Moradores da comunidade de Sumidoro, que fica a 12km de Padre Bernardo (GO), não dispõem de escola nem de posto de saúde. Com o reconhecimento pela Fundação Palmares, essa realidade pode mudar
Publicação: 02/12/2013 06:00 Atualização:
Joana Duarte Pereira, com a família, em frente à casa simples localizada na comunidade Sumidoro: "Era muito difícil chegar à escola. Por isso, abandonei. Sofro com isso, mas não tive saída" |
A comunidade Sumidoro, localizada a 12km do município goiano de Padre Bernardo, pertence agora a uma lista na qual estão presentes 1,7 mil povoados, todos com a certificação da Fundação Cultural Palmares. Para serem reconhecidos, os grupos de remanescentes de quilombo são submetidos a uma estudo detalhado. De acordo com o órgão, o primeiro passo está no fato de os próprios integrantes da colônia se autodeclararem descendentes de escravos.
As avaliações passam por dados históricos do local que comprovem o indício da existência da comunidade formada por quilombos. O processo obedece a uma portaria do Ministério da Cultura (Minc) (confira O que diz a lei). Conforme mostrou o Correio na edição de ontem, a partir da certidão, o povoado terá acesso a melhorias e a projetos do governo, como o Minha Casa, Minha Vida, além de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Segundo o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Cultural Palmares, Alexandro Reis, a comunidade ganhará visibilidade com a titulação. Além disso, Padre Bernardo receberá 50% a mais em recursos ligados à saúde e à educação. “Esse dinheiro será destinado a programas de saúde para a família. É o mesmo procedimento junto do MEC (Ministério da Educação) para transporte escolar, merenda, professores, escolas. Haverá ainda atenção diferenciada para o povoado com um programa de diretrizes curriculares tendo em vista a história, a cultura e a identidade quilombola”, detalhou Reis.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/12/02/interna_cidadesdf,401171/moradores-de-padre-bernardo-nao-tem-acesso-a-escola-nem-a-posto-de-saude.shtml
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