agendada para a semana que vem (veja abaixo a agenda prevista), quando ele deve visitar a China, acompanhado de uma comitiva com centenas de empresários, além de governadores, senadores, deputados e ministros.
O objetivo de Lula é, principalmente, restabelecer uma relação respeitosa e produtiva com o país asiático, que é o maior parceiro comercial do Brasil. A programação inclui visitas, conversas bilaterais, eventos oficiais e assinaturas de diversos acordos.
“Essa visita é extremamente importante, não só para garantir uma boa relação com a China, mas para ampliá-la, na questão cultural, científico-tecnológica, política”, disse o presidente em entrevista ao site Brasil 247, na terça-feira (21).
Agropecuária e tecnologia
Só o setor agropecuário estará representado por mais de 100 empresários na viagem, que já rendeu o primeiro resultado: o fim da suspensão da compra de carne bovina brasileira, que os chineses haviam paralisado por razões fitossanitárias.
Na área tecnológica, deve ser firmado um acordo de cooperação e intercâmbio relacionadas a semicondutores, próximas gerações de redes móveis, como 5G e 6G, inteligência artificial e células fotovoltaicas, de geração de energia solar.
Outras áreas que os dois países esperam promover conjuntamente são as de turismo, combate à fome, proteção ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Brasil de volta ao cenário internacional
A partida de Lula estava agendada inicialmente para o sábado (25). Nesta sexta-feira (24), porém, a partida foi remarcada para o domingo (26), para que o presidente possa se recuperar de uma pneumonia leve.
Com Lula na Presidência, o Brasil claramente deixou de ser uma nação isolada — mais um dos graves efeitos do desgoverno Bolsonaro — e voltou a ter protagonismo internacional.
Esta será a terceira viagem internacional de Lula em três meses de governo. A primeira foi para a Argentina e o Uruguai, numa clara sinalização de que a integração latino-americana será uma das prioridades do novo governo. Depois, Lula foi aos Estados Unidos, outro importante parceiro comercial do Brasil.
Agenda prevista
Terça, 28: Reuniões de Lula com o presidente da China, Xi Jinping, com o primeiro-ministro Li Qiang e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji. Na pauta, comércio, investimentos, reindustrialização, transição energética, mudanças climáticas, acordos de cooperação e paz.
Quarta, 29: Está previsto um evento empresarial promovido pela Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível e pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com a participação de mais de 240 empresários brasileiros.
Quinta, 30: O presidente Lula deve ir a Xangai, onde visitará a sede do Novo Banco de Desenvolvimento, entidade criada pelos BRICS (Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul) e que passa a ser presidida pela ex-presidenta Dilma Rousseff.
Da Redação, com informações do Palácio do Planalto
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