Chocante e real, 'Adolescência' expõe como jovens são reféns da internet
A minissérie "Adolescência" estreou há duas semanas na Netflix e conquistou o público com uma história forte sobre os jovens de hoje. Para a jornalista Flavia Guerra, a série é "assustadora" e "complexa".
É estarrecedor o quão banal e cotidiana são as violências que os adolescentes sofrem. Sempre sofreram, mas nos dias ide hoje tudo esta muito mais complexo, com a desconexão e fragmentação das vidas nas famílias. Antes, havia uma convivência de forma forçada. As cidades eram menores, havia uma única televisão na casa.
Flavia Guerra, no programa Plano Geral
A produção consegue abordar problemas da juventude tanto na narrativa quanto nas escolhas técnicas, com destaque para o plano sequência. "A intenção não é mostrar 'quem matou'. A série fala sobre os adolescentes e o que eles fazem dentro do quarto", avalia Vitor Búrigo no Plano Geral desta quarta-feira.
Em quatro episódios, a produção mostra a dificuldade que os jovens têm de se expressarem e a influencia da internet. "Nós somos reféns da internet, imagina um jovem que está construindo sua personalidade, cheio de duvidas, medos e angustias? Ele vai se fechando no mundo dele", completa Búrigo.
Com sua complexidade e com o impacto que está tendo entre o público e a crítica, Flavia aposta na série na próxima temporada de premiações. "É muito bem construída narrativamente para trazer uma gravidade contemporânea. É uma série baseada no que vem acontecendo no Reino Unido com os adolescentes", diz.
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