sábado, 30 de outubro de 2010

FESTA ANUNCIADA

Dilma Rousseff deve ser eleita a 1ª mulher presidente do Brasil, aponta Datafolha. A corrida eleitoral tem se mantido estável nos últimos 15 dias, com os dois candidatos variando apenas dentro da margem de erro --o Datafolha entrevistou 6.554 pessoas.

AMANHÃ DIA 31 VOTE 13

DILMINAS GERAIS

Na véspera da eleição, Dilma volta às origens políticas

A candidata Dilma Rousseff realizou o último ato público da disputa eleitoral em Belo Horizonte, cidade onde nasceu e iniciou a vida política nas manifestações contra a ditadura militar. Às margens da Lagoa da Pampulha, Dilma lembrou hoje do envolvimento com a luta pela democracia no país quando ainda estudava no Colégio Estadual Central.

“Belo Horizonte, para mim, é um local que eu sempre tenho como referência quando se trata do início da minha vida política. Por isso, acho simbólico que neste final de campanha eleitoral eu retorne aqui e faça o encerramento da minha campanha neste lugar onde a minha vida política começou”, afirmou Dilma.

Se eleita, a candidata disse que fará um governo de união, mantendo com governadores e prefeitos a relação republicana que marca o governo Lula.

“A um dia da eleição, eu quero dizer que, se for eleita, quero unir o Brasil em torno de um projeto de desenvolvimento não só material, mas de valores. Eu acredito que o nosso país vai se transformar cada vez mais num exemplo de convivência, tolerância e capacidade de viver em paz. Quando a gente ganha uma eleição, a gente tem de governar para todos os brasileiros sem exceção”, defendeu.

Embora tenha lamentado os momentos em que a campanha resvalou para o campo dos ataques e das calúnias, Dilma disse que não guarda mágoa alguma do processo eleitoral. “Foi uma campanha muitas vezes dura, mas eu não guardo mágoa. Quando a gente guarda mágoa carrega um peso na alma e não tem aquela generosidade necessária para viver. Estou com a alma leve.”

Lula

Dilma revelou a emoção de representar o projeto iniciado pelo governo Lula que despertou o Brasil “para sua grandeza” e prometeu continuar o processo de transformação social do país. Sobre a participação do presidente Lula no seu governo, a candidata citou a relação construída em oito anos de governo. Destacou ainda a confiança que deposita no presidente, sua capacidade política e sua sensibilidade.

“O presidente Lula, obviamente, não será uma presença dentro no ministério. Mas eu sempre conversarei com o presidente e terei com ele uma relação muito íntima e muito forte. Não há ninguém nesse país que vai me separar do presidente Lula”, afirmou.

Depois da entrevista coletiva, Dilma seguiu para uma carreata que mobilizou o bairro de Venda Nova. À vontade, a candidata percorreu a principal avenida distribuindo beijos aos moradores que saíram a rua para vê-la. Os mais animados fizeram o percurso a pé ao lado do carro de Dilma.

Francinoamorim Sou mineiro e quero o melhor para Minas e para o Brasil quem irá nos representar melhor sem duvida será DILMA, a primeira mulher a governar essa nação além de ser nossa conterrânea, é amnhã vamos acabar de uma vez por todas com os tucanos que representam o retrocesso do nosso país até a vitória !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Maverit
D I L M A R O U S S E F F
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213
É
TREZE NO NOME
É
TREZE NO SEGUNDO TURNO
INVERSO DE 31
CAMINHO DA VITORIA

Luciana Tomaz Estive na Carreata da Dilma ! Foi emocionante, pessoas saíam das casas demonstravam apoio à Dilma.Foi Demais !!!

Parabéns Dilma !!
Nando13 é isso ai é DILMA com a força de deus e do povo,quem assistiu o ultimo programa eleitoral da Dilma,viu que ela agradeçeu ao povo e deu suas propostas. Já o adversario fez do seu programa um verdadeiro palco de acusações contra Dilma,e ainda diz que defende a paz eleitorl e a democracia.
DILMA 13!!!!!!!!!!
PARA O BRASIL SEGUIR COM PAZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Jcramo62 Dilma, será eleita com 20% a mais dos votos, em relação a José Serra.
Parabéns... Parabéns.....

Silvia Vamos com fé Mineiros... É Dilma!!!

Flaviocesarhp A primeira mulher presidenta do BRASIL somente poderia vir de MINAS GERAIS uai nós mineiros não somos melhores e nem piores do que ninguém apenas diferentes. VIVA O PARTIDO DOS TRABALHADORES , VIVA DILMA , VIVA O LULA E VIVA AS COMUNIDADES ECLESIAIS DA IGREJA CATÓLICA POIS FOI LÁ QUE EU APRENDI QUE PARA MUDARMOS O MUNDO TEMOS QUE FAZER A NOSSA PARTE E A POLÍTICA É UMA DAS PEÇAS FUNDAMENTAIS PARA ESTA MUDANÇA POIS O PIOR ANALFABETO É O ANAlFABETO POLÍTICO.

Luciana Tomaz Estive na Carreata foi uma demonstração de apoio à Dilma muito bonita !

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Arte, Música e Vitória!




PAULA GAMPER FOI ALI VOTAR E VOLTA JÁ!


Bem... é chegado o momento da despedida...depois de quase três meses fora de casa, depois de muitas brigas e estresse, mas também de muitas alegrias por rever e amigos e conquistar novos...chega a hora de eu voltar pra casa! Então.. melhor eu me despedir logo...amanhã embarco cedinho....

Passei a madrugada toda pensando e refletindo cada situação, e como eu me despediria de cada um, tenho amigos que conheço pessoalmente e outros só virtualmente, mas que já fazem parte de minha vida, dessa estrada longa percorrida. Hoje estou meio triste, parece que fico afastada de todos, que estou indo pra outro País... acredito que seja o medo do recomeço, ou o tempo frio de SC, frio politicamente dito. Eita estado difícil!!! Risos. Ai gentem!!! Vê se me escrevem hein.... não me deixem isolada! Já estou com saudades de cada um...

Como agradecer a cada um? Como me desculpar pelas falhas? Como demonstrar carinho e respeito? Então resolvi hoje pela manhã quando cheguei ao Comitê da Dilma, escrever algo, para todo o nosso grupo, nós que de alguma maneira representamos e fazemos parte da
SNCult/PT.

Sem medo de ser...sem medo de ser.... sem medo de ser Feliz!!!
Eu, e muitos de nós cantamos essa música com muita alegria e determinação... temos ela na mente!
Começo a voltar no tempo, e me vejo com 16 anos, Campanha Meu Primeiro Voto!
Realizo o sonho de votar no Lula Presidente, e eleger Zeca do PT, Deputado Estadual.
Eu era uma adolescente com todos os sonhos, principalmente de um Brasil Melhor p/tod@s.
Transparência em mim uma energia grande, uma conquista de liberdade.
A campanha para mim era um refúgio, lá eu me sentia viva, sem agressões que sofria em casa.
Realizada por poder contribuir com um processo democrático, de buscas e conquistas.
Ia para as caminhadas, carreatas, com o tema da Campanha “Vamos mudar essa Primavera”!
Assim era o slogan da Campanha do Zeca do PT, e eu era “pessoinha” que representava a primavera, com vestido colorido e peruca rosa, em cima de uma saveiro. Hoje acho engraçado!

Nunca imaginei que meu sonho de estar em Brasília numa campanha grande fosse realizado...
Achando eu, ser “pequena demais” para tal compromisso e responsabilidade...
Confiando em mim, Morgana e Roseli me indicaram pra tal tarefa, e eu ainda não acreditava.Impossível, dizia eu! Com tanta gente importante, eu ir a Brasília ajudar na campanha...
Ouço em meu pensamento a Roseli brigando comigo, por sempre eu me achar pequena!
Não acredito ainda quando chega minha passagem...arrumo as malas correndo!
Afinal, realmente eu iria participar de um processo muito importante, onde eu teria um papel.
Levar junto com a Morgana e Roseli o Setor da Cultura para conhecimento do maior número de pessoas, agregando força maior, juntando pontos de cultura, os cines, e agentes culturais.

Depois de muitas reuniões, agendas, atos, caminhadas pelos Estados...
Eu tenho a certeza que nosso trabalho foi feito e que todos se empenharam com vontade!

Conseguimos fazer uma campanha alegre, mostrando a cara da cultura!
Unica em cada Estado, cada um mostrando a sua cultura, as suas manifestações...
Levando de novo um sonho, agora o sonho de termos uma Mulher Presidente.
Trabalhamos muito, aqui de perto, conferi que o setorial da Cultura foi um dos mais ativos
Unimos forças com a juventude, com as mulheres, com movimentos sociais...
Realizamos o nosso trabalho junto com os amigos do MinC, que vieram somar nesse segundo turno
Agradeço a tod@s, mas principalmente a confiança da Morgana e Roseli. Acredito que a SNCult/PT mostrou nosso papel e sai dessa campanha mais forte!!!

De tudo isso, eu só tenho uma certeza...
Ontem foi só um sonho, Hoje uma Realidade e Amanhã um Presente pra Tod@s, me despeço com nosso grito... o grito que domingo será cantarolado por muit@s!!!

PARTIDO! PARTIDO! É DOS
TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS!

Beijos a tod@s vocês,
Paula Gamper

sexta-feira, 22 de outubro de 2010











RedeCCom em Montes Claros-MG com Pontos de Cultura e Arca das Letras




OFICINAS COMUNITÁRIAS DE COMUNICAÇÃO
REDE COMUNITÁRIA DE COMUNICAÇÃO/ESCOLA DE COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA /TV GERAES - CINEPOESIA/PONTOS DE CULTURA/PROGRAMA DE BIBLIOTECAS RURAIS ARCA DAS LETRAS
DIA 23/10 SÁBADO
15 H
TV GERAES/CINEPOESIA - MONTES CLAROS - MG
REUNIÃO DE PAUTA
PRÉ PRODUÇÃO
Estratégia para constituirmos a produtora regional, combinando os interesses e verbas dos pontos do norte, nordeste e noroeste de Minas. Essa idéia saiu da cabeça de Damiana, na ótima/última reunião que aconteceu em Januária, quando pensamos em agir colaborativamente para gerar produtos que servissem à apresentação da verdadeira natureza do sertão nortemineiro: gente festeira, paisagens exuberantes, muitas oportunidades de trabalho, clima solar, é verdade, mas muita água prá refrescar.Portanto vamos discutir como fazer isso acontecer.


DIA 24/10 DOMINGO
9 H
PRODUÇÃO - GRAVAÇÃO
COMUNIDADE ESPIGÃO DE CIMA/ARCA DAS LETRAS- MONTES CLAROS - MG
FOLIA DE REIS E FOLIA DE BOM JESUS
LUNDU MESTRE EURICO
CAPOEIRA CORDÃO DE OURO
VIOLA CAIPIRA
A invenção responde já pelo funcionamento do Ponto de Cultura Cinepoesia: no domingo, a partir das 8:00hs,vamos fazer uma experiência de produção de uma reportagem, de mais ou menos 5 minutos, sobre o Projeto Arca das Letras que está acontecendo na Comunidade Rural Espigão de Cima - a 18 km de Montes Claros (rodovia para BH).
Acompanharemos os repórteres da TV Geraes desde a produção da pauta até a veiculação da reportagem, no Jornal Geraes que vai ao ar, ao vivo, diariamente as 18:00hs, pelo Canal 02 (e é o programa de maior audiência da TV Geraes).

15 H
REUNIÃO DE TRABALHO - TV GERAES CINEPOESIA
AÇÕES TRANSVERSAIS REDE COMUNITÁRIA/INTEGRAÇÃO PONTOS DE CULTURA/ARCA DAS LETRAS
Estratégia para constituirmos a produtora regional, combinando os interesses e verbas dos pontos do norte, nordeste e noroeste de Minas. Essa idéia saiu da cabeça de Damiana, na ótima/última reunião que aconteceu em Januária, quando pensamos em agir colaborativamente para gerar produtos que servissem à apresentação da verdadeira natureza do sertão nortemineiro: gente festeira, paisagens exuberantes, muitas oportunidades de trabalho, clima solar, é verdade, mas muita água prá refrescar.Portanto vamos discutir como fazer isso acontecer.

SEGUNDA FEIRA
8-18 H
EDIÇÃO DE PRODUTOS AUDIOVISUAIS PARA TV - Uma reportagem de 5 minutos sobre o Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras com animação de Pontos de Cultura
VEICULAÇÃO NA PROGRAMAÇÃO DA TV GERAES - Jornal Geraes que vai ao ar, ao vivo, diariamente as 18:00hs, pelo Canal 02 (e é o programa de maior audiência da TV Geraes).
Todos os Pontos da rede estão chamados a trazerem um convidado para participar da experiência, como aprendiz. Dessa forma, estaremos inaugurando as atividades do Ponto de Cultura Cinepoesia e experimentando esse formato de aprendizagem colaborativa que faz parte de nossa proposta.
TV GERAES CINEPOESIA

Da Blogosfera - O dia em que até a Globo vaiou Ali Kamel

O chefe conduz a equipe para a vergonha
Passava das 9 da noite dessa quinta-feira e, como acontece quando o “Jornal Nacional” traz matérias importantes sobre temas políticos, a redação da Globo em São Paulo parou para acompanhar nos monitores a “reportagem” sobre o episódio das “bolinhas” na cabeça de Serra.

A imensa maioria dos jornalistas da Globo-SP (como costuma acontecer em episódios assim) não tinha a menor idéia sobre o teor da reportagem, que tinha sido editada no Rio, com um único objetivo: mostrar que Serra fora, sim, agredido de forma violenta por um grupo de “petistas furiosos” no bairro carioca de Campo Grande.

Na quarta-feira, Globo e Serra tinham sido lançados ao ridículo, porque falaram numa agressão séria – enquanto Record e SBT mostraram que o tucano fora atingido por uma singela bolinha de papel. Aqui, no blog do Azenha. você compara as reportagens das três emissora na quarta-feira. No twitter, Serra virou “Rojas”. Além de Record e SBT, Globo e Serra tiveram o incômodo de ver o presidente Lula dizer que Serra agira feito o Rojas (goleiro chileno que simulou ferimento durante um jogo no Maracanã).

Ali Kamel não podia levar esse desaforo pra casa. Por isso, na quinta-feira, preparou um “VT especial” – um exemplar típico do jornalismo kameliano. Sete minutos no ar, para “provar” que a bolinha de papel era só parte da história. Teria havido outra “agressão”. Faltou só localizar o Lee Osvald de Campo Grande. O “JN” contorceu-se, estrebuchou para provar a tese de Kamel e Serra. Os editores fizeram todo o possível para cumprir a demanda kameliana. mas o telespectador seguiu sem ver claramente o “outro objeto” que teria atingido o tucano. Serra pode até ter sido atingido 2, 3, 4, 50 vezes. Só que a imagem da Globo de Kamel não permite tirar essa conclusão.

Aliás, vários internautas (como Marcelo Zelic, em ótimo vídeo postado aqui no Escrevinhador) mostraram que a sequência de imagens – quadro a quadro – não evidencia a trajetória do “objeto” rumo à careca lustrosa de Serra.

Mas Ali Kamel precisava comprovar sua tese. E foi buscar um velho conhecido (dele), o peritoRicardo Molina.

Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade.

Boas fontes – que mantenho na Globo – contam-me que o constrangimento foi tão grande que um dos chefes de redação da sucursal paulista preferiu fechar a persiana do “aquário” (aquelas salas envidraçadas típicas de grandes corporações) de onde acompanhou a reação dos jornalistas. O chefe preferiu não ver.

A vaia dos jornalistas, contam-me, não vinha só de eleitores da Dilma. Há muita gente que vota em Serra na Globo, mas que sentiu vergonha diante do contorcionismo do “JN”, a serviço de Serra e de Kamel.

Terminado o telejornal, os editores do “JN” em São Paulo recolheram suas coisas, e abandonaram a redação em silêncio – cabisbaixos alguns deles.

Sexta pela manhã, a operação kameliana ainda causava estragos na Globo de São Paulo. Uma jornalista com muitos anos na casa dizia aos colegas: “sinto vergonha de ser jornalista, sinto vergonha de trabalhar aqui”.

Serra e Kamel não sentiram vergonha.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Carta do Saraiva na RedeCCom

Companheiros(as), retomamos o rumo, os programas estão bons. Estou esperando a manifestação dos juristas e outras personalidades , com um depoimento do Frei Betto, sensacional, bem como o programa sobre o meio ambiente com um depoimento da filha do Chico Mendes. O programa do serra é uma copia das realizações do governo Lula. E a fala dele contra as baixarias deve estar endereçada à sua própria turma. O coração leve contrasta com a duresa e o desrespeito como ele trata alguns jornalistas. A paranóia antipetista, serve para justificar qualquer coisa que não lhe agrada. O loteamento de cargos tão falado é para encobrir os loteamentos feitos em S. Paulo. Tudo isso deve ser explorado por nós inclusive nos programas de radio, TV. O ultimo acontecimento é a bomba Amaury, sobre as desavenças tucanas. Essa bomba lembra a famosa bomba do Rio Centro, que explodiu no colo dos próprios militares que queriam envolver”subversivos” da época. Essa bomba está prestes à explodir no colo deles. O que fazem , transferi-la para o colo PT/Dilma com a anuência criminosa da grande mídia. O depoimento da PF, é desconsiderado, utilizando-se apenas o suposto envolvimento de Amaury, com uma tal “inteligensia” petista, que nunca houve. Tudo para encobrir o que foi apurado e que acende o pavio da bomba que está no colo tucano. Ainda mais procura esconder o verdadeiro motivo de Amaury, que como disse “proteger Aécio” e ainda por à nu as maracutaias das privatizações tucanas. O PT deve agir rápido, firme e devolver ao seu lugar a bomba. Deve o PT exigir não só explicações aos tucanos, TSE, como também à imprensa que está criminosamente, distorcendo os fatos. Exigir dessa imprensa direito de espaço para o esclarecimento da verdade. Gostaria de sugerir à toda militância que faça o mesmo. Exibindo o vídeo da coletiva da PF e o seu delegado e mais, encaminhar à mídia enxurrada de reclamações, exigindo que a imprensa exerça sua responsabilidade social como concessão pública e em nome da própria liberdade e isenção da imprensa.
Como disse o presidente Lula ; “ só teremos uma verdadeira liberdade de imprensa , quando perdermos o medo de enfrenta-la. Até à vitória com Dilma Presidenta.

Saudações petistas e democráticas.

Saraiva.

MOVIMENTO CULTURAL FAZ CAMINHADA HOJE EM BRASÍLIA COM DILMA E AGNELO

terça-feira, 19 de outubro de 2010

DEIXA A DILMA ME LEVAR, DILMA LEVA EU! Artistas reúnem se no Rio de Janeiro em apoio a Dilma

O Teatro Oi Casagrande, na zona sul do Rio de Janeiro, foi o palco para mais de mil artistas, intelectuais e estudantes se reunirem nesta segunda-feira (18/10) em ato de apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. As presenças de Emir Sader, Leonardo Boff, Chico Buarque, Marilena Chauí, Oscar Niemeyer, Bete Carvalho, Alcione, Marieta Severo, Lia de Itamaracá entre outros, destacaram a “revolução social” feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defenderam a candidatura de sua sucessora.
Segundo Chico Buarque em seu discurso “É um governo que fala de igual para igual: não fala fino com Washington e não fala grosso com a Bolívia e o Paraguai e, por isso mesmo, é respeitado no mundo inteiro”
Para o escritor Emir Sader, um dos organizadores do evento“O caminho do desenvolvimento econômico, social e cultural é o da Dilma. A alternativa (José Serra) é o obscurantismo, é a intolerância, é a repressão, é o caminho do fascismo”
O teatro de 926 lugares estava superlotado, com muita gente em pé e do lado de fora permaneciam mais de 400 pessoas que não conseguiram entrar.

O Teólogo Leonardo Boff considerou a presença do arquiteto Oscar Niemeyer a senha divina de que a candidata de Lula estaria eleita. Leonardo Boff,amigo do presidente há mais de 30 anos, comparou Lula e Dilma com os governos de seus opositores, argumentando que duas propostas estão colocadas para o Brasil "Eles ficaram montados sobre o poder durante 500 anos. O Lula entrou e 21 milhões saíram da pobreza: é toda a torcida do Corinthians. E 32 milhões saíram da classe média: é toda a torcida do Flamengo”, brincou. “Para elevar a metáfora, equivale a uma França. É uma magnitude histórica de grande relevância”.
“Se a oposição ganhar, nós vamos ter imensos retrocessos. O que a classe dominante não tolera é que alguém que veio da pobreza chegue à Presidência. Para eles, um peão como o Lula tinha que estar na fábrica”, afirmou.
Na saída, Ziraldo afirmou que o povo brasileiro não deve “mexer em time que está ganhando”. O cineasta Luiz Barreto disse:“Eu achei muito bonito. Houve aqui o que não houve nos debates da televisão. Deveriam ter filmado tudo para mostrar na televisão como campanha
A atriz Marieta Severo encantou-se “Achei emocionante. Dilma estava iluminada. Esses debates amarram muito as pessoas de uma maneira geral. É a pessoa que a gente quer ver"
E foi de Bete Carvalho uma criativa intervenção da noite, reinventando um samba popular"Deixa a Dima me levar, Dilme leva eu!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

IMAGENS DE UM DIA NA REDE


RedeCCom é Cultura com Dilma e Agnelo


“Se nos calarmos, até as pedras gritarão”, dizem católicos e evangélicos"

Leia e vá a luta!

“Se nos calarmos, até as pedras gritarão!”

Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da Vida em Abundância!
Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.
A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:
3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.
4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).
5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.
6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.
7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.
Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos:
Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional
Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Felix do Araguaia-MT
Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da Cáritas nacional
Dom Luiz Eccel – Bispo de Caçador-SC
Dom Antonio Possamai, bispo emérito da Rondônia
Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana- Maranhão
Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Vina- Maranhão
Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Felix do Araguaia /MT
Jether Ramalho, Rio de Janeiro
Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo
Professor Candido Mendes, cientista político e reitor
Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor
Zé Vicente, cantador popular, Ceará
Chico César, Cantador popular, Paraíba/São Paulo
Revdo Roberto Zwetch, igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo
Pastora Nancy Cardoso, metodista, Vassouras / RJ
Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Juazeiro – Bahia
Maria Victoria Benevides, professora, da USP
Monge Joshin, Comunidade Zen Budista do Brasil, São Paulo
Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre
Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares.
Fr. Luiz Carlos Susin – Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação
Frei Betto, escritor, dominicano
Luiza E. Tomita – Sec. Executiva EATWOT(Ecumenical Association of Third World Theologians)
Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional
Pe. João Pedro Baresi, pres. da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP
Frei José Fernandes Alves, OP. – Coord. da Comissão Dominicana de Justiça e Paz
Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins
Pe. Inácio Neutzling – jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos
Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó/SC
Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC
Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de Santo Agostinho
Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora
Pe. John Caruana, Rondônia
Pe. Julio Gotardo, São Paulo
Toninho Kalunga, São Paulo
Washingtonn Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)
Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia
Silvania Costa
Mercedez Lopes,
André Marmilicz
Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social
Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS
Darciolei Volpato, RS
Frei Ildo Perondi – Londrina PR
Ir. Inês Weber, irmãs de Notre Dame.
Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Dioc de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC
Pe. Luis Sartorel,
Itacir Gasparin
Célio Piovesan, Canoas.RS
Toninho Evangelista – Hortolândia/SP
Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília
Caio César Sousa Marçal – Missionário da Igreja de Cristo – Frecheirinha/CE
Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina
Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó
Odja Barros Santos – Pastora batista
Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário
Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do Recife
Rosa Maria Gomes
Roberto Cartaxo Machado Rios
Rute Maria Monteiro Machado Rios
Antonio Souto, Caucaia, CE
Olidio Mangolim – PR
Joselita Alves Sampaio – PR
Kleber Jorge e silva, teologia – Passo Fundo – RS
Terezinha Albuquerque
PR. Marco Aurélio Alves Vicente – EPJ – Evangélicos pela Justiça, pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO
Padre Ferraro, Campinas.
Ir, Carmem Vedovatto
Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus
Padre Manoel, PR
Magali Nascimento Cunha, metodista
Stela Maris da Silva
Ir. Neusa Luiz, abelardo luz- SC
Lucia Ribeiro, socióloga
Marcelo Timotheo da Costa, historiador
Maria Helena Silva Timotheo da Costa
Ianete Sampaio
Ney Paiva Chavez, professora educação visual, Rio de janeiro
Antonio Carlos Fester
Ana Lucia Alves, Brasília
Ivo Forotti, Cebs – Canoas – RS
Agnaldo da Silva Vieira – Pastor Batista. Igreja Batista da Esperança – Rio de Janeiro
Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro
Marlene Ossami de Moura, antropóloga / Goiânia
Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife
Pedro Henriques de Moraes Melo – UFC/ACEG
Fernanda Seibel, Caxias do Sul.
Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru – Fortaleza
Pe. Lino Allegri – Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE
Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor de Comunicação Social da UFRN
Pasqualino Toscan – Guaraciaba SC
Francisco das Chagas de Morais, Natal – RN
Elida Araújo
Maria do Socorro Furtado Veloso – Natal, RN
Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora
Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa, Professora UFPE
Débora Costa-Maciel, Profª. UPE
Maria Theresia Seewer
Ida Vicenzia Dias Maciel
Marcelo Tibaes
Sergio Bernardoni, diretor da CARAVIDEO- Goiânia – Goiás
Claudio de Oliveira Ribeiro. Sou pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP
Pe. Paulo Sérgio Vaillant – Presbítero da Arquidiocese de Vitória – ES
Roberto Fernandes de Souza. RG 08539697-6 IFP RJ - Secretario do CEBI RJ
Sílvia Pompéia.
Pe. Maro Passerini – coordenador Past. Carcerária – CE
Dora Seibel – Pedagoga, Caxias do Sul
Mosara Barbosa de Melo
Maria de Fátima Pimentel Lins
Prof. Renato Thiel, UCB-DF
Alexandre Brasil Fonseca , Sociólogo, prof. da UFRJ, Ig. Presbiteriana e coordenador da Rede FALE)
Daniela Sanches Frozi, (Nutricionista, profa. da UERJ, Ig. Presbiteriana, conselheira do CONSEA Nacional e vice-presidente da ABUB)
Marcelo Ayres Camurça – Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – Universidade Federal de Juiz de Fora
Revd. Cônego Francisco de Assis da Silva,Secretário Geral da IEAB e membro da Coordenação do Fórum Ecumênico Brasil
Irene Maria G.F. da Silva Telles
Manfredo Araújo de Oliveira
Agnaldo da Silva Vieira – Pedagogo e Pastor Auxiliar da Igreja Batista da Esperança-Centro do Rio de Janeiro
Pr. Marcos Dornel – Pastor Evangélico – Igreja Batista Nova Curuçá – SP
Adriano Carvalho.
Pe. Sérgio Campos, Fundação Redentorista de Comunicações Sociais – Paranaguá/PR
Eduardo Dutra Machado, pastor presbiteriano
Maria Gabriela Curubeto Godoy – médica psiquiatra – RS
Genoveva Prima de Freitas- Professora – Goiânia
M. Candida R. Diaz Bordenave
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa (Professora – UFPE)
Paulo Teixeira, parlamentar, São Paulo
Alessandro Molon, parlamentar, Rio de Janeiro
Adjair Alves (Professor – UPE)
Luziano Pereira Mendes de Lima – UNEAL
Cláudia Maria Afonso de Castro-psicóloga- trabalhadora da Saúde-SMS Suzano-SP
Fátima Tavares, Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Antropologia FFCH/UFBA
Carlos Caroso, Professor Associado do Departamento de Antropologia e Etrnologia da UFBA
Isabel Tooda
Joanildo Burity (Anglicano, cientista político, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Prof. Dr. Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Professor de Teologia PUC- Rio
Aristóteles Rodrigues - Psicólogo, Mestre em Ciência da Religião
Zwinglio Mota Dias – Professor Associado III – Universidade Federal de Juiz de Fora
Antonio Francisco Braga dos Santos- IFCE
Paulo Couto Teixeira, Mestrando em Teologia na EST/IECLB
Rev. Luis Omar Dominguez Espinoza
Anivaldo Padilha – Metodista, KOINONIA, líder ecumênico
Nercina Gonçalves
Hélio Rios, pastor presbiteriano
João José Silva Bordalo Coelho, Professor- RJ
Lucilia Ramalho. Rio de janeiro.
Maria tereza Sartorio, educadora, ES
Maria José Sartorio, saúde, ES
Nilda Lucia sartorio, secretaria de ação social, Espírito Santo
Ângela Maria Fernandes – Curitiba, Paraná
Lúcia Adélia Fernandes
Jeanne Nascimento – Advogada em São Paulo/SP
Frei José Alamiro, franciscano, São Paulo, SP
Ruth Alexandre de Paulo Mantoan
José Luiz de Lima
Gilberto Alvarez Giusepone Júnior (Prof. Giba), educador, São Paulo

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Reflexões da Campanha, por Carlos Saraiva

Companheiros(as)

Estamos vivendo um momento muito interessante e perturbador da campanha da nossa companheira Dilma.
A grande imprensa, os fascistas, neonazistas, saudosos da ditadura, estão adotando uma nova e eficiente tática.
A comparação entre os governos FHC- Lula ficou para um segundo plano. Admitem de maneira cínica, a superioridade de Lula, em respeito a sua popularidade e o descrédito e desmoralização de FHC.
Assim precisam desconstruir Dilma e o PT. Dilma “inexperiente”, não confiável, que vai trair o Lula, e se deixar levar e ser manipulada pelo PT. Trazem para a cena o famoso antipetismo, alimentado por uma classe média , medrosa e preconceituosa. Lula governou e fez um grande governo porque soube domar o PT. A desconstrução da Dilma é feita de várias formas e métodos. Aí surge o grande homem, do “Bem”, que vai salvar o grande pais que está nascendo. Serra não é dessa maneira o seguidor de FHC, mas representa o futuro iniciado por Lula. Fará um governo de união nacional, acima dos partidos e sobretudo ético, pois não terá o PT ao seu lado. Contraditório, paradoxal, mas não é. O programa do Serra parece nosso, solto, coloquial, humano. Coloca e realça tudo que foi feito pelo governo Lula, mostrando sua história Ao lado de Jango, em defesa da democracia e luta contra a ditadura, perfeito, e ainda pergunta onde estava Dilma. Enquanto isso o nosso programa, torna-se repetitivo, burocrático e formal. Um primor de mistificação, de cinismo, próprio de uma direita, que tem em seus quadros, egressos da esquerda e se vale de uma imprensa golpista e da vacilação de ressentidos antipetistas.
O que fazer? Acho que as comparações devem continuar, os programas devem ser mais leves e coloquiais, mas sobretudo o alvo deverá ser a desconstrução do Serra.
Como pode ser do “bem” quem estimula o ódio, a intolerância , a mentira e a violência. Como pode defender a liberdade de expressão quem a trata com desrespeito e grosseria, no trato com os próprios agentes da mídia quando os questionamentos o desagradam. Como pode falar em governo de união nacional quem criminaliza os movimentos sociais. Como pode falar em corrupção e ética, quem esteve comprometido e que ajudou à coloca-las na lata do lixo, vede privatizações. Quem pode falar em educação, quem a destruiu em seu Estado, inclusive no governo FHC, contra as escolas técnicas. Como falar em Protec quem sempre foi contra o ProUni. Reforçar a Petrobras, Banco do Brasil, Caixa , BNDES, quem tudo fez para liquida-los, estimulando ou as privatizações ou seus usos privados.Como pode falar em salário mínimo, vantagens para o trabalhador e em melhoria aos aposentados quem sempre foi contra qualquer beneficio e votou contra , como mostra sua atuação no parlamento. Como pode falar em melhorar o Bolsa Família quem foi contra.falar em política econômica eficiente quem ajudou à afundar esse pais com as privatizações. Falar em ficha limpa quem a tem suja. Não esse pais que está nascendo, só pode continuar à crescer e se desenvolver com aquela que participou de todo esse processo Dilma e não quem sempre foi oposição. Precisamos realçar sem medo o papel do PT na política brasileira e seu engajamento junto aos movimentos sociais, de onde veio e ajudou a fundar e fortalecer. PT que foi formado com a participação de todas correntes de pensamento libertário, inclusive cristãs e os mais diferentes matizes da religiosidade. Partido que sempre cultivou mais do que a tolerância o respeito ao “outro” e “outros”. Dessa maneira não podemos aceitar a mentira, o jogo sujo e o cinismo de uma direita travestida de uma moral de ocasião e de uma ética de esgoto. Não podemos ficar reféns da agenda construída pela mídia e fabulada pelo mau caratismo de Serra. Acho portanto que não devemos sucumbir com respostas defensivas e me parece rebaixadas, como carta- compromisso à quem quer que seja. A hora é de liquidar com esse mentiroso contumaz. Esse é o alvo. Vamos à luta pois um novo pais construído por Lula, está nascendo, e com Dilma vai continuar crescendo e se desenvolvendo mais justo, solidário e igual. Assim como a esperança venceu o medo, o amor vencerá o ódio.
Saudações petistas e democráticas.

Saraiva

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

REVISTA CARTA CAPITAL APOIA DILMA

O Brasil merece a continuidade do governo Lula em lugar da ferocidade dos eleitores tucanos. Por Mino Carta. Foto: Roberto Stuckert Filho
Dilma, mostre que é de briga
Mino Carta

12 de outubro de 2010 às 15:15h

O Brasil merece a continuidade do governo Lula em lugar da ferocidade dos eleitores tucanos

As reações de milhares de navegantes da internet envolvidos na celebração dos resultados do primeiro turno como se significassem a derrota de Dilma Rousseff exibem toda a ferocidade – dos súditos de José Serra. Sem contar que a pressa de suas conclusões rima sinistramente com ilusões.

Escrevi ferocidade, e não me arrependo. Trata-se de um festival imponente de preconceitos e recalques, de raiva e ódio, de calúnias e mentiras, indigno de um país civilizado e democrático. É o destampatório de vetustos lugares-comuns cultivados por quem se atribui uma primazia de marca sulista em relação a regiões- entendidas como fundões do Brasil. É o coro da arrogância, da prepotência, da ignorância, da vulgaridade.

É razoável supor que essa manifestação de intolerância goze da orquestração tucana, excitada pelo apoio maciço da mídia e pelos motes da campanha serrista. Entre eles, não custa acentuar, a fatídica intervenção da mulher do candidato do PSDB, Mônica, pronta a enxergar na opositora uma assassina de criancinhas. A onda violeta (cor do luto dos ritos católicos) contra a descriminalização do aborto contou com essa notável contribuição.

Ocorre recordar as pregações dos púlpitos italianos e espanhóis: verifica-se que a Igreja Católica não hesita em interferir na vida política de Estados laicos. Não são assassinos de criancinhas, no entanto, os parlamentares portugueses que aprovaram a descriminalização do aborto, em um país de larguíssima maioria católica. É uma lição para todos nós. Dilma Rousseff deixou claro ser contra o aborto “pessoalmente”. Não bastou. Os ricos têm todas as chances de praticar o crime sem correr risco algum. E os pobres? Que se moam.

A propaganda petista houve por bem retirar o assunto de sua pauta. É o que manda o figurino clássico, recuar em tempo hábil. Fernando Henrique Cardoso declarava-se ateu em 1986. Mudou de ideia depois de perder a Prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros e imagino que a esta altura não se abstenha aos domingos de uma única, escassa missa. Se não for o caso de comungar.

A política exige certos, teatrais fingimentos. Não creio, porém, que os marqueteiros nativos sejam os melhores mestres em matéria. Esta moda do marqueteiro herdamos dos Estados Unidos, onde os professores são de outro nível, às vezes entre eles surgem psiquiatras de fama mundial e atores consagrados. Em relação ao pleito presidencial, as pesquisas falharam e os marqueteiros do PT também.
Leio nesses dias que Dilma foi explicitamente convidada por autoridades do seu partido a descer do salto alto. Se subiu, de quem a responsabilidade? De todo modo, se salto alto corresponde a uma campanha bem mais séria e correta do que a tucana, reconhecemos nela o mérito da candidata.

Acaba de chegar o momento do confronto direto, dos debates olhos nos olhos. Ao reiterar nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff, acreditamos, isto sim, que ela deva partir firmemente para a briga, o que, aliás, não discreparia do temperamento que lhe atribuem. Não para aderir ao tom leviano e brutalmente difamatório dos adversários, mas para desnudar, sem meias palavras, as diferenças entre o governo Lula e o de FHC. Profundas e concretas, dizem respeito a visões de vida e de mundo, e aos genuínos interesses do País, e a eles somente. Em busca da distribuição da riqueza e da inclusão de porções cada vez maiores da nação, para aproveitar eficazmente o nosso crescimento de emergente vitorioso.

CartaCapital está com Dilma Rousseff porque é a chance da continuidade e do aprofundamento das políticas benéficas promovidas pelo presidente Lula. E também porque o adágio virulento das reações tucanas soletra o desastre que o Brasil viveria ao cair em mãos tão ferozes.

P.S. Bem a propósito: a demissão de Maria Rita Kehl por ter defendido na sua coluna do Estado de S. Paulo a ascensão social das classes mais pobres prova que quem constantemente declara ameaçada a liberdade de imprensa não a pratica no seu rincão.


Mino Carta
Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde. redacao@cartacapital.com.br

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Campanha ou guerra?

Arlete Sampaio

Qualquer análise sobre o que significa este segundo turno deve ser precedida por uma correta percepção sobre o que estamos travando: isso é uma campanha ou é uma guerra?

A última semana de 1º turno e o início da primeira semana do 2º turno mostram que não estão fazendo campanha contra Dilma. Estão travando uma guerra.

Campanha insidiosa não é campanha, é guerra. Campanha que abusa do sentimento religioso não é campanha, é cruzada. Campanha que inventa frases nunca proferidas por Dilma para demonizá-la não é campanha, é crime.

A quem interessa esse clima de guerra? A ninguém que cultive um mínimo de espírito democrático. A ninguém que tenha esclarecimento suficiente para saber que uma campanha eleitoral não é um plebiscito sobre questões bioéticas que são complexas, que envolvem os três poderes da República e que merecem um tratamento sério, e não sua banalização e uso preconceituoso.

Não era para ser isso, mas o segundo turno pode se tornar uma batalha do esclarecimento contra o obscurantismo. Voltamos ao século XVIII. É lá, no século XVIII, que os setores elitistas ultraconservadores insistem em querer manter o Brasil, em inúmeras questões. E é lamentável que parte considerável dos que se dizem democratas se renda a esse senhorio e aceite entrar pela porta dos fundos desse condomínio.

Ao percebermos esse quadro, é preciso uma mudança de postura. Da candidata, dos partidos, dos militantes, e principalmente dos cidadãos que vêem sua cidadania ser arranhada pelas patas do reacionarismo; dos que são ameaçados em seu direito de discernir corretamente sobre o que
está em jogo, diante de uma pregação que não é só destinada ao 2º turno, mas até a um 3º turno da eleição presidencial.

Todos os setores democráticos e populares, os que votaram em Marina e mesmo parte dos que votaram em Serra têm o dever de entender o que se está passando. A candidatura adversária está sendo capturada pelo reacionarismo. O candidato Serra, que se dizia orgulhoso de sua biografia, será que ainda faz questão de preservá-la? É o que veremos, não no horário eleitoral gratuito, mas nas ruas, nos panfletos apócrifos, nas mensagens que destilam ódio pela internet, nos pronunciamentos de seu vice (seja lá quem for).

As três principais candidaturas (Dilma, Serra e Marina) fizeram um primeiro turno relativamente tranqüilo, salvo pelas duas últimas semanas de ataques irracionais à candidata governista. Dilma com um programa propositivo, Serra fingindo não ser de oposição e Marina falando, justamente, contra a polarização (que ela paradoxalmente contribuiu para produzir, com o 2º turno).

Segundo turno, não tem jeito: é plebiscito. Ele representa um instrumento de grande importância em nosso sistema político, pois garante que o escolhido seja de fato respaldado pela ampla maioria dos eleitores. Por isso, os candidatos são obrigados a mostrar quem são, o que representam e quem representam.

É disso que se trata: a partir de agora, vai ser preciso dar nome aos bois e às boiadas. Dilma ultrapassou o teto histórico da votação da esquerda em primeiro turno, mesmo das votações dadas às campanhas vitoriosas de Lula. É um feito que demonstra o avanço conquistado pelos movimentos sociais e suas organizações e pelo amadurecimento do eleitorado brasileiro, facilitado por um conjunto de políticas públicas que mostrou as diferenças abissais do governo Lula em relação a qualquer outro governo.

Devemos pensar em três frentes: na política, na questão ambiental e no desenvolvimento do país. Na política, o que está em jogo é o enraizamento da participação popular no desenho das políticas públicas e o fortalecimento das classes sociais menos favorecidas, em sua luta não apenas por ascensão econômica, mas por protagonismo político. Isso é algo que incomoda muita gente e que a ultradireita quer eliminar a todo custo.

Na questão ambiental, há uma guerra do setor predatório do agronegócio contra Dilma. Basta ver que os mapas de votação que dão maioria a Serra localizam-se fortemente em Estados e localidades que têm os maiores focos de agronegócio predatório. É só ver quem está do lado de Serra e os ruralistas que o apóiam.

Já o modelo de desenvolvimento sustentável com inclusão social deve mostrar suas diferenças com o modelo de desenvolvimento excludente, privatista e predatório. Vamos ter que lembrar dos vôos de galinha, dos “inimpregáveis”, dos “vagabundos” (foi assim mesmo que FHC denominou os servidores públicos aposentados), da época em que se considerava delírio um salário mínimo de100 dólares (isso mesmo, hoje daria menos de 170 reais).

Será preciso mostrar o que fizemos em crescimento econômico e em desenvolvimento social das regiões mais pobres. Teremos que relembrar o que era a Petrobrás e o BNDES há 8 anos e o que eles representam agora, ao terem sido transformados em alavancas do desenvolvimento nacional, com impactos positivos até sobre a América do Sul.

Será preciso mostrar o que se fez política externa, que de um lado simboliza a importância do Brasil no exterior e, de outro, atiça os que têm o complexo de vira latas.

Será preciso comparar o que se fez na Saúde no Governo Lula com o caos da saúde em São Paulo, confrontando as opções de gestão: de um lado, o fortalecimento da gestão pública; do outro, o desmonte, a terceirização, a falta de investimentos. Será preciso defender o Plano Nacional de Direitos Humanos 3, inclusive com a ajuda dos que foram responsáveis pela área de direitos humanos durante a gestão anterior.

Questões como essas deveriam ser o cerne do debate. Mas isso é para uma campanha. Para uma guerra, é mais do que urgente que não só os partidos coligados à candidatura Dilma, mas todos os movimentos de cidadania que lutam arduamente pela melhoria da qualidade do voto, pelo aperfeiçoamento da nossa democracia, pela não deturpação e manipulação do debate eleitoral cumpram a tarefa de alertar os cidadãos e cidadãs sobre as ações perversas dos que se aproveitam desse momento eleitoral e do espaço dado pela candidatura adversária para esgrimir suas ignomínias.

É preciso uma nova campanha da legalidade, com um trabalho militante de recolhimento de denúncias e acionamento penal daqueles que se acham livres para produzir atentados à democracia. Tenho a certeza de que, se isso for estancado, deixaremos de travar uma guerra e poderemos democraticamente iniciar uma campanha.

E poderemos certamente descobrir que os que apostam no envenenamento do debate eleitoral são provavelmente os mesmos que acabaram derrotados na luta pela redemocratização do país. Luta que custou muitas vidas e foi vitoriosa graças a muita mobilização popular.

É essa história que devemos defender neste momento em que não podemos cair na defensiva, nem nos acovardar pelas ameaças infames dos profetas do golpismo e dos Zés do Apocalipse.

(*) Arlete Sampaio é Deputada Distrital eleita pelo PT-DF, foi Vice-Governadora do DF (1995-1998) e Secretária Executiva do Ministério do Desenvolvimento Social do Governo Lula.
Comentário: Lilia Diniz - Não era para ser isso, mas o 2° turno pode se tornar uma batalha do esclarecimento contra o obscurantismo. Voltamos ao século XVIII. É lá, no século XVIII, que os setores elitistas ultraconservadores insistem em querer manter o Brasil. E é lamentável que parte considerável dos que se dizem democratas se renda a esse senhorio e aceite entrar pela porta dos fundos desse condomínio. O candidato Serra, que se dizia orgulhoso de sua biografia, será que ainda faz questão de preservá-la? É o que veremos, não no horário eleitoral gratuito, mas nas ruas, nos panfletos apócrifos, nas mensagens que destilam ódio pela internet, nos pronunciamentos de seu vice.

Foi demais a festa na Comunidade Retiro dos Bois, às margens do Rio Carinhanha, divisa de Minas com a Bahia

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

RedeCCom e Pontos de Cultura do Norte e Noroeste de Minas Gerais abrem as porteiras hoje para o Grande Sertão

PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO

"Os resultados da eleição do dia 3 de outubro são uma grande vitória do povo brasileiro. Dilma Rousseff e Michel Temer obtiveram mais de 47 milhões de votos, patamar semelhante aos de Lula nos primeiros turnos das eleições de 2002 e 2006.

Os Partidos que integram a coligação vitoriosa elegeram 11 governadores e disputam o segundo turno em 10 outros estados. Com mais de 350 deputados, sobre 513, entre aliados e coligados, o próximo Governo terá a maioria da Câmara Federal. Será também majoritário no Senado, com mais de 50 senadores. Terá, pelo menos, 734 deputados estaduais.

Estão reunidas, assim, todas as condições para a vitória definitiva em 31 de outubro. Para tanto, é necessário clareza política e capacidade de mobilização.

A candidatura da oposição encontra-se mergulhada em contradições. Tentam atrair os verdes, mas não podem tirar o velho e conservador DEM de seu palanque. Denuncia “aparelhismos”, mas já está barganhando cargos em um possível ministério. Proclama-se democrata, mas persegue jornalistas e censura pesquisas. Seus partidários tentam sair dessa situação por meio de uma série de manobras que buscam confundir o debate político nacional. Espalham mentiras e acusações infundadas.

Mas o que está em jogo hoje no país é o confronto entre dois projetos. De um lado, o Brasil do passado, da paralisia econômica, do gigantesco endividamento interno, mas também da dívida externa e da submissão ao FMI. O Brasil que quase foi à falência nas crises mundiais de 95, 97 e 98.

O Brasil de uma carga tributária que saltou de 27% para 35% do PIB. O Brasil dos apagões, e do sucateamento da infraestrutura. O Brasil da privataria, que torrou nossas empresas públicas por 100 bilhões de dólares e conseguiu a proeza de dobrar nossa dívida pública. E já estão anunciando novas privatizações, dentre elas a do Pré Sal.

O Brasil do passado, do Governo FHC, que nosso adversário integrou, é o país que não soube enfrentar efetivamente a desigualdade social e não tinha vergonha de afirmar que uma parte da população brasileira era “inempregável”. Portanto, o Brasil do desemprego. Era o Brasil do desmonte do Estado e da perseguição aos funcionários.

Era o Brasil das universidades à beira do colapso e da proibição do Governo Federal de custear escolas técnicas. Mas, sobretudo, era o país da desesperança, de governantes de costas para seus vizinhos da América Latina, cabisbaixos diante das potências estrangeiras em cujos aeroportos se humilhavam tirando os sapatos.

Em oito anos o Brasil começou a mudar. Uma grande transformação se iniciou e deverá continuar e aprofundar-se no Governo Dilma.

O Brasil de Lula, hoje, e o de Dilma, amanhã, é e será o país do crescimento acelerado que gera cada vez mais emprego e renda. Mas um país que cresce porque distribui renda. Que retirou 28 milhões de homens e mulheres da pobreza. Que possibilitou a ascensão social de 36 milhões de brasileiros. Que criou mais de 14 milhões de empregos formais. Que expandiu o crédito, sobretudo para os de baixa renda. Que fez crescer sete vezes os recursos para a agricultura familiar. E que fez tudo isso sem inflação ou ameaça dela. O Brasil de Lula e de Dilma é o país que possui uma das mais baixas dívidas internas do mundo. Que deixou de ser devedor internacional, passando à condição de credor. Que não é mais servo do FMI. É o país que enfrentou com tranquilidade a mais grave crise econômica mundial. Foi o último a sofrer seus efeitos e o primeiro a sair dela.

Dilma continuará a reconstruir e fortalecer o Estado e a valorizar o funcionalismo. O Brasil de Lula e de Dilma está reconstruindo aceleradamente sua infraestrutura energética, seus portos e ferrovias. É o Brasil do PAC. O Brasil do Pré Sal. O Brasil do Bolsa Família. É o Brasil do Minha Casa, Minha Vida, que vai continuar enfrentando o problema da moradia, sobretudo para as famílias de baixa renda.

Nosso desenvolvimento continuará sendo ambientalmente equilibrado, como demonstram os êxitos que tivemos no combate ao desmatamento e na construção de alternativas energéticas limpas. Manteremos essa posição nos debates internacionais sobre a mudança do clima.

No Brasil de Lula e de Dilma foi aprovado o FUNDEB que propiciou melhoria salarial aos professores da educação básica. É o país onde os salários dos professores universitários tiveram considerável elevação. Onde se criaram 14 novas universidades federais e 124 extensões universitárias. Onde mais de 700 mil estudantes carentes foram beneficiados com as bolsas de estudo do Prouni e 214 Escolas Técnicas Federais foram criadas. Onde 40 bilhões de reais foram investidos em ciência e tecnologia. Esse Brasil continuará a desenvolver-se porque o Governo Dilma cuidará da pré-escola à pós-graduação e fará da educação de qualidade o centro de suas preocupações. O Brasil de Dilma continuará dando proteção à maternidade e protegendo, com políticas públicas, as mulheres da violência doméstica. Será o Brasil que dará prosseguimento às políticas de promoção da igualdade racial.

Os alicerces de um grande Brasil foram criados. Mais que isso, muitas das paredes desta nova casa já estão erguidas. A obra não vai parar.

Vamos prosseguir no esforço de dar saúde de qualidade com mais UPAS, Samu, Brasil Sorridente, Médicos de Família. Vamos continuar o grande trabalho de garantir a segurança de todos os brasileiros, com repressão ao crime organizado e controle das fronteiras, mas, sobretudo, com respeito aos direitos humanos, ações sociais e a participação da sociedade como vêm acontecendo com as UPP.

Vamos continuar a ser um país soberano, solidário com seus vizinhos. Um país que luta pela paz no mundo, pela democracia, pelo respeito aos direitos humanos. Um país que luta por uma nova ordem econômica e política mundial mais justa e equilibrada.

Os brasileiros continuarão a ter orgulho de seu país. Mas, sobretudo, queremos aprofundar nossa democracia. A grande vitória que a coligação PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO obteve nas eleições para o Congresso Nacional permitirá que Dilma Rousseff tenha uma sólida base de sustentação parlamentar.

Diferentemente do que ocorreu entre 1995 e 2002, a nova maioria no Congresso não é resultado de acordos pós-eleitorais. Ela é o resultado da vontade popular expressa nas urnas. Essa maioria não será instrumento para esmagar as oposições, como no passado. Queremos um Brasil unido em sua diversidade política, étnica, cultural e religiosa.

Por essa razão repudiamos aqueles que querem explorar cinicamente a religiosidade do povo brasileiro para fins eleitorais. Isso é um desrespeito às distintas confissões religiosas. Tentar introduzir o ódio entre as comunidades religiosas é um crime. Viola as melhores tradições de tolerância do povo brasileiro, que são admiradas em todo o mundo.

O Brasil republicano é um Estado laico que respeita todas as convicções religiosas. Não permitiremos que nos tentem dividir.

O Brasil de Dilma, assim como o de Lula, é e será uma terra de liberdade, onde todos poderão, sem qualquer tipo de censura, expressar suas idéias e convicções.

Será o Brasil que se ocupará de forma prioritária das crianças e dos jovens, abrindo-lhes as portas do futuro. Por essa razão dará ênfase à educação e à cultura. Mas será também um país que cuidará de seus idosos, de suas condições de vida, de sua saúde e de sua dignidade.

Sabemos que os milhões que estiveram conosco até agora serão muitos mais amanhã.

Para dar continuidade a essa construção iniciada em 2003 convocamos todos os homens e mulheres deste país. A hora é de mobilização. É importante que nas ruas, nas escolas, nas fábricas e no campo a voz da mudança se faça ouvir mais fortemente do que a voz do atraso, da calúnia, do preconceito, da mentira, dos privilégios.

À luta, até a vitória.

Brasília, 07 de outubro de 2010.

Coligação Para o Brasil Seguir Mudando"'

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Professores e Pesquisadores de Filosofia Apoiam Dilma Rousseff para a

Professores e pesquisadores de Filosofia, abaixo assinados, manifestamos
nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República.
Seguem-se nossas razões.

Os valores de nossa Constituição exigem compromisso e responsabilidade
por parte dos representantes políticos e dos intelectuais

Nesta semana completam-se vinte e dois anos de promulgação da
Constituição Federal. Embora marcada por contradições de uma sociedade
que recém começava a acordar da longa noite do arbítrio, ela logrou
afirmar valores que animam sonhos generosos com o futuro de nosso país.
Entre os objetivos da República Federativa do Brasil estão “construir
uma sociedade livre, justa e solidária”, “garantir o desenvolvimento
nacional”, “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais”.

A vitalidade de nossa República depende do efetivo compromisso com tais
objetivos, para além da mera adesão verbal. Por parte de nossos
representantes, ele deve traduzir-se em projetos claros e ações
efetivas, sujeitos à responsabilização política pelos cidadãos. Dos
intelectuais, espera-se o exame racionalmente responsável desses
projetos e ações.

Os oito anos de governo Lula constituíram um formidável movimento na
direção desses objetivos. Reconheça-se o papel do governo anterior na
conquista de relativa estabilidade econômica. Ao atual governo, porém,
deve-se tributar o feito inédito de conciliar crescimento da economia,
controle da inflação e significativo desenvolvimento social. Nesses oito
anos, a pobreza foi reduzida em mais de 40%; mais de 30 milhões de
brasileiros ascenderam à classe média; a desigualdade de renda sofreu
uma queda palpável. Não se tratou de um efeito natural e inevitável da
estabilidade econômica. Trata-se do resultado de políticas públicas
resolutamente implementadas pelo atual governo – as quais não se limitam
ao Bolsa Família, mas têm nesse programa seu carro-chefe.

Tais políticas assinalam o compromisso do governo Lula com a realização
dos objetivos de nossa República. Como ministra, Dilma Rousseff exerceu
um papel central no sucesso dessa gestão. Cremos que sua chegada à
Presidência representará a continuidade, aprofundamento e
aperfeiçoamento do combate à pobreza e à desigualdade que marcou os
últimos oito anos.

Há razões para duvidar que um eventual governo José Serra ofereça os
mesmos prospectos. É notório o desprezo com que os programas sociais do
atual governo – em particular o Bolsa Família – foram inicialmente
recebidos pelos atores da coligação que sustenta o candidato. Frente ao
sucesso de tais programas, José Serra vem agora verbalizar sua adesão a
eles, quando não arroga para si sua primeira concepção. Não tendo ainda,
passado o primeiro turno, apresentado um programa de governo, ele nos
lança toda sorte de promessas – algumas das quais em franco contraste
com sua gestão como governador de São Paulo – sem esclarecer como
concretizá-las. O caráter errático de sua campanha justifica ceticismo
quanto à consistência de seus compromissos. Seu discurso pautado por
conveniências eleitorais indica aversão à responsabilidade que se espera
de nossos representantes. Ironicamente, os intelectuais associados ao
seu projeto político costumam tachar o governo Lula e a candidatura
Dilma de populistas.

O compromisso com a inclusão social é um compromisso com a democracia

A despeito da súbita conversão da oposição às políticas sociais do atual
governo, ainda ecoam entre nós os chavões disseminados por ela sobre os
programas de transferência de renda implementados nos últimos anos: eles
consistiriam em mera esmola assistencialista desprovida de mecanismos
que possibilitem a autonomia de seus beneficiários; mais grave,
constituiriam instrumento de controle populista sobre as massas pobres,
visando à perpetuação no poder do PT e de seus aliados. Tais chavões
repousam sobre um equívoco de direito e de fato.

A história da democracia, desde seus primeiros momentos na pólis
ateniense, é a história da progressiva incorporação à comunidade
política dos que outrora se viam destituídos de voz nos processos
decisórios coletivos. Que tal incorporação se mostre efetiva pressupõe
que os cidadãos disponham das condições materiais básicas para seu
reconhecimento como tais. A cidadania exige o que Kant caracterizou como
independência: o cidadão deve ser “seu próprio senhor (sui iuris)”, por
conseguinte possuir “alguma propriedade (e qualquer habilidade, ofício,
arte ou ciência pode contar como propriedade) que lhe possibilite o
sustento”. Nossa Constituição vai ao encontro dessa exigência ao
reservar um capítulo aos direitos sociais.

Os programas de transferência de renda implementados pelo governo não
apenas ajudaram a proteger o país da crise econômica mundial – por
induzirem o crescimento do mercado interno –, mas fortaleceram nossa
democracia ao criar bases concretas para a cidadania de milhões de
brasileiros. Se atentarmos ao seu formato institucional, veremos que
eles proporcionam condições para a progressiva autonomia de seus
beneficiários, ao invés de prendê-los em um círculo de dependência. Que
mulheres e homens beneficiados por tais programas confiram seus votos às
forças que lutaram por implementá-los não deve surpreender ninguém –
trata-se, afinal, da lógica mesma da governança democrática. Senhoras e
senhores de seu destino, porém, sua relação com tais forças será
propriamente política, não mais a subserviência em que os confinavam as
oligarquias.

As liberdades públicas devem ser protegidas, em particular de seus
paladinos de ocasião

Nos últimos oito anos – mas especialmente neste ano eleitoral –
assistiu-se à reiterada acusação, por parte de alguns intelectuais e da
grande imprensa, de que o presidente Lula e seu governo atentam contra
as liberdades públicas. É verdade que não há governo cujos quadros
estejam inteiramente imunes às tentações do abuso de poder; é justamente
esse fato que informa o desenvolvimento dos sistemas de freios e
contrapesos do moderno Estado de Direito. Todavia, à parte episódios
singulares – seguidos das sanções e reparos cabíveis –, um olhar sóbrio
sobre o nosso país não terá dificuldade em ver que o governo tem zelado
pelas garantias fundamentais previstas na Constituição e respeitado a
independência das instituições encarregadas de protegê-las, como o
Ministério Público, a Procuradoria Geral da República e o Supremo
Tribunal Federal.

Diante disso, foi com desgosto e preocupação que vimos personalidades e
intelectuais ilustres de nosso país assinarem, há duas semanas, um
autointitulado “Manifesto em Defesa da Democracia”, em que acusam o
governo de tramas para “solapar o regime democrático”. À conveniência da
candidatura oposicionista, inventam uma nova regra de conduta
presidencial: o Presidente da República deve abster-se, em qualquer
contexto, de fazer política ou apoiar candidaturas. Ironicamente,
observada tal regra seria impossível a reeleição para o executivo
federal – instituto criado durante o governo anterior, não sem sombra de
casuísmo, em circunstâncias que não mereceram o alarme da maioria de
seus signatários.

Grandes veículos de comunicação sistematicamente alardeiam que o governo
Lula e a candidatura Dilma representam uma ameaça à liberdade de
imprensa, enquanto se notabilizam por uma cobertura militante e nem
sempre responsável da atual campanha presidencial. As críticas do
Presidente à grande imprensa não exigem adesão, mas tampouco atentam
contra o regime democrático, em que o Presidente goza dos mesmos
direitos de todo cidadão, na forma da lei. Propostas de aperfeiçoamento
dos marcos legais do setor devem ser examinadas com racionalidade, a
exemplo do que tem acontecido em países como a França e a Inglaterra.

Se durante a campanha do primeiro turno houve um episódio a ameaçar a
liberdade de imprensa no Brasil, terá sido o estranho requerimento da
Dra. Sandra Cureau, vice-procuradora-geral Eleitoral, à revista Carta
Capital. De efeito intimidativo e duvidoso lastro legal, o episódio não
recebeu atenção dos grandes veículos de comunicação do país, tampouco
ensejou a mobilização cívica daqueles que, poucos dias antes, publicavam
um manifesto contra supostas ameaças do Presidente à democracia
brasileira. O zelo pelas liberdades públicas não admite dois pesos e
duas medidas. Quando a evocação das garantias fundamentais se vê
aliciada pelo vale-tudo eleitoral, a Constituição é rebaixada à mera
retórica.

Estamos convictos de que Dilma Rousseff, se eleita, saberá proteger as
liberdades públicas. Comprometidos com a defesa dessas liberdades,
recomendamos o voto nela.

Em defesa do Estado laico e do respeito à diversidade de orientações
espirituais, contra a instrumentalização política do discurso religioso

A Constituição Federal é suficientemente clara na afirmação do caráter
laico do Estado brasileiro. É garantida aos cidadãos brasileiros a
liberdade de crença e consciência, não se admitindo que identidades
religiosas se imponham como condição do exercício de direitos e do
respeito à dignidade fundamental de cada um. Isso não significa que a
religiosidade deva ser excluída da cena pública; exige, porém,
intransigência com os que pregam o ódio e a intolerância em nome de uma
orientação espiritual particular.

É, pois, com preocupação que testemunhamos a instrumentalização do
discurso religioso na presente corrida presidencial. Em particular,
deploramos a guarida de templos ao proselitismo a favor ou contra esta
ou aquela candidatura – em clara afronta à legislação eleitoral. Dilma
Rousseff, em particular, tem sido alvo de campanha difamatória baseada
em ilações sobre suas convicções espirituais e na deliberada distorção
das posições do atual governo sobre o aborto e a liberdade de
manifestação religiosa. Conclamamos ambos os candidatos ora em disputa a
não cederem às intimidações dos intolerantes. Temos confiança de que um
eventual governo Dilma Rousseff preservará o caráter laico do Estado
brasileiro e conduzirá adequadamente a discussão de temas que, embora
sensíveis a religiosidades particulares, são de notório interesse
público.

O compromisso com a expansão e qualificação da universidade é condição
da construção de um país próspero, justo e com desenvolvimento
sustentável

É incontroverso que a prosperidade de um país se deixa medir pela
qualidade e pelo grau de universalização da educação de suas crianças e
de seus jovens. O Brasil tem muito por fazer nesse sentido, uma tarefa
de gerações. O atual governo tem dado passos na direção certa. Programas
de transferência de renda condicionam benefícios a famílias à manutenção
de suas crianças na escola, diminuindo a evasão no ensino fundamental. A
criação e ampliação de escolas técnicas e institutos federais têm
proporcionado o aumento de vagas públicas no ensino médio. Programas
como o PRODOCENCIA e o PARFOR atendem à capacitação de professores em
ambos os níveis.

Em poucas áreas da governança o contraste entre a administração atual e
a anterior é tão flagrante quanto nas políticas para o ensino superior e
a pesquisa científica e tecnológica associadas. Durante os oito anos do
governo anterior, não se criou uma nova universidade federal sequer; os
equipamentos das universidades federais viram-se em vergonhosa penúria;
as verbas de pesquisa estiveram constantemente à mercê de
contingenciamentos; o arrocho salarial, aliado à falta de perspectivas e
reconhecimento, favoreceu a aposentadoria precoce de inúmeros docentes,
sem a realização de concursos públicos para a reposição satisfatória de
professores. O consórcio partidário que cerca a candidatura José Serra –
o mesmo que deu guarida ao governo anterior – deve explicar por que e
como não reeditará essa situação.

O atual governo tem agido não apenas para a recuperação do ensino
superior e da pesquisa universitária, após anos de sucateamento, como
tem implementado políticas para sua expansão e qualificação – com
resultados já reconhecidos pela comunidade científica internacional. O
PROUNI – atacado por um dos partidos da coligação de José Serra –
possibilitou o acesso à universidade para mais de 700.000 brasileiros de
baixa renda. Através do REUNI, as universidades federais têm assistido a
um grande crescimento na infraestrutura e na contratação, mediante
concurso público, de docentes qualificados. Programas de fomento,
levados a cabo pelo CNPq e pela CAPES, têm proporcionado um sensível
aumento da pesquisa em ciência e tecnologia, premissa central para o
desenvolvimento do país. Foram criadas 14 novas universidades federais,
testemunhando-se a interiorização do ensino superior no Brasil, levando
o conhecimento às regiões mais pobres, menos desenvolvidas e mais
necessitadas de apoio do Estado.

Ademais, deve-se frisar que não há possibilidade de desenvolvimento
sustentável e preservação de nossa biodiversidade – temas cujo
protagonismo na atual campanha deve-se à contribuição de Marina Silva –
sem investimentos pesados em ciência e tecnologia. Não se pode esperar
que a iniciativa privada satisfaça inteiramente essa demanda. O papel do
Estado como indutor da pesquisa científica é indispensável, exigindo um
compromisso que se traduza em políticas públicas concretas. A ausência
de projetos claros e consistentes da candidatura oposicionista, a par do
lamentável retrospecto do governo anterior nessa área, motiva receios
quanto ao futuro do ensino superior e do conhecimento científico no
Brasil – e, com eles, da proteção de nosso meio-ambiente – no caso da
vitória de José Serra. A perspectiva de continuidade e aperfeiçoamento
das políticas do governo Lula para o ensino e a pesquisa universitários
motiva nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff.

Por essas razões, apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência
da República. Para o povo brasileiro continuar em sua jornada de
reencontro consigo mesmo. Para o Brasil continuar mudando!

06 de outubro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Reflexões pós eleição na blogosfera

http://napraticaateoriaeoutra.org/
Marina Silva, Sensacional

Marina Silva passou um batonzinho de beterraba nas minhas previsões e as mandou direto para a zona. A “Onda Verde” foi muito maior do que se pensava, e é coisa de entrar em livro de história.

Eu sabia que ela ia vencer o Serra com tranquilidade no Rio, mas 20% em São Paulo? A mesma porcentagem no Brasil afora, quase uniformemente, concorrendo por um partido marginalmente mais organizado do que o PCO, com vários dirigentes evidentemente piores que os do PCO. Marina Silva foi a candidata que, em 2008, sonhávamos que o Gabeira seria: uma verde que tivesse penetração nas áreas mais pobres.

Meus parabéns à companheira Marina, que sempre foi tratada aqui com todo respeito (podem fuçar o arquivo aí o que vocês quiserem) e vamos ao novo cenário, no qual, inclusive, minha audiência deve permanecer alta por mais um mês.

1.

É óbvio que eu, que voto na Dilma, fiquei puto de não termos fechado no primeiro turno, mas, antes de tudo, sou um amante do bom futebol, e, como depois da final de 98, me resta aplaudir o Zidane. Quando parecia que o nível da campanha ia ser determinado pelas butinadas da Veja, Marina Silva apareceu jogando como gente grande.

No começo desse ano, eu disse: quem tiver 10% para oferecer no final do ano vai ser o sujeito mais poderoso do Brasil, e hoje Marina Silva ocupa essa posição. O cenário ainda é amplamente favorável à Dilma, mas Serra, a essa altura, aceita reflorestar São Paulo espalhando adubo com a cara para ter o apoio da candidata verde.

Diga o que quiser do PT, isso aqui resta inegável: que quadros nós formamos ao longo desses anos, hein? Aí a gente faz umas merdas e alguns deles racham com a gente, mas, de qualquer, maneira, que quadros nós formamos. Se bem que do outro lado tem o Rodrigo Maia e o Índio da Costa, tem que ver isso também.

2.

Resta saber ainda que fatores determinaram a onda verde: se tivermos 20% de ecologistas, as notícias são excelentes. Se tivermos 20% de gente que acredita em spam sobre a Dilma, as notícias são ruins.

Marina sempre teve seus 10%, que ela segurou heroicamente em condições bastante adversas. Essa turma não é do spam, e é uma boa notícia. Nós vamos ter que fazer concessões para atrair essa gente, mas, sinceramente, essa é a pior gente que nós tivemos que atrair, essas serão as piores concessões que já tivemos que fazer? Não.

Mas não há como negar que o spam nas caixas de correio e nos púlpitos teve seu papel, inclusive, creio eu, para colocar o Serra nos 30%, que nunca teria tido. A CNBB do Sudeste orientou voto contra a Dilma, e ontem, no Twitter, o Roberto Jefferson se divertia falando do efeito que teriam os sermões de domingo. O Ex-Blog do César Maia (aliás, prefeito, parabéns por ter ficado na frente do Vaguinho!) no sábado comemorava claramente que a “base” que tinha soltado os spams tinha sido muito mais eficaz do que a coordenação da campanha do Serra.

Os religiosos têm todo o direito de serem contra o aborto, como, aliás, são vários agnósticos e ateus: a discussão sobre a humanidade do feto é extraordinariamente complexa, e jamais poderá ser tratada com leveza. Sou da opinião de que devemos determinar um grau de desenvolvimento do feto a partir do qual o aborto seja proibido, como fazem na Europa, e, dentro do período precedente da gravidez, admitir que não sabemos mais do que ninguém, deixando a decisão para quem estiver na situação de tomá-la. Mas admito que haja gente que prefere jogar na defesa 100% e não correr nenhum risco de cometer um assassinato (vale dizer, isso não se aplica ao caso das células-tronco, em que os opositores da pesquisa claramente cometem assassinatos).

Mas é uma pena que esse problema real, que no mundo todo é uma questão candente, tenha sido tematizado aqui como é nos EUA, na base do escândalo e da débil mental da Monica Serra dizendo que Dilma quer matar criancinhas: vale dizer, considero absolutamente impossível que Monica Serra, que era professora de dança na Unicamp, uma dona toda modernosa, realmente acredite nisso. O que torna a coisa duplamente desprezível.

Mas o jogo é jogado. Vambora.

3.

Minha aposta é que Marina fica neutra no segundo turno. Se ela quiser apoiar alguém, consegue o que quiser. Tanto Dilma quanto Serra aceitam botar uma tribo xavante morando no Palácio do Planalto se for para conseguir o apoio da comadre do James Cameron. Mas acho que ela vai escolher a neutralidade.

Por um motivo simples. Hoje, Marina é mais poderosa que Lula. No dia seguinte à eleição, não é mais. Marina não vai ter força para cobrar os compromissos assumidos agora. Se o Serra oferecer acabar com Belo Monte, dois anos depois a bancada conservadora exige Belo Monte e, daqui a dois anos, o que importa o que pensa Marina?

E tem dois exemplos que devem favorecer a neutralidade de Marina, se ela pensar direito sobre o assunto.

O primeiro é Gabeira. Gabeira produziu a primeira onda verde, que, dentro do eleitorado que disputava, foi maior que a de Marina. Mas assim que fechou com a oposição ao Lula, deixou de ser terceira via, e passou a ser visto – injustamente, penso eu – como um tucano um pouco mais moderno do que a média. Ontem, se não fosse o embalo dado pela candidatura de Marina Silva a todos os verdes, Gabeira poderia ter sido o pior segundo colocado do país.

Torço para que Gabeira saiba ainda se reinventar, mas a decisão de se aliar ao DEM esse ano claramente foi desastrosa, e Marina tem que saber que, se fechar com Serra, é isso que estará fazendo, abraçando a Kátia Abreu.

O segundo exemplo, mais distante, mas talvez mais pertinente, é o exemplo da aliança Conservadores/Liberal-Democratas no Reino Unido. Quando acabou a eleição, era possível formar um governo Trabalhista/Liberal Democrata, bastando para isso incorporar os pequenos partidos nacionalistas. Mas a opinião pública foi radicalmente contrária a isso, porque era claro que o recado das urnas era anti-Labour. Seria ridículo se o voto nos LibDems, que era sobretudo uma expressão de um desejo de mudança, servisse para garantir a continuidade.

No Brasil a situação é inversa. O desejo de continuidade é evidente: Dilma chegou perto da maioria absoluta, Serra colocou o Lula na propaganda, e uma das forças de Marina foi ter sido ministra do Lula. A aprovação do governo é altíssima.

O voto na Marina é um voto de continuidade, com cobrança de ajustes de percurso – muitas das quais perfeitamente apropriadas. Se Marina servir para impor uma derrota a Lula, estará claramente subvertendo o sentido do voto que recebeu. Se ela desse a vitória a Serra, quando o novo governo chamasse a legião de senadores do DEM desempregados para o ministério, ou desse a Agricultura para o Ronaldo Caiado, a marca Marina Silva seria ferida de morte.

Marina entende mais de política do que a gente, e é por isso que ela deu um couro em todo mundo e nós estamos aqui escrevendo blog. Mas, se ela quiser meu conselho, é esse que dou: fique neutra, garanta que o PV não vai usar sua imagem quando negociar seu preço (meu palpite: dois vales-transportes e uma ficha telefônica) com Serra, e vá pra Búzios curtir a praia.

4.

Resumindo: fiquei puto de não termos levado no primeiro turno, mas ficarei felicíssimo de fazer concessões a Marina Silva. De agora em diante, podemos dizer à bancada do desmatamento que o outro lado do debate tem 20 milhões de votos, e isso todo mundo respeita.

Parabéns de novo à candidata verde, e fica meu apelo para que o PT dê uma esverdeada, que será muito bem-vinda.

PS: mais uma vez, derrotado por Amiano Marcelino (agora reforçado pelos sempre alertas Alexandre Nodari e Flávia Cera). Maldito. Eu teria conseguido, se não fosse por esses garotos intrometidos [é a deixa para tirarem minha máscara e descobrirem que eu sou o Japajato].

Marina Silva passou um batonzinho de beterraba nas minhas previsões e as mandou direto para a zona. A “Onda Verde” foi muito maior do que se pensava, e é coisa de entrar em livro de história.

Eu sabia que ela ia vencer o Serra com tranquilidade no Rio, mas 20% em São Paulo? A mesma porcentagem no Brasil afora, quase uniformemente, concorrendo por um partido marginalmente mais organizado do que o PCO, com vários dirigentes evidentemente piores que os do PCO. Marina Silva foi a candidata que, em 2008, sonhávamos que o Gabeira seria: uma verde que tivesse penetração nas áreas mais pobres.

Meus parabéns à companheira Marina, que sempre foi tratada aqui com todo respeito (podem fuçar o arquivo aí o que vocês quiserem) e vamos ao novo cenário, no qual, inclusive, minha audiência deve permanecer alta por mais um mês.

1.

É óbvio que eu, que voto na Dilma, fiquei puto de não termos fechado no primeiro turno, mas, antes de tudo, sou um amante do bom futebol, e, como depois da final de 98, me resta aplaudir o Zidane. Quando parecia que o nível da campanha ia ser determinado pelas butinadas da Veja, Marina Silva apareceu jogando como gente grande.

No começo desse ano, eu disse: quem tiver 10% para oferecer no final do ano vai ser o sujeito mais poderoso do Brasil, e hoje Marina Silva ocupa essa posição. O cenário ainda é amplamente favorável à Dilma, mas Serra, a essa altura, aceita reflorestar São Paulo espalhando adubo com a cara para ter o apoio da candidata verde.

Diga o que quiser do PT, isso aqui resta inegável: que quadros nós formamos ao longo desses anos, hein? Aí a gente faz umas merdas e alguns deles racham com a gente, mas, de qualquer, maneira, que quadros nós formamos. Se bem que do outro lado tem o Rodrigo Maia e o Índio da Costa, tem que ver isso também.

2.

Resta saber ainda que fatores determinaram a onda verde: se tivermos 20% de ecologistas, as notícias são excelentes. Se tivermos 20% de gente que acredita em spam sobre a Dilma, as notícias são ruins.

Marina sempre teve seus 10%, que ela segurou heroicamente em condições bastante adversas. Essa turma não é do spam, e é uma boa notícia. Nós vamos ter que fazer concessões para atrair essa gente, mas, sinceramente, essa é a pior gente que nós tivemos que atrair, essas serão as piores concessões que já tivemos que fazer? Não.

Mas não há como negar que o spam nas caixas de correio e nos púlpitos teve seu papel, inclusive, creio eu, para colocar o Serra nos 30%, que nunca teria tido. A CNBB do Sudeste orientou voto contra a Dilma, e ontem, no Twitter, o Roberto Jefferson se divertia falando do efeito que teriam os sermões de domingo. O Ex-Blog do César Maia (aliás, prefeito, parabéns por ter ficado na frente do Vaguinho!) no sábado comemorava claramente que a “base” que tinha soltado os spams tinha sido muito mais eficaz do que a coordenação da campanha do Serra.

Os religiosos têm todo o direito de serem contra o aborto, como, aliás, são vários agnósticos e ateus: a discussão sobre a humanidade do feto é extraordinariamente complexa, e jamais poderá ser tratada com leveza. Sou da opinião de que devemos determinar um grau de desenvolvimento do feto a partir do qual o aborto seja proibido, como fazem na Europa, e, dentro do período precedente da gravidez, admitir que não sabemos mais do que ninguém, deixando a decisão para quem estiver na situação de tomá-la. Mas admito que haja gente que prefere jogar na defesa 100% e não correr nenhum risco de cometer um assassinato (vale dizer, isso não se aplica ao caso das células-tronco, em que os opositores da pesquisa claramente cometem assassinatos).

Mas é uma pena que esse problema real, que no mundo todo é uma questão candente, tenha sido tematizado aqui como é nos EUA, na base do escândalo e da débil mental da Monica Serra dizendo que Dilma quer matar criancinhas: vale dizer, considero absolutamente impossível que Monica Serra, que era professora de dança na Unicamp, uma dona toda modernosa, realmente acredite nisso. O que torna a coisa duplamente desprezível.

Mas o jogo é jogado. Vambora.

3.

Minha aposta é que Marina fica neutra no segundo turno. Se ela quiser apoiar alguém, consegue o que quiser. Tanto Dilma quanto Serra aceitam botar uma tribo xavante morando no Palácio do Planalto se for para conseguir o apoio da comadre do James Cameron. Mas acho que ela vai escolher a neutralidade.

Por um motivo simples. Hoje, Marina é mais poderosa que Lula. No dia seguinte à eleição, não é mais. Marina não vai ter força para cobrar os compromissos assumidos agora. Se o Serra oferecer acabar com Belo Monte, dois anos depois a bancada conservadora exige Belo Monte e, daqui a dois anos, o que importa o que pensa Marina?

E tem dois exemplos que devem favorecer a neutralidade de Marina, se ela pensar direito sobre o assunto.

O primeiro é Gabeira. Gabeira produziu a primeira onda verde, que, dentro do eleitorado que disputava, foi maior que a de Marina. Mas assim que fechou com a oposição ao Lula, deixou de ser terceira via, e passou a ser visto – injustamente, penso eu – como um tucano um pouco mais moderno do que a média. Ontem, se não fosse o embalo dado pela candidatura de Marina Silva a todos os verdes, Gabeira poderia ter sido o pior segundo colocado do país.

Torço para que Gabeira saiba ainda se reinventar, mas a decisão de se aliar ao DEM esse ano claramente foi desastrosa, e Marina tem que saber que, se fechar com Serra, é isso que estará fazendo, abraçando a Kátia Abreu.

O segundo exemplo, mais distante, mas talvez mais pertinente, é o exemplo da aliança Conservadores/Liberal-Democratas no Reino Unido. Quando acabou a eleição, era possível formar um governo Trabalhista/Liberal Democrata, bastando para isso incorporar os pequenos partidos nacionalistas. Mas a opinião pública foi radicalmente contrária a isso, porque era claro que o recado das urnas era anti-Labour. Seria ridículo se o voto nos LibDems, que era sobretudo uma expressão de um desejo de mudança, servisse para garantir a continuidade.

No Brasil a situação é inversa. O desejo de continuidade é evidente: Dilma chegou perto da maioria absoluta, Serra colocou o Lula na propaganda, e uma das forças de Marina foi ter sido ministra do Lula. A aprovação do governo é altíssima.

O voto na Marina é um voto de continuidade, com cobrança de ajustes de percurso – muitas das quais perfeitamente apropriadas. Se Marina servir para impor uma derrota a Lula, estará claramente subvertendo o sentido do voto que recebeu. Se ela desse a vitória a Serra, quando o novo governo chamasse a legião de senadores do DEM desempregados para o ministério, ou desse a Agricultura para o Ronaldo Caiado, a marca Marina Silva seria ferida de morte.

Marina entende mais de política do que a gente, e é por isso que ela deu um couro em todo mundo e nós estamos aqui escrevendo blog. Mas, se ela quiser meu conselho, é esse que dou: fique neutra, garanta que o PV não vai usar sua imagem quando negociar seu preço (meu palpite: dois vales-transportes e uma ficha telefônica) com Serra, e vá pra Búzios curtir a praia.

4.

Resumindo: fiquei puto de não termos levado no primeiro turno, mas ficarei felicíssimo de fazer concessões a Marina Silva. De agora em diante, podemos dizer à bancada do desmatamento que o outro lado do debate tem 20 milhões de votos, e isso todo mundo respeita.

Parabéns de novo à candidata verde, e fica meu apelo para que o PT dê uma esverdeada, que será muito bem-vinda.

PS: mais uma vez, derrotado por Amiano Marcelino (agora reforçado pelos sempre alertas Alexandre Nodari e Flávia Cera). Maldito. Eu teria conseguido, se não fosse por esses garotos intrometidos [é a deixa para tirarem minha máscara e descobrirem que eu sou o Japajato].