domingo, 22 de novembro de 2009

RedeCCom na Conferência Distrital de Comunicação

A Conferência Distrital de Comunicação terminou neste domingo,(22/11) com um saldo no mínimo interessante. Ao final das votações para eleger os delegados para a Conferência Nacional a ser realizada em Dezembro, pode se ver claramente os protagonistas em campo e suas referências. Não foi aquele passeio que aqueles grupos que estiveram mais ligados ao processo de organização da CONFECOM DF, imaginavam; uma legitimação pura e simples de suas propostas e práticas. O questionamento da votação em chapa, sem proporcionalidade na composição da lista de delegados e suplentes, foi o ponto alto que levou a reflexão sobre "a democracia" exercida pelos grupos que advogam deter o capital intelectual para representar a maioria na mesa de deliberações. Para todos nós que pregamos a comunicação como um direito de todos, é um fantástico ponto de discussão.

Joaquim Carvalho disse...
Ninguém pode imaginar que grupos organizados, trabalhando arduamente para construção do processo permita excluir companheiros e entidades divergentes mas que lutaram por um objetivo, para ceder espaços para paraquedistas de momento. O problema central não foi a questão da exclusão de um grupo por divergências políticas e/ou ideológicas e sim pela questão do reduzido numero de vagas para delegados e suplentes. Nenhuma entidade teve dois representantes, acrecentar alguem significa excluir outro. Mas o DF está de parabéns pois negras, deficientes, indios, estudantes, sindicalistas, rádios e TVs comunitárias, trabalhadores em comunicação, LGBTT, comunicação popular (a PARANOARTE Multimídia membro dessa rede), sistemas de comunicação popular, academia, foram contemplados. Assim entendo que o processo foi justo e democrático ... melhor seria que tivessemos vagas para cada segmento e também para os avulsos, FOI UMA DECISÃO DO COLETIVO QUE SE PRIORIZARIA OS DE SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE E OS COM MAIOR TEMPO NA LUTA, PARAQUEDISTA NÃO. ABRAÇO FORTE
23 de Novembro de 2009 08:42

Pedro César disse...
Muito interessante esse debate. A Conferência de comunicação não poderia dizer amém aos seus "criadores" ou, segundo outros argumentos "pioneiros", que conseguiram cadeira cativa. Agora chamar as pessoas que provocaram o debate de paraquedista torna necessário saber quem são esses aproveitadores do movimento. Fiquei curioso agora. Concordo que o ponto alto foi a defesa da proporcionalidade na escolha dos delegados. Acho, sim, que o formato da conferência evitou o debate, o que não tira a importância da conquista com a realização das conferências estaduais e a nacional. Essa mobilização e debate precisa crescer, não ficar entre iluminados e precursores desse processo.

Pedro Batista
24 de Novembro de 2009 12:23

Benildes Rodrigues disse...
Ao meu ver a questão de fundo passa pela democracia. Como parte das entidades da sociedade civil que defendem e cobram democratização da comunicação no Brasil, age de forma anti-democrática e excludente? Essa foi a questão fundamental no processo deflagrado na escolha dos delegados. Os "iluminados" chegaram com a chapa pronta e queriam que todos referendassem os nomes "escolhidos" por eles. Nós sempre denunciamos e repudiamos esse tipo de prática política.
Entidades - sindicato que foram contrárias à proporcionalidade nas chapas que concorriam a delegados à Confecom, nos momentos de disputas em suas instâncias deliberativas, defedem fervorosamente a proporcionalidade. Como eles tinham a maioria na plenária e queriam levar os seus 10 cupinchas, o que fizeram? Passaram o trator.
Neste caso, o conteúdo: "democratização dos meios de comunicação" foi derrotado naquele momento, pelas entidades que defenderam e votaram pela forma/procedimento: "exclusão e alijamento".
Benildes Rodrigues
benildes13@fenaj.org.br,
27 de Novembro de 2009 09:10

4 comentários:

  1. Ninguém pode imaginar que grupos organizados, trabalhando arduamente para construção do processo permita excluir companheiros e entidades divergentes mas que lutaram por um objetivo, para ceder espaços para paraquedistas de momento. O problema central não foi a questão da exclusão de um grupo por divergências políticas e/ou ideológicas e sim pela questão do reduzido numero de vagas para delegados e suplentes. Nenhuma entidade teve dois representantes, acrecentar alguem significa excluir outro. Mas o DF está de parabéns pois negras, deficientes, indios, estudantes, sindicalistas, rádios e TVs comunitárias, trabalhadores em comunicação, LGBTT, comunicação popular (a PARANOARTE Multimídia membro dessa rede), sistemas de comunicação popular, academia, foram contemplados. Assim entendo que o processo foi justo e democrático ... melhor seria que tivessemos vagas para cada segmento e também para os avulsos, FOI UMA DECISÃO DO COLETIVO QUE SE PRIORIZARIA OS DE SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE E OS COM MAIOR TEMPO NA LUTA, PARAQUEDISTA NÃO. ABRAÇO FORTE

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  2. Muito interessante esse debate. A Conferência de comunicação não poderia dizer amém aos seus "criadores" ou, segundo outros argumentos "pioneiros", que conseguiram cadeira cativa. Agora chamar as pessoas que provocaram o debate de paraquedista torna necessário saber quem são esses aproveitadores do movimento. Fiquei curioso agora. Concordo que o ponto alto foi a defesa da proporcionalidade na escolha dos delegados. Acho, sim, que o formato da conferência evitou o debate, o que não tira a importância da conquista com a realização das conferências estaduais e a nacional. Essa mobilização e debate precisa crescer, não ficar entre iluminados e precursores desse processo.

    Pedro Batista

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  3. Ao meu ver a questão de fundo passa pela democracia. Como parte das entidades da sociedade civil que defendem e cobram democratização da comunicação no Brasil, age de forma anti-democrática e excludente? Essa foi a questão fundamental no processo deflagrado na escolha dos delegados. Os "iluminados" chegaram com a chapa pronta e queriam que todos referendassem os nomes "escolhidos" por eles. Nós sempre denunciamos e repudiamos esse tipo de prática política.
    Entidades - sindicato que foram contrárias à proporcionalidade nas chapas que concorriam a delegados à Confecom, nos momentos de disputas em suas instâncias deliberativas, defedem fervorosamente a proporcionalidade. Como eles tinham a maioria na plenária e queriam levar os seus 10 cupinchas, o que fizeram? Passaram o trator.
    Neste caso, o conteúdo: "democratização dos meios de comunicação" foi derrotado naquele momento, pelas entidades que defenderam e votaram pela forma/procedimento: "exclusão e alijamento".
    Benildes Rodrigues
    benildes13@fenaj.org.br,

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  4. Depois de finalizadas as 27 estapas, estaduais e distrital, se constatou que tivemos problemas da escolha de delegados em quase 50% das etapas, é difícil atender todos os interesses. O fato é que os movimentos sociais estão bem representados na 1° CONFECOM, aqueles que se sentiram prejudicados da escolha dos delegados que de agreguem as comissões estaduais para a 2° CONFECOM, o DF consegui montar o grupo mais representativo de todos os 27 estados, mesmo com muito menos vagas, graças ao poder de articulação e entendimento das lideranças.

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